(Por Miguel Esteves Cardoso, in Público)Foi preciso coragem para o jovem se dirigir directamente a Macron. Demonstrou uma saudável irreverência que deveria ser encorajada em vez de reprimida.
A arrogância pomposa de Emmanuel Macron ficou à vista no vídeo em que o Presidente francês dá um sermão de protocolo e moral a um rapaz de treze anos que o saudou amistosamente, tratando-o por Manu.
A fita de Macron é ridícula – fica-se, de facto, com vontade de rir dele – mas também é estúpida. Ser saudado informalmente por um ser humano de treze anos é uma raridade. Tentar humilhá-lo publicamente é uma maldade e uma deselegância. Toda a gente sabe que o jovem e Macron não estão no mesmo nível. Não é preciso invocar o sagrado código republicano para lembrar que o rapaz ainda não tem idade para votar enquanto Macron é o reverendíssimo Presidente da República Francesa.
É precisamente por causa da diferença de prestígio que Macron deveria ter recebido a saudação com a mesma simpatia com que foi feita. Foi preciso coragem para o jovem se dirigir directamente a Macron. Demonstrou uma saudável irreverência que deveria ser encorajada em vez de reprimida.
O ralhete sobranceiro de Macron demonstrou que o homem afinal é muito inseguro. Basta o à-vontade de expressão de um jovem para ferir a delicada sensibilidade do grande estadista. O adolescente mostrou-se mais bem educado do que o Presidente. Eu cá sei o que lhe teria respondido.
Quem ganhar o Mundial de futebol ganha um ponto em crescimento económico? Os efeitos do Mundial nas economias de cada país – pelo economista e professor de SciencesPo, Pascal de Lima.
Volte a ouvir aqui a última crónica de Pascal de Lima:
O selecionador português de futebol, Fernando Santos, considerou hoje que a equipa das ‘quinas’ só vencerá quarta-feira Marrocos, na segunda jornada do Grupo B do Mundial2018, se estiver ao seu « melhor nível ».
“Basta jogar ao seu melhor nível, como fez no campeonato da Europa a todos os níveis do jogo. Se fizermos isso, com mais ou menos dificuldades, acredito que vamos ganhar », vincou, na antevisão ao desafio marcado para Moscovo.
Depois da estreia com um empate a três com a Espanha, o técnico negou qualquer excesso de confiança, recordando que « o que trouxe Portugal até aqui, que levou a ser campeão da Europa, foi o enorme respeito por todos os adversários”.
“Portugal assume as suas capacidades, mas também sempre disse que a fórmula que nos levou a vencer foi o respeito e humildade, independentemente do nome da seleção e pais que enfrenta. Temos de ser iguais a nós próprios, altamente competitivos, uma equipa capaz de lutar e sofrer e fazer coisas boas para ganhar os jogos”, reforçou.
Fernando Santos relevou a insinuação de Marrocos de que vai apresentar um futebol mais intenso, propício ao choque, recordando que o opositor norte-africano é bastante mais do que isso.
« É uma equipa que, na realidade, disputa o jogo no seu limite, coloca toda a sua intensidade em campo. Obviamente, temos de responder. Mais importante, é impor as nossas qualidades. Temos de dar tudo o que temos, em termos de organização, concentração, paixão, determinação e, se respondermos sempre dessa forma, e formos intensos, ficamos mais próximos de triunfar », vincou.
O selecionador luso garante que os seus pupilos estão “preparados” para os desafios que serão colocados pela “excelente” formação de Marrocos, « uma das melhores equipas de África, com um treinador muito experiente (Hervé Renard) ».
« Têm atletas que na sua maioria atuam em campeonatos europeus. Um conjunto muito bem organizado, com jogadores que conhecem muito bem o jogo em termos técnicos e táticos, rápidos e com qualidades técnicas muito, muito boas », completou.
O técnico da formação das ‘quinas’ revelou que o grupo analisou as coisas boas e menos boas realizadas no empate com a Espanha, em Sochi, esperando que já possa exibir essa evolução no Estádio Luzhniki, em Moscovo.
« Portugal tem capacidade para fazer melhor do que fez com Espanha », admitiu.
Fernando Santos, manifestou também o desejo de que, Cristiano Ronaldo esteja ao seu “nível habitual”, contudo recordou que o futebol é, sobretudo, um jogo coletivo.
