Israel volta a atacar Guterres porque « não saudou a eliminação do arquiterrorista »

Israel volta a atacar António Guterres.

Depois de ter confirmado a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, na Faixa de Gaza, o Governo israelita tornou a criticar o secretário-geral das Nações Unidas, sublinhando que António Guterres « não saudou a eliminação do arquiterrorista ».

De facto, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, voltou hoje a atacar o secretário-geral da ONU, António Guterres, por « não mostrar satisfação pela eliminação do arquiterrorista Yahya Sinwar”.

 

Comunidades, Cônsul Mónica Lisboa… Sumário do Passagem de Nível de domingo, 20/10. Entrevistas

« Passagem de nível » na Rádio Alfa. Domingo 20 de outubro de 2024. Entre as 12h00 e as 14h00

Mónica Lisboa, a nova Cônsul-Geral de Portugal em Paris, entrevista em directo nos estúdios a partir das 12h00 para debater várias questões:
Atendimento consular, número de funcionários, Movimento associativo, Apoio Social…

-O Plenário do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) decorreu nos dias 8, 9 e 10 de outubro em Lisboa, agora os Conselheiros voltam ao terreno…
Convidados:
Teresa Fontão, Conselheira na Área Consular de Bordéus
Vitor Oliveira, Conselheiro na Área Consular de Toulouse

-A crise é cada vez maior no sector da Habitação em França e as orientações do Orçamento Geral do Estado para 2025 apresentado pelo governo de Michel Barnier é motivo de preocupação para a Confédération Nationale du Logement (CNL)
Convidado: Alain Gaulon, da Fédération C.N.L. du Val-de-Marne

Música:

José Vianna da Motta : Poemas Pianísticos – Volume 2 será apresentado no dia 30 de outubro na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa.
O pianista e investigador João Costa Ferreira lança este ano um disco com as 12 primeiras gravações, a nível mundial, de obras inéditas do compositor. Um disco MPMP, Património Musical Vivo

 

Apresentação e Coordenação: Artur Silva

Artur Silva - Passagem de NÍvel
Podcast – Passagem de Nível

-Emissão com redifusão na noite de 3ª para 4ª feira, entre as 0h00 e as 2h00 e em podcast www.radioalfa.net

Portugal. Líder do PS propõe viabilização do orçamento através da abstenção

OE2025: Líder do PS propõe viabilização do orçamento através da abstenção 

 

O líder do PS, Pedro Nuno Santos, anunciou ontem à noite que vai propor à Comissão Política Nacional que o partido se abstenha na votação do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), quer na generalidade quer na votação final global.

Em conferência de imprensa na sede do partido, o líder do PS justificou esta decisão com duas razões: o facto de terem passado apenas sete meses sobre as últimas eleições e um eventual chumbo conduzir o país às terceiras legislativas em menos de três anos.

Pedro Nuno Santos começou por defender que « o normal » é que « o principal partido da oposição vote contra a proposta do Orçamento do Estado que o Governo entrega no parlamento », recordando que foi isso mesmo que o PSD fez nos últimos oito anos com os executivos socialistas.

« O PS parte, portanto, para a discussão do Orçamento do Estado na Assembleia da República sem um compromisso com o Governo. Mas queremos assumir um compromisso com os portugueses », afirmou.

De acordo com o líder do PS, há dois aspetos que não se pode ignorar, o primeiro dos quais « que passaram apenas sete meses sobre as últimas eleições legislativas » e « um eventual chumbo do orçamento poderia conduzir o país e os portugueses para as terceiras eleições legislativas em menos de três anos, sem que se perspetive que delas resultasse uma maioria estável ».

Considerando que os dois principais partidos não podem estar « comprometidos com a mesma governação » porque assim « estariam em risco de desgaste político simultâneo », Pedro Nuno Santos recusou a « tese daqueles que consideram que o PS deve viabilizar o orçamento do estado apresentado pelo PSD só para afastar o Chega da responsabilização política ».

« Essa tese elevada a doutrina, tornaria o PS refém do Chega, depositando neste partido, na prática, o poder de definir o sentido de voto do PS. No limite, condenaria o PS à viabilização sistemática dos orçamentos do estado dos governos minoritários do PSD », criticou.

O líder do PS condenou a « manifesta incapacidade da direita em construir uma solução de Governo maioritário », considerando que isso ficou patente no « episódio triste e de absoluta trapalhada entre PSD e Chega » para a escolha do presidente da Assembleia da República no início da legislatura.

