Apoio a associações portuguesas na diáspora com prazo alargado

Apoio a associações portuguesas na diáspora com prazo alargado

 

As associações das comunidades portuguesas na diáspora vão dispor de mais dois meses para se candidatarem a apoios institucionais de natureza não reembolsável, disse à Lusa fonte do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP).

A proposta alteração do atual quadro legislativo que regula a credenciação e o apoio a estas entidades prevê criar um segundo momento para a apresentação de candidaturas, assim como a simplificação do processo de apresentação de pedidos de apoio, entre outros, adiantou o conselheiro português pela área de Joanesburgo, Alexandre Santos.

“Estas alterações introduzem dois novos prazos, um em abril e outro em setembro, o que alarga os prazos para apresentação de pedidos. Nesse aspeto, julgo que foi uma alteração muito positiva, na medida em que dá uma maior manobra para as associações apresentarem e submeterem os seus pedidos”, salientou.

Nesse sentido, Alexandre Santos indicou que os conselheiros portugueses, que se reuniram na semana passada em Lisboa com o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, têm até sexta-feira para formularem um parecer após consulta das associações portuguesas nos respetivos países.

Todavia, o conselheiro considerou “curto” o prazo para auscultar as associações na África do Sul sobre o tipo de ações e atividades a incluir nos pedidos de apoio a conceder pelo Estado português ao movimento associativo luso no país.

“Nós sentimos que esse prazo é muito reduzido, não dá margem para ampla consulta com as associações que eventualmente poderão beneficiar desses apoios, ou que sejam afetadas, (…) isto porque tendo em conta a situação na África do Sul como é sabido em termos da segurança e outras mais, as novas alterações, entre outras, propõem que as associações podem apresentar um pedido para não apenas para obras de beneficiação de instalações como também para a segurança das mesmas”, adiantou.

“Em relação à situação na África do Sul, esta é uma alteração que é bastante importante na medida em que há associações que estão num estado de degradação e que requerem apoio para se manterem, tendo em conta que o movimento associativo na República da África do Sul é uma das principais forças vivas em matéria da nossa comunidade”, vincou.

O conselheiro português considerou ainda que África é um dos continentes mais afetados pelas alterações climáticas, sendo que “deveria ser considerado um fundo extraordinário para casos em que, devido a intempéries e às alterações climáticas, tenham sido afetadas as instalações e as atividades das associações portuguesas em África, e não apenas na África do Sul”.

Os apoios têm a natureza de apoio financeiro não reembolsável e são concedidos através do financiamento de ações e projetos até ao limite máximo de 80% do valor considerado elegível do orçamento apresentado, segundo o regulamento.

“É sempre bom mandar [a candidatura] e esperar e ver”, considerou à Lusa o dirigente do Núcleo de Arte e Cultura de Joanesburgo, Jorge Araújo.

“Infelizmente, nós fora da Europa, somos mais infelizes porque os apoios são muito menores » e de âmbito « muito limitado”, acrescentou o líder comunitário português, que há 30 anos promove o associativismo luso na capital económica da África do Sul.

Alfa/Lusa

Liga Nações: Portugal cede os primeiros pontos com empate na Escócia

A seleção portuguesa de futebol cedeu hoje os primeiros pontos no Grupo A1 da Liga das Nações, ao empatar 0-0 na visita à Escócia, na quarta jornada, falhando a qualificação imediata para os quartos de final.

Depois de três vitórias no grupo, Portugal averbou o primeiro empate, passando a somar 10 pontos, mais três do que o segundo classificado, a Croácia, que empatou 3-3 na Polónia, terceira, com quatro. A Escócia conquistou o primeiro ponto, mas continua na última posição.

A equipa comandada por Roberto Martínez pode confirmar o apuramento na próxima jornada, a quinta e penúltima, em 15 de novembro, quando receber a Polónia.

