Spinumviva: « É a justiça a funcionar » – Presidente da República

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O Presidente da República afirmou hoje que a decisão do Ministério Público de arquivar a averiguação preventiva sobre a empresa da família do primeiro-ministro « é a justiça a funcionar », escusando-se a comentar este caso.

Em resposta aos jornalistas, na Cidadela de Cascais, no distrito de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa recusou também comentar as declarações do chefe do Governo PSD/CDS-PP, Luís Montenegro, sobre a atuação do Ministério Público: « Já sabem que eu não comento palavras nem do primeiro-ministro, nem de ministros, nem de líderes partidários. Por natureza, nunca comento ».

Quanto à decisão de arquivamento divulgado na quarta-feira, o chefe de Estado afirmou que « a justiça funciona, funciona por si » e neste caso « foi uma decisão do Ministério Público, tomou a decisão, tem a competência para a tomar, está tomada ».

Interrogado se o arquivamento de uma averiguação que envolve o primeiro-ministro é uma boa notícia para o país, respondeu: « Eu não vou qualificar. Eu digo só que a democracia precisa de uma justiça forte. Uma justiça forte é uma justiça que deve, como eu tenho dito várias vezes, ser o mais rápida possível, mas a rapidez depende de muitos fatores, em matéria de investigação e em matéria de funcionamento dos tribunais ».

« E portanto, aqui o que aconteceu foi que, volvidos não sei quantos meses, houve uma decisão, essa decisão pôs termo a um determinado processo em condições específicas. Aconteceu, aconteceu. Se quiserem, é a justiça a funcionar », acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa não quis formular nenhum juízo sobre se o caso da empresa da família do primeiro-ministro, Spinumviva, está ultrapassado nos planos da ética e da política.

« Não vou formular isso. É uma forma de comentar o primeiro-ministro e as palavras do primeiro-ministro e, como dizem, as perceções. Não vou fazer isso », retorquiu.

A propósito do tempo que o Ministério Público levou até à decisão de arquivar a averiguação preventiva, o Presidente da República realçou que esse « é um mecanismo processual que não envolve uma série de diligências e em que ninguém pode ser coativamente forçado a colaborar ».

« Portanto, tratando-se de obter elementos para a investigação, ou as pessoas aceitam por sua própria vontade e entregam no prazo que entendem que é o adequado, ou não. Isso terá ou não influenciado ter sido com esta dimensão, com esta duração, não sei », referiu.

O chefe de Estado frisou que a averiguação preventiva « é uma realidade própria e em que cabe àqueles que colaboram com a justiça dizerem se sim ou não colaboram e dizerem em que termos é que colaboram ».

Questionado se o recurso a esse instrumento lhe parece regular ou lhe suscita alguma reserva, o Presidente da República assinalou que « já foi anunciado pelo senhor procurador-geral da República que iria utilizar um poder que o Supremo Tribunal Administrativo reconheceu que o procurador tem para emitir diretivas sobre essa matéria ».

« Vamos esperar se isso acontece ou não. Como imaginam, eu, com os três procuradores-gerais da República, a doutora Joana Marques Vidal, a doutora Lucília Gago e o doutor Amadeu Guerra, com alguma periodicidade, maior nuns casos, menor noutros, mas eu tenho acompanhado permanentemente o que se passa », prosseguiu.

Neste contexto, manifestou a expectativa de que « nos próximos anos » se tente « criar consensos que no passado não foram possíveis em relação à justiça ».

Interrogado sobre os efeitos que a queda de dois governos por questões relacionadas com a justiça têm na perceção pública do funcionamento do setor e respetivos tempos de decisão, Marcelo Rebelo de Sousa não respondeu diretamente à questão e realçou a importância de se « ir melhorando a justiça ».

No seu entender, « tem havido ultimamente vários apelos e várias iniciativas » que qualificou como positivas com propostas de mudanças neste domínio.

« Eu acho que é um caminho que está a fazer. Quer dizer que, de vários lados, do parlamento, do Governo, do poder judicial, de futuros protagonistas políticos, há uma vontade de considerar uma questão a não deixar cair no futuro. Isso é positivo », considerou.

 

Com Agência Lusa.

Menos portugueses emigraram em 2024 com descida maior para o Reino Unido

A emigração portuguesa baixou no ano passado para valores de 2021, uma descida que se deve sobretudo à diminuição das saídas para o Reino Unido devido às limitações impostas pelo ‘Brexit’, segundo dados hoje divulgados.

