Na morte de Albano Cordeiro. A homenagem necessária a um grande vulto da Comunidade em França. Por Manuel Dias

(Foto de Mário Cantarinha)

Albano Cordeiro faleceu a 30 de dezembro em Paris, com 85 anos de idade, e a cerimónia fúnebre terá lugar no próximo dia 15, no crematório do cemitério Père-Lachaise, em Paris, às 13h30.

O universitário – investigador, economista e sociólogo – que estudou desde cedo a presença da Comunidade portuguesa em França, foi desde a juventude um lutador anticolonialista e antifascista, designadamente em 1962, durante o movimento estudantil contra a ditadura portuguesa, no qual esteve em destaque Jorge Sampaio, antigo Presidente português.

Eis um retrato de Albano Cordeiro, feito por outra grande figura de primeiro plano da Comunidade portuguesa em França, o sociólogo, investigador e pensador, Manuel Dias, entrevistado para a Rádio Alfa por Artur Silva. Ouça aqui:

 

Em Portugal, A Assembleia da República aprovou por unanimidade um voto de pesar pela morte de Albano Cordeiro, no qual se lê:

« Em Albano Cordeiro podemos ver um verdadeiro cidadão do mundo, pela adoção das
suas várias identidades: português, francês, mas também moçambicano e italiano, o
que só comprova o seu sentido humanista. Foi um académico "engagé", professor e investigador no Centre National de Recherche Scientifique, em Grenoble, na
Universidade Denis Diderot, em Paris VII e laureado em economia e demografia pela
Universidade La Sapienza, de Roma.

Foi autor de vários trabalhos sobre a imigração portuguesa e sobre o movimento
associativo e um ativista dos direitos humanos e defensor dos migrantes.

Foi um homem de convicções e de causas e também um grande dinamizador do
movimento associativo, tendo estado na origem da fundação de várias associações e
movimentos cívicos ».

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