Sporting não precisa de vender jogadores, diz vice-presidente do clube

O vice-presidente do Sporting Francisco Salgado Zenha assegurou hoje que o clube não necessita de vender futebolistas, por estar a negociar soluções para fazer face às necessidades de tesouraria.

“Se me pergunta se preciso de vender jogadores agora, digo que não, não preciso. O que estou a trabalhar, diz-me que não preciso”, afirmou o responsável pela área financeira dos ‘leões’, em entrevista à agência Lusa.

Um dia depois de a Sporting SAD ter assumido as necessidades de tesouraria de “cerca de 65 milhões de euros (ME), dos quais 41 ME até 30 de junho de 2019”, o dirigente relativizou a necessidade de transferir jogadores, fazendo depender estas operações da estratégia do clube e dos montantes envolvidos.

“Concluídas as operações que estamos a trabalhar, nós temos uma situação perfeitamente confortável desse ponto de vista. Venderemos jogadores se houver a proposta certa para eles, se houver interesse nisso, em função da estruturação do plantel”, explicou.

Francisco Salgado Zenha realçou a necessidade de “inteligência” na gestão do futebol e também no ‘mercado’ de transferências.

“Não há nenhum [clube] que não viva de vender jogadores de futebol. Benfica e FC Porto têm vivido mais disso, porque têm vendido mais, e nós não somos diferentes. Vender um jogador é parte da nossa atividade corrente, mas essa gestão tem de ser feita de forma inteligente, como estamos a fazer – e acho que o provámos no ‘mercado’ de janeiro – para contratar bem e vender bem”, frisou.

O vice-presidente do clube admitiu analisar as propostas que cheguem ao clube, nomeadamente durante o verão.

“Neste momento ainda não controlamos porque ainda não tivemos uma ‘janela’ de transferências de verão, que é a que mexe. Ainda não sabemos o que vai surgir de propostas e aí analisaremos”, referiu.

O Sporting ocupa atualmente o quarto lugar da I Liga, a 11 pontos do líder e campeão FC Porto, após 23 jornadas, e Salgado Zenha reconheceu que a classificação vai ter influência na sua área de atuação.

“Os planos financeiros são flexíveis e têm de prever cenários diferente, e nós prevemos: Liga dos Campeões ou Liga Europa. Se formos à ‘Champions’, se calhar, o esforço financeiro no investimento pode ser maior, se não formos, tem de ser menor”, rematou, adiantando que “a bola não entrar nunca ajuda, sobretudo num clube desportivo”.

Alfa/Lusa.

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