PSP registou 2521 furtos a casas no primeiro semestre, menos do que em 2024

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A PSP registou no primeiro semestre deste ano 2521 furtos a casas, menos 103 do que em igual período de 2024, tendo ainda realizado 66 detenções, anunciou hoje a força de segurança.

Em comunicado, a PSP precisa que, embora o número de crimes de furto em interior de residência tenha reduzido 3,9%, o número de detenções foi igual ao do primeiro semestre do ano passado.

Entre os métodos mais usados pelos ladrões para forçar a entrada nas habitações estão o « arrombamento de portas, fechaduras e janelas, recorrendo ao uso de gazuas, ferramentas ou ácido » e o « escalamento de andares, varandas a janelas ».

O furto sem arrombamento, escalamento ou chaves falsas ou « em área anexa a residência » são outros dos modos de atuação mais habituais.

Na nota, a PSP recomenda à população que feche e tranque « devidamente a porta da habitação sempre que sair de casa » e se certifique de que, ao sair do prédio ou da garagem, a porta ou portão ficam encerrados.

Manter roupa estendida ou usar alguma iluminação para parecer que está alguém em casa, « não divulgar nas redes sociais » as « rotinas diárias » e os « períodos de ausência » da habitação e comunicar às autoridades qualquer situação suspeita são outros dos conselhos deixados.

« A PSP apela ainda à denúncia de todos os crimes de que se tenha conhecimento […] e relembra que quanto mais célere for esta denúncia, mais depressa serão efetuadas diligências para se chegar à identificação do(s) autor(es) do(s) crime(s) », acrescenta.

Em maio, lembra a força de segurança, o Relatório de Avaliação da Ameaça do Crime Grave e Organizado da União Europeia (EU-SOCTA, na sigla oficial), elaborado pela Europol, considerou como principal ameaça no furto a casas « grupos criminosos que viajam de região para região e de país para país, […] visando moradias e apartamentos ».

Rádio Alfa com LUSA

Pianista Maria João Pires vence Prémio Europeu Helena Vaz da Silva 2025

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A pianista Maria João Pires é a vencedora da edição de 2025 do Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural, anunciou hoje o Centro Nacional de Cultura (CNC), promotor da iniciativa.

« Este reconhecimento europeu presta homenagem à excecional contribuição de uma das maiores pianistas do nosso tempo para a promoção do património cultural e dos valores europeus », justifica o CNC, em comunicado.

De acordo com a decisão do júri, presidido por Maria Calado, presidente do CNC, « Maria João Pires é uma das pianistas mais poéticas e influentes da Europa. Além de ser uma extraordinária intérprete, é uma educadora visionária, uma pensadora cultural e uma revolucionária silenciosa no domínio do património musical ».

O júri reconhece na carreira da pianista, « profundamente enraizada nos valores da empatia, da inclusão e da excelência artística », a essência da « missão do Prémio Helena Vaz da Silva: sensibilizar o público para o património cultural europeu através de um envolvimento humanista e de impacto ».

Maria João Pires, numa reação ao prémio, citada pelo comunicado do CNC, disse: « Ter um prémio corresponde a ter uma honra. Ter uma honra e tomar consciência dela, é lembrar ao pormenor todas as pessoas que deram do seu tempo, colaboraram e ajudaram a que essa honra fosse atribuída. Por isso a minha primeira reação será sempre dizer ‘muito obrigado’ a todos por esta oportunidade. »

A pianista, que nasceu em Lisboa em 1944, tornou-se numa das « artistas mais destacadas internacionalmente », escreve o CNC, recordando o percurso de Maria João Pires desde a sua primeira atuação em público, aos quatro anos, até à consagração nas décadas de 1980-1990.

Após a conquista do primeiro prémio do concurso internacional Beethoven, em 1970, o seu nome tornou-se recorrente nos programas das principais salas de concerto a nível mundial e nos catálogos das maiores editoras de música clássica: a Denon, primeiro, para a qual gravou a premiada integral das Sonatas de Mozart (1974); a Erato, a seguir, nos anos de 1980, onde deixou Bach, Mozart e uma das mais celebradas interpretações das « Cenas Infantis », de Schumann; e depois a Deutsche Grammophon, em 1989.

