Eleições/Madeira: Urnas das regionais antecipadas abriram às 08:00

As urnas das legislativas regionais antecipadas da Madeira, nas quais podem votar mais de 255 mil eleitores, abriram hoje às 08:00 (locais), encerrando às 19:00.

De acordo com dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o número de inscritos « habilitados para votar » no sufrágio é de 255.380, dos quais 249.840 na ilha da Madeira e 5.540 na ilha do Porto Santo.

Em comparação com as anteriores regionais, em maio de 2024 (também antecipadas), com base no mapa oficial de resultados, hoje podem votar mais 858 cidadãos.

Contactado pela Lusa, pelas 08:40, o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), André Wemans, disse que não havia « informação de nenhum problema na abertura das mesas ».

Nas eleições do ano passado, a abstenção foi de 46,60%. O valor recorde da abstenção desde 1976, ano das primeiras eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira, registou-se em 2015, quando não foram votar 50,42% dos 256.755 eleitores inscritos.

Ao círculo eleitoral único do arquipélago, com 47 assentos parlamentares, concorrem hoje 14 listas: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

No sufrágio anterior, o PSD conseguiu eleger 19 deputados, o PS 11, o JPP nove, o Chega quatro (mas, uma deputada tornou-se, entretanto, independente) e o CDS-PP dois. PAN e IL garantiram um assento cada.

As eleições antecipadas ocorrem na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega – que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional minoritário, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) – e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

Nas legislativas regionais, o representante da República, cargo ocupado por Ireneu Barreto, convida uma força política a formar governo em função dos resultados (que têm de ser publicados), após a auscultação dos partidos com assento parlamentar na atual legislatura.

 

Com Agência Lusa.

Veiga e Neto passam de titulares em Copenhaga para a ‘bancada’ em Alvalade

Renato Veiga e Pedro Neto, titulares em Copenhaga, foram excluídos da ficha de jogo de Portugal e vão hoje falhar o segundo duelo com a Dinamarca, que dá acesso à ‘final four’ da Liga das Nações de futebol.

Os dois jogadores estiveram no ‘onze’ inicial da seleção nacional na última quinta-feira no Estádio Parken, na primeira mão dos quartos de final, num encontro que os dinamarqueses venceram por 1-0, mas passaram agora para a ‘bancada’ de Alvalade.

Com 25 jogadores convocados, o selecionador Roberto Martínez foi obrigado a ‘cortar’ dois para a ficha de jogo, já que só pode ter um máximo de 23.

Em Copenhaga, Francisco Conceição e Gonçalo Ramos foram os excluídos, estando ambos agora entre o lote de disponíveis para a segunda partida.

No primeiro jogo, Pedro Neto esteve a tempo inteiro e foi o responsável pelos dois remates à baliza que Portugal fez em todo o jogo, enquanto Renato Veiga saiu aos 76 minutos, dando lugar a Gonçalo Inácio, já depois de ter cometido uma grande penalidade, com o guarda-redes Diogo Costa a defender o remate de Eriksen.

Isto significa que Roberto Martínez vai fazer, no mínimo, duas alterações no ‘onze’, isto depois de já ter divulgado que Bernardo Silva iria ser titular, após ter ficado no banco na capital dinamarquesa.

Aos 30 anos, Bernardo Silva vai somar a 100.ª internacionalização ‘AA’ da carreira e tornar-se apenas o oitavo jogador da história da seleção nacional a alcançar tal feito.

O jogador do Manchester City poderá ocupar o lugar de Pedro Neto, com Gonçalo Inácio a ser o candidato principal a fazer dupla com Rúben Dias no centro da defesa, embora António Silva também possa ser o escolhido.

Portugal está obrigado a vencer a Dinamarca para poder chegar à ‘final four’ da Liga das Nações de futebol e apagar a péssima imagem deixada na primeira mão em Copenhaga.

