Trump não sabe quem é Ronaldo. “Mas diga-me, esse Christian é assim tão bom?”Trump gosta mais de golfe.

Marcelo empata na Casa Branca. Mas afinal o jogo era amigável. Marcelo entrou à defesa, mas acabou por não resistir à natureza de avançado. Rematou várias vezes, para testar a capacidade de resposta do adversário, mas a equipa da casa estava pouco interessada no jogo

DÉBORA HENRIQUES, (Expresso), EM WASHINGTON

“Mas diga-me, esse Christian é assim tão bom?”. A pergunta podia perfeitamente ser o resumo da partida, que pôs frente a frente os Presidentes de Portugal e dos Estados Unidos. Donald Trump não parecia saber quem é Cristiano Ronaldo e Marcelo Rebelo de Sousa apressou-se a explicar que “o melhor jogador do mundo é português”. No contra-ataque, Trump não acusou a falta e arriscou um prognóstico: se Ronaldo se candidatasse à Presidência da República, Marcelo seria derrotado. E aos 9 minutos de conversa, a equipa visitante atirou à baliza: “Há uma coisa que tenho de lhe dizer, Portugal não é como os Estados Unidos…”

Está tudo aqui. A jogar na Casa Branca, Marcelo quis impressionar Trump, mas sempre assegurando a devida distância, para não parecer demasiado próximo de um Presidente que insiste em afrontar a Europa e o mundo.

Os primeiros minutos de Marcelo Rebelo de Sousa na sala oval foram enganadores. Nem parecia Marcelo. Rosto fechado, mão no queixo e um ar quase aborrecido, mesmo enquanto Trump dizia que “a relação entre Portugal e os Estados Unidos está hoje melhor do que nunca”. O Presidente da República admitiria, mais tarde em conversa com os jornalistas, que nestas coisas, a linguagem corporal é um dado relevante. Parecia evidente que Marcelo queria passar uma mensagem. Mas durou pouco. Bastou Trump passar-lhe a palavra, para o Presidente disputar o papel de protagonista em filme alheio.

Começou por contar a Trump que “os fundadores dos Estados Unidos celebraram a independência com vinho da Madeira”. Depois quis falar ao coração do Presidente norte-americano: “Não temos apenas uma aliança militar, económica e política, é mais do que isso, é algo de muito humano”. Era a ponte para falar do milhão e meio de portugueses que vivem nos Estados Unidos e que “amam dois países ao mesmo tempo”. Trump acenava com a cabeça, como quem confirma a importância da comunidade portuguesa, mas não tinha mais nada para dizer sobre Portugal. Limitou-se a falar de um país de “grande beleza e de ótimas pessoas” , que tem um Presidente que é “um grande senhor e um grande fã de futebol”. A julgar pela amostra, os assessores de Trump não parecem ter perdido muito tempo na pesquisa sobre o convidado.

Mas nesta fase Marcelo já ia lançado a falar com as mãos, a baloiçar-se na cadeira e a dar toques cúmplices no braço de Trump. “Estive com Putin na semana passada, pediu-me para o cumprimentar, deve estar à espera da sua visita”. Trump sorri em silêncio.

Quando o dono da casa volta a usar da palavra, para responder às perguntas dos jornalistas norte-americanos sobre questões internas, Marcelo volta a encostar-se na cadeira e a pôr a mão no queixo. Até que Trump o chama à conversa com um “não sei o que pensa sobre isto, mas segurança e fronteiras fortes, somos nós”. Marcelo inclina-se para a frente e olha fixamente para o homólogo. Era uma pergunta retórica. Trump prossegue com a tese do país protegido de imigrantes ilegais. Marcelo não abre a boca. Haveria de dizer mais tarde que aproveitou o encontro a sós, para explicar com “um pouco de pedagogia”, porque é que diverge dos Estados Unidos, em matéria de imigração.

Só volta a entrar em cena, quando Donald Trump responde a uma questão sobre a guerra comercial imposta pelos Estados Unidos, ao definir pesadas tarifas alfandegárias sobre as importações de aço e de alumínio da União Europeia. Trump diz que “têm sido incríveis para a economia norte-americana”. Marcelo acena com a cabeça para os lados, como quem rejeita a ideia. Diria mais tarde aos jornalistas, que talvez nesse momento se “tenha excedido” na linguagem corporal, ao “mostrar discordância”. Na sala oval, limitou-se a dizer que “é uma boa notícia”, o facto de Trump ir encontrar-se com o Presidente da Comissão Europeia, para falar sobre o assunto.

