Padre exercia sacerdócio na Paróquia portuguesa de Gentilly, junto a Paris. Foi suspenso por suspeita de abusos sexuais. Suspeito de ter abusado de um menor, o padre madeirense Anastácio Alves foi suspenso pelo bispo do Funchal que diz estar neste campo « em comunhão com o Papa Francisco » e condenar a pedofilia, informa o Diário de Notícias da Madeira. Foto: D. António Carrilho, bispo do Funchal (Por Roberto Ferreira/Madeira).
Alfa, com Diário de Notícias da Madeira, Expresso e outras fontes.
A Diocese do Funchal interpôs uma medida cautelar para suspender o padre madeirense Anastácio Alves por suspeita de abusos sexuais, informa o Diário de Notícias da Madeira.
Anastácio Alves exercia há vários anos funções de padre em França, mas o facto de ser suspeito de abuso sexual de um menor levou na Madeira o bispo do Funchal, D. António Carrilho, a decicir o seu afastamento da ação pastoral.
O padre agora suspenso exercia sacerdócio na Paróquia portuguesa de Gentilly, ao lado de Paris, na Igreja do Sacré Coeur junto ao « Periférico » que envolve a capital francesa. A igreja foi cedida aos católicos portugueses em 1979.
O caso de alegado abuso de um menor, na Madeira, remonta a 2005, Foi nesse ano constituído arguido num processo investigado e arquivado pelo Ministério Público.
Depois, em 2008, o sacerdote manifestou a vontade de assumir uma experiência pastoral na Suíça e em França e a hierarquia da Igreja madeirense acedeu ao seu pedido.
Segundo o Diário de Notícias da Madeira, a medida cautelar decidida pelo bispo do Funchal representa « uma importante viragem na forma como a Igreja Católica madeirense aborda este tipo de situações ».
D. António Carrilho, bispo do Funchal, assume-se neste campo “em profunda comunhão com o Papa Francisco”, no sentido em que publicamente “repudia e condena a pedofilia e é solidária com as vítimas e com as suas famílias”.
Anastácio Alves, de 56 anos foi ordenado padre em julho de 1990 e começou a sua missão junto das Comunidades portuguesas em 2008. Estava em França desde outubro de 2012. Antes, esteve 4 anos em Lausanne, na Suíça.
O bispo António Carrilho segue deste modo a « tolerância zero » sobre crimes sexuais pedida pelo Papa. A Justiça volta a investigar o caso.
Foto: D. António Carrilho, bispo do Funchal. Por Roberto Ferreira/Madeira