De acordo com as “Estimativas da Emigração Portuguesa 2024”, elaboradas pelo Observatório da Emigração, em 2024 emigraram 65.000 portugueses, menos 5.000 do que no ano anterior.

O documento refere que a Suíça se mantém como principal destino e que diminuíram as entradas de portugueses em todos os países, com exceção da Alemanha, Bélgica, Estados Unidos e Austrália.

Este número de saídas de portugueses foi o mais baixo desde 2021, ano em que também foi de 65.000, para subir para os 70.000 em 2022 e igual número em 2023.

Inês Vidigal, coordenadora executiva do Observatório da Emigração, responsável pelo relatório, disse à Lusa que, apesar do decréscimo registado, os indicadores apontam ainda assim para “uma estabilização”.

“Acho que não vai decrescer muito mais. Acho que vamos manter valores na ordem dos 65.000, 70.000 nos próximos anos”, afirmou.

A geógrafa referiu que o Reino Unido justifica cerca de 45% da diminuição da emigração portuguesa, devendo-se esta baixa “às dificuldades acrescidas que os portugueses têm agora para entrar no Reino Unido”, após a sua saída da União Europeia, em 2020.

O documento hoje divulgado refere que a emigração portuguesa para o Reino Unido diminuiu 37% entre 2023 e 2024, depois de já ter vindo a diminuir, passando de mais 32.000 em 2015 para menos de 3.000 em 2024.

Suíça, Espanha e França foram os principais destinos da emigração portuguesa no ano passado, tal como também tinha acontecido em 2023.

Segundo o documento, em 2024 entraram na Suíça 12.388 portugueses e 11.332 em Espanha. Os dados de França, país onde reside a maior comunidade portuguesa, ainda são os referentes a 2023 (7.426), mas Inês Vidigal considera que não deverão ser muito diferentes.

A Alemanha, para onde emigraram 7.410 portugueses, foi o país que registou o maior aumento: mais 1.035 do que em 2023.

Bélgica, Estados Unidos e Austrália também receberam mais portugueses em 2024 do que no ano anterior, enquanto os outros 15 países identificados no relatório registaram diminuições das entradas destes cidadãos.

Os portugueses continuam a representar a maior comunidade estrangeira no Luxemburgo, com 13,5% das entradas de estrangeiros.

Em 2024 emigraram para esse país 3.469 portugueses, ainda assim menos 169 do que no ano anterior.

Segundo o nível de escolaridade, a Suíça e a França são os principais destinos dos portugueses com o ensino básico. Com o ensino secundário emigram mais para o Reino Unido, enquanto os licenciados escolhem sobretudo a Suécia e o Reino Unido.

Segundo Inês Vidigal, os números da emigração portuguesa continuam a ser valores elevados, enquanto os números da imigração não são muito elevados.

“O balanço entre imigração e emigração acaba por não ser assim tão elevado, como os que chamamos de países tão desenvolvidos da Europa”, disse.

E acrescentou: “Neste momento o saldo migratório é positivo, mas para o que parecem ser as necessidades do país, este nível de emigração não é o ideal”.

O Observatório da Emigração é uma estrutura técnica e de investigação independente integrada no Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES) do Iscte, Instituto Universitário de Lisboa.

 

Com Agência Lusa.

Taça de Portugal: Benfica apura-se para os ‘quartos’ com triunfo em Faro

O Benfica, finalista da edição anterior, apurou-se hoje para os quartos de final da Taça de Portugal de futebol pela quarta temporada consecutiva, ao vencer por 0-2 na visita ao Farense, da II Liga, em jogo dos ‘oitavos’.

O colombiano Richard Ríos, aos 11 minutos, e o croata Franjo Ivanovic, aos 56, marcaram os golos dos ‘encarnados’, que, pelo meio, ainda falharam uma grande penalidade, aos 28, pelo argentino Nicolás Otamendi, que já tinha perdido um castigo máximo na eliminatória anterior, com o Atlético.

Nos quartos de final, a formação da Luz, recordista de troféus da Taça de Portugal (26), a qual não vence desde 2016/17, irá jogar no reduto de FC Porto ou Famalicão, equipas que se defrontam na quinta-feira, no Estádio do Dragão.