Para, no mínimo, empatar a eliminatória e enviar a decisão para prolongamento, ou até para as grandes penalidades, Portugal tem de vencer por um golo e, para isso, tem de fazer muito mais do que mostrou na primeira mão, naquele que foi o pior jogo da ‘era’ Roberto Martínez, facto assumido pelo próprio selecionador luso.

O Portugal-Dinamarca está agendado para as 20:45, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, e vai ser arbitrado pelo esloveno Slavko Vincic.

Portugal conquistou a primeira edição da Liga das Nações, em 2019, tendo depois falhado a qualificação para a ‘final four’ em 2020/21 e 2022/23.

Além do futuro na Liga das Nações, Portugal fica a conhecer o grupo em que vai disputar a fase de qualificação para o próximo Campeonato do Mundo, que será em setembro, outubro e novembro deste ano.

Caso vença e ultrapasse a Dinamarca, a seleção nacional ficará no Grupo F, com Irlanda, Hungria e Arménia, enquanto, se for eliminado, vai encontrar Escócia, Grécia e Bielorrússia, no Grupo C.

 

Com Agência Lusa.

Perseguição em Paris terminou com vários feridos e carros destruídos

Treze pessoas, incluindo 10 polícias, sofreram ferimentos ligeiros e vários carros ficaram danificados em Paris, no sábado, depois de um condutor ter recusado uma ordem de paragem da polícia, dando início a uma perseguição matinal no sul da capital francesa.

 

A intensa perseguição automóvel percorreu vários quilómetros na cidade de Paris, culminou com o condutor a perder o controlo do veículo e a colidir contra um semáforo. Durante a sequência do incidente, três viaturas da polícia, que estavam em perseguição, acabaram por embater no carro do fugitivo.

O condutor e os dois passageiros foram detidos e, apesar dos ferimentos, foram transportados para o hospital, onde se encontra estável, sem risco de vida, conforme as autoridades confirmaram.

As imagens de videovigilância, analisadas pela AFP, mostram claramente o momento em que o veículo em fuga embate num semáforo, sendo posteriormente atingido por uma das viaturas policiais. Em seguida, um segundo carro da polícia colide com o primeiro, e logo depois um terceiro veículo também se envolve na colisão.

A situação teve início por volta das 5h45 no 14º bairro de Paris, quando o condutor, ao ser abordado durante um controlo de rotina, ignorou a ordem de paragem e iniciou a fuga. A partir daí, o condutor atravessou um sinal vermelho, o que fez com que três viaturas da polícia começassem a persegui-lo.

A perseguição continuou até ao cruzamento da Avenue du Maine com a Boulevard du Montparnasse, no 15º bairro, onde o condutor perdeu o controlo do veículo e colidiu contra um semáforo. Os três carros policiais, que ainda o seguiam de perto, acabaram por colidir entre si e com o veículo em fuga.

No total, dez agentes da polícia sofreram ferimentos ligeiros, sendo hospitalizados por um curto período de tempo, mas receberam alta ainda na tarde do sábado. O chefe da polícia de Paris, Laurent Nunez, expressou a sua satisfação, elogiando a coragem e a atitude profissional demonstrada durante o incidente.

As três pessoas detidas têm idades entre os 19 e os 30 anos, sendo que duas delas possuíam antecedentes criminais, segundo informações da polícia. O sindicato Unsa-Police divulgou uma fotografia do acidente, onde se pode ver, um dos veículos policiais em cima de um carro preto danificado, descrevendo a imagem como “assustadora” e acusando o condutor de colocar em risco a vida de todos os envolvidos.

Em relação à visibilidade durante a perseguição, o chefe da polícia comentou que as condições não eram ideais, o que agravou a situação e contribuiu para a violência do acidente.

No ano anterior, a região da Grande Paris registou cerca de 2.300 incidentes de recusa de cumprimento de ordens policiais, com 40% desses casos a ocorrerem durante a noite, conforme dados divulgados por Nunez.