Os dois primeiros classificados de cada um dos quatro grupos da Liga A apuram-se para os quartos de final, naquela que é a primeira edição em que se realiza esta fase a eliminar, antes da habitual ‘final four’.

 

Com Agência Lusa.

Tribuna Desportiva – 14 Outubro 2024

Um programa de Manuel Alexandre com Armindo Faria, Marco Martins e Eric Mendes. Atualidade Desportiva, Entrevistas, Comentários, Crónicas e Reportagens.

Tribuna Desportiva é um programa desportivo da Rádio Alfa às Segundas-feiras, entre as 21h e as 23h. Redifusão às zero horas, na noite de quarta para quinta-feira (seguinte).

Tribuna Desportiva é um dos programas mais antigos da Rádio Alfa.

Primeira hora:

 

Segunda hora:

 

Tribuna Desportiva de 14/10/2024 com a visita do nosso ouvinte e amigo Maurício Martins

Israel. Netanyahu a Macron: « Foi a vitória na guerra de 1948 que criou Israel e não a ONU »

Netanyahu responde a Macron: « Foi a vitória na guerra de 1948 que criou Israel e não a ONU »

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse esta terça-feira no conselho de ministros que Benjamin Netanyahu “não deve esquecer que o seu país foi criado por uma decisão da ONU” e que não deve, também por isso, “fazer tábua rasa das decisões da ONU”.
 

 

Macron refere-se ao plano da ONU para a partilha da Palestina, aprovado em novembro de 1947 pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

O primeiro-ministro israelita já respondeu a Macron, afirmando que “foi a vitória na guerra de 1948 que criou Israel, e não uma decisão da ONU”.
« Um lembrete ao presidente francês: não foi a resolução da ONU que estabeleceu o Estado de Israel, mas sim a vitória alcançada na Guerra da Independência com o sangue de combatentes heroicos, muitos dos quais eram sobreviventes do Holocausto – incluindo o Regime de Vichy na França”, disse Netanyahu em comunicado.

As declarações de Macron seguem-se ao ataque israelita, na semana passada, contra a missão de paz da ONU no Líbano (UNIFIL). França convocou o embaixador israelita para contestar o ataque aos capacetes azuis.

Benfica SAD e Vieira acusados de crimes de corrupção e fraude no caso dos emails

A Benfica SAD foi acusada pelo  (MP) de vários crimes, entre os quais corrupção ativa e fraude fiscal, juntamente com o antigo presidente Luís Filipe Vieira, segundo despacho a que a agência Lusa teve hoje acesso.

 

Além da SAD, e de Luís Filipe Vieira, o despacho que iliba o atual presidente ‘encarnado’, Rui Costa, envolve também o antigo assessor jurídico do clube, Paulo Gonçalves, e a SAD do Vitória de Setúbal.

No despacho, o MP elenca vários crimes alegadamente cometidos pelos arguidos, para os quais pede ainda penas acessórias, que, no caso das duas SAD, podem implicar “a suspensão de participação em competição desportiva”.

Em causa na investigação, que resulta do megaprocesso conhecido como caso dos emails, está um alegado esquema que teve como mentor Luís Filipe Vieira, com o objetivo de subverter a verdade desportiva pelo controlo de outros clubes, para beneficiarem o Benfica nos jogos de confronto direto.

A investigação da Polícia Judiciária, realizada entre 2016 e 2019, também se debruçou sobre a atuação da equipa do Vitória de Setúbal em jogos contra o Benfica, tendo concluído que o clube da Luz pode ter sido beneficiado pela má atuação em campo, alegadamente propositada, de alguns atletas adversários.

Além de Luís Filipe Vieira e Paulo Gonçalves, a acusação implica também três antigos dirigentes da SAD do Vitória de Setúbal, mais outras duas pessoas e uma empresa.

