Voo que ligava a capital russa a Murmansk foi interrompido com aterragem de emergência e cheio de combustível. Sobrevivente partilhou momento da aterragem, já com a asa do Sukhoi Superjet 100 em chamas.
Quarenta e uma pessoas morreram no domingo na sequência de uma aterragem de urgência do voo Su-1492 da companhia Aeroflot, que ligava Moscovo a Murmansk. Entre os 37 sobreviventes (14 deles feridos e entre estes dois em estado grave) houve quem filmasse os segundos de pânico.
Causas por apurar
A agência Ria Novosti apontou como causa provável do incêndio um problema elétrico. No entanto há outras pistas.
« Após a descolagem, a tripulação relatou uma anomalia e tomou a decisão de regressar ao aeroporto de partida. « Às 18.30, a aeronave fez uma aterragem de emergência, após a qual o incêndio deflagrou », disse o aeroporto de Sheremetyevo em comunicado.
Já a agência Interfax explicou que após uma primeira tentativa falhada de aterragem, à segunda tentativa o trem de aterragem « bateu [na pista], depois o nariz, e incendiou-se », citando uma fonte anónima. A mesma fonte indicou que a aeronave tinha aterrado com os seus tanques de combustível cheios porque, como se perdera o contacto via rádio com os controladores de tráfego aéreo, o comandante terá concluído que era « perigoso efetuar uma manobra para esvaziar os tanques sobre Moscovo ».
Perigoso ou não, facto é que « uma investigação criminal por violação das regras de segurança foi aberta », anunciou a comissão de inquérito em comunicado.
Para um passageiro do voo Su-1492, o incêndio foi deflagrado por causas naturais.
« Tínhamos acabado de descolar e o avião foi atingido por um raio (…) A aterragem foi difícil, quase perdemos a consciência com medo. O avião saltou na pista como um gafanhoto e pegou fogo no chão », disse um passageiro, Petr Egorov, ao Komsomolskaia Pravda.
O Sukhoi Superjet 100, primeiro avião civil projetado pela Rússia pós-soviética, ficou manchado pela queda de um avião em maio de 2012 durante um voo de demonstração na Indonésia, que matou 45 pessoas.
Várias companhias estrangeiras optaram por reduzir ou suspender o seu uso, alegando problemas de fiabilidade.
Alfa/DN