Gabriel Mithá Ribeiro é deputado pelo Chega no círculo de Leiria. Foi recentemente escolhido para secretário da mesa da Assembleia da República. O deputado foi também coordenador do Gabinete de Estudos do Chega e redator do programa eleitoral de 2022.
Num artigo publicado no Observador que tem por nome Na cabeça de Ventura ou tratado sobre o aparelho repressivo do regime, Gabriel Mithá Ribeiro critica severamente o jornalista do Expresso, Vítor Matos, por a publicação do seu livro Na Cabeça de Ventura (Zigurate).
Gabriel Mithá Ribeiro, que recolheu 53.764 votos no distrito de Leiria, considera que « o jornalismo deixou-se afundar na propagação massificada de infeções psíquicas »
O deputado acusa o jornalista de ser « um polícia mental » que « trabalha para um regime repressivo, promotor social de uma ignorância que causa dano à sanidade mental coletiva dos portugueses ». Segundo as palavras de Gabriel Mithá Ribeiro, Vítor Matos é « o retrato das doenças sociomentais legadas ao mundo pela gloriosa URSS ».
Vítor Matos já afirmou que não ia processar o deputado do Chega por difamação mas considerou ter o « dever de responder […] para chamar a atenção de quem tiver paciência, para a gravidade do que está em causa ».
Não é “fascismo”, como eles adoram que se lhes chame. É outra coisa, uma coisa nova, esta direita radical internacional, “iliberal” que não quer instaurar uma ditadura, mas matar a essência das democracias por dentro. Uma técnica é insultar os jornalistas que fazem o seu trabalho de escrutínio sobre os líderes e os partidos da direita radical. Para além do insulto, a outra forma de tentar destruir o adversário real ou imaginado é tratá-lo como inimigo. O sr. deputado Mithá Ribeiro não tem uma cultura democrática que admita o escrutínio jornalístico independente.
Vítor Matos deixa o alerta num artigo do Expresso chamado Eu sou um “herdeiro” de “assassinos” e “genocidas”? Porque é que devemos levar o deputado do Chega, Gabriel Mithá Ribeiro, muito a sério.
Rádio Alfa com Expresso.
« André Ventura diz o que as pessoas querem ouvir » segundo Vítor Matos