Covid-19: Reino Unido supera Itália em número de mortes

O Reino Unido passou hoje a ser o país europeu com mais mortes por covid-19, com 29.427 óbitos no total, mais 693 do que na segunda-feira, informou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab.

Com este balanço, o Reino Unido ultrapassou a Itália, que registou até hoje 29.315 óbitos.

Dados oficiais publicados hoje já sugeriam que o Reino Unido era o país europeu com maior número de mortos se forem somados os óbitos registados nas diferentes regiões do país de casos confirmados ou suspeitos de covid-19, o que os números divulgados pelo ministro confirmaram.

De acordo com a agência AFP, os relatórios semanais dos vários institutos de estatísticas do país referentes a abril resultam num saldo de 32.313 mortes.

Porém, o ministério da Saúde britânico criticou esta abordagem, alegando que a “extrapolação ou estimativas baseadas em dados passados arrisca ser extremamente enganosa”.

Entretanto, o jornal The Times calculou hoje que o excesso de mortalidade, que inclui as mortes relacionadas com covid-19 e aqueles que aconteceram indiretamente por causa da crise, já poderá estar nos 55.700 óbitos.

O Reino Unido, que, ao contrário de muitos países europeus, continua em confinamento, iniciou hoje um projeto piloto na Ilha de Wight, na costa sul de Inglaterra, para testar uma aplicação para telemóvel que as autoridades esperam que ajude a controlar a propagação do coronavírus.

A aplicação alerta as pessoas se elas estiveram em contacto próximo com um indivíduo infectado.

O governo espera que possa ser lançada em todo o país ainda este mês, mas ainda é incerto quando pretende aliviar as medidas de distanciamento social.

De acordo com a comunicação social britânica, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, vai divulgar no domingo detalhes sobre como o país vai sair do confinamento em vigor desde 23 de março.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 251 mil mortos e infetou quase 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um 1.1 milhões de doentes foram considerados curados.

 

Alfa/Lusa.

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