Benfica e Braga na ‘final four’ da Taça da Liga

O detentor do título Benfica qualificou-se para a ‘final four’ da edição 2025/26 da Taça da Liga em futebol, ao vencer em casa o Tondela por 3-0, marcando encontro nas meias-finais com o Sporting de Braga.

Na Luz, o argentino Nicolás Otamendi, aos 41 minutos, de penálti, no 250.º jogo pelas ‘águias’, o belga Lukebakio, aos 83, após assistência do colombiano Richard Ríos, e o grego Pavlidis, aos 90+5, apontaram os tentos do ‘onze’ de José Mourinho.

Os ‘encarnados’, que bateram o Sporting na final do ano passado (7-6 nos penáltis, após 1-1 nos 90 minutos), lideram destacados o ranking da prova, com oito títulos, conquistados em 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12, 2013/14, 2014/15, 2015/16 e 2024/25.

A ‘final four’ da edição 2025/26 da Taça da Liga realiza-se em Leiria, de 06 a 10 de janeiro de 2026, com o Benfica a reeditar com o Sporting de Braga (5-0 ao Santa Clara) a meia-final de 2024/25, então com triunfo das ‘águias’ por 3-0.

 

Resultados dos quartos de final da edição 2025/26 da Taça da Liga de futebol:

– Terça-feira, 28 out:

(+) Sporting – Alverca, 5-1

– Quarta-feira, 29 out:

(+) Sporting de Braga – Santa Clara, 5-0

(+) Benfica – Tondela, 3-0

– Quinta-feira, 04 dez:

FC Porto – Vitória de Guimarães, 20:15

(+) – Qualificado para a ‘final four’.

– ‘Final four’, em Leiria:

Meias-finais (06 e 07 jan 2026)

Sporting – FC Porto/Vitória de Guimarães

Benfica – Sporting de Braga

Final (10 jan)

Sporting/FC Porto/Vitória de Guimarães – Benfica/Sporting de Braga

 

Com Agência Lusa.

Lula “estarrecido” com número de mortos em megaoperação no Rio de Janeiro – Ministro

O ministro da Justiça do Brasil afirmou que o chefe de Estado, Lula da Silva, ficou “estarrecido” com o número de mortos da megaoperação contra o Comando Vermelho, desencadeada terça-feira, em dois complexos de favelas do Rio de Janeiro.

« O Presidente ficou estarrecido com o número de ocorrências fatais e também se mostrou surpreso que uma operação desta envergadura fosse desencadeada sem conhecimento do Governo federal, sem nenhuma possibilidade de o Governo federal participar de alguma forma », disse Ricardo Lewandowski.

Lula da Silva ainda não se manifestou publicamente sobre o caso porque, quando a operação decorreu, estava no avião a regressar de uma viagem de oficial de uma semana à Ásia.

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro disse que morreram 132 pessoas, depois de terem sido encontrados hoje cerca de 60 corpos, na sequência da megaoperação lançada terça-feira nas favelas da cidade contra o Comando Vermelho.

 

Guterres pede investigação imediata a megaoperação no Rio de Janeiro:

O secretário-geral da ONU, António Guterres, está « profundamente preocupado » com o elevado número de vítimas durante uma megaoperação policial na cidade brasileira do Rio de Janeiro e instou as autoridades a conduzirem uma investigação imediata.

No seu ‘briefing’ diário à imprensa, em Nova Iorque, o porta-voz de Guterres frisou que o uso da força em operações policiais deve respeitar as leis e normas internacionais de direitos humanos.

« O secretário-geral está profundamente preocupado com o grande número de vítimas durante uma operação policial realizada ontem [terça-feira] no Rio de Janeiro », disse Stéphane Dujarric.

« O secretário-geral salienta que o uso da força em operações policiais deve respeitar as leis e normas internacionais de direitos humanos e insta as autoridades a conduzirem uma investigação imediata », concluiu.

