CONGRESSO do PS e os EMIGRANTES. O ESCÂNDALO DOS IMPOSTOS sobre as PENSÕES DE REFORMA DOS EMIGRANTES PORTUGUESES.

O ESCÂNDALO DOS ELEVADOS IMPOSTOS QUE PORTUGAL COBRA ÀS PENSÕES DE REFORMA DOS EMIGRANTES QUE REPRESSAM AO PAÍS É UMA INJUSTIÇA QUE NECESSITA SER RETIFICADA URGENTEMENTE.

Portugal, o país severo e madrasto que obrigou centenas de milhar de portugueses a emigrar, continua a explorar escandalosamente os emigrantes quando eles  regressam ao país para aí viverem com a pensão de reforma que conseguiram com o seu trabalho no estrangeiro. É um inacreditável abuso que deve ser corrigido o mais rapidamente possível.

É o próprio deputado socialista Paulo Pisco, que denuncia esta situação no mínimo anacrónica, numa moção sobre a necessidade de apoiar o regresso ao país dos emigrantes que apresenta ao 22º Congresso do PS, que decorre neste fim de semana em Portugal. “Um cidadão que tenha uma pensão de 2.500 euros da França ou da Suíça, que pagaria nesses países cerca de 9 por cento de IRS, em Portugal pagaria 25,50%, pelo que, mesmo que lhe sejam retirados os 9 por cento, ficará sempre a pagar mais 16% do que no país onde obteve a pensão”, escreve o deputado pelo círculo da Europa.

Aqui fica o parágrafo que Paulo Pisco dedica às reformas dos emigrantes ma moção que apresenta ao Congresso do seu partido, que dirige o Governo em Lisboa.

“A nível dos tratamentos injustos, aquele que deveria ser objeto de maior

atenção diz respeito à elevada taxa de imposição de IRS às pensões dos

portugueses que regressam do estrangeiro, em regra muito superior à que

teriam no país onde trabalharam toda a vida e fizeram os seus descontos.

Pelo que, até por este aspeto, é injusto que a administração fiscal

sobretaxe os cidadãos que obtiveram os seus rendimentos no estrangeiro,

como se se tratasse de uma penalização por quererem regressar ao país.

Por exemplo, um cidadão que tenha uma pensão de 2.500 euros da França

ou da Suíça, que pagaria nesses países cerca de 9 por cento de IRS, em

Portugal pagaria 25,50%, pelo que, mesmo que lhe sejam retirados os 9

por cento, ficará sempre a pagar mais 16% do que no país onde obteve a

pensão. Para evitar estes cortes, muitos portugueses acabam por não

regressar e criar situações ambíguas e pouco claras, de viver entre um e

outro país, só para não serem tão penalizados nas suas pensões.”

Paulo Pisco tem razão. Mas palavras não chegam. É preciso obrigar o Governo do seu partido a tomar medidas. Porque de nada adianta dizer que se querem os emigrantes de regresso se, depois, as condiçôes não lhes são favoráveis.

Alfa/Daniel Ribeiro

Lyon conquista pela terceira vez consecutiva Liga dos Campeões

O Lyon conquistou, em Kiev, pela terceira vez consecutiva a Liga dos Campeões de futebol feminino, ao vencer as alemãs do Wolfsburgo por 4-1, no prolongamento, após um nulo no fim do tempo regulamentar.

As francesas, que conquistaram o seu quinto título em oito anos, foram superiores durante o tempo regulamentar, mas só no prolongamento é que conseguiram materializar essa superioridade e já depois de se terem visto em desvantagem no marcador.

Aos 93 minutos, a avançada dinamarquesa Pernille Harder abriu o marcador para o Wolfsburgo, com um pontapé de fora da área.

Mesmo assim, só após a expulsão, por acumulação de cartões amarelos, da médio alemã Alexandra Popp, aos 96 minutos, é que o Lyon chegou aos golos, aos 98, 99, 103 e 116 minutos, através de por Amandine Henry, Eugenie Le Sommer, Ada Hegerberg e Camille Abily, respetivamente.

O Lyon conquistou assim o ‘tri’ na Liga dos Campeões, enquanto o Wolfsburgo venceu a competição por duas vezes, nas épocas 2012/13 e 2013/14, tendo sido finalista vencido em 2015/16 frente à equipa francesa.

Esta foi a quinta vez que alemãs e francesas se encontram na Liga dos Campeões, a terceira na final, registando-se três vitórias para o Lyon e duas para o Wolfsburgo.

Alfa/RTP/Lusa.