« Está incluído num grupo com mais 22 jogadores. A seleção portuguesa é campeã da Europa, com Ronaldo obviamente. É o nosso capitão, mas nunca vi um jogador sozinho ganhar o que quer que fosse », vincou.
Fernando Santos continua a admitir que já não sabe mais o que dizer do « melhor do Mundo », de quem espera sempre as coisas mais surpreendentes.
« Espero que esteja ao nível que nos habituou, ele e a minha equipa, e que possamos vencer um opositor muito forte como Marrocos », desejou.
Boa parte das perguntas nas conferencias de imprensa estão relacionadas com Cristiano Ronaldo, situação que Fernando Santos vai tentando contrariar, lembrando que isto « não é um jogo individual, de ténis ou atletismo ».
« Estamos num campeonato do Mundo, é um jogo entre seleções e há que respeitar muito a equipa de Marrocos, que é excelente e é essa que vamos defrontar. Temos de ganhar e isso é que é importante », rematou.
O desafio disputa-se quarta-feira, pelas 15:00 locais (14:00 em Paris), e será arbitrado pelo norte-americano Mark Geiger.
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e a sociedade civil já plantaram árvores numa área de cerca de 380 hectares no Pinhal de Leiria.
Os lotes de madeira do Pinhal de Leiria (na imagem) foram os mais disputados
FOTO LUÍS BARRA
Pinhal de Leiria, grande parte destruído pelos incêndios de outubro de 2017, já recebeu 640 mil árvores plantadas por organizações da sociedade civil e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), foi esta terça-feira anunciado.
« Estamos a falar de várias espécies, o pinheiro bravo continua e continuará a ser espécie predominante, mas claro se estivermos a tratar de solos de melhor qualidade temos outras espécies autóctones, os sobreiros, os medronheiros e uma série de outras folhosas que foram aqui instaladas », disse à agência Lusa o presidente do ICNF, Rogério Rodrigues.
As 640 mil árvores foram plantadas numa área de cerca de 380 hectares. « Ao mesmo tempo que a Comissão Científica [do Programa de Recuperação das Matas Litorais] está a estudar as linhas de desenvolvimento para este programa de recuperação, não podíamos deixar de acolher as enormes iniciativas de voluntariado e de mecenato que temos vindo a receber da sociedade, das pessoas individualmente, das associações, mas também das empresas e de outras organizações que acorreram junto do ICNF para poder prestar a sua ajuda », declarou Rogério Rodrigues.
O presidente do ICNF reafirmou que este é um « contributo importantíssimo » que o instituto não poderia « deixar de acolher de imediato, sem condicionar as baias daquilo que a Comissão Científica está a estudar », escolhendo áreas específicas onde se sabe que « a regeneração natural não iria acontecer ‘per si' ».
Rogério Rodrigues assinalou que haverá « uma intensíssima regeneração natural em cerca de dois terços desta área e haverá sempre uma parte importante que terá de ser reflorestada com espécies autóctones e também com o pinheiro bravo ».
O responsável do ICNF salientou, por outro lado, que além do projeto de recuperação, há « uma tarefa hercúlea para os próximos dois anos, que é a exploração florestal de todo este manancial de área florestal de povoamentos ardidos », situação que « mexe muito com a economia ».
Segundo Rogério Rodrigues, há « um volume de madeira que nunca Portugal teve em termos de pinheiro bravo e com um fortíssimo contributo, infelizmente, proveniente destas matas ».
« Condicionarão todos os trabalhos nos próximos ano e meio a dois anos, isto se nenhum fator exógeno nos condicionar ao nível das expectativas que temos e, após esse período, é que teremos os grandes trabalhos em torno da recuperação do pinhal », referiu.
O Pinhal de Leiria, também conhecido por Mata Nacional de Leiria e Pinhal do Rei, é propriedade do Estado. Tem 11.062 hectares e ocupa dois terços do concelho da Marinha Grande. A principal espécie é o pinheiro bravo.
De acordo com informação no sítio na Internet do ICNF, a primeira arborização data do século XIII, tendo sido feitas as grandes sementeiras no reinado de D. Dinis.
