Em entrevista no programa de Cristina Ferreira, esta manhã na SIC, a fadista explicou que esta é a decisão mais difícil que já tomou, mas que se segue a um ano muito complicado e a uma profunda insatisfação com a vida artística.
“O ritmo da vida artística é tão rápido que deixei de ter vida. Cheguei a uma fase em que estava doente. Já estava incapaz há muito tempo. Já estava para lá do meu limite há muito tempo”, afirmou emocionada a cantora, que diz ter dado o seu último concerto em outubro, nos Armazéns do Chiado, em Lisboa.
Nos últimos meses, Raquel Tavares atuou várias vezes doente, com febre, tendo também perdido dez quilos e sofrido com outros sintomas. “Neste momento cantar é uma coisa que me faz mal. Na minha cabeça, este é um ponto final”, garante.
Mostrando-se grata por todas as oportunidades e pelo apoio que lhe foi prestado, a artista frisou: “Antes de sermos artistas, somos pessoas. Eu não sou uma figura pública, gosto é de cantar. Chego a casa e sinto-me muito sozinha. Aos 35 anos, o que é que eu tenho? Tu tens um filho, eu não tenho. Tu tens uma mãe em casa, eu não tenho. Estamos rodeados de gente, a gritar, mas ninguém nos ouve”.
O mais recente álbum de Raquel Tavares, “Raquel”, inclui o sucesso ‘Meu Amor de Longe’, escrito por Jorge Cruz.
Alfa/Blitz.