« Nesse momento, coube ao PS responder com sentido de estado e salvar o parlamento de uma vergonha institucional. Estamos hoje perante o mesmo cenário », comparou.

Recordando a disponibilidade do PS « para negociar uma solução mínima que permitisse abrir uma exceção » quanto ao « normal posicionamento » de votar contra e », assim, evitar uma crise política ao fim de pouco mais de seis meses das últimas eleições », Pedro Nuno Santos referiu que esta negociação foi feita apresentando « apenas duas exigências » que eram « o abandono das propostas do governo para o IRS jovem e para o IRC », tendo ainda apresentado três propostas nas áreas da habitação, da saúde e das pensões.

« No decurso das negociações, o Governo acabou por recuar de forma substancial no IRS jovem e parcialmente no IRC. Não foi uma vitória do PS, foi uma vitória para o País. Só por isto valeu a pena a decisão de negociar », enfatizou.

O líder do PS ressalvou que as « condições de base » do PS não foram respeitadas na totalidade e que os socialistas, « num último esforço », apresentaram uma contraproposta que permitia chegar a um acordo.

« Como sabem, a nossa contraproposta não foi aceite pelo governo e as nossas três propostas nas áreas da habitação, saúde e pensões também não », lembrou.

A Comissão Política Nacional vai deliberar na segunda-feira sobre esta proposta do secretário-geral do PS quanto à votação no OE2025.

Alfa/ com Lusa

Paris acolheu última conferência sobre 50 anos do 25 de abril antes de colóquio internacional – reportagem

REPORTAGEM: Paris acolheu última conferência sobre 50 anos do 25 de abril antes de colóquio internacional

 

Por Maria Constantino, da agência Lusa

A última conferência do ciclo “O corpo nos seus movimentos, resistência, dissidência e protesto – Ecos do abril português”, decorreu ontem em Paris, antes do colóquio internacional em novembro sobre os 50 anos do 25 de abril.

“Organizei este evento com um laboratório de investigação sobre as culturas de língua portuguesa, Portugal, Brasil e todas as outras. Este ano é o cinquentenário do 25 de abril e, evidentemente, tínhamos que também marcar esta temporalidade importante e resolvemos também trabalhar sobre as questões do corpo resistente, do corpo em movimento”, disse à Lusa Graça dos Santos.

Para a investigadora da Universidade de Paris-Nanterre, onde é também vice-presidente da Cultura, da Vida Comunitária e da Extensão e diretora do Centro de estudos interdisciplinares do mundo lusófono (CRILUS), “um corpo em movimento é tanto um corpo que se move, portanto, nas artes, cinema, teatro, música, mas é também um corpo em movimento social, em movimento protestatório e em movimento estético”.

A conferência “Os corpos dos outros e o 25 de abril de 1974 – A restituição da memória e as gerações que se seguiram” trata-se de um trabalho experimental da investigadora convidada Margarida Calafate Ribeiro, desafiada por outros investigadores, entre os quais Graça dos Santos.

Apesar da chuva forte que atingiu Paris durante a tarde, cerca de duas dezenas de pessoas deslocaram-se à Fundação Casa das Ciências do Homem (FMSH) para ouvir a conferência em francês, organizada pela Biblioteca Gulbenkian de Paris e pela Universidade de Paris-Nanterre.

“Foi um grande desafio, porque eu nunca tinha pensado muito nesta questão do corpo em relação a estes movimentos todos”, disse à Lusa Margarida Calafate Ribeiro, professora e coordenadora de investigação no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, referindo que esta conferência é “algo muito significativo”, porque funciona como uma oficina de conhecimento.

Durante a apresentação, Margarida Calafate Ribeiro mostrou registos fotográficos do antes e do pós-revolução em Portugal e nas antigas colónias, nomeadamente dos “retornados”, bem como filmes e música mais recentes das gerações que já não viveram a revolução.

“O 25 de abril é uma data histórica, mas é uma data viva, onde todos os portugueses, brancos, mestiços, negros, indianos, etc., colocam sempre a sua esperança”, acrescentou Margarida Calafate Ribeiro, referindo que “é uma data de luta pela democracia, não exclusivamente europeia, mas da democracia em geral, e sobretudo é um lugar de colocação de novas questões”.

Para a investigadora do CES, que trabalha a questão da descolonização, das memórias e das pós-memórias do 25 de abril, foi um desafio “pensar como é que estes corpos estão, como é que eram no antigo regime, como é que eles depois se apresentam no 25 de abril, há uma diferença geracional enorme, e depois também no chamado retorno”.