Com Imprensa.

 

 

Passagem de Nível – domingo 23/03/25. Os destaques

« Passagem de Nível » na Rádio Alfa, Domingo 23 de março de 2025, Entre as 12h00 e as 14h00 com Artur Silva.

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-Livro “Decifrar a CorrUpção” de Tiago Rosa Gaspar, com outros colaboradores, editado pelas Publicações D.Quixote, que vai ser apresentado na quinta-feira dia 27 de março às 18h30, na Maison Du Portugal Ciup– André de Gouveia, na Cité internationale universitaire de Paris, pela Cônsul-Geral de Portugal em Paris, Mónica Lisboa.
No final haverá a actuação da cantora, autora e compositora Mimi Froes.
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Cantora, Autora e Compositora Mimi Froes.
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-No quadro da celebração dos 60 anos de presença em França da Fondation Calouste Gulbenkian – Délégation en France, o Director Interino Miguel Magalhães apresentou uma programação especial para este ano 2025.
Fondation Calouste Gulbenkian – Délégation en France
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-Eleições legislativas antecipadas em Portugal no dia 18 de maio, para a Associação Cívica TSP – Também Somos Portugueses : Novas eleições, velhos problemas para os portugueses no estrangeiro.
Convidado: Paulo Costa, porta-voz da TSP
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Associação Cívica TSP- Também Somos Portugueses.
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-Filme Covas do Barroso – crónica de uma luta colectiva, do realizador Paulo Carneiro, estreia em França na quarta-feira dia 26 de março 2025.
Um filme com os habitantes de Covas do Barroso, que narra a luta da população local contra a abertura de uma mina a céu aberto para extracção do lítio.
Convidados:
Paulo Carneiro, realizador do filme
Nelson Gomes, Presidente da associação Unidos em Defesa das Covas do Barroso.
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Filme Covas do Barroso.
Associação Unidos em Defesa das Covas do Barroso.
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-Celebrações do 50° aniversário da Independência de Cabo Verde: O Centro Cultural de Cabo Verde em Lisboa, organiza a exposição de pintura “ÉES CABO VERDE INDEPENDENTE” que estará patente ao público até ao dia 30 de abril 2025.
Convidado: Pedro Amaral, um dos 6 artistas plásticos que participam na mostra
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Exposição de Pintura “ÉES CABO VERDE INDEPENDENTE”
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Passagem de nível » na Radio Alfa 
Apresentação e Coordenação: Artur Silva
Jornalista Artur Silva
Nota:
-Emissão com redifusão na noite de terça para quarta-feira, entre as 0h00 e as 2h00 e no podcast www.radioalfa.net
Difusão da Rádio Alfa
FM (98.6): Paris et région parisienne
Dab+ : Paris, Lille, Lyon, Strasbourg, Monaco et Côte d’Azur

Portugal perde na Dinamarca na primeira mão dos ‘quartos’ da Liga das Nações

Portugal perdeu hoje na Dinamarca, por 1-0, em jogo da primeira mão dos quartos de final da Liga das Nações em futebol, em Copenhaga, e ficou em desvantagem na disputa pela presença nas meias-finais.

O suplente Hojlund marcou o golo dinamarquês, aos 78 minutos, quebrando a resistência do guarda-redes Diogo Costa, que se opôs com sucesso a uma grande penalidade cobrada por Christian Eriksen, aos 24.

Portugal e Dinamarca voltam a defrontar-se no domingo, a partir das 19:45, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, na segunda mão dos ‘quartos’.

A equipa das ‘quinas’, campeã da primeira edição da Liga das Nações, em 2019, procura regressar às meias-finais, depois das ausências em 2020/21 e 2022/23.

 

– Quinta-feira, 20 mar:

Quartos de final, primeira mão:

Liga A (Quartos de final):

Croácia – França, 2-0

Itália – Alemanha, 1-2

Países Baixos – Espanha, 2-2

Dinamarca – Portugal, 1-0

 

Com Agência Lusa.