Cerca de 2.500 polícias realizaram, na terça-feira, uma megaoperação nas comunidades que compõem os complexos de favelas da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, destinada a prender os líderes da organização criminosa Comando Vermelho.

A polícia do Rio de Janeiro contabilizou hoje 119 mortos, entre os quais quatro polícias, e 113 detidos em resultado da megaoperação contra o Comando Vermelho, elevando o número inicialmente divulgado pelo governo do Rio de Janeiro de 64 mortos.

Em conferência de imprensa, o secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro frisou que esta ação foi “o maior baque” que o Comando Vermelho já teve, desde a sua fundação, e que « nunca houve perda [para o grupo] tão grande de drogas, armas e lideranças”.

 Por seu turno, a Defensoria Pública (o equivalente brasileiro ao sistema português de apoio judiciário) do Rio de Janeiro disse que morreram 132 pessoas na sequência da megaoperação, depois de terem sido encontrados hoje cerca de 60 corpos.

A Defensoria Pública, encarregada de oferecer assistência jurídica gratuita, divulgou o novo número de mortos depois de moradores dos bairros afetados terem estado à procura de familiares desaparecidos e começado a reunir dezenas de corpos numa praça.

Organizações não-governamentais e o próprio Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) já vieram criticar a brutalidade da operação.

Cerca de 30 organizações de defesa dos direitos humanos assinaram um comunicado afirmando que a segurança no Rio de Janeiro “não se conquista com sangue” e que a operação, além de expor “o fracasso e a violência estrutural da política de segurança”, coloca a cidade “num estado de terror”.

O ministro da Justiça do Brasil, Ricardo Lewandowski, afirmou que o chefe de Estado, Lula da Silva, ficou “estarrecido” com o número de mortos da megaoperação e que « se mostrou surpreso que uma operação desta envergadura fosse desencadeada sem conhecimento do Governo federal, sem nenhuma possibilidade de o Governo federal participar de alguma forma ».

O Comando Vermelho dedica-se principalmente ao tráfico de drogas e de armas, e o seu centro de operações situa-se no estado do Rio de Janeiro, onde controla algumas comunidades da cidade, embora tenha presença em grande parte do país, especialmente na região da Amazónia.

A organização nasceu na década de 1980, quando a ditadura militar concentrou nas mesmas prisões delinquentes comuns e membros de grupos de guerrilha com formação política e até militar.

 

Com Agência Lusa.

« Crimes públicos ». CNE remete ao Ministério Público queixas sobre cartazes de Ventura

A Comissão Nacional de Eleições decidiu remeter para o Ministério Público as queixas que lhe chegaram sobre os cartazes de André Ventura com alusões ao Bangladesh e a ciganos. Trata-se de « crimes públicos », sublinha o porta-voz do organismo.

Ouvido pela agência Lusa, o porta-voz da CNE, André Wemans, afirmou terem dado entrada dezenas de queixas contra os cartazes do líder do Chega, a denunciar mensagens políticas xenófobas e de apelo ao racismo.« A nossa obrigação, sendo isso crimes públicos, e tendo chegado a queixa, é sempre passar estas queixas para o Ministério Público », afirmou.

O porta-voz da CNE lembra que o conteúdo da propaganda está « naturalmente, sujeito a determinados limites » previstos no Código Penal.
Por exemplo, a alínea d – artigo 240 estabelece:
« d) Incitar à discriminação, ao ódio ou à violência contra pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua origem étnico-racial, origem nacional ou religiosa, cor, nacionalidade, ascendência, território de origem, religião, língua, sexo, orientação sexual, identidade ou expressão de género ou características sexuais, deficiência física ou psíquica;
é punido com pena de prisão de 6 meses a 5 anos. »Sobre os cartazes em causa, a Comissão Nacional de Eleições sublinha o facto de fazerem “referência expressa e concreta a um grupo de pessoas com base na sua origem e a um outro grupo com base na sua etnia ».A comissão esclarece ainda que há « situações em que é passível de ser analisado o conteúdo concreto » de textos ou imagens de propaganda.Tal pode acontecer em casos de difamação, ofensa às instituições democrática, apelo à desordem ou incitamento ao ódio.
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Crimes públicos. CNE remete ao Ministério Público queixas sobre cartazes de Ventura.
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Portanto, a « proteção da liberdade de expressão” tem um limite que é “quando possa pôr em causa o conteúdo essencial de outro direito ou atingir intoleravelmente a moral social ou os valores e princípios fundamentais da ordem constitucional », considera a CNE na deliberação.
Com Agência Lusa e RTP.

