Secretário de Estado das Comunidades promete melhorar consulado de Londres até 2025
« Os cidadãos que não residem no nosso país têm de sentir-se como cidadãos de pleno direito e terem acesso aos serviços em tempo razoável, em tempo útil relativamente àquilo que acontece em Portugal”, afirmou ontem no final de uma visita de dois dias à capital britânica.
Cafôfo elogiou o « grande esforço » feito no consulado em Londres pela cônsul geral, Cristina Pucarinho, e funcionários, lembrando que o posto é o que mais emite passaportes em todo o mundo e o segundo, a seguir a Paris, em número de Cartões do Cidadão.
Porém, reconheceu que « há problemas” no atendimento, que resulta na espera de vários meses até obter uma marcação.
Além da perturbação causada pela pandemia covid-19, justificou, « o Brexit teve como consequência um aumento do volume de trabalho e de solicitação de documentação e esta solicitação de documentação acabou por criar entropias nos serviços ».
Para recuperar desta situação, elegeu como prioridade o reforço dos recursos humanos, mas defendeu uma “solução integrada” com a digitalização de serviços no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Assim, quer introduzir o ‘e-consul’, « uma ferramenta muito importante para a realização de atos consulares que não requeiram a presença física”, e o
‘E-visa’, que vai permitir a emissão de vistos sem a necessidade de deslocação ao consulado.
“Até 2025 todas estas ferramentas têm de estar já ao serviço dos consulados, ao serviço dos cidadãos. Esse é o nosso objetivo e, aliás, temos prazos muito apertados para cumprir”, prometeu.
A visita inseriu-se num conjunto de deslocações pelo recém empossado secretário de Estado a vários países iniciado na semana passada em França, intitulado « Portugal no Mundo: Caminhos para a Valorização das Comunidades Portuguesas”.
Na agenda dos dois dias na capital britânica incluiu reuniões de trabalho e contactos com instituições e associações de cariz educativo, cultural e desportivo.