Um ano depois dos incêndios de junho de 2017, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDRC) lançou um relatório sobre as ações de recuperação das habitações permanentes e da atividade produtiva nos concelhos afetados. O balanço indica que 60 por cento das habitações foram reconstruídas e 90 por cento dos projetos apresentados para a recuperação de empresas foram aprovados.
Segundo o relatório, dos 45,979 hectares de área ardida, na região centro de Portugal, Pampilhosa da Serra Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Pedrógão Grande, Penela, Sertã e Góis foram os sete concelhos mais abrangidos pelas chamas.
O levantamento de danos indica que 264 habitações permanentes foram ardidas, gerando prejuízos na ordem dos 28 milhões de euros. Até ao momento, do total das 261 habitações, 157 já foram concluídas e 104 ainda se encontram em estado de intervenção. Por decisão dos proprietários, três habitações não foram reconstruídas. O investimento financeiro na reconstrução das habitações foi de 10 milhões de euros.
Devido aos incêndios de junho do ano passado, 63 empresas foram afetadas com 28 milhões de euros em danos. Neste âmbito, foram apresentados 55 projetos destinados a repor, total ou parcialmente, a capacidade produzida afetada de todas as atividades económicas com exceção dos projetos do setor da produção agrícola primária.
Dos 55 projetos de recuperação apresentados, 49 foram aprovados. O valor total dos projetos de recuperação apresentados aponta para os 26 milhões de euros. O incentivo correspondente ao Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) foi de 15 milhões de euros, mas até ao momento apenas 3,6 milhões foram pagos.
Entre as infraestruturas e equipamentos municipais danificados – com prejuízos de 24,3 milhões de euros – encontram-se estradas municipais, segurança rodoviária, equipamentos municipais, equipamento urbano e sistemas de distribuição de água.