Só ao fim de 15 minutos de conversa em frente às câmaras, mais 25 minutos a sós, é que Marcelo fez um balanço do encontro. Repetiu, pelo menos dez vezes, que foi “um encontro caloroso”. Não pelos protagonistas, mas pelo “calor que existe entre os dois povos”. Garantiu também que nada ficou por dizer e que tanto as convergências como as divergências ficaram bem expressas. Saiu da Casa Branca com a certeza de que deixou muito clara a Donald Trump, a importância de os Estados Unidos não criarem problemas com a União Europeia.

“Não podia ter corrido melhor”, assegurou o Presidente da República. Sendo assim, porque não houve um convite a Donald Trump para visitar Portugal? Marcelo empata e diz que não era o momento certo para isso.

Se voltarem a cruzar-se em breve, na Rússia, para assistir ao Mundial, quem sabe se a conversa não surge. Nessa altura, Trump já saberá quem é Ronaldo e já não se atreverá a falar de “Christian”. Mais conversa sobre futebol, já pode ser pedir demais. No limite, Marcelo e Trump podem partilhar o gosto pelo relvado. Mas toda a gente sabe que Trump é mais golfe.

« Ainda é cedo » para voltar a casa, diz Bruno Alves

O futebolista internacional Bruno Alves disse hoje que « ainda é cedo » para Portugal voltar para casa, confiando no triunfo no sábado sobre o Uruguai, nos oitavos de final do Mundial2018, em Sochi.

« Ainda é cedo. Temos um jogo para disputar, é o nosso foco. Estamos concentrados nesse desafio difícil. Prepará-lo bem. E vencer. Estamos aqui para vencer. E continuar fortes até ao final », disse o defesa central, revelando a ambição de chegar longe na prova.

A confiança de Bruno Alves, que aguarda pela estreia na competição, é imune à qualidade da dupla de avançados dos sul-americanos, Luís Suárez, do FC Barcelona, e Edinson Cavani, do Paris Saint-Germain.

« (Como se trava esta dupla?) A equipa. Todos os jogadores ajudam no processo defensivo de Portugal e não vai ser diferente. É preciso ter atenção com esses jogadores de classe mundial, com qualidade. Estamos preparados. Portugal tem demonstrado que consegue jogar contra qualquer adversário », disse.

O experiente futebolista recusou a ideia de um enfoque no ‘duelo’ Cristiano Ronaldo-Luís Suárez, rivais que alinham no Real Madrid e FC Barcelona, respetivamente, sublinhando a ideia de que a « equipa » prevalece e que os lusos devem atuar « ao melhor nível » para serem bem-sucedidos.

Bruno Alves acredita que Portugal « vai crescer » a partir de agora, assumindo que a « responsabilidade » do título de campeão da Europa possa ‘pesar’ em alguns companheiros.

« É natural que nestes jogos de grupo ninguém queira cometer erros. Queremos sempre jogar bem. E essa parte também pesa um pouco dentro de campo. Responsabilidade e tensão normal dos primeiros jogos. Acreditando sempre que vamos melhorar a nossa qualidade de jogo, que vamos fazer mais e melhor, todos juntos », sublinhou.

Ainda assim, recorda que o mais importante é ganhar: « Já superamos essa fase de maior tensão. Se não jogarmos tão bem, queremos é ganhar. Às vezes esquecemos que mais do que jogar bem é vencer. É o objetivo de todas as seleções ».

Portugal e Uruguai defrontam-se no sábado em Sochi às 21:00, 20:00 em Paris, em jogo dos oitavos de final do Mundial2018.

CEMITÉRIO PORTUGUÊS DE BOULOGNE-SUR-MER PRECISA DE OBRAS URGENTES. Comparação com as campas da Commonwealth é cruel.

Memorial português da Grande Guerra e a parte do cemitério com 44 campas de soldados portugueses mortos pela França, em Boulogne-sur-Mer, precisam de obras, informa o jornal La Voix du Nord, num artigo com o título: « Le mémorial portugais de la Grande Guerre montre des signes de fatigue ». O Memorial já nem pode ser visto de perto, por razões de segurança.
O Memorial em honra dos portugueses foi inaugurado em 1938, mas tanto ele como as campas na parte portuguesa do cemitério sofrem da comparação  com as 5 821 pedras tumulares da Commonwealth que, segundo escreve o jornal, estão « impecáveis porque são regularmente arranjadas e embelezadas com flores pela Commonwealth War Graves Commission (CWGC) ».
« Ao lado, as 44 sepulturas portuguesas, agrupadas numa pequena parte do cemitério, sofrem com a comparação », lê-se no jornal. A relva tem sido cortada refularmente mas « o tempo faz a sua obra de desgaste », acrescenta La Voix du Nord.
O granito fissura-se e até os nomes dos soldados portugueses mortos durante a Primeira Grande Guerra Mundial estão a apagar-se, informa o jornal. 
Quanto ao Memorial, não é possível chegar perto dele desde há alguns meses, por razões de segurança. 
Segundo o jornal, uma senhora, de nome Helena, de Braga, escreveu, no dia 12 de agosto de 2017, o seguinte no Livro de Ouro do cemitério: « É triste ver como está hoje o monumento ». 
Recorde-se que os Presidentes Macron e Marcelo visitaram recentemente o cemitério de Richebourg, o mais importante cemitério português de França, mas não chegaram a ir ao de Boulogne-sur-Mer.
 