 

 Resultados dos oitavos de final da Taça de Portugal de futebol da época 2025/26:

– Quarta-feira, 17 dez:

Vila Meã (CP) – (+) União de Leiria (II), 0-1

Casa Pia (I) – (+) Torreense (II), 1-2

Vitória de Guimarães (I) – (+) AVS (I), 0-1

Farense (II) – (+) Benfica (I), 0-2

 

– Quinta-feira, 18 dez:

Santa Clara (I) – Sporting (I), 19:45

FC Porto (I) – Famalicão (I), 21:45

 

– Terça-feira, 23 dez:

Caldas (L3) – Sporting de Braga (I), 19:45

– Sábado, 27 dez:

Lusitano de Évora (L3) – Fafe (L3), 15:00.

Programa dos quartos de final:

FC Porto (I)/Famalicão (I) – Benfica (I)

Torreense (II) – União de Leiria (II)

Lusitano de Évora (L3)/Fafe (L3) – Caldas (L3)/Sporting de Braga (I)

Santa Clara (I)/Sporting (I) – AVS (I)

Notas:

I: I Liga

II: II Liga

L3: Liga 3

CP: Campeonato de Portugal

 

Paris SG bate Flamengo nos penáltis e conquista Taça Intercontinental

O Paris Saint-Germain, campeão europeu em título, conquistou hoje a segunda edição da renovada Taça Intercontinental de futebol, ao vencer na final o Flamengo por 2-1, nos penáltis, após 1-1 nos 120 minutos, em Al Rayyan, no Qatar.

O guarda-redes russo Matvey Safonov, com quatro defesas, e golos lusos de Vitinha e Nuno Mendes decidiram o desempate, depois de um jogo em que o georgiano Khvicha Kvaratskhelia adiantou os franceses, aos 38 minutos, e Jorginho empatou aos 62, de penálti, para os brasileiros, detentores da Taça Libertadores.

No palmarés da prova, o Paris Saint-Germain, que contou os 120 minutos com Nuno Mendes, Vitinha e João Neves e teve Gonçalo Ramos no banco, sucedeu aos espanhóis do Real Madrid, que na final de 2024 venceram os mexicanos do Pachuca por 3-0.

 

Com Agência Lusa.

Explosão em Trévoux: Mulher que morreu suicidou-se abrindo o gás em casa

O Ministério Público de Bourg-en-Bresse revelou que a mulher que perdeu a vida na explosão, que também causou a morte de duas crianças lusodescendentes (de 3 e 5 anos), se suicidou abrindo o gás no seu apartamento.

A investigação conduzida pelos ‘gendarmes’ determinou que « a mulher adulta falecida, encontrada pelos serviços de emergência na terça-feira, pôs voluntariamente fim à sua vida abrindo o gás na sua residência », escreveu Karine Malara num comunicado.

Três pessoas morreram na sequência de uma forte explosão num prédio residencial em Trévoux, no departamento do ‘Ain’.

Segundo a imprensa portuguesa, o pai das crianças é natural de Cavez, no concelho de Cabeceiras de Basto. As crianças foram retiradas dos escombros em paragem cardiorrespiratória, mas infelizmente não sobreviveram.

13 pessoas hospitalizadas em urgência relativa:
Além dos três óbitos, 13 pessoas foram hospitalizadas em urgência relativa, e outras 53 receberam atendimento por ferimentos leves ou em unidades de apoio psicológico, segundo o balanço dos serviços de socorro.

As famílias das vítimas foram recebidas pela gendarmaria e por uma associação de apoio às vítimas, na tarde de quarta-feira, de acordo com Karine Malara.

Com Agências

Mundial2026: FIFA vai distribuir recorde de 620 milhões de euros na competição

A FIFA vai distribuir cerca de 620 milhões de euros (ME) pelas 48 seleções presentes no Mundial2026 de futebol, mais 50% do que na edição anterior, sendo que cada nação receberá, no mínimo, nove ME.

Para o evento que vai ser coorganizado pelos Estados Unidos, México e Canadá, o Conselho da FIFA, reunido em Doha, onde se disputa hoje a final da Taça Intercontinental, decidiu que, deste ‘bolo’, 558 ME vão ser atribuídos sob a forma de prémios.

Assim, o campeão do mundo vai embolsar 42,5 ME, o finalista 28 ME, o terceiro 25 e o quarto 23.

