Oito dos modelos mais emblemáticos da marca francesa Renault, nas suas versões mais especiais e raras, vão estar expostos no Museu do Caramulo, em Tondela, a partir de sábado.
A exposição “Renault: 120 anos na estrada”, que ficará patente até 31 de março de 2019, assinala o aniversário da marca.
Segundo o Museu do Caramulo, ficarão expostos modelos como “o Renault R5 Turbo, a Renault 4L, o Renault 8 Gordini ou a carrinha comercial Renault Estafette, além do raríssimo Renault 20HP de 1912, o modelo mais antigo da marca em Portugal”.
O museu recorda que Renault era o apelido dos irmãos Louis, Fernand e Marcel que, “há 120 anos, fundaram a Société Renault Fréres, lançando as bases para um dos mais importantes construtores de automóveis”.
Se Louis “era um predestinado da mecânica, uma característica essencial para ser um pioneiro do automóvel”, Fernand “era o mais talentoso no que dizia respeito aos negócios”, tendo sido “fundamental para criar a rede de filiais noutros mercados”.
Já Marcel, “o mais novo dos três irmãos, era um habilidoso piloto de automóveis” e, “com as suas inúmeras vitórias, contribuiu de forma decisiva para dar a conhecer os automóveis Renault”, recorda.
Segundo o Museu do Caramulo, “o percurso dos fundadores e da própria marca ao longo destes 120 anos dava um romance com muitas páginas”.
“Dos três irmãos, apenas Louis continuaria a liderar a Renault, já que Marcel morreu em 1903, na sequência de um acidente na corrida Paris-Madrid. E Fernand vendeu-lhe a sua participação em 1908, morrendo um ano depois, por doença”, refere.
Desta longa história, o museu recorda, por exemplo, as dificuldades sentidas pela Renault depois da segunda Guerra Mundial e a necessidade de criar “automóveis simples, acessíveis e económicos”.
Foi assim que nasceu o 4CV, ou Renault “Joaninha”, com “motor e tração traseira, que seriam apanágio dos Renault Dauphine, R8 e R10, até ao final dos anos 1960”.
Renault 4CV (1948-1949)
“A exceção foi o Renault 4 – verdadeiro banco de ensaios (e pau para toda a obra) – para os modelos de tração à frente que vieram depois, como o 16, o 5 e o 12. Pouco a pouco, a Renault conquistou espaço e tornou-se uma das marcas europeias mais vendidas”, acrescenta.
O Museu do Caramulo refere que “a Renault, mérito dos seus responsáveis em diversas épocas, teve sempre o condão de se adaptar ao seu tempo”, sendo que, por vezes, até se antecipou.
“Os motores turbo, que agora parecem ser a tábua de salvação dos motores de combustão, foram popularizados pela Renault nos anos 1980. A carroçaria monovolume foi também difundida em grande escala pela Renault, com a Espace. E o Renault Zoe foi um dos primeiros automóveis elétricos produzidos em série, a partir de 2012”, exemplifica.
Alfa/Lusa.