O Presidente francês, Emmanuel Macron, decidiu “aumentar a mobilização dos militares” no âmbito da operação Sentinela, um dia após o atentado que fez pelo menos dois mortos em Estrasburgo, anunciou hoje o primeiro-ministro francês, Edouard Philippe.
“São 500 militares que, a partir de hoje, vão completar o dispositivo” Sentinela e “1.300 que, nos próximos dias, irão juntar-se aos já mobilizados” para manter seguros os espaços e “garantir a segurança dos franceses”, declarou Philippe, numa breve comunicação feita no Ministério do Interior.
A alguns dias dos festejos de fim do ano, “o objetivo é permitir a segurança dos espaços onde se concentrem pessoas”, prosseguiu o chefe do executivo francês, referindo-se, “nomeadamente, aos mercados de Natal um pouco por toda a França”.
Na terça-feira à noite, um homem abriu fogo no mercado de Natal de Estrasburgo, fazendo dois mortos, um ferido em morte cerebral e mais 12 feridos, cinco dos quais em estado crítico, depois de gritar “Allah Akbar” (“Alá é grande”).
Após uma troca de tiros com um soldado, conseguiu escapar e continuou hoje a ser ativamente procurado.
A polícia nacional emitiu hoje um apelo a testemunhas para localizar o autor do atentado no mercado de Natal de Estrasburgo, Cherif Chekatt.
“Indivíduo perigoso, não intervenha sozinho”, adverte a polícia nacional na sua conta da rede social Twitter, descrevendo o fugitivo como um indivíduo de 1,80 metros e “constituição normal” e apelando a qualquer pessoa na posse “de informações que permitam localizá-lo” para marcar o número 197.
O primeiro-ministro francês assegurou “a total determinação do Governo para que este indivíduo seja detido e julgado nas melhores condições e o mais rapidamente possível”.
As autoridades desencadearam em todo o país, na terça-feira à noite, o nível de “emergência de atentado”, o mais elevado do plano ‘Vigipirate’, o que permite “a mobilização excecional de meios” durante o período de caça ao homem.
Há 7.000 militares destacados em permanência no âmbito do dispositivo Sentinela e mais 3.000 são mobilizáveis a qualquer momento para reforçar pontualmente a proteção.
Após a vaga de atentados ‘jihadistas’ de 2015 e 2016, o plano ‘Vigipirate’ foi alterado, criando três níveis “adaptados à ameaça: o nível de “vigilância”, o nível de “segurança reforçada – risco de atentado” e o nível “emergência de atentado”.
Alfa/Lusa.