Além disso, também teve de pensar “como é que estes corpos estão tão segregados e quase embalados com as próprias bagagens das pessoas, como é que eles se espalham no território português, e as diferenças que há entre se são corpos brancos, mestiços ou negros”, concluindo que na narrativa do retorno não foram incluídos “os corpos negros que vieram”.

Estes corpos vindos de África vieram para “um território com duas particularidades, um país pobre, que estava a sair de uma ditadura e que estava em processo revolucionário”, mas estas pessoas “voltaram de um território que era uma colónia, não era um país”, por isso não se tratando de imigração.

Já para Graça dos Santos, “cada vez que se fala do 25 de abril são homens, a mulher migrante é sempre a esposa do homem, não é considerada por si própria”, por essa razão no trabalho que desenvolve também enquanto encenadora na sua companhia de teatro bilingue francês-português Cá e Lá tenta ter « ousadia » na forma como aborda estas questões com os jovens.

“Aqui em França nunca se falou tanto de Portugal como este ano, com esta questão do 25 de abril, e em geral também se abriu para outras temáticas que não eram evidentes. Mas eu continuo sempre a alimentar a ausência de mulheres, não há praticamente nada sobre as mulheres”, afirmou Graça dos Santos, referindo que as mulheres não são “figuras de proa”.

A investigadora, que se considera “um produto” do 25 de abril apesar de se ter mudado em criança para a França, defende que é necessário “fazer uma espécie de reverberação entre este acontecimento com o nosso presente”, o que tentaram fazer com o ciclo de 12 conferências, com a parte artística e com o colóquio.

Entre os dias 07 e 09 de novembro, a Contemporânea, maior biblioteca europeia de arquivos sobre a história contemporânea, na Universidade de Paris-Nanterre, a Casa de Portugal – André de Gouveia e Casa do Brasil, Cidade Internacional Universitária de Paris receberão o grande colóquio “Ecos de abril em França, visões e movimentos do passado e do presente”.

“São três dias em que não vamos só fazer algo que seria de arquivos, de história, de testemunhos, também queremos que se projete para o futuro, e vamos ter uma tarde toda só com jovens investigadoras”, afirmou Graça dos Santos, revelando alguns temas como “As porteiras de Paris”, conhecida profissão das mulheres portuguesas emigradas, e “A memória dos pais relacionadas com a migração”.

Nova Cônsul-Geral em Paris, Mónica Lisboa: entrevista em direto na Rádio Alfa – domingo, 20, às 12h

Nova Cônsul-Geral em Paris, Mónica Lisboa, em entrevista em direto na Rádio Alfa, no domingo, 20, a partir das 12h – no programa Passagem de Nível, de Artur Silva

 

Alguns dos temas que estarão em foco na entrevista: 

-Percurso pessoal, formação académica com presença da Língua francesa e carreira
diplomática

-Mónica Lisboa é primeira mulher à frente do Consulado-Geral de Portugal em Paris

-Os desafios da área consular de Paris que é extensa e com realidades diferentes

-Movimento associativo em declínio (número de associações ativas dividido por dois em
pouco mais dez anos)

-Atendimento consular : número de funcionários, os problemas do agendamento…

-Apoio Social, Adido da Segurança Social…

96 expositores portugueses na feira de agroalimentar: SIAL Paris de 19 a 23 de Outubro

96 expositores portugueses na feira de agroalimentar: SIAL Paris de 19 a 23 de Outubro

 

Comunicação oficial da AICEP: 

« A feira SIAL é o maior salão mundial para o sector agroalimentar. A notoriedade da feira é notável, com 7.500 expositores e mais de 280.000 visitantes de 200 países e 250.000 m2 de exposição (8 halls). O SIAL integra igualmente um setor denominado “Equipamentos, tecnologias e serviços”. Este ano os visitantes poderão descobrir cerca de 400 000 produtos e inovações.

Esta edição contará com a presença de 96 expositores portuguesas o que faz deste evento uma das feiras profissionais em França com mais expositores nacionais. Entre os produtos frescos, congelados, cozinhados, especiarias salgadas e doces, carnes e charcutarias, bebidas e algumas empresas na área dos processos, este certame agrupa um largo painel da oferta portuguesas do sector alimentar e agroalimentar. Este ano, três associações apoiam o essencial da presença portuguesa na promoção dos seus produtos em Paris; PORTUGAL FOODS (http://www.portugalfoods.org/), ALIF (http://www.alif.pt/) e a « S.D.M. – Sociedade de Desenvolvimento da Madeira » (https://www.ibc-madeira.com/).