Ficou ainda decidido que as seleções classificadas do quinto ao oitavo lugar receberão 16 ME, as do nono ao 16.º cerca de 13, as que terminarem entre a 17.ª e 32.ª posição 9,5, e as que ficarem entre o 33.º e o 48.º, 7,5 milhões.

Paralelamente, cada participante na fase final mais alargada da história vai arrecadar 1,3 ME para financiar os custos de preparação.

“O Campeonato do Mundo será também pioneiro no que respeita à sua contribuição financeira para a comunidade global do futebol”, congratulou-se o presidente da FIFA, Gianni Infantino.

O Conselho da FIFA aprovou igualmente a criação de um fundo para a recuperação de infraestruturas que vai beneficiar, entre outros, a Palestina, destruída pela ação de Israel, em linha com o objetivo de promover os valores unificadores do futebol.

Esta medida surge na sequência do anúncio feito por Gianni Infantino na Cimeira pela Paz, realizada em Sharm El-Sheikh, Egito, em outubro, na qual o presidente da FIFA adiantou a intenção de criar um mecanismo de apoio às regiões afetadas por conflitos.

Este instrumento financeiro, aberto a contribuições de terceiros e sujeito a uma supervisão rigorosa, complementará as ações já implementadas no âmbito do programa “FIFA Forward” e de outras iniciativas do organismo.

 

Com Agência Lusa.

Governo aprova subida do salário mínimo para 920 euros em 2026

O Governo aprovou hoje o aumento do salário mínimo nacional em 50 euros em 2026, de 870 para 920 euros (brutos), anunciou hoje o ministro da Presidência após o Conselho de Ministros.

Em conferência de imprensa no Palácio da Vila, em Sintra, António Leitão Amaro disse que este é um « aumento significativo » e que em ano e meio, com governos PSD/CDS-PP, o salário mínimo aumenta 100 euros.

« Em ano e meio, com Luís Montenegro como primeiro-ministro, o salário mínimo sobe 100 euros. Faz parte de uma política de aumento de rendimento dos portugueses sustentada por um momento ímpar da economia nacional », disse o governante.

O acordo de rendimentos que o anterior governo de Luís Montenegro (PSD/CDS-PP) assinou com a UGT e as centrais patronais em outubro de 2024 prevê que o salário mínimo suba a um ritmo de 50 euros em cada um dos anos até 2028.

Os valores previstos são 920 euros em 2026, passando para 970 euros em 2027 e para 1.020 euros em 2028.

 

Com Agência Lusa.

« Sacar » foi a palavra mais pesquisada no dicionário Priberam em 2025

« Sacar » foi a palavra mais pesquisada no dicionário ‘online’ Priberam em 2025, sem ter relação direta com algum acontecimento marcante, mas muitas outras que refletiram a atualidade nacional e internacional, como indostânicos ou remissão, estiveram em destaque.

 

« A crise política em Portugal, desencadeada por uma ‘moção’ que provocou a demissão do governo e eleições legislativas, ou o ‘cessar-fogo’ em Gaza, cidade devastada pela ‘desnutrição’ que motivou uma ‘flotilha’ de apoio humanitário, são alguns dos eventos deste ano que influenciaram as pesquisas no Priberam » e que levaram à escolha de 24 palavras, feita com a Agência Lusa, que pelo nono ano consecutivo se juntou ao Priberam para selecionar as palavras mais pesquisadas e que ilustram o ano que está a terminar, esclarecem as duas entidades em comunicado.

As 24 palavras (duas por cada mês) que definiram o ano encontram-se disponíveis no ‘site’ oanoempalavras.pt, cada uma delas ilustrada com fotografias e notícias da Lusa sobre o evento em causa, e são apresentadas por ordem cronológica, de janeiro a dezembro, permitindo aceder diretamente ao significado de cada palavra no Dicionário Priberam e ao artigo da Lusa sobre a notícia que motivou as pesquisas.

« As palavras, ou às vezes apenas uma, são também uma maneira de olhar para o ano que nos acaba. A associação é instantânea e clara. Panteão recorda-nos Eça, moção a queda do Governo e as eleições, conclave o novo Papa, descarrilamento o elevador da Glória, cessar fogo a guerra em Gaza e até uma inusitada hérnia nos remete para um grave problema de Estado: a saúde do Presidente. Passámos por tudo isto e agora o ano aqui está, condensado em 24 palavras, sobre 24 magníficas fotografias, do melhor que a Lusa tem. É uma parceria conseguida – a das palavras, das fotos, e da Lusa com a Priberam », destacou a diretora de informação da Lusa, Luísa Meireles.