SOM/CRÓNICA. O surpreendente mercado turístico francês que caiu na rifa a Portugal. Por Carlos Pereira

Volte a ouvir aqui a última crónica de Carlos Pereira.

3,2 milhões de turistas franceses em Portugal, em 2017. 620 voos semanais entre França e Portuigal no mesmo ano. O surpreendente mercado turístico francês que caiu na rifa a Portugal, sem que este tivesse feito alguma coisa para isso. Por Carlos Pereira, jornalista e diretor do Lusojornal.

 

Conceição renova até 2020 e diz que a prioridade era manter-se no Dragão

O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, chegou a acordo para a renovação do contrato com os ‘dragões’ por mais uma temporada, passando o vínculo a ser válido até 30 de junho 2020.

Um ano depois de ter chegado ao Dragão, o técnico vê agora o contrato prolongado por mais uma época, tendo afirmado, em declarações ao Porto Canal, que, apesar de « uma ou outra abordagem », a prioridade foi sempre manter-se no comando técnico dos ‘azuis e brancos’.

Sérgio Conceição, de 43 anos, depois de ter levado o FC Porto à conquista do 28º título de campeão nacional, colocando um ponto final a uma série de quatro temporadas sem títulos, prepara-se agora para começar a segunda temporada no comando dos ‘dragões’.

O técnico afirmou, ao Porto Canal, que a formalização do acordo não vai alterar em nada todo o empenho e dedicação ao clube.

« Essa motivação e essa confiança do presidente não precisam de papel nem de caneta, a confiança e a motivação para treinar não precisam de contratos. Até hoje, nunca discuti um contrato com o nosso presidente. É importante, não é fundamental meter no papel, mas o FC Porto achou que era importante fechar mais um ano. Estou contente por ficar ligado ao clube até 2020. É importante frisar que mesmo que partisse para a nova época a acabar o contrato no final da mesma não ia mexer com a minha dedicação para com o clube. Não vinha preparado, vinha entregar o relatório ao presidente e fui brindado com esta bela surpresa », disse.

Sérgio Conceição revelou-se um homem feliz, lembrando a « grande paixão » que nutre pelo clube.

« Representei um clube de topo do mundo, em termos daqueles que são os grandes clubes na Europa. O FC Porto está incluído nesse lote pelas vitórias que obteve nos últimos anos. Ao representar um clube desta dimensão, obrigando também a ter esse fator emocional, no sentido de existir uma grande paixão pelo clube, que conheço desde os meus 16 anos, juntou-se o útil ao agradável. Estou extremamente feliz, principalmente por este sinal de confiança », acrescentou o técnico.

O presidente dos ‘azuis e brancos’, Pinto da Costa, explicou que esta decisão « já estava pensada há muito tempo » e que a continuidade de Sérgio Conceição no comando da equipa principal « é algo natural ».

« Agora que terminou a época, e antes de ir de férias, entendemos que era importante firmar no papel o que tínhamos pensado e alinhavado. Ninguém estranha que um homem da casa, que tem uma paixão grande pelo clube, que teve tanto sucesso, renovasse. É sinal que estamos contentes e que ele também está. É normal quando se está bem não mudar. É tudo natural e estou muito satisfeito », disse o dirigente.

Alfa/Lusa.

Tiago Salazar representa Portugal no Festival do Primeiro Romance de Chambéry, em França

 O escritor Tiago Salazar representa Portugal no 31.º Festival do Primeiro Romance de Chambéry, no sudeste de França, que abriu hoje e se prolonga até domingo, anunciou a sua editora.

Tiago Salazar, autor de “A Escada de Istambul” (2016), participa na sexta-feira no painel de debate “Um Fresco Histórico”, com o escritor congolês Wilfried N’Sondé, moderado pelo crítico literário Yann Nicol, programador da festa do Livro, em Bron, nos arredores de Lyon.

Este debate em Chambéry, capital da região da Saboia, está agendado para o Hotel de Cordon, às 17:00 locais (16:00 de Lisboa).

No dia seguinte, às 16:30 locais, Tiago Salazar participa noutra mesa redonda, “As Personagens que Habitam nas Páginas dos Livros”, com Sébastien Spitzer, autor francês de 48 anos, que este ano publicou o seu primeiro romance, “Ces rêves qu’on piétine”, e Manuel Benguigui, nascido há 42 anos em Paris, que publicou o seu primeiro romance em 2016, “Un Collectionneur Allemand”, moderada por Albert Fachler.

Em nota enviada à agência Lusa, a Oficina do Livro, que publicou o romance de Tiago Salazar, salienta que “este festival deu a conhecer ao mundo, entre outros, o escritor francês Michel Houellebecq”, e “é a única manifestação literária, em França, que tem como principal objetivo a descoberta e promoção de primeiros romances francófonos e europeus através da leitura”.