Visitas oficiais:

Note-se que dia 19/10, pelas 10h30, a Sra. Secretária de Estado das Pescas, Eng.ª Cláudia Monteiro de Aguiar visitará, em companhia de representantes da Embaixada de Portugal e da AICEP, os expositores portugueses presentes no certame.

Estes expositores também serão alvo da visita do Sr. Secretário de Estado da Agricultura, Eng. João Moura, dia 22/10 volta das 14h30, também ele acompanhado por representantes da Embaixada de Portugal e da AICEP ».

SIAL PARIS: https://www.sialparis.fr/

Paris Nord Villepinte

Lista dos expositores : AQUI

« Les racines qui conduisent à la lutte des classes existent encore » affirme Vincent Tiberj

L’idée d’une France de plus en plus conservatrice paraît largement acceptée, surtout depuis les succès électoraux du Rassemblement National. Pourtant, dans La droitisation française, mythe et réalités (PUF), Vincent Tiberj propose une analyse différente : il n’y aurait pas du tout de « droitisation par en bas », c’est-à-dire une droitisation des citoyens, mais plutôt une « droitisation par en haut », une droitisation de la parole politique et médiatique.

Entretien avec Didier Caramalho dans l’ALFA 10/13 du 15 octobre 2024 :

 

Vincent Tiberj soutient que les Français sont bien plus progressistes qu’on ne le croit, malgré un discours dominant qui met en avant un retour aux valeurs traditionnelles. Dans La droitisation française, mythe et réalités (publié aux PUF), le sociologue montre que la société française est de plus en plus ouverte sur les questions sociales et culturelles, loin de l’image d’un pays replié sur des valeurs conservatrices.

Le sentiment de droitisation provient, selon Vincent Tiberj, d’un décalage entre les préoccupations des citoyens et l’offre politique, ainsi que du rôle de certains médias qui amplifient les discours réactionnaires. Des « acteurs politiques et médiatiques » mettent effectivement en avant « certaines questions, certains sujets » – comme « le grand remplacement, par exemple » ou la dette publique – qui ne reflètent pas les priorités des citoyens ; ce sont « de purs procédés rhétoriques » qui faussent l’opinion publique.

Vincent Tiberj | La droitisation française. Mythe et réalités. PUF, 144 p., 15€
Vincent Tiberj | La droitisation française. Mythe et réalités. PUF, 144 p., 15€

Ce phénomène crée une grande démission citoyenne : de plus en plus de Français se désintéressent du vote. Cette abstention croissante fausse la représentation électorale et donne l’impression que le pays est plus conservateur qu’il ne l’est en réalité.

Vincent Tiberj souligne également « la droitisation de la parole médiatique qui pèse » dans cette dynamique. Des chaînes, comme CNews, donnent une large place à des discours réactionnaires – renforçant l’idée d’un retour en arrière sur les valeurs sociales – et jouent un rôle clé dans la diffusion de discours polarisants. En réalité, les valeurs progressistes sont toujours présentes, mais sont donc obscurcies par les récits médiatiques dominants.

Alors, donnons aujourd’hui la parole à Vincent Tiberj dans l’ALFA 10/13 pour rappeler cette thèse importante !

Didier Caramalho

Julgamento do escândalo do BES. Lesados contrataram figurantes para expressar a sua indignação

Alfa

Lesados do BES contrataram figurantes para expressar em Lisboa a sua indignação perante o escândalo do colapso do banco que envolveu prejuízos de 11,8 mil milhões de euros.

Figurantes foram tomados por manifestantes, à porta do tribunal, informa o Público.

Quando chegou ao tribunal, em Lisboa, Ricardo Salgado foi insultado por lesados e rodeado por uma multidão de jornalistas.

Manteve-se quase sempre sem reacção e com ar absorto.

A sua defesa diz que ele sofre de Alzheimer e que, por esse motivo, não pode ser julgado das dezenas, mesmo centenas, de crimes de que é acusado.

Os contestatários que o interpelaram eram, segundo o jornal Público, pessoas contratadas por associações de lesados do BES – eram dezena e meia de manifestantes segundo este diário – e foram tomados por manifestantes espontâneos.

O BES (de Ricardo Salgado) é responsabilizado por dezenas e dezenas de crimes, incluindo de corrupção ativa, e por se ter apropriado das poupanças de centenas de clientes, incluindo emigrantes portugueses.

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