A zona alta da Avenida dos Campos Elísios tal como a área adjacente ao Arco de Triunfo estão a ser palco de confrontos violentos entre a polícia e manifestantes dos « coletes amarelos ». Já há dezenas de detidos e alguns feridos, entre eles polícias.
Alfa/Expresso: por Daniel Ribeiro
Toda a zona da célebre avenida, incluindo a praça da Concórdia, está cercada pela polícia e vêem-se “coletes amarelos” em grupos mais ou menos grandes um pouco por todo o lado. Os manifestantes mais radicais estão sobretudo concentrados na zona alta da principal « sala de visitas » de Paris, junto ao Arco do Triunfo. Os distúrbios começaram de manhã cedo, às 8h40 (menos uma hora de Lisboa), quando alguns manifestantes recusaram apresentar bilhetes de identidade e ser revistados na primeira barreira montada pela polícia na parte alta da avenida dos Campos Elísios.
Os confrontos, duros, continuavam depois das 11 horas locais e “coletes amarelos” mais radicais, que serão diversas centenas, montavam barricadas na zona, onde era difícil respirar devido à elevada quantidade de bombas lacrimogéneas disparadas pela polícia.
Mais de 40 manifestantes foram já detidos e o ministério do Interior disse que são 1500 os “coletes” mais radicais envolvidos nos confrontos.
Toda a zona da célebre avenida de cerca de dois quilómetros, incluindo a praça da Concórdia, está cercada por barragens da polícia e vêem-se “coletes amarelos” em grupos mais ou menos grandes um pouco por todo o lado.
Os incidentes, graves e com barricadas, continuavam quando estão marcadas para esta tarde, em Paris, pelo menos mais duas manifestações, uma delas sindical outra “esquerdista”, designadamente para as praças da República e da Bastilha.
A mobilização dos “coletes amarelos”, pelo terceiro sábado consecutivo, também se verificava um pouco por todo o país, aí sem registo de incidentes graves, mas com forte mobilização.
O movimento inédito dos “coletes”, nascido na internet sem ideologia nem líderes nacionais conhecidos, começou por protestar contra o aumento dos preços dos combustíveis: Mas hoje as suas revindicações são muito mais vastas e vão do poder de compra ao pedido de demissão do presidente Emmanuel Macron e à convocação de eleições legislativas antecipadas e ao fecho do Senado.