Cristiano Ronaldo recebido por Donald Trump na Casa Branca

O futebolista Cristiano Ronaldo participou terça-feira num jantar oferecido pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tornando-se no terceiro desportista português a realizar uma visita oficial à Casa Branca.

O jantar teve início por volta das 19:30 horas locais (00:30 em Lisboa), no mesmo dia em que o chefe de Estado norte-americano recebeu o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman, também presidente do fundo de investimento maioritário do Al Nassr, clube pelo qual Ronaldo atua.

A presença do capitão da seleção portuguesa de futebol na Casa Branca ocorre dois dias depois de a equipa lusa ter garantido a qualificação para o Campeonato do Mundo de 2026, que terá organização tripartida dos Estados Unidos com México e Canadá, entre 11 de junho e 19 de julho.

O jogador já havia manifestado interesse em encontrar-se com Trump numa entrevista recente ao jornalista britânico Piers Morgan, divulgada em 06 de novembro: « É uma das pessoas que quero conhecer, gostava de ter uma boa conversa com ele. É alguém de quem gosto mesmo porque é uma das pessoas que consegue fazer as coisas acontecer ».

Em junho, à margem da cimeira do G7, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, ofereceu ao republicano uma camisola da seleção portuguesa, assinada por Ronaldo com a dedicatória « Para o presidente Donald Trump, jogando pela paz ».

Ronaldo não participa em jogos nos Estados Unidos desde agosto de 2014, quando alinhou num encontro particular pelo Real Madrid frente ao seu anterior clube, Manchester United, não tendo viajado novamente para solo norte-americano nas digressões do emblema ‘merengue’ e da Juventus.

Desde a sua chegada à Arábia Saudita, em 2023, tem assumido um papel de promoção do país e o encontro com o Presidente norte-americano coincide com a primeira visita de Mohammad bin Salman a Washington em sete anos.

O príncipe herdeiro do reino do Médio Oriente procura a obtenção de garantias formais por parte de Trump quanto à proteção militar norte-americana, além das aquisições militares, após este ter confirmado, na segunda-feira, a venda dos tecnologicamente avançados caças F35.

O líder saudita anunciou hoje um aumento dos investimentos do seu país nos Estados Unidos para quase mil milhões de dólares (mais de 860 mil milhões de euros), reforçando o investimento já previsto de cerca de 600 mil milhões de dólares (518 mil milhões de euros) em setores como a tecnologia e a inteligência artificial.

Cristiano Ronaldo junta-se ao maratonista Carlos Lopes, em 1984, e ao basquetebolista Neemias Queta, em 2024, entre os desportistas portugueses a visitar oficialmente a Casa Branca.

Carlos Lopes foi recebido por Ronald Reagan após vencer a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Los Angeles1984, acompanhado pelo então presidente do Sporting João Rocha.

Mais recentemente, Neemias Queta fez parte da equipa dos Boston Celtics que foi homenageada por Donald Trump, logo após ter vencido a Liga norte-americana de basquetebol (NBA).

 

Com Agência Lusa.

Schjelderup condenado a 14 dias de prisão com pena suspensa por partilhar vídeo sexual com menores

O futebolista internacional norueguês Andreas Schjelderup, do Benfica, foi hoje condenado pelo tribunal de Copenhaga a 14 dias de prisão, com pena suspensa, depois de partilhar um vídeo sexual com menores.

A Agência France Press adianta que o extremo ‘encarnado’ terá pena suspensa, acrescida de um ano de liberdade condicional, enquanto a imprensa norueguesa acrescenta uma advertência de deportação da Dinamarca.

O futebolista, de 21 anos, chegou ao tribunal de Copenhaga pouco antes do meio-dia e admitiu perante o juiz ter partilhado na rede Snapchat um vídeo de 27 segundos, que, segundo a imprensa dinamarquesa, era explícito e envolvia menores de idade.

“Vai levar um cartão amarelo”, referiu o juiz Mathias Eike, ao proferir a sentença.

O incidente aconteceu há dois anos, quando o extremo tinha 19 anos e representava os dinamarqueses do Nordsjaelland, clube a que regressou por empréstimo do Benfica.

O advogado do jogador disse, entretanto, que a defesa está a analisar a sentença para decidir se entrará ou não com recurso, com o representante a lembrar que Schjelderup se arrependeu imediatamente de “uma brincadeira de mau gosto” e que apagou logo de seguida o vídeo.