Segundo o mesmo documento, “3.200 leitores exigentes e apaixonados selecionam, após um ano de leituras e debates, os autores estreantes no romance que, posteriormente, são convidados a participar no evento”.

Tiago Salazar nasceu em Lisboa em 1972 e é licenciado em Relações Internacionais, tendo estudado Guionismo e Dramaturgia, em Londres. Doutorando em Turismo, no Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, o autor está a preparar uma tese sobre “A Volta ao Mundo”, de Ferreira de Castro.

É jornalista ‘freelancer’ desde 2001. Em 2010, foi Bolseiro da Fundação Luso-Americana, em Washington.

“A Escada de Istambul” é uma história sobre uma família judia, endinheirada, que fugiu à Inquisição, viajando pela Europa até se instalar em Istambul, na Turquia, onde fundou um dos primeiros bancos da cidade, ficando conhecida como os “Rothschild do Oriente”.

O Festival do Primeiro Romance de Chambery é organizado pela Association Plural Readings, e visa a revelação e promoção dos primeiros romances franceses e europeus.

Segundo nota do certame literário, participam 22 autores franceses e estrangeiros, entre eles, italianos, alemães, espanhóis, ingleses, romenos, um congolês e um português, que durante quatro dias dialogam com o público, em diferentes iniciativas, como mesas redondas, debates, ‘workshops’, leituras e exposições.

Alfa/Lusa.

COM SOM. Bruno Alves descarta ‘reforma’ e quer estar « sempre disponível » para a seleção

Bruno Alves afirmou hoje que, apesar dos seus 36 anos, vai continuar disponível para representar Portugal após o Mundial2018 de futebol e desvalorizou a possibilidade de se tornar no defesa mais internacional de sempre.

« Não tenho esse objetivo. O objetivo é ajudar a seleção, trabalhar e ajudar os meus companheiros dentro de campo. O que me motiva é estar presente na seleção, ajudar, jogar e fazer melhor », afirmou Bruno Alves, que conta com 95 jogos pela formação das 0quinas’, menos 16 que o reformado Fernando Couto, que é o defesa mais internacional de sempre.

Apesar dos seus 36 anos, Bruno Alves descartou a possibilidade de deixar de representar Portugal após o Campeonato do Mundo e negou que o torneio que vai decorrer na Rússia possa ser a sua última fase final de uma grande competição.

« Só penso em ajudar a seleção. Não penso em terminar carreira, nem terminar com a seleção. Estou sempre disponível para ajudar. A seleção proporcionou-me momentos inesquecíveis », disse o central do Rangers, que falava em conferência de imprensa, na Cidade do Futebol, em Oeiras, minutos antes que mais um treino da seleção nacional.

Questionado sobre os incidentes que ocorreram na semana passada na Academia do Sporting, Bruno Alves considerou que isso « já é passado » e garantiu que Rui Patrício, William Carvalho, Bruno Fernandes e Gelson Martins vão ser « ajudados ao máximo » pelos colegas de seleção.

« O selecionador Fernando Santos pediu-nos para não comentarmos esse episódio. Isso é passado. O nosso foco é a seleção », contou o antigo jogador do FC Porto.

Sobre a ausência de Cristiano Ronaldo, que ainda vai disputar a final da Liga dos Campeões com o Real Madrid, Bruno Alves assumiu que a presença do capitão « aumenta a competitividade » nos treinos.

« Estou a torcer por ele na final. Com Cristiano, os treinos são ainda melhores. A sua presença, competitividade e exigência obriga que todos sejam ainda melhores », explicou.

Para Bruno Alves, no Mundial2018, o primeiro objetivo de Portugal é « passar a fase de grupos » e só depois os jogadores poderão ter outras ambições.

« No Campeonato do Mundo estão os melhores jogadores e as melhores seleções. Toda as equipas vão preparar-se muito bem e nós também. Marrocos é das melhores seleções africanas e o Irão uma das melhores da Ásia. São ser dois jogos muito táticos em que ninguém vai querer errar », considerou.

No Grupo B, Portugal vai ainda defrontar a Espanha, naquele que será o jogo de estreia, a 15 de junho, em Sochi. O duelo com Marrocos será a 20, em Moscovo, e com o Irão, de Carlos Queiroz, a 25, em Saransk.

Portugal, ainda com muitas baixas, incluindo Cristiano Ronaldo, volta hoje a treinar na Cidade do Futebol e no dia 28 de maio, defronta a Tunísia, em Braga, no primeiro particular que serve de teste para o próximo Campeonato do Mundo.