A acusação refere que os dois antigos dirigentes ‘encarnados’, juntamente com Fernando Oliveira, Vítor Hugo Valente e Paulo Grencho, em representação da SAD vitoriana, “atuando todos em união de esforços e intentos, elaboraram um plano que passava pela disponibilização de fundos, ou de outros ativos com valor desportivo” pela SAD do Benfica à SAD do Vitória.

“Através da referida disponibilização de fundos, a SAD do Benfica e os seus representantes arguidos visavam, pois, garantir, na medida do possível, a obtenção de resultados favoráveis às suas pretensões desportivas em momentos oportunos, designadamente em sede de disputa de jogos com a Vitória de Setúbal SAD”, refere o despacho.

O MP entende que, aquando da disputa de jogos entre as duas equipas, o interesse da SAD do Benfica “poderia materializar-se na obtenção de resultados favoráveis às suas pretensões desportivas”, designadamente quando o Vitória de Setúbal “disputasse jogos com os seus rivais diretos, altura em que poderia ter a disponibilidade de promover, caso se proporcionasse, um desfecho em concordância com aquele interesse ».

Assim, o despacho acusa Luís Filipe Vieira e Paulo Gonçalves de um crime de corrupção ativa em concorrência aparente com um crime de oferta ou recebimento de vantagem, enquanto indica que a SAD do Benfica terá cometido um crime corrupção ativa e um de fraude fiscal qualificada.

Do lado da SAD do Vitória de Setúbal, as acusações referem um crime de corrupção passiva e um de fraude fiscal qualificada, ilícito do qual também é acusada a empresa Olisports, enquanto nos três responsáveis da SAD sadina são acusados crimes de corrupção passiva em concorrência aparente com um crime de oferta ou recebimento de vantagem e de fraude fiscal qualificada.

 

Com Agência Lusa.

Mbappé alvo de investigação por alegada violação e agressão sexual

Kylian Mbappé está a ser investigado pela polícia sueca. De acordo com informações do Expressen, a polícia considera que o internacional francês é “razoavelmente suspeito” de violação e agressão sexual. O que segundo a France Press esta é a mais básica fase de investigação.

 

Segundo os jornais suecos a investigacao policial começou depois da queixa de uma alegada vítima, que evoca factos alegadamente ocorridos no final da semana passada, quando Mbappé e familiares passaram uns dias em Estocolmo, numa viagem privada.

Mbappé esteve hospedado num hotel de Estocolmo na noite de 10 para 11 de outubro, aproveitando não ter jogado pela seleção. O jornal Aftonbladet informava segunda-feira que tinha sido aberta uma investigação sobre uma alegada violação ocorrida no hotel onde Kylian Mbappé e vários amigos próximos, incluindo o seu antigo companheiro de equipa no PSG, o defesa Nordi Mukiele, tinham estado hospedados; o diário referia-se a uma denúncia feita à polícia por uma jovem, a 12 de outubro, mas não mencionava quaisquer suspeitos.

À agência france Press a polícia confirma este inquérito, mas não confirma que o visado é o internacional francês.

Tudo isto acabou por levar o próprio Mbappé a reagir, na rede social «X», partilhando uma das notícias que dão conta deste alegado caso, à qual juntou o seguinte texto:

«Fake news! Está a tornar-se tão previsível, na véspera das audiências, por acaso».

Deschamps agastado:
O selecionador gaulês Didier Deschamps foi questionado acerca do assunto e acabou por revelar que os incidentes deram origem a um « ambiente negativo » no seio da equipa.

« Isto não é nada bom para a seleção francesa. Não vou discutir isto com o Kylian porque ele já é suficientemente crescido para saber comunicar. É algo que está em todo o lado, a tomar proporções muito grandes. É preciso distinguir o verdadeiro do falso. Repito: cada um é livre de escrever o que quer, mas há um ambiente negativo. Tenham cuidado quando publicam coisas. É melhor esperar um pouco, pensar antes de publicar. Ainda assim, há coisas que não são difíceis de provar », referiu Deschamps, citado pelo Mundo Deportivo.