Numa publicação na rede social Instagram, em 08 de novembro, Schjelderup já tinha admitido ter cometido um “erro estúpido” e que apagou o vídeo, assim que um amigo lhe explicou que o mesmo era ilegal.

A Federação Norueguesa de Futebol considera suficiente a sanção ao futebolista, que na última quinta-feira jogou 20 minutos diante da Estónia, e no domingo foi suplente não utilizado com a Itália, num grupo que a Noruega venceu e garantir acesso direto ao Mundial2026.

 

Com Agência Lusa.

Incêndios: Fogos de 2024 e 2025 revelaram “falhas de coordenação” – OCDE

Os incêndios florestais de 2024 e 2025 revelaram “falhas de coordenação” entre as diferentes forças no terreno que provocaram atrasos no tempo de resposta aos fogos, aumentando a sua propagação, revela um relatório da OCDE.

“As falhas de coordenação entre as diferentes forças atrasam o tempo de resposta aos fogos e aumentam a propagação dos mesmos. A criação das forças de combate a incêndios florestais em Portugal reforçou a resposta rápida a incêndios em áreas florestais. No entanto, também contribuiu para estruturas de comando pouco claras entre as forças de proteção civil, voluntárias e de combate a incêndios florestais”, conclui a Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económicos (OCDE) no relatório “Rumo a uma gestão integrada dos incêndios rurais em Portugal”, a que Lusa teve acesso.

As conclusões preliminares deste projeto financiado pela União Europeia, realizado em colaboração com a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), foram hoje apresentadas por técnicos da OCDE aos deputados portugueses na Assembleia da República.

O relatório dá conta da existência de “desafios de coordenação” quando as equipas especializadas do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e as forças de proteção civil têm de operar em conjunto, apesar da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) ter a autoridade de comando.

“Estas lacunas de coordenação são ainda mais amplificadas a nível local, onde os bombeiros voluntários e outros intervenientes na supressão (por exemplo, bombeiros municipais e GNR) não seguem de forma consistente a cadeia de comando hierárquica da ANEPC, o que pode levar a mobilizações fragmentadas, tempos de resposta mais lentos e uma alocação menos eficiente dos recursos no terreno”, precisa, sublinhando que “esta falta de clareza colocou desafios na gestão operacional dos incêndios em 2024”.

Segundo a OCDE, estas situações refletem atrasos na mobilização de forças especializadas e uma cadeia de comando operacional pouco clara durante as fases de ataque inicial e pré-supressão (operação que decorrer após o incêndio ter sido dado como extinto) devido à diversidade de partes interessadas e envolvidas.

“Como resultado, os recursos foram alocados tardiamente ou de forma insuficiente num contexto de incêndios múltiplos e complexos”, concluíram os técnicos.

Os técnicos da OCDE referem que Portugal iniciou uma série de reformas para melhorar a gestão dos fogos após 2017 com a criação do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR), mas, indicam, os incêndios de 2024 e 2025 revelaram que « poderiam ser ainda mais contidos se as ações no âmbito do SGIFR fossem aceleradas”.

Segundo aquela organização, a introdução do SGIFR melhorou as condições institucionais, regulamentares e financeiras para a gestão de incêndios florestais, clarificou as responsabilidades a nível nacional, regional e municipal em matéria de prevenção e resposta, criou a AGIF para coordenar todos os atores envolvidos e desenvolveu uma estratégia unificada.

Depois de 2017 foram criados novos incentivos para promover a queima controlada e mosaicos estratégicos de combustível para reduzir o risco de incêndio, tendo o financiamento público para a gestão duplicado, representando agora a prevenção quase metade das despesas totais relacionadas com incêndios.

“No entanto, a extensão dos danos causados pelos incêndios florestais de 2024/205 aponta para a necessidade de acelerar a implementação de reformas. Em 2024, 35 incêndios provocaram mais de 500 hectares representaram 84% da área total queimada anualmente e o verão de 2025 voltou a registar incêndios de dimensões excecionais, ultrapassando a área queimada pelos incêndios que desencadearam as reformas em Portugal em 2017”, refere a OCDE, frisando que estes fogos revelaram “várias lacunas”.

Além das “falhas de coordenação”, a OCDE aponta algumas falhas ao nível da prevenção como “um elevado número de incêndios provocados pelo homem”, lacunas persistentes no cumprimento das metas de gestão de combustíveis e a contestação local aos mapas de risco e perigo de incêndio.