Em 09 de junho, após os particulares com a Bélgica (dia 02 em Bruxelas) e com a Argélia (dia 07 em Lisboa), a equipa lusa viaja para a Rússia.

O Mundial2018 arranca no dia 14 de junho e termina a 15 de julho.

Alfa/Lusa.

Trump cancela cimeira com Kim Jong-un por « raiva tremenda » da Coreia do Norte

 O Presidente norte-americano, Donald Trump, cancelou hoje a cimeira com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, prevista para 12 de junho em Singapura, invocando uma “raiva tremenda e hostilidade aberta” da Coreia do Norte.

Numa carta dirigida a Kim Jong-un, Trump informa que o encontro não terá lugar.

“Eu estava muito ansioso por me encontrar lá consigo. Infelizmente, tendo em conta a raiva tremenda e hostilidade aberta demonstrada na sua declaração mais recente, eu considero ser inapropriado, neste momento, realizar este encontro, há muito planeado”, diz o Presidente dos EUA, na missiva.

Alfa/Lusa.

SOM. Jovino dos Santos fala do novo disco em entrevista à Rádio Alfa

O disco chama-se « Nesse mesma luta » e mostra-nos um trabalho fiel ao já longo percurso do músico cabo-verdiano.

 

 

Neste álbum há crítica social mas também há esperança e há, acima de tudo, uma vontade recorrente e inabalável de divulgar a música tradicional de Cabo Verde.

Entrevista completa no próximo sábado (26/05) às 15H (FR) no programa Back Stage com Ester de Sousa.

Dois ‘brilharetes’ e quatro deceções, com duas ‘poucas vergonhas’

A seleção portuguesa de futebol conta dois ‘brilharetes’, com presenças nas meias-finais, duas ‘poucas vergonhas’, num misto de resultados desastrosos e indisciplina, e duas deceções, no balanço de seis presenças sem ‘meio termo’.

Depois de uma estreia brilhante, em 1966, com o ‘rei’ Eusébio a levar a equipa ao ‘bronze’, como nove golos, Portugal só voltou a destacar-se 40 anos volvidos, em 2006, com um quarto lugar, sob o comando de Figo, então único sobrevivente da ‘geração de ouro’.

Estas duas presenças são, porém, exceções, já que as outras quatro acabaram mal, em 1986 e 2002 agravadas por comportamentos pouco edificantes, e em 2010 e 2014, nas duas últimas, com Cristiano Ronaldo como ‘estrela’, sem os registos aguardados.

No total, Portugal conta um terceiro lugar, um quarto, uma eliminação nos oitavos de final e três quedas na fase de grupos, o que significa que metade das qualificações só valeram, depois, três jogos na fase final.

Em termos individuais, o nome de Portugal nos Mundiais ‘confunde-se’ com o do ‘rei’ Eusébio, o único que, até agora, conseguiu entrar na ‘lenda’ da prova, sendo que só precisou de uma fase final, que acabou como melhor marcador.

Com o ‘13’ nas costas, o ‘Pantera Negra’ apontou um golo à Bulgária e dois ao Brasil, de Pelé, na fase de grupos, quatro à Coreia do Norte, para virar o jogo de 0-3 para 4-3, nos ‘quartos’, um à Inglaterra, nas meias-finais, e um à União Soviética, no jogo que valeu aos ‘Magriços’ o último lugar do pódio.

Em Inglaterra, na primeira presença em Mundiais, o ‘onze’ de Manuel da Luz Afonso começou imparável, ao bater sucessivamente Hungria (3-1), Bulgária (3-0) e o bicampeão Mundial em título Brasil (3-1), o que lhe valeu a vitória no Grupo 3.

Nos quartos de final, o ‘sonho’ parecia terminado ao fim de 25 minutos, com a Coreia do Norte a vencer por 3-0, mas Eusébio respondeu com quatro golos consecutivos, dois de penálti, antes de José Augusto rematar a incrível reviravolta (5-3).

Depois, e num jogo que os ingleses trocaram, à última hora, de Liverpool para Wembley, Eusébio voltou a marcar, mas um ‘bis’ de Bobby Charlton deixou o ‘rei’ em lágrimas. Ainda recuperou o ânimo e contribuiu com um tento para o 2-1 à União Soviética, no jogo de ‘consolação’, decidido por José Torres.

Após estreia tão prometedora, Portugal só voltou ao Mundial 20 anos depois, em 1986, e mais valia nem ter ido, algo que também se aplica à terceira participação, em 2002.

