Greve dos motoristas de materiais perigosos – Expresso Curto de Martim Silva. (Adaptação da R. Alfa)
Nas últimas horas, grevistas e ANTRAM voltaram a trocar acusações. Acusações repetidas já esta manhã com Pardal Henriques a dizer que há motoristas a ser subornados e pressionados para fazerem serviços e não aderirem à greve. E o Governo subiu o tom, com António Costa a dizer que quem não cumprir a requisição civil, que pode existir se os serviços mínimos falharem, está a incorrer num crime de desobediência.
Nesta manhã, e com o ‘país atestado’ depois da corrida ao abastecimento nos últimos dias, a questão essencial vai ser perceber se os serviços mínimos, decretados pelo Governo, estão ou não a ser cumpridos – se não estiverem o Executivo já disse que avança para a requisição civil (de trabalhadores ou de elementos das forças de segurança e militares). Para tal, Costa revelou que está pronto para avançar um Conselho de Ministros eletrónico (sem a necessidade da existência de uma reunião física) para aprovar rapidamente a medida.
Nas últimas horas houve muita informação e contra-informação, acusações e contra-acusações, sobre se empresas e sindicatos estão a agir em conformidade (indicação dos trabalhadores que cumprem os serviços, escalas de serviço, número de horas de trabalho, etc).
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É em Aveiras que se centra a greve dos camionistas e o Expresso esteve lá na última sexta-feira e ouviu as razões dos camionistas que protestam.
Com o início da greve avançou o novo patamar de racionamento de combustíveis, com os condutores comuns limitados a colocar 15 litros por viatura. A sigla do momento é REPA, a Rede Estratégica de Postos de Combustível, com 374 postos de abastecimento.
Ainda antes da greve se ter iniciado, nos primeiros dias de Agosto duplicou a venda de combustíveis em Portugal.
Politicamente, Marques Mendes elogiou a atuação do Governo nesta matéria na última semana, sublinhou que o país gosta de “autoridade” até voltou a falar na possibilidade do PS chegar à maioria absoluta.
As forças de segurança estão fortemente mobilizadaspara esta paralisação, com mais de 12 mil efetivos prontos para entrar em ação em locais como bombas de gasolina, aeroportos, supermercados e hospitais.
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