 

Com RTP e BFMTV

 

 

 

BES. Começa hoje um dos maiores julgamentos de sempre em Portugal, 10 anos após o colapso do banco

BES/GES: Julgamento arranca hoje 10 anos após o colapso do Grupo Espírito Santo

 

O julgamento do processo BES/GES começa hoje no Juízo Central Criminal de Lisboa, 10 anos após o colapso do Grupo Espírito Santo (GES), num caso com mais de 300 crimes e 18 arguidos, incluindo o ex-banqueiro Ricardo Salgado. Segundo o Ministério Público, a derrocada do GES terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

A primeira sessão do julgamento, cujo coletivo de juízes é presidido pela magistrada Helena Susano e constituído ainda pelos magistrados Bárbara Churro e Bruno Ferreira, está agendada para as 09:30 e, segundo a programação delineada num dos últimos despachos do tribunal, reservada somente para exposições introdutórias, que se prolongarão ainda para quarta-feira.

Face à dimensão do caso, que, além do Ministério Público (MP), inclui 18 arguidos e 120 assistentes representados por 58 mandatários (embora se desconheça ainda quantos vão usar da palavra), a juíza reservou o tempo máximo de 15 minutos por cada interveniente nestas exposições introdutórias, nas quais é suposto indicarem de forma sumária os factos que pretendem provar. No processo estão ainda 1.698 pessoas com estatuto de vítimas.

As declarações de arguidos, se existirem, e o início das audições de testemunhas estão apenas programadas para quinta-feira, começando pela reprodução da gravação do depoimento do comandante António Ricciardi.

O antigo presidente do Conselho Superior do GES morreu em 2022, mas o depoimento prestado ao MP na fase de inquérito, em 2015, terá a validade de prova testemunhal ao ser reproduzida em tribunal.

Fora do tribunal também se prevê que haja agitação, não só pelo aparato mediático em torno de um dos maiores julgamentos de sempre da justiça portuguesa, mas por causa de uma iniciativa organizada pela ABESD – Associação de Defesa dos Clientes Bancários – e pela ALEV – Associação de Lesados Emigrantes da Venezuela e África do Sul -, em memória das vítimas que já perderam a vida na esperança de recuperar o seu dinheiro.

A resolução do Banco Espírito Santo (BES), em 03 de agosto de 2014, ditou o fim da linha para o GES.

Esse mesmo ano marcou o início da investigação do MP ao Universo Espírito Santo, que foi repartido entretanto em sete processos, dos quais o julgamento que começa hoje é o principal caso.

O antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, é o principal arguido do caso e responde em tribunal por 62 crimes, alegadamente praticados entre 2009 e 2014.

Entre os crimes imputados contam-se um crime de associação criminosa, 12 de corrupção ativa no setor privado, 29 de burla qualificada, cinco de infidelidade, um de manipulação de mercado, sete de branqueamento de capitais e sete de falsificação de documentos.

A defesa do ex-banqueiro pediu a dispensa de marcar presença no julgamento, devido ao diagnóstico de doença de Alzheimer e a uma evolução desfavorável das condições de saúde, mas o tribunal recusou o pedido nos moldes em que foi apresentado, pelo que Ricardo Salgado deverá mesmo ter de comparecer em tribunal.

Além de Ricardo Salgado, vão também a julgamento Amílcar Morais Pires, Manuel Espírito Santo Silva, Isabel Almeida, Machado da Cruz, António Soares, Paulo Ferreira, Pedro Almeida Costa, Cláudia Boal Faria, Nuno Escudeiro, João Martins Pereira, Etienne Cadosch, Michel Creton, Pedro Serra e Pedro Pinto, bem como as sociedades Rio Forte Investments, Espírito Santo Irmãos, SGPS e Eurofin.

Considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro.

Segundo o Ministério Público, a derrocada do GES terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

Alfa/ com Lusa

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