Nesse ano, fundou o Centro Belgais para o Estudo das Artes, em Escalos de Baixo, Castelo Branco, projeto educativo, pedagógico e cultural dedicado à música, onde oferece ‘workshops’ interdisciplinares, concertos e gravações que, no futuro, segundo o CNC, podem vir a ser « partilhados com a comunidade digital ».

Em 2012, na Bélgica, iniciou dois projetos complementares: os Partitura Workshops e os Partitura Choirs, destinados a coros infantis de crianças oriundas de ambientes desfavorecidos, como o Hesperos Choir.

De acordo com o CNC, « todos estes projetos têm como objetivo criar uma dinâmica altruísta entre artistas de diferentes gerações, propondo uma alternativa a uma realidade demasiado focada na competitividade ».

No passado mês de junho Maria João Pires anunciou um afastamento dos palcos « por algum tempo », devido a um « problema de saúde cerebrovascular ». Na altura, cancelou concertos e recitais que tinha agendados para Portugal e para diversas salas europeias e do Japão.

Em agosto, em nova mensagem, mostrou entusiasmo « com a ideia de dar de novo aulas ‘online' »: « Dar aulas […] é muito mais do que isso, é uma forma de diálogo através da música, ‘um dar e receber’, uma troca de impressões, uma aprendizagem partilhada na arte de ouvir, uma procura de equilíbrio… Procurar em conjunto obriga a um acordo na experiência. Um trabalho sobre nós próprios, que nos dará certamente mais lucidez ».

Ao longo da carreira, Maria João Pires recebeu o prémio do Conselho Internacional da Música, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, 1970), o Prémio Pessoa (1989), a Medalha de Mério Cultural do Governo português e o Prémio Personalidade do Ano/Martha de la Cal da Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal (2019), o Praemium Imperiale (2024), da Associação de Arte do Japão.

A nível discográfico, foi distinguida quatro vezes pela Academia Charles Cross, nomeada regularmente para os Grammy e recebeu um prémio Gramophone, destacando-se as suas interpretações de Sonatas e dos « Impromptus », de Schubert, dos « Nocturnos », de Chopin, e de Concertos de Mozart e Beethoven.

O Prémio Europeu Helena Vaz da Silva foi instituído em 2013 pelo CNC, com a organização Europa Nostra e o Clube Português de Imprensa, com apoio dos ministérios da Cultura, Juventude e Desporto, e dos Negócios Estrangeiros, da Fundação Calouste Gulbenkian e do Turismo de Portugal.

Além de Maria Calado, o júri foi composto por Francisco Pinto Balsemão, fundador do grupo Impresa, Piet Jaspaert, vice-presidente da Europa Nostra, João David Nunes, pelo Clube Português de Imprensa, Guilherme d’Oliveira Martins, administrador da Fundação Gulbenkian, Irina Subotić, presidente da Europa Nostra Sérvia, e Marianne Ytterdal, do Conselho da Europa Nostra.

A entrega do prémio a Maria João Pires realizar-se-á na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, em 01 de novembro, às 17:00.

A primeira edição do Prémio Europeu Helena Vaz da Silva, em 2013, distinguiu o escritor italiano Claudio Magris. No ano passado o vencedor foi o fotógrafo alemão Thomas Struth.

Rádio Alfa com LUSA

Acidente/Elevador: Carlos Moedas enaltece a Polícia Municipal

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O presidente da Câmara de Lisboa enalteceu hoje a resposta dada pela Polícia Municipal no acidente da semana passada no elevador da Glória, reiterando a necessidade de mais efetivos.

Carlos Moedas falava na Praça do Município, na cerimónia que assinala os 134 anos da Polícia Municipal de Lisboa.

“É o dia de valorizar a vossa entrega. Porque ser polícia municipal é entregar-se ao perigo. Foi isto que eu vi a semana passada, no trágico acidente do Ascensor da Glória. Vi que em poucos minutos a Polícia Municipal já estava no local, vi os agentes da Polícia Municipal ao lado dos bombeiros, da Proteção Civil, dos médicos”, disse o autarca.