Foi, assim, preciso esperar 40 anos para ver Portugal voltar a ‘brilhar’ num Mundial: em 2006, na Alemanha, a equipa do brasileiro Luiz Felipe Scolari não teve tanto encanto, mas foi capaz de vencer duas batalhas épicas, para a história.

A fase inicial foi um ‘passeio’, com as primeiras duas vitórias, sobre Angola (1-0) e Irão (2-0), a garantirem desde logo um prematuro apuramento para os ‘oitavos’ e uma terceira, com poupanças, face ao México (2-1), a selar o triunfo no Grupo D.

O Mundial começou, verdadeiramente, em Nuremberga, numa ‘batalha’ de cartões (16 amarelos e quatro vermelhos) com a Holanda, que Maniche resolveu (1-0), com Portugal muito tempo em inferioridade numérica (10 contra 11 e nove contra 10) e quase sempre sem bola (38 por cento, contra 62).

As grandes emoções prosseguiram nos ‘quartos’, com Portugal a desperdiçar quase uma hora em vantagem numérica (expulsão de Wayne Rooney), mas a acabar por vencer a Inglaterra na ‘lotaria’, com Ricardo (três defesas) como ‘herói’, a exemplo do Euro2004, e Cristiano Ronaldo a selar o apuramento.

A equipa lusa estava entre os quatro melhores do Mundo – todos europeus -, mas não conseguiu mais: caiu nas ‘meias’, perante a França, como nos Europeus de 1984 e 2000, vergado a uma grande penalidade de Zinedine Zidane (0-1) e, já sem ‘alma’, deixou o ‘bronze’ para uns anfitriões bem mais fortes (1-3).

Antes, em 1986, Carlos Manuel logrou o ‘milagre’ da qualificação em Estugarda (1-0) e abriu a fase final com novo golo para marcante (1-0 à Inglaterra), mas quase tudo o resto foi muito triste, traduzindo-se no ‘caso Saltillo’, um confronto entre jogadores e FPF devido a divergências com os prémios de jogo.

Desportivamente, o ‘onze’ de José Torres, também azarado devido à lesão sofrida pelo guarda-redes Bento, perdeu, depois, com a Polónia (0-1) e foi humilhado por Marrocos (1-3), acabando no quarto posto do Grupo F, que qualificou os três primeiros.

Em 2002, e após uma sensacional fase de qualificação, em que eliminou a Holanda, a seleção lusa, com Figo, então o melhor do Mundo, limitado fisicamente, começou de forma desastrosa (2-3 com os Estados Unidos) e pagou caro o facilitismo.

O ‘onze’ de António Oliveira, com a base da ‘geração de ouro », os campeões mundiais de juniores de 1989 e 1991, ainda goleou a Polónia (4-0, com três de Pauleta), mas caiu parente a anfitriã Coreia do Sul (0-1), num jogo em que Beto e João Vieira Pinto acabaram expulsos. E o avançado ainda ‘atacou’ o árbitro.

Portugal iniciou, porém, em 2002 uma série de cinco presenças consecutivas, a última por concretizar, na Rússia, entre 14 de junho e 15 de julho de 2018, mas, depois do quarto posto de 2006, falhou claramente em 2010 e 2014.

Na África do Sul, o ‘onze’ de Carlos Queiroz só conseguiu marcar à Coreia do Norte, brindada com uma goleada histórica (7-0), tendo ficando em branco nos outros dois jogos da fase de grupos, que, ainda assim, não perdeu – 0-0 com costa do Marfim e Brasil.

Apurado no segundo posto, atrás dos ‘canarinhos’, Portugal teve pela frente a Espanha e foi eliminado com um desaire por 1-0, por um tento de David Villa. Os espanhóis viriam a conquistar o seu primeiro título, com um golo de Iniesta à Holanda.

Quatro anos depois, em 2014, no Brasil, Portugal fez bem pior, pois, como em 1986 e 2002, não conseguiu, sequer, ultrapassar a fase de grupos, numa participação que começou a ficar comprometida logo a abrir, com um pesado 0-4 com a Alemanha.

No jogo seguinte, Portugal esteve quase a ficar pelo caminho, num duelo com os Estados Unidos que acabou por empatar (2-2) sobre o final, com um tento de Silvestre Varela. Ficou, porém, a ser preciso golear o Gana e, com Cristiano Ronaldo muito desinspirado, só foi possível vencer por 2-1.

Em termos numéricos, e em seis participações, a formação das ‘quinas’ contabiliza 50 por cento de vitórias, com um total de 13, em 26 jogos, mais quatro empates e nove derrotas, com 43 golos marcados, nove por Eusébio, e 29 sofridos.

Alfa/Lusa.

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