Montenegro diz que hoje “é dia marcante para Portugal” que marcará vida nacional nos próximos anos 

O primeiro-ministro afirmou que hoje “é um dia marcante para Portugal » e que definirá a vida nacional nos próximos anos”, saudando a aprovação do Orçamento do Estado para 2026 e da lei da nacionalidade.

Luís Montenegro falava na residência oficial em São Bento, em Lisboa, numa sala com oito bandeiras de Portugal, minutos após a aprovação da lei da nacionalidade no parlamento com votos a favor de PSD, Chega, IL e CDS-PP.

“Estas aprovações demonstram que o Governo está aqui para unir e não para dividir e é capaz de liderar compromissos pelo interesse nacional”, disse.

Montenegro aproveitou esta declaração na residência oficial para repetir o aviso aos partidos que já tinha deixado aos partidos no primeiro dia de debate do Orçamento do Estado para 2026, agora que se vai iniciar a fase de especialidade.

“Os partidos com maior representação parlamentar têm agora a responsabilidade acrescida de dar os seus contributos, como todos os outros, mas estes em particular têm a responsabilidade de não desvirtuar o Orçamento nem pôr em causa o rumo virtuoso das contas públicas”, disse.

O chefe do Governo repetiu que “a margem para alterações orçamentais é nesta circunstância, com todos os desafios que temos pela frente do ponto de vista político e financeiro no próximo ano, muito curta.”

“Portugal é hoje um farol de estabilidade política, social e financeira e essa estabilidade é um dos principais fatores de competitividade nacional e isso deve merecer a atenção e o sentido de responsabilidade de todos para que possa continuar a gerar confiança no contexto nacional e internacional”, apelou.

A proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2026 foi hoje aprovada na generalidade no parlamento, com votos a favor de PSD e CDS-PP e abstenções de PS, PAN e JPP.

Chega, IL, Livre, PCP e BE votaram contra a proposta do Governo PSD/CDS-PP.

Este é o primeiro Orçamento do Estado do XXV Governo Constitucional, o segundo executivo de coligação PSD/CDS-PP chefiado por Luís Montenegro, que iniciou funções há menos de cinco meses.

 

« Estamos a devolver a ordem ». Montenegro diz que nova Lei da Nacionalidade é « solução equilibrada »

Em declarações ao país após a aprovação da alteração da lei de nacionalidade no Parlamento, o primeiro-ministro afirmou que esta nova lei é uma « solução equilibrada » e diz estar a « devolver a ordem ».

Perante o caos, estamos a devolver a ordem”, disse o primeiro-ministro, afirmando que em breve será apresentada a “lei de retorno” para um repatriamento “digno, eficaz e com melhor cooperação com países de origem de quem não respeitar as regras” em Portugal.
« A nacionalidade é o reconhecimento de um vínculo profundo e não deve ser banalizada. Dignificá-la significa dignificar cada português”, defendeu, considerando que « esta lei da nacionalidade repõe a exigência e cumpre Portugal. Afirma a nossa soberania, coesão e a nossa identidade”.
“Ser português não é uma mera formalidade ou conveniência. É uma honra e responsabilidade”, declarou Montenegro, em declarações na residência oficial em São Bento.
“Não queremos portugueses de ocasião”, disse o primeiro-ministro, afirmando que o Governo reforçou as exigências de conhecimento da língua, da cultura, da história e dos símbolos nacionais, assim como os direitos e deveres inerentes à nacionalidade portuguesa.