Segundo Carlos Moedas, foi “graças às forças de segurança de Lisboa” que se conseguiram salvar vidas.

“Estive em todos os lugares em que um presidente de Câmara podia ter estado. Fiz tudo o estava ao meu alcance. Lisboa respondeu com liderança, coordenação. Por isso sei que nunca será possível agradecer-vos o suficiente. O país inteiro viu que foram autênticos heróis”, reconheceu.

O social-democrata sublinhou também a importância de valorizar a polícia “nos momentos em que ninguém vê” e lembrou que tem defendido mudanças legislativas para que esta força possa ter mais competências e efetuar detenções de suspeitos.

“E é por isso que tenho insistido, sem descanso, junto do Governo: Lisboa precisa de mais polícia municipal, de mais videovigilância, de guardas-noturnos. É a segurança da cidade que está em causa”, frisou o autarca, que se recandidata nas eleições de outubro.

O elevador da Glória, sob gestão da Carris (sob a tutela do município), descarrilou no dia 03 de setembro, num acidente que provocou 16 mortos e duas dezenas de feridos, entre portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades, e que está a ser investigado.

Rádio Alfa com LUSA

Ataque às Torres Gémeas chocou o mundo há 24 anos

Eram quase 15h00 em França quando o primeiro avião, dos quatro que foram sequestrados, embateu numa das torres do World Trade Center, no coração de Nova Iorque.

Perto de três mil pessoas morreram na sequência do ataque terrorista reivindicado pela Al-Qaeda.

Esta quinta-feira, assinalam-se os 24 anos da tragédia e, como é habitual, estão marcadas cerimónias de homenagem às vítimas em várias cidades dos Estados Unidos.

Donald Trump estará presente no memorial no Pentágono, na Virgínia, ao passo que o vice-presidente dos Estados Unidos vai estar no Ground Zero, em Nova Iorque.

A homenagem contará também com a presença de Joe Biden e Kamala Harris.

Na Pensilvânia, vai ainda ser tocado o tradicional sino da esperança.

 

Com SicNotícias e Fr3.

 

Portugueses mais preocupados com xenofobia que com imigração – sondagem

A maioria dos portugueses está mais preocupada com o aumento da xenofobia do que com a imigração, numa sondagem hoje divulgada que indica grande apoio ao reforço das verbas em defesa, solidariedade internacional e ajuda aos países mais pobres.

“O aumento da xenofobia e da rejeição dos imigrantes” foi considerado por cerca de um terço dos cidadãos como um dos três fatores mais preocupantes que ameaçam a solidariedade internacional”, refere a sondagem, a que a Lusa teve hoje acesso, feita pela Pitagórica e promovida pelo Clube de Lisboa.

Este é um sinal de que a “existência de políticas e práticas xenófobas é classificada como uma ameaça e não a imigração em si”, já que “a gestão das migrações” não está entre as áreas mais referidas como prioritárias » para existirem políticas mais fortes”, lê-se nas conclusões.

Este resultado “pode evidenciar uma dissonância no grau de preocupação, entre as perceções dos inquiridos e os posicionamentos políticos e espaço mediático dedicado à questão”, referem os autores.

Em declarações à Lusa, o diretor executivo do Clube de Lisboa, Fernando Jorge Cardoso, considerou que “os discursos políticos nacionalistas e xenófobos, que não são típicos de Portugal”, mas “uma sequela de vários países europeus e também dos EUA”, a que se somam “muita opinião publicada” e “muitas das opiniões dos ativistas nas redes sociais, que não correspondem às perceções da população portuguesa”.

No inquérito “o que pensam os cidadãos em Portugal sobre os desafios globais e a solidariedade internacional?”, os 700 entrevistados mostram uma visão menos pessimista sobre a imigração ou sobre a solidariedade internacional, ao contrário da “realidade que se pensava e está a ser adulterada pelo discurso público e pelas perceções publicadas”, explicou Fernando Jorge Cardoso.

Já Patrícia Magalhães Ferreira, uma das autoras da sondagem, referiu que existem diferenças entre o sentimento real das pessoas e a opinião pública, que dá eco ao crescimento dos extremismos e dos populismos.

