Alfa – foto de abertura: Mortu Nega, de Flora Gomes
Festival do cinema documentário Doclisboa, que em 2022 comemora 20 anos de existência.
Entre 6 e 16 de outubro, o Festival irá exibir 281 filmes, entre os quais 47 estreias mundiais e 28 estreias internacionais.
Um dos grandes destaques desta edição é a “Retrospectiva A Questão Colonial”, que propõe uma reflexão sobre a história recente, o continente africano e as antigas colónias portuguesas e francesas.
Um extrato de um texto do Doclisboa sobre este tema:
« No caso, cingimo-nos à história recente, ao continente africano e às antigas colónias portuguesas e francesas. O ponto de partida é o fim da Guerra da Argélia – simbolizando o fim das colónias francesas, habilmente mantidas sob o jugo neocolonial – que coincide com a decisão do Estado Novo de avançar para a guerra colonial. Rapidamente, a revisitação dos materiais das “colecções coloniais” revela-se desajustada, condicionada à recontextualização, que reduz o cinema ao documento. A viagem deriva, então, para os cineastas solidários e sobretudo o nascimento dos cinemas africanos. Resta saber se, como Ousmane perguntava a Rouch, quando houver muitos cineastas africanos, os cineastas europeus deixarão de fazer filmes sobre África. »
No total, esta secção contará com 25 sessões dedicadas a esta temática, entre as quais:
Afrique sur Seine – 6 de outubro, 19h00, Cinemateca Portuguesa
La Noire… – 7 de outubro, 14h00, Cinema São Jorge
Estreia Portuguesa de J’ai huit ans e Algérie en flammes – 7 de outubro, 16h45, Cinema São Jorge
Elles e La Zerda ou les chants de l’oubli – 9 de outubro, 11h00, Cinema São Jorge
Estreia Portuguesa de Algier, Hauptstadt der Revolutionäre – 9 de outubro, 14h00, Cinema São Jorge
Mais informações sobre todas as sessões da “Retrospectiva A Questão Colonial” estão disponíveis em https://doclisboa.org/2022/seccoes/retrospectiva-a-questao-colonial/.
França é o País Convidado da secção Nebulae.
Foto- filme O Regresso de Amílcar Cabral: