Franceses são os estrangeiros que mais casas compram em Portugal

Brasileiros compram cada vez mais casas em Portugal, mas franceses lideram e preferem o Algarve: 
Alfa/Expresso, por Vítor Andrade

Os cidadãos de origem francesa continuam no topo da lista dos estrangeiros que mais investem no imobiliário em Portugal (representam 29% do total). No entanto, o investimento brasileiro ganha cada vez mais expressão no mercado nacional, representando já cerca de 19% da compra de casas por estrangeiros em Portugal. Seguem-se os ingleses (11%), os chineses (9%) e os angolanos (7,5%).

Os dados, hoje divulgados pela APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, revelam ainda que em 2017, o investimento estrangeiro para compra de habitação em Portugal teve uma representatividade na ordem dos 20%.

Segundo aquela associação, em Lisboa e no Porto, são já os brasileiros que dominam a compra de casas por estrangeiros (com uma representatividade de 24% e 27%, respetivamente). No Algarve, porém, são os franceses que ocupam os lugares cimeiros.

Quanto ao tipo de apartamentos, a APEMIP garante que os T2 e os T3 são as tipologias mais compradas por estrangeiros e que Lisboa, Porto e Algarve continuam a ser as regiões mais procuradas pelos investidores internacionais que apostam na compra de habitação em Portugal.

TRUMP TAMBÉM ESTÁ A EMPURRAR BRASILEIROS PARA PORTUGAL
Luís Lima, presidente da APEMIP, sublinha que a instabilidade política, social e económica que o Brasil atravessa está na origem de muitas das decisões de compra de casa em Portugal pelos naturais daquele país. Mas há mais. Segundo Luís Lima, a eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos da América, também está a fazer com que muitos brasileiros que haviam investido no Estado da Florida, como é tradicional, procurassem alternativas seguras, como o imobiliário português.

O responsável da APEMIP nota ainda que, apesar de os chineses já representam 9% do total das vendas de imobiliário a estrangeiros, « não podemos deixar de realçar a quebra deste investimento no panorama nacional. É necessário que os procedimentos do programa de Autorização de Investimento para Atividades de Investimento sejam rapidamente normalizados, para evitar eventuais impactos negativos e desconfianças que os atrasos (na emissão e renovação de vistos) que hoje se verificam possam ter junto destes cidadãos ».

Por outro lado, Luís Lima garante que há cada vez mais investidores estrangeiros interessados em apostar na compra de casa em locais fora das rotas habituais. « Muitos, porque têm laços familiares que os unem a determinadas regiões do país, outros porque procuram alternativas de investimento através da aposta no Turismo Rural, por exemplo ». E conclui referindo que as perspetivas são boas, e trarão também àquelas regiões novas dinâmicas económicas que promoverão o seu desenvolvimento ».

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