“As pessoas acreditam mesmo que a solidariedade internacional é importante”, exemplificou a investigadora, considerando que existe aqui “uma pequena diferença em relação aos jovens”, que os coloca como mais céticos em relação a alguns problemas.

“ As mulheres são mais a favor nas respostas relativas aos direitos humanos” e os “jovens denotam um maior ceticismo mesmo em questões como as alterações climáticas” ou o impacto local das questões globais, explicou Patrícia Magalhães Ferreira.

No que respeita à imigração, de uma lista de sete ameaças que foi pedida aos entrevistados para hierarquizar, a imigração aparece apenas em quinto lugar e há mais preocupação com “o discurso de rejeição e xenófobo contra os imigrantes” e as “dificuldades de integração”, referiu Patrícia Magalhães Ferreira.

“Segundo a nossa amostra, a imigração não é o problema, não é o bicho-papão”, resumiu Fernando Jorge Cardoso.

Já a questão da guerra é transversal em todo o inquérito, e muitos admitem que “a Ucrânia mudou a perceção dos portugueses a favor de mais cooperação internacional” e de mais despesa, desde que isso não prejudique os “orçamentos nas áreas sociais”, disse Patrícia Magalhães Ferreira.

O objetivo do estudo é “aferir como os cidadãos em Portugal percecionam e se posicionam face a desafios globais e à solidariedade internacional, num mundo que se quer mais seguro, mais justo e mais sustentável”.

Cerca de 80% “reconhece a solidariedade entre os povos como uma forma eficaz para enfrentar os grandes desafios globais e implementar soluções concretas” e 58% consideram que as “principais ameaças apontadas à solidariedade internacional são, em primeiro lugar, as guerras, os conflitos armados e a violência”, pode ler-se no documento.

“A grande maioria da população (88%) afirma sentir-se bastante preocupada e afetada pelos desafios enfrentados pela humanidade, e a principal razão para essa preocupação é a perceção de que os desafios globais afetam, ou podem vir a afetar, o conjunto da humanidade (66%)”, referem os autores.

A maioria dos inquiridos também reconhece que, “nos últimos anos, se tornou mais favorável a cooperação e solidariedade, após a pandemia de covid-19 (51%) e, muito especialmente, após o início da guerra na Ucrânia (64%)”.

“As organizações internacionais multilaterais são apontadas como os principais agentes responsáveis por procurar e implementar respostas aos desafios globais (68%)”, responderam os inquiridos, que defendem a “participação individual na resolução dos problemas globais”, embora quase metade diga que “o nível de consciencialização sobre os desafios mundiais em Portugal é fraco, nulo ou inexistente”.

“A maioria dos cidadãos sente-se pessimista quanto ao futuro do mundo, considerando que o contexto global estará pior daqui a 10 anos (59%)”, sobretudo nas “áreas do ambiente e alterações climáticas, da pobreza e fome, e dos conflitos armados e violência”.

Quanto à situação pessoal, 42% crê que, dentro de 10 anos, viverá de forma semelhante a hoje, mas há mais quem espera uma degradação da qualidade de vida em vez de melhorias.

“Mais de dois terços da população acreditam que as alterações climáticas são um fenómeno real causado pela ação humana”e a “esmagadora maioria mostra-se a favor da transição verde e descarbonização das economias, tal como está expresso nas metas e objetivos acordados a nível internacional”, mas cerca de dois terços só apoiam esse processo “desde que sejam acautelados os impactos humanos e sociais”.

“A grande maioria dos cidadãos considera que uma multiplicidade de fatores constitui ameaças importantes à paz e segurança a nível mundial”, como o “terrorismo, as crescentes violações de direitos humanos, e o aumento do cibercrime e campanhas de desinformação”.

Uma grande maioria (85%) concorda com o reforço do investimento e da alocação de recursos à defesa no contexto da União Europeia, ainda que cerca de um terço condicione a sua concordância à ausência de impactos no orçamento e recursos para as áreas sociais.

Quanto à participação de Portugal em missões internacionais de paz, segurança e defesa, a maioria (55%) considera-a adequada, mas um terço entende que essa participação deveria ser aumentada.