No incêndio de 15 de outubro de 2017 ardeu 80% da sua área.
O Tribunal Geral da União Europeia (UE) confirmou, terça-feira, que a antiga eurodeputada da extrema-direita francesa Marine Le Pen tem de devolver quase 300 mil euros ao Parlamento Europeu (PE), por uso indevido da verba.
Por seu lado, a visada já anunciou que vai recorrer « em breve » do acórdão, para o Tribunal de Justiça.
O tribunal confirmou, num acórdão divulgado, a decisão do PE de reclamar a Marine Le Pen a devolução de cerca de 300 mil euros pelo emprego de uma assistente parlamentar, por não ter demonstrado a efetividade do trabalho dessa assistente.
O Tribunal Geral negou, assim, provimento ao recurso de Marine Le Pen e confirma a decisão do Parlamento de exigir a devolução de 298.497,87 euros, que a ex-deputada ao PE recebeu entre dezembro de 2010 e fevereiro de 2016.
O Parlamento Europeu considerou que Marine Le Pen, que foi deputada entre 20019 e 2017, de não ter apresentado a prova da existência de uma atividade da assistente local ligada efetiva, direta e exclusivamente ao seu mandato.
O recurso desta decisão, que a líder a extrema-direita francesa anunciou « para breve », está limitado às questões de direito.
Recentemente, Le Pen propôs a alteração do nome do partido de Frente Nacional para União Nacional.
Um motorista de 31 anos está desaparecido, desde a madrugada de segunda-feira, da área de serviço de Fenioux, na A10, a cerca de 130 quilómetros a norte de Bordéus, França.
Tiago Coelho, natural de Vila Real, desapareceu durante uma paragem para descanso.
Segundo a empresa de transportes para a qual o motorista trabalhava, Tiago Coelho terá sido visto por volta das 2.17 horas da madrugada. « Depois, terá saído por qualquer razão que desconhecemos, mas todos os seus pertences ficaram », explica a empresa.
O motorista estava na área de serviço de Fenioux, no sentido Norte, entre as localidades de Saintes e Niort. O camião já terá sido alvo de buscas por parte das autoridades francesas e foi emitido um alerta de desaparecimento a nível europeu.
A empresa pede aos motoristas que circulam naquela zona para estarem atentos a qualquer pista sobre Tiago Coelho. « Se alguém tiver alguma informação ou o vir, por favor contactem de imediato a polícia », pedem.
O Governo português a acompanhar o caso junto das autoridades francesas, segundo fonte da secretaria de Estados das Comunidades.
“A família ainda não contactou o Consulado-Geral de Portugal em Bordéus. No entanto, os serviços do consulado já contactaram as autoridades policiais competentes francesas no sentido de poderem acompanhar os desenvolvimentos sobre o desaparecimento do cidadão português”, indicou a mesma fonte.
Hoje em declarações à Lusa, Sara Carneiro, cunhada de Tiago Coelho, disse que a família está em contactos com as autoridades francesas.
“Hoje ainda não temos resposta nenhuma. Ele gostava do trabalho que estava a fazer. Nunca nos levou a pensar que houvesse algo negativo. Disse-nos que achava que nas paragens em França não era muito seguro”, disse.
Segundo a cunhada, a família sabe pelas autoridades que foi encontrada a mochila no camião, que continha o telemóvel e todos os pertences.
“O camião só tinha um bocadinho do vidro aberto. Não aparece é o Tiago nem o dinheiro que tinha no bolso”, disse.
De acordo com a cunhada, a mãe de Tiago terá sido a última a falar com ele ao telefone.
“Na segunda-feira a mãe tentou ligar e não conseguiu por volta das 22:30. Ele costumava ligar de volta e não o fez, mas quem deu o alerta foi a empresa”, disse.
Uma organização não-governamental (ONG) francesa que tem apoiado as vítimas dos incêndios de 2017 anunciou hoje que a sua missão em Portugal poderá acabar por falta de ajuda no transporte e armazenamento dos bens reunidos.
“Um importante programa de apoio material às vítimas” está agora “ameaçado de desaparecimento”, informa a Partagence, com sede em Paris, em comunicado.
O coordenador em Portugal da ONG, Leonel Antunes, disse à agência Lusa que “a situação está complicada”.