« Uma mensagem de força e coragem »: Gisèle Pelicot vai contar a sua « história » « Um Hino à Vida » em janeiro de 2026

Gisèle Pelicot vai lançar um livro em janeiro de 2026 que conta a sua « história » para « transmitir uma mensagem de força e coragem ».

 

Um livro para contar a « (a sua) história » nas « (suas) próprias palavras ». Gisèle Pelicot vai lançar um livro a 27 de janeiro de 2026, pela Flammarion, intitulado « Um Hino à Vida ».

O seu objetivo: « transmitir uma mensagem de força e coragem a todos aqueles que estão a passar por momentos difíceis ».

 

« Conforto e esperança »

O livro será publicado em vinte línguas e contará a história de Gisèle Pelicot « nas suas próprias palavras », segundo disse ao ‘Guardian’ a ‘The Bodley Head’, a sua editora no Reino Unido.

O livro « oferecerá conforto e esperança e dará um contributo positivo para mudar a narrativa sobre a vergonha e tentar assim mudar um pouco o mundo ».

Dominique Pelicot, o principal arguido no julgamento de violação de Mazan e condenado a 20 anos de prisão, não recorreu da condenação. Ao contrário de 13 dos 51 homens condenados em Dezembro passado que recorreram. Vão comparecer ao tribunal em outubro.

O julgamento de violação de Mazan teve repercussão internacional, destacando em particular a questão da ‘submissão química’ e a coragem de Gisèle Pelicot, que decidiu renunciar ao anonimato durante a audiência.

 

 

 

Com BFMTV

Kirsty Coventry é a primeira mulher a presidir ao Comité Olímpico Internacional

A zimbabueana Kirsty Coventry tornou-se hoje na primeira mulher a presidir ao Comité Olímpico Internacional, sendo eleita logo na primeira ronda de votações para suceder ao alemão Thomas Bach durante os próximos oito anos.

Durante a 144ª Sessão do COI, a decorrer em Costa Navarino, na Grécia, a ex-nadadora zimbabueana surpreendeu ao ser eleita presidente, com maioria absoluta, logo na primeira ronda de votações, uma vez que era expectável que os candidatos fossem sendo eliminados um a um durante o sufrágio.

Kirsty Coventry vai assumir a liderança do COI em 23 de junho, sucedendo no cargo a Thomas Bach, que preside ao organismo desde 2013.

Na corrida com maior número de candidatos de sempre, a zimbabueana de 41 anos superou, na luta pela liderança do COI, o jordano Feisal Al Hussein, o francês David Lappartient, o sueco Johan Eliasch, o espanhol Juan Antonio Samaranch Jr., o britânico Sebastian Coe e o japonês Morinari Watanabe.

 

Com Agência Lusa.

Emigrantes querem voto eletrónico e lembram que pagam impostos por esta via

O voto eletrónico, reivindicado há vários anos pelos emigrantes portugueses, continua sem avançar por alegadas razões de segurança, embora as comunidades questionem por que razão os riscos são maiores para votar do que para pagar impostos eletronicamente.

A aplicabilidade do voto eletrónico foi o tema do primeiro painel da reunião anual do Conselho Regional das Comunidades Portuguesas na Europa, que decorre hoje e sexta-feira no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa.

Os conselheiros europeus manifestaram vontade de contar com mais esta possibilidade de voto, tendo em conta as distâncias que por vezes têm de ser percorridas para votar nas assembleias de voto e os constrangimentos que o voto postal tem revelado.

António Cunha, conselheiro das comunidades portuguesas no Reino Unido há 22 anos, acompanha a discussão há já algum tempo e recorda que “há pessoas que têm de viajar de avião para poderem votar”, tal é a distância entre o local onde residem e o de voto.