Os inquiridos consideram que a redução da pobreza e da fome no mundo deve ser uma das principais prioridades globais (89%) e sem uma redução das assimetrias e desigualdades mundiais não existirá paz nem desenvolvimento (80%), defendendo mecanismos de responsabilização de sanções para o não cumprimento de acordos mundiais assinados (87%).

O Clube de Lisboa é uma ONG que tem como objetivo a reflexão e o debate sobre os desafios globais, procurando recolher dados que apoiem as políticas públicas. No total, a sondagem feita pela Pitagórica incluiu uma amostra de 700 pessoas e as respostas têm um grau de confiança de 95,5%.

 

Com Agência Lusa.

Presidenciais: Catarina Martins anuncia candidatura a Belém

A eurodeputada e antiga coordenadora bloquista Catarina Martins anunciou a sua candidatura às eleições presidenciais de janeiro do próximo ano, propondo-se a « juntar forças » e « cuidar da democracia ».

 

« A minha candidatura coloca no centro o cuidado. Quero cuidar da democracia, cuidar dos bens comuns, cuidar da paz. Cuidar da igualdade e da liberdade. Juntar forças para devolver a confiança da democracia », lê-se numa declaração da candidatura enviada à Lusa.

No texto, Catarina Martins lembra o apagão que atingiu a Península Ibérica em abril e a entreajuda entre os cidadãos: “Quando a grande distribuição fechou e os multibancos pararam, as lojas de bairro venderam fiado e os vizinhos ajudaram-se”.

“Neste verão, as pessoas uniram-se para fazerem frente ao fogo e salvaram as suas aldeias. Anónimos depositaram flores ao lado do Elevador da Glória. Famílias acolheram outras famílias que fugiram de guerras. Choramos com as mães de Gaza. A solidariedade é uma grande força de Portugal”, conclui.

Na opinião da ex-coordenadora bloquista, “há quem queira negar esta força”.

“Aqueles que escolhem o insulto em vez do argumento e que semeiam o ressentimento para tolher a esperança. Nunca como hoje sentimos o perigo desta rampa deslizante; não é uma questão de franjas da população nem mesmo de uma bancada parlamentar ruidosa. A voz da selvajaria está no centro da decisão política e a contaminar as instituições”, adverte a bloquista.

Catarina Martins considera ainda que o cenário atual “não é uma repetição do passado” mas sim um fenómeno “novo e veloz”.

“É global e é aqui, na nossa casa comum. Exige a nossa indignação, imaginação, coragem, ação. Sem hesitações, eu quero ajudar a mudar já os termos do debate em Portugal. A degradação a que assistimos não pode ser normalizada nem desvalorizada”, defende, salientando que “os direitos democráticos constitucionais são a defesa contra o autoritarismo e a arbitrariedade”.

Catarina Martins propõe-se a centrar o debate político “na exigência da dignidade do trabalho, no direito à habitação, no apoio nas diferentes etapas da vida, no acesso à saúde, à educação e à cultura, no combate a todas as desigualdades e discriminações, em serviços públicos de qualidade que nos tratem como iguais e em que possamos confiar”.

Na ótica da eurodeputada, “é urgente popularizar a democracia” e enfrentar “os poderes que se movem na sombra, porque é o povo e a sua vida que têm de estar no centro da decisão política”.

Catarina Martins defende ainda que “é urgente ousar o futuro”, sublinhando a importância de temas como a transição climática e a necessidade de um “novo modelo de economia, um território vivo e coeso e uma nova credibilidade interna e externa”.

Por último, Catarina Martins defende a urgência da paz, considerando que Portugal “pode ser no mundo uma voz determinante pelo direito internacional e o multilateralismo, sem duplos critérios nem transigências de conveniência”.

“Apresento a minha candidatura presidencial com estas urgências. Uma candidatura inspirada na nossa força solidária, que faz pontes, que ouve e aprende com quem constrói Portugal todos os dias, E, claro, com a combatividade da mulher que sou”, escreve a candidata.

 

Com Agência Lusa.

Cristiano Ronaldo distinguido como « melhor jogador de sempre » na gala da LPFP

O futebolista português Cristiano Ronaldo foi hoje distinguido como “The Best of All Time” (O melhor de sempre) na Gala da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, tendo agradecido o prémio com palavras de orgulho por ser reconhecido no seu país.