“Mantemos, para já, toda a nossa intenção e toda a logística, mas corremos o risco de não conseguir continuar”, adiantou.
A instituição afirma que “a ausência quase total de apoios, mesmo tendo a Partagence, como devia, aberto uma conta bancária portuguesa em Lisboa, coloca neste momento em causa a missão”.
“A sociedade civil continua sensibilizada para apoiar esta missão excecional”, sublinha na nota.
A Partagence dispõe de uma delegação em Lisboa e tem protocolos de colaboração com os municípios de Tondela, Santa Comba Dão, Tábua, Seia, Pampilhosa da Serra, Góis e Penela, uma cooperação que não conseguiu concretizar com as autarquias de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande, as quais não deram “uma resposta oficial, mesmo após vários meses” de reuniões e contactos com a ONG, em 2017, lamenta.
No entanto, “a organização espera poder ainda reunir as condições para finalizar a sua missão de apoiar nos próximos 12 meses as mais de 400 primeiras habitações destruídas” em Tondela, Santa Comba Dão, Tábua, Seia, Pampilhosa da Serra, Góis e Penela.
“Que acontecerá às 31 toneladas de móveis e equipamentos para o lar armazenados no Centro do país, que tornam já a Partagence no maior doador de bens materiais – novos, repetimos – no esforço de reconstrução das casas destruídas em Portugal?”, pergunta, referindo ainda a situação de “numerosas famílias sinistradas que, informadas do papel humanitário da Partagence, se arriscam a ser negligenciadas”.
A ONG, que tem o francês Claude Frégeac como diretor-geral, salienta o papel dos voluntários portugueses e franceses “que se envolveram” no apoio às vítimas dos fogos de 2017, “em nome desta associação que investiu os meios financeiros de que dispunha” na missão humanitária que diz agora estar comprometida.
Em Portugal, “falharam todos os esforços visando obter apoio para fazer face aos custos relacionados principalmente com o transporte e armazenamento dos móveis”, além de outros “esforços infrutíferos juntos das autoridades”, segundo a nota.
“Após 10 meses, a Partagence apenas beneficiou de tímidos apoios da comunidade lusa em França”, acrescenta.
O novo treinador do Sporting, Sinisa Mihajlovic, estabeleceu hoje como objetivo para a próxima temporada “fazer melhor do que no ano anterior”, confessando que “há mais de 10 dias” está a trabalhar “o futuro” do clube.
“O primeiro objetivo é fazer melhor do que no ano anterior. Queremos ser protagonistas não só no campeonato, como também na Liga Europa. Temos todo o tempo para nos prepararmos bem. A equipa tem qualidade e, acima de tudo, precisa de honrar a camisola. Não vejo a hora de começar a trabalhar », disse, em declarações à Sporting TV.
Paralelamente, o técnico sérvio de 49 anos confessou “há alguns dias” está a trabalhar com a direção do clube a próxima temporada.
“Hoje, deu-se a assinatura do contrato, mas andamos a preparar a equipa para o futuro há mais de 10 dias », comentou.
De resto, Sinisa Mihajlovic afirmou estar “muito contente por assinar pelo Sporting”, clube “bastante famoso”, um dos maiores do “país dos campeões europeus”. »
“Aproveito para agradecer ao Presidente por ter apostado em mim”, disse, numa referência a Bruno de Carvalho.
O ex-futebolista sérvio, que assinou um contrato válido por três épocas, notabilizou-se na Série A italiana, campeão europeu pelo Estrela Vermelha, chega a Alvalade depois de ter treinado o Torino na última época para suceder a Jorge Jesus.
Como treinador, função que ‘abraçou’ dois anos após deixar os relvados, começou como adjunto no Inter, em 2008, passando por Bolonha, Catânia, Fiorentina, seleção da Sérvia, Sampdória, AC Milan e Torino, mas nunca conquistou nenhum troféu.
O sérvio chega ao Sporting num dos momentos mais difíceis da vida do clube, com a rescisão unilateral de nove futebolistas e a poucos dias de uma Assembleia Geral em que se decide pela continuidade ou não de Bruno de Carvalho.
O guarda-redes português Rui Patrício, que rescindiu com o Sporting alegando justa causa, assinou contrato com o Wolverhampton válido por quatro épocas, anunciou hoje o clube da liga inglesa de futebol.