Carlos Amaral, diretor executivo da Priberam, comentou, por sua vez, que este projeto « mostra de que forma a língua acompanha a atualidade » e que, com « a colaboração da Lusa, na qualidade dos textos noticiosos e das imagens, as pesquisas no Dicionário Priberam ganham uma contextualização, permitindo identificar tendências, preocupações e curiosidades que marcam cada ano » e oferecendo « uma forma distinta de rever o ano no mundo que nos rodeia ».

De acordo com os promotores da iniciativa, o Ano em Palavras de 2025 oferece « uma visão plural do ano, cruzando política, diplomacia, cultura, arte, desporto, ciência, ambiente e temas sociais, compondo um retrato lexical, fotográfico e noticioso acessível ».

Scut e Panteão foram as palavras que marcaram janeiro, mês em que a agenda pública foi marcada pelo fim das portagens nas SCUT e a trasladação de Eça de Queirós para o Panteão Nacional.

As palavras que caracterizaram fevereiro foram terras raras e fumos negros, por causa do início das conversações entre a Ucrânia e os Estados Unidos sobre terras raras, e da homenagem do FC Porto ao ex-presidente Pinto da Costa, que morreu aos 87 anos.

Março foi definido pelas palavras tarifas e moção, devido à imposição do aumento de tarifas de importação, por Donald Trump, e à queda do Governo português, após o chumbo de uma moção de confiança.

Em abril, o Vaticano anunciou um conclave para eleger o sucessor do Papa Francisco, e um apagão deixou a Península Ibérica sem eletricidade durante várias horas, o que justificou que as palavras mais procuradas tenham sido precisamente conclave e apagão.

As palavras de maio foram convulsões e labirintite, a propósito das convulsões captadas pelo fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, que morreu aos 81 anos, e a labirintite do presidente do Brasil, Lula da Silva.

Em junho, as palavras eleitas foram selfie e atrocidade, por causa do episódio de um turista que danificou um quadro setecentista ao tentar tirar uma ‘selfie’ em Itália, e da crítica da ONU aos critérios aplicados a crimes de atrocidade.

Julho foi um mês marcado pelos vocábulos jota e talude, na sequência do acidente que vitimou os futebolistas Diogo Jota e André Silva e da demolição de barracas no Bairro do Talude Militar, que causaram forte impacto nacional.

Em agosto, o agravamento da desnutrição em Gaza e o incendiarismo responsável pelos fogos em Portugal dominaram as preocupações humanitárias e ambientais, ditando a escolha das palavras desnutrição e incendiarismo.

O trágico descarrilamento do elevador da Glória e as ações da flotilha Global Sumud fizeram com que descarrilamento e flotilha fossem as palavras em destaque no mês de setembro.

O acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas e a aprovação da lei que proíbe a burca em espaços públicos fizeram de cessar-fogo e burca as palavras de outubro.

Novembro foi o mês dos termos temperança e bambu, depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter evocado a temperança no cinquentenário do 25 de novembro e de um incêndio em Hong Kong ter demonstrado os riscos de andaimes de bambu.

Por fim, dezembro ficou marcado por hérnia e revelia, devido à notícia da hérnia encarcerada de Marcelo Rebelo de Sousa, assim como da condenação à revelia no Irão do cineasta premiado em Cannes 2025, Jafar Panahi.

Outras pesquisas que estiveram em destaque em 2025 no Priberam, e que refletem a atualidade, incluem indostânicos, remissão (do cancro da Princesa de Gales), pneumonia (do Papa Francisco), brutalista e napa (a propósito dos Óscares e do Festival da Canção), verificação (nas redes sociais), dobradinha (do Sporting no campeonato e na taça de Portugal), reprivatização (da TAP), hambúrguer e moderado (episódios da política nacional), supertufão (na Ásia), improcedente (humorista processada por sketch foi absolvida), megaoperação (da polícia do Rio de Janeiro contra grupo de crime organizado), surdolímpico (Portugal conquistou três medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze nos Jogos Surdolímpicos), tarefeiro (médicos tarefeiros e SNS) ou ainda greve geral.