Brasil e Suíça nos oitavos de final

O Brasil, vencedor face à Sérvia por 2-0, e a Suíça, que empatou 2-2 com a Costa Rica, qualificaram-se hoje para os oitavos de final do Mundial de futebol de 2018, na terceira jornada do Grupo E.

Em Moscovo, Paulinho, aos 36 minutos, servido por Philippe Coutinho, e Thiago Silva, aos 68, após canto de Neymar, apontaram os tentos dos brasileiros, que ganharam o agrupamento, com sete pontos, contra cinco dos helvéticos.

Blerim Dzemaili, aos 31 minutos, e Josip Drmic, aos 88, apontaram, por seu lado, os tentos dos suíços, em Nijni Novgorod, onde Kendall Waston, aos 56, e Yann Sommer, aos 90+3, na própria baliza, após penálti de Bryan Ruiz, faturaram para os costa-riquenhos, os únicos que ainda não tinham golos.

Nos oitavos de final, o Brasil vai defrontar o México, na segunda-feira, em Samara, enquanto a Suíça mede forças com a Suécia, na terça-feira, em São Petersburgo.

Alfa/Lusa.

Alemanha cai na fase de grupos, Suécia e México em frente

A Alemanha foi hoje eliminada pela primeira vez na sua história na fase de grupos do Mundial de futebol, ao perder (2-0) com a Coreia do Sul e face ao 3-0 da Suécia ao México, que qualificou ambas.

Os suecos venceram com tentos de Ludwig Augustinsson, aos 50 minutos, de Andreas Granqvist, aos 62, de grande penalidade, e de Edson Álvarez, aos 74, na própria baliza, e conquistaram o agrupamento, com os mesmos seis pontos dos mexicanos.

Por seu lado, os alemães caíram face a dois tentos nos descontos, de Kim Young-gwon, aos 90+3 minutos, e Son Heung-min, aos 90+6, acabando em quarto, com três pontos, tantos quantos os do sul-coreanos.

Os campeões em título ‘escreveram’, assim, o pior resultado de sempre em Mundiais, que era o 10.º lugar de 1938. Desde 1954 que ficavam sempre no ‘top 8’.

Alfa/Lusa.

Mundial2018: Cédric diz que agora só há « finais » e elogia Uruguai

O futebolista internacional português Cédric Soares elogiou hoje a seleção do Uruguai, adversária nos oitavos de final do Mundial2018, assumindo que o campeão da Europa agora só vai ter « finais » pela frente.

« Sabemos que em 2018 não perderam nenhum jogo. Venceram os seis em que participaram e não sofreram nenhum golo, um dado interessante. Eles têm muitas qualidades que vamos analisar, mas eles também terão de o fazer connosco. Vamos encarar o desafio como uma final », disse.

No topo das dificuldades a apresentar pelo rival sul-americano, a dupla atacante composta por Luís Suárez, do FC Barcelona, e Edinson Cavani, do Paris Saint-Germain.

« Sem dúvida que o Uruguai tem excelentes jogadores, foram duas vezes campeões do Mundo (1930 e 1950). Excelente equipa, porém, nós também temos as nossas armas. Vamos ter tempo para preparar esse encontro da melhor forma. Sem dúvida que temos as nossas qualidades e acreditamos muito nelas », vincou.

O lateral direito já foi companheiro de Martín Cáceres nos ingleses do Southampton, igualmente um lateral direito que conhece « bem », classificando-o como um « jogador interessante ».

O selecionador Fernando Santos revelou, antes do decisivo encontro com o Irão, que a fase de grupos era a mais complicada e que tudo seria diferente quando fosse a eliminar, acreditando que os seus pupilos se libertariam para melhores desempenhos.

« Tem-se revelado de facto difícil para todas as seleções, um Mundial muito competitivo. Sem dúvida que é um objetivo nosso passar. Agora vamos preparar os oitavos. Um desafio também muito difícil, a partir de agora são finais. Vamos encará-los dessa maneira », prometeu.

O lateral direito desconsiderou as exibições menos conseguidas de Portugal, frisando que o mais importante é « ir vencendo os jogos ».

 » Conseguimos o principal objetivo, passar. Acho que a equipa está de parabéns. Estivemos bem com o Irão. Controlámos a maior parte da partida. Agora é focar no próximo jogo, uma grande seleção. Contudo, somos campeões da Europa, já mostrámos várias vezes a nossa qualidade e vamos continuar a fazê-lo », garantiu.