O internacional português, que está ao serviço da seleção no Mundial de futebol, na Rússia, junta-se na próxima época à equipa comandada por Nuno Espírito Santo, que venceu o campeonato da segunda divisão inglesa na época passada e vai disputar a Premier League.
Rui Patrício, com 70 jogos na seleção portuguesa, fez toda a sua carreira no Sporting, o seu clube de formação, ao serviço do qual alinhou pela primeira vez na época 2006/07, antes de se tornar o titular da baliza ‘leonina’ nas 11 temporadas seguintes.
O guarda-redes foi um dos nove jogadores que alegaram justa causa para rescindirem contrato com o Sporting após o final da temporada, na sequência das agressões de que foram alvo futebolistas, elementos da equipa técnica e staff em 15 de maio, na Academia de Alcochete. Dos cerca de 40 atacantes que invadiram as instalações, 27 foram detidos e ficaram em prisão preventiva.
A folha do morangueiro silvestre tem « elevado potencial para combater infeções » provocadas por uma bactéria associada a múltiplas patologias gástricas, concluiu um estudo da Universidade de Coimbra.
« O extrato de folhas de morangueiro silvestre (Fragaria vesca), em especial uma fração purificada rica em elagitanina, apresenta elevado potencial para combater infeções provocadas por Helicobacter pylori (H. pylori), uma bactéria que está associada a múltiplas patologias gástricas e alguns tipos de cancro do estômago », afirma a Universidade de Coimbra (UC), baseada nos resultados preliminares de um estudo desenvolvido na instituição.
A investigação está a ser feita por uma equipa de especialistas das faculdades de Farmácia (FFUC) e de Medicina (FMUC) da Universidade de Coimbra.
Tendo como objetivo avaliar a atividade da bactéria anti-H. pylori de diversos extratos de plantas, a investigação evidenciou igualmente que « o extrato da agrimónia (Agrimonia eupatoria L.), uma planta da família das Rosaceae, é também um bom candidato para a terapêutica desta bactéria que se aloja no estômago do ser humano, afetando cerca de 50% da população mundial ».
Em Portugal, aquela taxa sobe para 84% da população, refere a UC.
Embora muitos dos indivíduos não cheguem a desenvolver doenças associadas ao Helicobacter pylori, quando tal acontece os tratamentos disponíveis atualmente são muito agressivos, « exigem a toma de três antibióticos em simultâneo, associados a um protetor gástrico (inibidor da bomba de protões), durante duas semanas », sublinha, citada pela UC, Maria Manuel Donato, investigadora da FMUC e coordenadora da investigação.
Trata-se de « uma terapêutica muito agressiva, com diversos efeitos secundários, o que leva a que facilmente as pessoas abandonem o tratamento antes do seu fim, com tudo o que isso implica, nomeadamente no aumento da resistência a antibióticos », acrescenta a coordenadora do estudo, que já foi publicada no Journal of Functional Foods.
É importante, por isso, acentua a investigadora, « investigar o efeito antibacteriano de extratos de plantas como alternativas terapêuticas e/ou complementares do tratamento ».
Os resultados obtidos neste estudo, « apesar de preliminares, abrem caminhos para o desenvolvimento de novos fármacos », sustenta Maria Manuel Donato, indicando que « os extratos de Agrimonia eupatoria L. e de Fragaria vesca mostraram efeito anti-H. pylori, independente da virulência e da resistência aos antibióticos apresentada por esta bactéria, com o extrato das folhas de morango a ser o mais ativo e a respetiva fração enriquecida em elagitanina a mais eficaz contra a bactéria ».
Nas experiências realizadas em linhas celulares gástricas – em denominados isolados clínicos de Helicobacter pylori – com diferentes perfis de resistência aos antibióticos e de virulência, a equipa de especialistas conseguiu « determinar a concentração adequada de cada extrato para inibir a bactéria », adianta a UC.
Este trabalho científico surgiu na sequência de um estudo epidemiológico sobre Helicobacter pylori na região Centro, realizado pelo grupo ao qual pertence Maria Manuel Donato, em colaboração com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
Os extratos foram fornecidos pela docente e investigadora Teresa Batista, do Laboratório de Farmacognosia da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.
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