Com Agência Lusa e RTP.

Imigrantes acusam nova lei da nacionalidade de atacar os direitos humanos

O presidente da maior associação de imigrantes do país acusou os políticos portugueses de estarem a promover um “retrocesso civilizacional” em Portugal, com a nova lei da nacionalidade, que diz atacar os direitos humanos de quem chega.

 

“A lei da nacionalidade é aquilo que já sabíamos e vem confirmar que Portugal não quer definitivamente avançar com os direitos humanos, com os direitos das pessoas que nos procuram, nem com a dignidade da pessoa humana”, disse à Lusa Timóteo Macedo, que contesta o diploma hoje aprovado.

O diploma estabelece um prazo de sete a dez anos de residência documentada em Portugal até obter a nacionalidade e prevê um período de dez anos em que cada cidadão naturalizado tem o risco de perder a cidadania caso cometa crimes com penas superiores a quatro anos.

“O Governo português prefere dar campo ao populismo e às políticas mais retrógradas que existem na Europa. Perdemos uma grande oportunidade de não andarmos para trás, para o século XX”, disse Timóteo Macedo.

A nova lei exige aos candidatos à naturalização prova de meios de subsistência, mesmo para quem peça a nacionalidade originária (seja bisneto de portugueses emigrantes) e não queira vir para Portugal, algo que Timóteo Macedo também contesta.

“Voltou-se à prova dos meios de subsistência que existia no passado em que pediam que as pessoas tivessem rendimento mínimo, uma prova de que a “nacionalidade portuguesa também se vende. Toda esta política é incoerente e contraria o espírito humanista do povo português e terá consequências económicas », afirmou.

“Enquanto tivermos milhares de ilegais, escondidos, a fazerem o trabalho que é necessário, os salários não vão subir. E quem acusa hoje os imigrantes de roubarem empregos, esses empregos vão continuar a ir para quem é mais explorado”, avisou Timóteo Macedo, que contesta a diferença de prazo para quem é europeu ou lusófono (sete anos de residência documentada) e para os outros (dez anos).

O Presidente da Solidariedade Imigrante disse que “tratam-se pessoas de modo diferente, criando uma discriminação inaceitável” e adiantou esperar que o Presidente da República mande verificar o diploma, por considerar que viola o “princípio da igualdade”, previsto na Constituição Portuguesa.

 

Com Agência Lusa.

Sporting de ‘teenagers’ goleia Alverca e está na ‘final four’

O Sporting qualificou-se para a ‘final four’ da Taça da Liga de futebol 2025/26, ao golear em Alvalade o Alverca por 5-1, com dois ‘teenagers’ a ‘bisar’, no primeiro encontro dos quartos de final da prova.

Geovany Quenda marcou aos 21 e 58 minutos e o estreante Salvador Blopa, também de 18 anos, faturou aos 30 e 70, num jogo em que Rui Borges fez igualmente estrear na equipa principal Flávio Gonçalves, Chris Grombahi e Rayan Lucas. Ioannidis apontou o quinto, aos 81, e Sandro Lima reduziu, aos 85.

O conjunto ‘leonino’, finalista vencido em 2024/25, já ganhou a Taça da Liga em quatro ocasiões (2017/18, 2018/19, 2020/21 e 2021/22), seguindo no segundo lugar do ranking da prova, com metade dos oito troféus do detentor do cetro Benfica.

A ‘final four’ da edição 2025/26 da Taça da Liga realiza-se em Leiria, de 06 a 10 de janeiro de 2026, com o Sporting a defrontar nas meias-finais o vencedor do embate entre FC Porto e Vitória de Guimarães, que se realiza apenas em 04 de dezembro.