Cédric desvalorizou o facto de os lusos terem encontrado rivais com porte atlético mais forte, sendo que o Uruguai se tem revelado especialista em marcar em lances de ‘laboratório’, de bola parada.

« Vamos trabalhar da mesma forma. Todos os adversários com jogadores altos e outros mais baixos. No futebol é irrelevante. Temos é de atacar a bola, cada duelo », concluiu.

Portugal prepara o desafio de sábado com o Uruguai, às 21:00, 19:00 em Portugal, relativo aos oitavos de final do Mundial2018.

Alfa/Lusa

Ciclista Rafael Silva conquista medalha de bronze nos Jogos do Mediterrâneo

O ciclista português Rafael Silva conquistou hoje a medalha de bronze da prova de fundo dos Jogos do Mediterrâneo, que decorrem em Tarragona, Espanha.

Foto: Fernando Fontes/Global Imagens

Rafael Silva terminou os 143 quilómetros atrás dos italianos Jalel Duranti e Filippo Tagliani, que conquistaram o ouro e a prata, respetivamente, tendo terminado com o mesmo tempo – 3:43.50 horas – dos adversários,l após um ‘sprint’ final.

Numa prova disputada no circuito urbano de Vila Seca, localidade situada a cerca de 20 quilómetros da cidade espanhola de Tarragona, participaram mais sete corredores portugueses orientados pelo selecionador José Poeira.

Ao sexto dia de competição, esta é a 11.ª medalha de Portugal nos Jogos do Mediterrâneo que tiveram início na quinta-feira, estendendo-se até 01 de julho, e nos quais participam 26 países.

Melanie Santos e João Pereira conquistaram o ouro no triatlo, enquanto João Costa e Alexis Santos arrecadaram o bronze no tiro e nos 200 metros estilos da natação, respetivamente.

Seguiram-se medalhas na canoagem, através de Joana Vasconcelos e Fernando Pimenta, com a prata nos K1 500, e de Teresa Portela, com o bronze em K1 200, bem como as da natação, com o terceiro lugar do jovem nadador João Vital nos 400 metros estilos, o segundo lugar de Ana Monteiro nos 200 metros mariposa e o terceiro de Diana Durães nos 400 metros livres.

Portugal, que se estreia nos Jogos do Mediterrâneo, está representado por 232 atletas em 29 modalidades.

Alfa/Lusa

Migrações: Portugal e mais sete países europeus vão receber migrantes do Lifeline

O primeiro-ministro maltês, Joseph Muscat, disse hoje que oito países europeus, e não sete como afirmara pouco antes, vão receber migrantes do navio humanitário Lifeline.

(foto: LUSA/HERMINE POSCHMANN / MISSION LIFELINE / HANDOUT)

Em conferência de imprensa, Muscat citou inicialmente sete países – Portugal, Bélgica, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, além de Malta – e disse esperar “confirmação de um outro Estado membro”, mas, no final, precisou que são oito: os sete já referidos e a Holanda.

O chefe do governo maltês convocou a imprensa para anunciar que o navio, que transporta mais de 200 migrantes, foi autorizado a aportar em Malta, onde é esperado ao final do dia.

“Cada um [dos países] acolherá de acordo com a sua capacidade e não quero dar números agora, porque antes temos de ver as pessoas a bordo, o seu risco e situação. Temos de estudar cada caso e o número de menores desacompanhados”, disse.

Muscat acrescentou que o navio será apreendido à chegada a Malta e os migrantes avaliados para determinar quais preenchem as condições para requerer asilo e quais, não preenchendo, serão repatriados.

“Não serão acolhidos aqueles que não cumprirem os requisitos”, disse.

O navio, operado pela organização não-governamental alemã Lifeline Mission e de pavilhão holandês, navega há seis dias com 230 migrantes resgatados perto das costas da Líbia, no Mediterrâneo.

O chefe do governo maltês disse ainda que as autoridades vão investigar a legalidade do registo do navio, depois de a Holanda ter negado autorização para ter pavilhão holandês, e a sua ação no mar, incluindo as suspeitas de que terá desligado os dispositivos de posicionamento.

Muscat disse ainda que a situação “foi causada pela decisão do capitão do navio, que agiu contra as regras de direito internacional” e ignorou as ordens da guarda costeira italiana de os colocar sob responsabilidade da guarda costeira líbia.

Alfa/Lusa

GUERRA COMERCIAL EUA/EUROPA PREJUDICA AMERICANOS

Produtos importados dos Estados Unidos da América e tarifas aduaneiras. Estará o consumidor europeu devidamente protegido ? SIM, responde Pascal de Lima. Volte a ouvir aqui a opinião do economista:

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