Nas eleições para a Assembleia da República, como as que se realizarão a 18 de maio, os portugueses que residem no estrangeiro podem votar presencialmente ou por via postal, devendo fazer essa opção junto da respetiva comissão recenseadora no estrangeiro, até à data da marcação da eleição, pois se não escolher terá de votar por via postal. Nas eleições presidenciais e europeias, a votação só é presencial.

Segundo António Cunha, o voto eletrónico iria seguramente aumentar a participação dos emigrantes portugueses nos atos eleitorais em Portugal, devendo manter-se os outros, até porque “há muitos emigrantes com idade que não dominam os computadores”.

Carlos Cabreiro, diretor da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica da Polícia Judiciária, indicou que uma das preocupações que o sistema levanta é, desde logo, o uso das senhas de acesso, destinadas apenas ao votante.

Por outro lado, um atacante informático (“hacker”) consegue, ao entrar num sistema informático, aceder a vários domínios, inclusive ao voto eletrónico, referiu, acrescentando que não são conhecidos casos de manipulação dos processos eleitorais.

Carlos Pimentel, responsável pelo Gabinete de Segurança, no Serviço de Informática da GNR, sublinhou a importância de assegurar que quem vota é o eleitor e de uma forma livre.

Perante os riscos, defendeu uma resiliência social, ou seja, conhecimento e informação suficientes para se distinguir o verdadeiro do falso.

A conselheira Ângela Reis, que reside na Suíça, demonstrou uma das fragilidades do voto postal, pois “é possível levantar as cartas de outras pessoas”, com o respetivo boletim de voto.

No voto postal, o Ministério da Administração Interna português envia o boletim de voto para a morada indicada no caderno de recenseamento. O eleitor recebe o boletim de voto e dois envelopes: um de cor verde e outro branco, que serão devolvidos ao Ministério da Administração Interna.

O eleitor tem de assinalar com uma cruz a opção de voto, depois dobrar o boletim de voto em quatro e colocá-lo dentro do envelope de cor verde, fechando-o. Introduz este envelope verde no envelope de cor branca, juntamente com uma cópia do cartão de cidadão ou do bilhete de identidade, e, depois de fechado, deve enviá-lo pelo correio antes do dia da eleição.

Em fevereiro, o parlamento aprovou uma resolução proposta pelo PSD para testar testar o voto eletrónico na emigração.

O Presidente da República sugerira, em dezembro, uma experiência piloto de voto eletrónico nos círculos da emigração.

« Acho que não se perdia nada em fazer a experiência piloto e ver a que conclusões é que se chega », disse Marcelo Rebelo de Sousa, durante uma visita aos Países Baixos.

A aposta no voto eletrónico não presencial foi uma das medidas do programa do Governo de Luís Montenegro. O chumbo da moção de confiança ao Governo PSD/CDS-PP ditou a sua queda, a dissolução do parlamento e a marcação de legislativas antecipadas, a 18 de maio.

 

Com Agência Lusa.

Depressão Martinho motiva 5.800 ocorrências e deixa 15 pessoas desalojadas

O mau tempo registado à passagem da depressão Martinho pelo continente português deu origem a 5.800 ocorrências e 15 desalojados, de acordo com o mais recente balanço da Proteção Civil, que reconhece tratar-se de um número « acima da média ».

O registo diz respeito ao período entre as 00:00 de quarta-feira e as 11:00 de hoje, com destaque para a queda de árvores, tendo-se verificado ainda algumas inundações.

Segundo o balanço feito por Alexandre Penha, adjunto de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), 15 pessoas ficaram desalojadas e 13 tiveram de ser deslocadas, em resultado da passagem da depressão Martinho, que motivou um aviso meteorológico laranja (o segundo nível mais grave, numa escala de três) para vento e chuva durante a noite, em vários distritos. Mantêm-se ativos avisos amarelos para vento, chuva e agitação marítima durante o dia de hoje.

“Não posso falar de recordes […], mas posso dizer que é uma situação que ultrapassa a média de ocorrências para um fenómeno deste tipo”, assinalou o adjunto de operações na sede da ANEPC, no concelho de Oeiras (distrito de Lisboa).