 

Resultados dos quartos de final da edição 2025/26 da Taça da Liga de futebol:

– Terça-feira, 28 out:

(+) Sporting – Alverca, 5-1

– Quarta-feira, 29 out:

Sporting de Braga – Santa Clara, 20:15

Benfica – Tondela, 21:45

 

– Quinta-feira, 04 dez:

FC Porto – Vitória de Guimarães, 21:15

(x) – Qualificado para a ‘final four’.

– ‘Final four’, em Leiria:

Meias-finais (06 e 07 jan 2026)

Sporting – FC Porto/Vitória de Guimarães

Benfica/Tondela – Sporting de Braga/Santa Clara

Final (10 jan)

Sporting/FC Porto/Vitória de Guimarães – Benfica/Tondela/Sporting de Braga/Santa Clara

 

Com Agência Lusa.

Marcelo diz que « não há razão » para próximos orçamentos serem rejeitados

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou-se hoje convicto de que a atual legislatura durará quatro anos, considerando que “não há razão” para que a aprovação dos próximos orçamentos do Estado seja complicada.

Em declarações aos jornalistas na Escola Básica de Vila Verde, distrito de Braga, onde deu uma aula sobre participação cívica dos jovens, Marcelo sublinhou ainda que a economia portuguesa “tem pés para andar nestes próximos anos”.

“A ideia é que há uma legislatura, são quatro anos, o executivo deve durar e a composição do parlamento deve durar quatro anos. Portanto, não há razão para os orçamentos futuros serem mais complicados, a não ser que o mundo entre numa situação ainda mais difícil do que a atual”, acrescentou.

O chefe de Estado lembrou que Portugal ainda tem 14 ou 15 mil milhões de euros do PRR “para levar ao terreno”, tem o dinheiro do Portugal 2030, tem o turismo “a correr francamente bem”, tem os investimentos “também bem encaminhados”, tem a gestão das finanças públicas “também em equilíbrio”.

“Não vejo que isto se altere nestes aspetos nos próximos anos. Portanto, seria preciso uma grande crise internacional. Ora, a Alemanha começa a dar uns sinaizinhos de que a economia recupera. Se isso acontecer noutros países como a França, outros países como a Espanha, com os quais temos grande relação comercial ou económica, com a diversificação de mercados, acho que a economia portuguesa tem pés para andar nestes próximos anos”, disse ainda.

Sobre o Orçamento do Estado para 2026, Marcelo disse que é preciso esperar pelo final de novembro para ter o “retrato completo” do documento, mas sempre adiantou que se trata de orçamento “reduzido ao mínimo”.

“Saíram todos os cavaleiros [orçamentais]. Os cavaleiros eram as propostas da autorização legislativa, que eram penduradas no orçamento para depois darem origem a leis da Assembleia da República. Isso saiu, mas fica a parte económica e social. Vamos esperar pela votação na especialidade, porque aí é cada partido que quer puxar a braça à sua sardinha, vamos ver o que é que resulta”, rematou.

O Orçamento do Estado para 2026 tem aprovação garantida, uma vez que o PS já anunciou que irá abster-se.

 

Marcelo não comenta cartazes de Ventura para não interferir na campanha:

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, escusou-se hoje a comentar os cartazes do candidato presidencial André Ventura com referências à comunidade cigana e ao Bangladesh, alegando que não quer interferir na campanha eleitoral.

“Não vou comentar a campanha eleitoral (…). Na campanha eleitoral, cada partido acaba por tomar as suas iniciativas e o Presidente da República não comenta, porque se comentasse passava a ser parte da campanha eleitoral”, referiu, em declarações aos jornalistas numa escola em Vila Verde, onde deu uma aula sobre participação cívica dos jovens.

Em causa cartazes da candidatura de André Ventura, também líder do Chega, em que se lê “Isto não é o Bangladesh” e “Os ciganos têm de cumprir a lei”.