“Obrigado à Liga por este prémio. Ser distinguido como melhor jogador de sempre é um orgulho, sobretudo no meu país. Obrigado a todos os meus companheiros que ajudaram a conquistar este troféu e agradeço a todos os treinadores que me ajudaram na caminhada para ser cada vez melhor”, afirmou o capitão da seleção portuguesa.

Nesta terceira edição da ‘Liga Portugal Awards’, a LPFP prestou também homenagem póstuma a Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto e da própria Liga, distinção recebida pelo filho, Alexandre Pinto da Costa.

Nos prémios institucionais, a Fundação Benfica venceu na categoria de Responsabilidade Social, enquanto o ex-jogador e internacional português Pepe recebeu o galardão da Liga Portugal.

Já o atual selecionador nacional, Roberto Martínez, foi distinguido com o Prémio Prestígio, e não deixou de mencionar Diogo Jota, futebolista internacional português, que morreu num acidente de viação em 03 de julho passado.

 « É um orgulho enorme receber este prémio e ser o primeiro treinador não português a ganhar um título internacional para Portugal. É um título que traz responsabilidade porque queremos ganhar mais. Temos que honrar o sonho de alguém que nos faz falta, que é o Diogo Jota. Por ele, por todos os portugueses e pelo futuro da Seleção. Este último estágio foi difícil e muito emocional, mas o nosso balneário é diferente. Temos uma força que vamos usar até ao fim, com orgulho », frisou o selecionador nacional.

Gala da Liga Portuguesa de Futebol.

O premio Mérito Desportivo foi entregue aos jogadores Nuno Mendes, Vitinha, João Neves e Gonçalo Ramos, bem como ao dirigente Luís Campos, todos a representar o clube francês Paris Saint-Germain.

Na categoria ‘Hall of Fame’, foram homenageados os internacionais portugueses Nani e Ricardo Quaresma, com símbolos de uma geração marcante do futebol nacional.

A Gala da Liga Portugal, que decorreu na sede da LPFP, no Porto, uniu diferentes gerações do futebol profissional nacional numa noite de distinções de carreira, mas também pela prestação desportiva na temporada de 2024/25.

 

Com Agência Lusa.

 

Tensão em França. Centenas de detidos nos protestos em todo o país

A França voltou a ser palco de protestos violentos. Mais de 500 pessoas foram detidas nos vários confrontos com a polícia registados nas manifestações desta quarta-feira.

Os manifestantes pegaram fogo a contentores e bloquearam estradas e rotundas.

De acordo com o Ministério do Interior, pelo menos 197 mil pessoas participaram no movimento « Bloquear tudo » hoje, com mais de 550 manifestações em todo o país.

Houve registo de cerca de 267 incêndios nas ruas em todo o país. Foram detidas 540 pessoas, incluindo 211 em Paris.

Há registos de confrontos em várias cidades e um cenário de destruição urbana.

O movimento de contestação « Bloquear tudo » nasceu nas redes sociais com o objetivo de contestar a proposta do rigoroso orçamento do agora demissionário primeiro-ministro, François Bayrou.

Nem a queda do Governo, nem a nomeação do novo primeiro-ministro Sébastien Lecornu, travou o protesto.

Milhares de pessoas tomaram as ruas de várias cidades. Há mesmo quem diga que a decisão do presidente francês de nomear um aliado foi uma « bofetada na cara ».

« Precisamos de mudança » foi uma das frases de ordem que mais se ouviu nos protestos.

Em Paris, a polícia impediu que « mil pessoas » invadissem a estação Gare du Nord. Citadas pela France24, as autoridades foram obrigadas a intervir para evitar que “um grande grupo” entrasse na estação de comboios.

A CGT (Confederação Geral dos Sindicatos) afirma ter 250 mil pessoas e « centenas de iniciativas cidadãs diversas ».

No seu site, o sindicato celebra « o sucesso da mobilização », o que « confirma a exasperação social ».

Com Agências

Descarrilamento do Governo francês. Charlie Hebdo satiriza crise política com elevador da Glória

Na capa do jornal satírico, os principais políticos franceses estão a descarrilar no interior do Elevador da Glória, ilustrando a enorme crise política em que a França se vê mergulhada (e o impacto internacional da tragédia em Lisboa).

