Alfa – Daniel Ribeiro
Manifestações contra o partido nacionalista de Marine le Pen, reuniões sucessivas à esquerda e à direita, apelos à constitituição e consolidação de uma « Frente Popular » e da confirmação de listas únicas dos partidos de esquerda para tentar travar a extrema-direita….
A França política está em ebulição desde o anúncio pelo Presidente Emmanuel Macron da antecipação das eleições legislativas para 30 de junho (primeira volta) e 7 de julho (segunda volta).
O próprio chefe de Estado se mobiliza e anuncia para esta terça-feira uma conferência de imprensa sobre a situação política, que ficou marcada pela vitória esmagadora da União Nacional (RN), presidida por Jordan Bardella mas cuja referência é Marine le Pen (candidata às presidenciais), nas europeias do passado domingo.
Na segunda-feira, dizia-se que, depois de algumas horas de discussão, os partidos de esquerda já tinham conseguido chegar a acordos para o lançamento de « candidaturas únicas » nos círculos eleitorais logo na primeira volta das eleições antecipadas.
Tudo decorre em contra-relógio e os próprios sindicatos e associações de estudantes apelam a manifestações « antifascistas » quase diárias e a grandes concentrações no mesmo sentido nos fins de semana.
Numa manifestação na noite de segunda para terça-feira, na Praça da Bastilha, em Paris, uma jovem comentava deste modo a perspetiva política a curto prazo para o país: “pode ser complicado se os partidos de esquerda não fizerem uma união”.
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