“O Presidente da República tem de ser neutral e, então, ainda por cima (…), numa eleição presidencial que é a eleição do sucessor. Estar a dizer o que quer que seja, o comentário de um dos candidatos a candidato, era a pior ideia do mundo”, rematou Marcelo.

Os cartazes em causa, colocados recentemente pelo país, têm sido alvo de várias críticas e oito associações ciganas anunciaram que vão apresentar queixa no Ministério Público e ponderam avançar com uma providência cautelar para que sejam retirados.

O PS também apelou do líder intervenção do Ministério Público para aplicar eventuais sanções por causa dos cartazes.

Nesta deslocação em Vila Verde, Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se igualmente a pronunciar-se sobre a lei da nacionalidade, por ainda não ter chegado a Belém.

“Não tenho a lei da nacionalidade. Tenho de esperar, depois veremos”, referiu.

 

Com Agência Lusa.

Emigrantes portugueses podem a partir de hoje candidatar-se ao Programa Regressar

Os emigrantes portugueses ou familiares interessados em receber as ajudas previstas no Programa Regressar podem a partir de hoje candidatar-se a este apoio, que já beneficiou mais de 36.000 pessoas.

O programa consiste num apoio financeiro a conceder pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) aos emigrantes ou familiares de emigrantes que iniciem atividade laboral em Portugal continental.

Também estão previstos apoios complementares para a comparticipação das despesas inerentes ao regresso destes portugueses e do seu agregado familiar.

As candidaturas estão abertas até março de 2026 e são elegíveis emigrantes que iniciem atividade laboral em Portugal continental entre 01 de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2025, sendo elegíveis as empresas ou empregos criados e os contratos de trabalho, sem termo, estabelecidos nesse período.

Em outubro, aquando da entrega no parlamento da proposta do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), o Governo anunciou a criação do programa “Voltar”, que contempla medidas de incentivo aos portugueses trabalhadores, investidores ou reformados que pretendam regressar para Portugal, segundo a proposta entregue hoje no parlamento.

O coordenador do Programa Regressar, José Albano, criado em 2019 para fomentar o regresso dos trabalhadores emigrantes, disse à Lusa, em julho, que o número de emigrantes que voltaram para Portugal ao abrigo deste apoio ultrapassou os 36 mil.

Mais de 73% do número de portugueses que regressou ao abrigo do programa tem entre 25 e 44 anos, e, destes, 34% são jovens qualificados com licenciatura, mestrado ou doutoramento, o que significa que o programa « está a conseguir dar um apoio àqueles jovens que tiveram de partir para o estrangeiro e agora já conseguem encontrar no país oportunidades para se realizarem profissionalmente, ao mesmo tempo que ajuda as empresas a colmatar a falta de mão-de-obra qualificada ».

Oriundas de 116 países, as candidaturas para o programa são lideradas pela Suíça, seguida de França e Reino Unido, registando atualmente uma média de 405 processos por mês no primeiro semestre deste ano, concluiu o responsável.

 

Com Agência Lusa.

FC Porto segura liderança com triunfo em Moreira de Cónegos

O FC Porto segurou hoje a liderança isolada da I Liga portuguesa de futebol, ao vencer por 1-2 no reduto do Moreirense, com reviravolta, no encontro de encerramento da nona jornada da prova.

A formação da casa adiantou-se aos 18 minutos, com um golo de Alanzinho, mas Samu, aos 45+4, de grande penalidade, e Deniz Gül, aos 88, deram o triunfo ao conjunto de Francesco Farioli, que somou a oitava vitória, depois no ‘nulo’ na receção ao Benfica.

Os ‘dragões’ seguem com 25 pontos, contra 22 do Sporting e 21 do Benfica, também vitoriosos na nona ronda, enquanto o Moreirense somou o terceiro desaire consecutivo em todas as provas e caiu para sexto, com 15.