Segundo o comunicado dos organizadores, o Dicionário Priberam incorporou perto de 5.000 novos vocábulos e locuções, mais de 6.000 sinónimos e de 300 antónimos, totalizando agora mais de 172.300 entradas e mais de 279.300 definições.

Brasil e Portugal continuam a ser os primeiros países na lista da proveniência das pesquisas, com a novidade de a China e Singapura passarem a ocupar o 3.º e 4.º lugares, à frente de Angola e Moçambique.

Os dispositivos móveis, em particular os baseados no sistema operativo Android, lideraram o número de acessos.

 

Com Agência Lusa.

Paris Saint-Germain condenado a pagar 61ME ao futebolista francês Kylian Mbappé

O Paris Saint-Germain foi hoje condenado pelo Tribunal do Trabalho de Paris a pagar quase 61 milhões de euros (ME) em bónus e salários em atraso ao futebolista Kylian Mbappé, referentes ao término do seu contrato em 2024.

Além do bónus e salários reclamados pelo internacional gaulês, de 26 anos, avaliados em cerca de 55 ME, o tribunal incluiu também o pagamento de férias, elevando o valor final para 61 ME, de acordo com cálculos feitos pelos advogados do avançado dos espanhóis do Real Madrid.

O tetracampeão francês defende que existiu um acordo verbal, estipulando que Mbappé sairia sem quaisquer custos, abdicando de parte dos valores devidos no final do seu contrato, para proteger a estabilidade financeira do clube, mas o extremo interpôs várias ações, com o tribunal a dar razão ao jogador dos ‘merengues’, que deixou de receber os salários e prémios referentes a abril, maio e junho de 2024.

“Mbappé cumpriu escrupulosamente as suas obrigações desportivas e contratuais durante sete anos, até ao último dia. Fez tudo o que estava ao seu alcance para evitar litígios, chegando ao ponto de retirar uma queixa de assédio num espírito de conciliação. No total, procurava o pagamento dos seus salários e bónus há mais de 18 meses”, afirmaram os seus representantes.

O tribunal impôs a execução provisória da sentença, o que significa que o emblema parisiense, no qual Mbappé alinhou durante sete temporadas, terá de pagar mesmo que recorra, o que é expectável.

O clube dos portugueses Nuno Mendes, Vitinha, João Neves e Gonçalo Ramos, que considerou o comportamento de Mbappé “desleal”, por saber a intenção do jogador de deixar o emblema após a época 2023/24, viu ainda todas as suas reivindicações, no total de 450 ME, rejeitadas pelos juízes.

O Paris Saint-Germain acusou Mbappé de incumprir um acordo assinado em agosto de 2023, que, supostamente, previa uma redução salarial caso deixasse o clube sem custos de transferência, um acordo que, segundo o clube, visava proteger a sua estabilidade financeira.

Segundo o clube, o jogador escondeu a sua decisão de não renovar o contrato durante quase 11 meses, de julho de 2022 a junho de 2023, impedindo a negociação de uma transferência, o que causou grandes prejuízos financeiros e levou os parisienses a acusá-lo de violar as obrigações contratuais e os princípios da boa-fé e da lealdade.

 

Com Agência Lusa.

Portugal exclui envio de militares para cenário de guerra

O ministro dos Negócios Estrangeiros afastou hoje o envio de portugueses para um cenário de guerra na Ucrânia, mas admitiu que Portugal possa integrar uma « força de paz » num contexto de um acordo com garantias de segurança.

« Portugueses, para um cenário de guerra não irão, isso é certo. Mas, se houver paz, não é a primeira vez que fazemos parte de forças de paz », disse Paulo Rangel, respondendo a uma pergunta do Chega durante uma audição na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.

O governante destacou o trabalho « louvável » de militares portugueses na República Centro-Africana, integrados em missões das Nações Unidas e da União Europeia, ou o envolvimento de militares portugueses na Eslováquia e Roménia, no âmbito da NATO.

A participação portuguesa nas missões nestes dois países europeus, aliás, « é muito parecido com o que podem vir a pedir [a Portugal] para integrar futuramente na Ucrânia, se houver um tratado de paz ou um acordo que garanta níveis de segurança absolutamente indisputáveis », salientou o chefe da diplomacia.

Rangel admitiu outros tipos de cooperação, como « na retaguarda », exemplificando com a presença portuguesa nos Países Bálticos e Lituânia, e através da indústria de defesa.

 

Com Agência Lusa.

 

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