“Isso atrasa a adoção de planos municipais de execução de medidas de gestão de incêndios, que são essenciais para obter financiamento e implementar regulamentos contra incêndios”, frisa o documenta, lamentando também que “não exista um registo sistemático das perdas e danos causados pelos incêndios florestais”.

Para que o país crie “um quadro institucional mais forte”, a OCDE recomenda a clarificação das funções e as estruturas de comando entre os bombeiros e um reforço da sua capacidade.

A organização propõe também o desenvolvimento de “uma estratégia de financiamento de longo prazo para incêndios florestais, a fim de aumentar a eficiência das despesas com a gestão de incêndios florestais”.

 

Com Agência Lusa.

 

Uma em cada três mulheres foi vítima de violência íntima ou sexual – OMS

Uma em cada três mulheres foi violência íntima ou sexual ao longo da vida, avançou hoje a Organização Mundial da Saúde, sublinhando tratar-se de uma das crises de direitos humanos mais negligenciadas do mundo.

O número representa um total de 840 milhões de mulheres em todo o mundo, sendo que a organização garante que muitos casos nem sequer são reportados.

De acordo com dados divulgados hoje num relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), realizado em conjunto com outras agências da ONU, o número de mulheres afetadas praticamente não muda desde o ano 2000.

“A violência contra as mulheres continua a ser uma das crises de direitos humanos mais persistentes e negligenciadas do mundo, com muito pouco progresso em duas décadas”, sublinha a OMS, a menos de uma semana do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres e Raparigas, celebrado a 25 de novembro.

Só nos últimos 12 meses, aponta a organização, 316 milhões de mulheres com 15 anos ou mais foram submetidas a violência física ou sexual por parte de um parceiro íntimo.

“O progresso na redução da violência por parceiro íntimo tem sido penosamente lento, com uma queda anual de apenas 0,2% nas últimas duas décadas”, lamenta a agência das Nações Unidas.

O estudo, que pela primeira vez inclui estimativas nacionais e regionais de violência sexual por alguém que não seja um parceiro, revela que 263 milhões de mulheres com mais de 15 anos sofreram violência sexual por parte de não-parceiros.

Os especialistas alertam, no entanto, que o valor está muito abaixo do real porque as mulheres não apresentam queixas destes casos devido ao estigma e ao medo.

“A violência contra as mulheres é uma das injustiças mais antigas e disseminadas da humanidade, e ainda assim, uma das menos combatidas”, afirma o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no relatório.

“Nenhuma sociedade se pode considerar justa, segura ou saudável enquanto metade da sua população vive com medo”, defende, alegando que acabar com esta violência não é apenas uma questão de política, mas de dignidade, igualdade e direitos humanos.

“Por detrás de cada estatística, existe uma mulher ou rapariga cuja vida foi alterada para sempre”, sublinha o responsável da OMS, para quem “o empoderamento das mulheres e das raparigas não é opcional, mas um pré-requisito para a paz, o desenvolvimento e a saúde”.

O novo relatório, que analisa dados de entre 2000 e 2023 em 168 países, revela também que a resposta a este quadro está “claramente subfinanciada”.

Isto apesar de haver cada vez mais estratégias eficazes para prevenir a violência contra as mulheres e numa altura em que as emergências humanitárias, as mudanças tecnológicas e o aumento da desigualdade socioeconómica estão a crescer, lamenta a organização.

Segundo refere a OMS, em 2022 apenas 0,2% da ajuda global ao desenvolvimento foi destinada a programas focados na prevenção da violência contra as mulheres e, mesmo esse financiamento caiu em 2025.

Embora a violência aconteça em todos os países, as mulheres dos países menos desenvolvidos, atingidos por conflitos e vulneráveis às alterações climáticas, são afetadas de forma desproporcional.

Por exemplo, a Oceânia (excluindo a Austrália e a Nova Zelândia) regista uma prevalência de 38% de violência por parceiro íntimo no último ano, ou seja, mais de três vezes a média global, que é de 11%.

Cinco zonas do mundo apresentam-se no segundo lugar da lista com valores muito semelhantes, começando pelo Sul da Ásia, com uma prevalência de 19%, passando pela Ásia Central e Meridional e pelos Países Menos Desenvolvidos, com 18%, e terminando na África Subsaariana e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, com 17%.