« Nesta altura é difícil ter um quantitativo de todos [os meios mobilizados], porque estamos a falar de diversas entidades, (…) mas [estarão] acima dos milhares », estimou.

A maior incidência de ocorrências registou-se na área da Grande Lisboa, com 35%, seguindo-se Setúbal, com 10%, e depois Porto e Coimbra, ambas acima das 300 ocorrências, especificou Alexandre Penha.

O cenário de chuva e vento forte vai manter-se nos próximos dias, pelo menos até sábado, realçou, admitindo que possa haver “algum desagravamento”, mas não descartando “fenómenos de vento extremo”, especialmente no litoral e nas zonas Centro e Sul do país.

“A agitação marítima vai manter-se permanente”, assinalou, apelando à população para que tenha cuidado e se afaste do mar.

O aumento do caudal dos rios e das bacias hidrográficas – sobretudo as do Tejo, Mondego e Guadiana – poderá resultar em inundações e cheias, acrescentou, prevendo ainda a queda de neve abaixo da área mais habitual da serra da Estrela.

A Proteção Civil pede à população para que evite deslocações e “riscos desnecessários”, reforce a fixação de objetos soltos e limpe os sistemas de drenagem da água.

No balanço feito à comunicação social, não foram indicados feridos da depressão Martinho além dos já reportados anteriormente: na noite de quarta-feira a Proteção Civil deu conta de uma pessoa ferida com gravidade em Sintra (distrito de Lisboa) devido à queda de uma árvore durante a tarde e hoje de manhã o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, referiu seis feridos ligeiros, entre agentes policiais e de proteção civil e civis.

 

Registadas 920 ocorrências na cidade de Lisboa sobretudo queda de árvores

A cidade de Lisboa contabilizou 920 ocorrências, entre as 21:00 de quarta-feira e as 16:00 de hoje, devido à passagem da depressão Martinho, sendo que a maioria está associada a queda de árvores, com 433 situações.

Num novo balanço sobre os efeitos das condições meteorológicas adversas na capital, a Câmara de Lisboa informou que, pelas 16:00, se encontravam ativas 358 das 920 ocorrências registadas, sublinhando que as restantes 562 ocorrências estavam já fechadas.

Segundo os dados enviados à agência Lusa, a maioria das ocorrências está relacionada com queda de árvores (433), queda de estruturas (285) e queda de revestimentos (169).

A Câmara de Lisboa tem ainda registo de inundações (18), acidentes rodoviários (oito) e apoio à população (sete).

O total de 920 ocorrências na cidade de Lisboa, entre as 21:00 de quarta-feira e as 16:00 de hoje, corresponde à soma dos dados registados pelo Serviço Municipal de Proteção Civil, pelo Regimento de Sapadores Bombeiros e pela Polícia Municipal.

Relativamente à distribuição destas ocorrências pelas 24 freguesias lisboetas, a maioria foi em Alvalade (75), Olivais (72), Marvila (60), Benfica (59), Penha de França (59), São Domingos de Benfica (50), Santa Maria Maior (47), Lumiar (46), Belém (44) e Arroios (40).

As restantes freguesias também registaram situações, nomeadamente a Ajuda (31), Areeiro (31), Avenidas Novas (31), Campo de Ourique (29), Campolide (27), São Vicente (27), Estrela (26), Santo António (26), Alcântara (25), Beato (25), Carnide (23), Misericórdia (20), Parque das Nações (19) e Santa Clara (18), segundo os dados disponibilizados pela autarquia.

Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), a passagem da depressão Martinho em Portugal continental provocou um total de 5.800 ocorrências entre as 00:00 de quarta-feira e as 11:00 de hoje, sobretudo queda de árvores, mas também incêndios rurais no Alto Minho, num contexto de ventos muito fortes.

 

Com Agência Lusa.

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