 

Com Jornal Expresso.

 

Vão lá dentro Emmanuel Macron (Presidente francês), François Bayrou (primeiro-ministro demissionário), Marine Le Pen (do Reagrupamento Nacional), Jean-Luc Melenchon (líder da França Insubmissa), e Bruno Retailleau (líder dos Republicanos): o jornal satírico “Charlie Hebdo” colocou na sua capa o Elevador da Glória desgovernado, transportando algumas das principais figuras políticas francesas.

No contexto da mais recente crise política em França, Sébastien Lecornu foi nomeado primeiro-ministro e admitiu vir a promover “mudanças profundas” e “não apenas superficiais” para tirar o país do impasse. Assumiu ainda que os franceses enfrentam “fraturas” na sociedade, num dia marcado por protestos sociais em várias cidades francesas.

Lecornu sucede ao centrista François Bayrou, destituído na segunda-feira pelo chumbo de uma moção de confiança parlamentar. Na cerimónia de transição, prometeu procurar consensos e “ser mais sério na forma de trabalhar com a oposição”. De saída, Bayrou falou de um “momento tão difícil”, “muito exigente e perigoso” para a França.

Para existir, o futuro Governo francês deverá obter pelo menos um voto de não censura do Partido Socialista, algo indispensável para adotar um orçamento para 2026, cuja preparação acabou de derrubar a equipa cessante, que tinha apresentado um plano de cortes de quase 44 mil milhões de euros.

Lecornu é o quarto primeiro-ministro que o Presidente francês, Emmanuel Macron, nomeia em apenas 12 meses. Nesta quarta-feira, mais de 200 pessoas foram detidas na França em ações de bloqueio de autoestradas e infraestruturas de transporte.

A nova edição do jornal satírico “Charlie Hebdo” combina a situação crítica em que a segunda maior economia europeia se encontra com o episódio do acidente na capital portuguesa. A ilustração mostra o Presidente francês e o primeiro-ministro demissionário no interior do ascensor em queda, com um cabo solto. Vários parafusos saltam em diferentes direções. Na capa, está escrito “desbloqueiem tudo”, numa alusão ao movimento reivindicativo de bloqueio (« Bloqueiem tudo ») em curso no território francês.

A tragédia do Elevador da Glória foi notícia na imprensa de todo o mundo. Morreram 16 pessoas, de várias nacionalidades, incluindo uma cidadã francesa.

 

***Artigo Jornal Expresso***

 

Mãe de Mbappé revela: «Kylian dizia que era português por causa do Ronaldo»

Kylian Mbappé cresceu a idolatrar grandes nomes do futebol mundial, mas, segundo a mãe, Fayza Lamari, houve um que o marcou de forma muito especial: Cristiano Ronaldo.

Em entrevista ao jornal francês L’Équipe, a mãe do capitão da seleção francesa revelou que o avançado chegou a assumir-se como português, tal era a paixão pelo craque luso.

«Ídolos? Começou com o Zidane, desde os 4 anos. Depois houve o Cristiano Ronaldo, quando chegou ao Manchester United e depois ao Real Madrid. Quanto ao Cristiano… o Kylian era português na sua cabeça. Para ele, era português. Ia a casa do pai de uma amiga para ver os jogos de Portugal e apoiar o Ronaldo. Estava apaixonado. Dizia: ‘Sou português’», contou Fayza, entre risos.

A mãe de Mbappé acrescentou que essa fase se prolongou até mais tarde do que muitos imaginam. «Não vou dizer a idade, porque ele vai insultar-me. Mas durou muito tempo», comentou.

Fayza Lamari explicou ainda que entende a forma como os jovens reagem quando encontram Mbappé, porque viu o filho viver emoções idênticas quando também conheceu Zidane.

«Quando o viu aos 14 anos, disse-me: ‘Mãe, ele tocou no meu casaco, não o lavo mais’», concluiu.

Com L’équipe e MaisFutebol.

Fayza Lamari contou que o filho vivia os jogos de Portugal como adepto.

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