No Norte de África, a prevalência da violência chega aos 16% e cai depois para os 8% quando a análise chega ao Leste e Sudeste asiático. Não muito longe fica a América Latina e Caraíbas, com 7%.

A Europa e a América do Norte são as regiões onde esta prevalência é menor, situando-se nos 5%.

A OMS pede, no entanto, aos vários países para tomarem medidas, não só através da responsabilização dos agressores, mas também da recolha de dados que permitam fundamentar novas políticas.

“Ainda existem lacunas significativas [de informação] principalmente em relação à violência sexual por parte de não-parceiros e em grupos marginalizados, como mulheres indígenas, migrantes e mulheres com deficiência, bem como em contextos frágeis e humanitários”, refere a organização.

Além disso, é preciso que os governos ampliem os programas de prevenção, reforcem os serviços de saúde, jurídicos e sociais para as sobreviventes e apliquem leis e políticas que empoderem as mulheres e as raparigas.

 

Com Agência Lusa.

Arábia Saudita quer levar o futebol… às alturas!

 

A Arábia Saudita quer levar o futebol… às alturas!
Segundo o Arab News, o país vai construir um estádio no topo de um arranha-céus.

Chama-se “Sky Stadium”, vai ficar na futurista cidade de Neom e vai receber jogos do Mundial de 2034.

O estádio vai estar a mais de 100 metros de altitude, com lugar para 46 mil adeptos.

As obras começam em 2027 e devem acabar em 2032… se o vento deixar, claro.

Os bilhetes vão ser caros, mas pelo menos? já tem vista panorâmica incluída.

Você iria?

Investigação da PJ ao grupo Altice leva a buscas em França

Uma investigação da Polícia Judiciária portuguesa ao grupo Altice conduziu a uma investigação em França.

Esta terça-feira, mais de 70 investigadores franceses fizeram várias buscas em simultâneo, visando 15 residências e 14 empresas localizadas em várias regiões do país.

Cerca de 30 casas e empresas em França foram alvo de buscas esta terça-feira, no âmbito de uma investigação de corrupção contra o grupo Altice, segundo anunciou o procurador financeiro francês Jean-François Bohnert.

« Esta ação coordenada teve como objetivo recuperar provas úteis para a investigação em curso », enfatizou o responsável da Procuradoria Nacional Financeira em comunicado, especificando que « mais de 14 milhões de euros » foram apreendidos em contas bancárias, « bem como veículos e bens de luxo ».

Fonte ouvida pela RTP admite que estas buscas complexas fazem parte de um inquérito aberto em setembro de 2023, devido a suspeitas de corrupção privada, fraude organizada e branqueamento de capitais organizado e ocultação destes crimes em detrimento da Altice.

Esta investigação é consequência da Operação Picoas que arrancou em Portugal no verão de 2023 e que resultou na detenção e posterior constituição como arguido do cofundador da empresa, Armando Pereira, também sócio e amigo de Patrick Drahi, maior acionista do grupo em França.

A investigação Picoas, em Portugal fez alastrar o escrutínio sobre a multinacional francesa em várias localidades, desde Paris, passando pela Córsega e pelas regiões do Var e de Vosges.

Desde 2023 já foram despedidos mais de 15 funcionários da Altice França.

A investigação, conduzida pelo Ministério Público Financeiro francês, tem como alvo um alegado esquema financeiro em torno da Altice, que terá lesado o Estado francês e o grupo empresarial em centenas de milhões de euros, segundo admite a justiça francesa em comunicado.

Este esquema complexo baseava-se numa rede de empresas de fachada interpostas entre a Altice e determinados fornecedores, permitindo a sobrefaturação de serviços e bens. Os fundos assim obtidos terão então alimentado mecanismos de branqueamento de capitais envolvendo entidades sediadas em França e no estrangeiro, beneficiando os principais mentores deste sistema.

A operação foi realizada com o apoio da Agência Europeia para a Cooperação Judiciária Penal (Eurojust), no âmbito da cooperação judiciária europeia, graças a uma equipa de investigação conjunta formada pelas autoridades francesas e portuguesas, lê-se no mesmo comunicado.

 

Com RTP/Lusa/BFMTV.

Flash Info

Flash INFO

0:00
0:00
Advertising will end in 

Journal Desporto

0:00
0:00
Advertising will end in 

x