 

Resultados da nona jornada da I Liga portuguesa de futebol:

– Sexta-feira, 24 out:

Alverca – Gil Vicente, 0-4 (0-2 ao intervalo)

– Sábado, 25 out:

Santa Clara – AVS, 2-0 (0-0)

Benfica – Arouca, 5-0 (3-0)

Estrela da Amadora – Rio Ave, 1-2 (1-0)

– Domingo, 26 out:

Estoril Praia – Nacional, 1-1 (0-1)

Famalicão – Vitória de Guimarães, 2-0 (1-0)

Tondela – Sporting, 0-3 (0-1)

Sporting de Braga – Casa Pia, 4-0 (2-0)

– Segunda-feira, 27 out:

Moreirense – FC Porto, 1-2 (1-1)

 

Com Agência Lusa.

Presidenciais: Gouveia e Melo diz que Ventura entrou num corrupio de racismo que lembra Hitler

O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo acusou hoje André Ventura de ter entrado “num corrupio de xenofobismo e racismo” que faz lembrar o sistema hitleriano, que usou os judeus como um bode expiatório.

“O doutor André Ventura entrou num corrupio de xenofobismo e de racismo, porque é essa a palavra certa, que mostra a tal intolerância que a democracia não deve tolerar”, afirmou o candidato presidencial, que falava à agência Lusa no final de uma visita à Associação Académica de Coimbra (AAC).

Para Gouveia e Melo, é possível não concordar com uma imigração de “portas escancaradas” – com a qual também não concorda – sem se definir “pela cor ou pelos trajes quem são as pessoas que devem ficar em Portugal ou não”.

Questionado sobre cartazes de André Ventura dirigidos a comunidades específicas do Bangladesh e de etnia cigana, o candidato presidencial considerou que esse tipo de comunicação “é racismo puro e duro”.

“Faz-me lembrar o sistema hitleriano que arranjou um bode expiatório que era os judeus, na altura. E agora estamos a tentar arranjar em Portugal outro bote expiatório. Os portugueses misturaram-se com todos os povos do mundo, navegaram por todo o mundo, é um povo que tem mundo, é um povo que tem perto de metade da sua população emigrada noutros países. Portanto, é preciso um bocado de bom senso no que nós dizemos sobre determinado tipo de matéria”, vincou.

O candidato presidencial acusou ainda André Ventura de espalhar desinformação e pôr na sua boca “falsidades” sobre a lei de estrangeiros, disseminando-as depois nas redes sociais, “criando uma ideia que não corresponde à verdade”.

“Até chegou a ser ofensivo a dizer que se eu quisesse ser presidente, que fosse presidente lá para o Hindustão. Eu não reconheço no doutor André Ventura nenhum tipo de patriotismo superior ao meu. Eu estive na linha da frente diversas vezes em risco de vida e, portanto, não recebo recados de um senhor que nunca serviu, enquanto militar ou bombeiro”, disse.

Henrique Gouveia e Melo fez também referência à posição de Ventura que defendeu “três Salazares” para o país, questionando se o líder do Chega pretende voltar “aos índices de pobreza que existiam no tempo da ditadura” ou retirar a liberdade aos cidadãos.

O candidato presidencial considerou que há “um jogo antidemocrático que se começa a instalar” como se fosse normal, quando não o pode ser.

“A democracia, que é a tolerância, não pode permitir a intolerância. Porque a intolerância subverte a democracia com perigo para a própria democracia”, disse, aconselhando André Ventura “a fazer o jogo democrático”.

Sobre a acusação também feita pelo líder do Chega de que se estaria a aproximar do PS e do Bloco de Esquerda, Gouveia e Melo entendeu que se Ventura fosse “um bocado mais velho” poderia “compreender o papel do doutor Mário Soares na fixação da democracia em Portugal”.

“Se calhar, ele não gosta do doutor Mário Soares, porque não é verdadeiramente democrático”, disse.

 

Com Agência Lusa.

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