Militares portugueses atacados na República Centro-Africana

Não há feridos entre o contingente português, que enfrentou armamento pesado durante cinco horas.

Os pára-quedistas portugueses em missão na República Centro-Africana ao serviço das Nações Unidas foram alvo de um « ataque violento », na tarde desta quinta-feira, no centro da cidade de Bambari, localizada a 400 quilómetros da capital Bangui, anunciou o Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA) em comunicado, referindo ainda que os militares se encontram « todos em segurança ».

Explica o EMGFA que « os capacetes azuis portugueses estiverem cinco horas em combate directo com elementos do grupo armado ex-Seleka UPC [União para a paz na República Centro-Africana], com o objectivo de proteger civis e restabelecer a paz, entrepondo-se entre o grupo opositor e a população civil indefesa ». A Força Nacional Destacada é composta maioritariamente por pára-quedistas do 2º Batalhão de Infantaria Pára-quedista, que conta com um efectivo total de 180 militares.

O grupo armado em questão terá usado « armamento pesado, numa demonstração da capacidade de controlo do comércio local », colocando em risco a vida de civis no confronto com as Forças Armadas centro-africanas (FACA). No comunicado, o EMGFA revela que « as organizações governamentais têm tentado a todo o custo impedir a presença de combatentes no centro da cidade, que disputam recursos e a cobrança ilegal de impostos à população ».

A prioridade dos militares portugueses, de acordo com as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, passa precisamente pela protecção dos civis, lembra o EMGFA, assim como pelo « apoio ao processo de paz » e a « assistência humanitária e a protecção do pessoal, instalações, equipamentos e bens das Nações Unidas ».

Desde o início de 2017 que Portugal tem enviado para o terreno tropas especiaisdo Exército português a operarem a partir da capital Bangui, contribuindo para o « esforço internacional de manutenção da paz na República Centro-Africana ».

Alfa/Público

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