Adrien admitiu hoje que seria “mais difícil” à seleção ir longe no Mundial2018 de futebol sem o contributo do capitão Cristiano Ronaldo, autor de três golos na estreia, frente à Espanha.
“Era mais difícil, como óbvio. Prefiro tê-lo [na minha equipa], do que do outro lado. Mas não é o caso. Ele está connosco e muito bem e espero que continue”, assumiu, em Kratovo, onde a equipa das ‘quinas’ prepara o embate com Marrocos, na quarta-feira, em Moscovo.
O capitão da seleção lusa foi decisivo na estreia no Mundial, com um ‘hat-trick’ no empate 3-3 com a Espanha, a abertura do Grupo B, no qual o Irão, orientado por Carlos Queiroz, venceu a seleção marroquina, por 1-0.
Em conferência de imprensa, Adrien integrou o lote dos defensores de que Cristiano Ronaldo é o melhor futebolista de todos os tempos.
“É a nossa opinião e todas as pessoas veem o que é notório. É um exemplo do que é para nós diariamente, não só nos jogos, nos golos que faz, no comportamento que tem e na liderança como nosso capitão. Para mim, é motivo de grande orgulho poder partilhar o balneário com ele. Como é óbvio é o melhor do mundo”, justificou.
Questionado sobre se o madeirense é mais líder na seleção de Portugal do que Messi na da Argentina, o médio entende que “não há comparações possíveis”.
“Para nós só existe um líder que está connosco e com o que estamos preocupados. Com que ele faça o seu melhor, como tem vindo a fazer, e esperamos que nos possa ajudar como tem vindo a fazer”, completou.
O médio dos ingleses do Leicester explicou que, após o empate frente a Espanha, Ronaldo não falou “dos seus êxitos, pois quer é que a equipa ganhe”: “Entrou no balneário e cumprimentou toda a gente pelo grande trabalho feito nesse jogo. E nós cumprimentámo-lo, como é óbvio, por mais três golos”.
“Foi mais uma grande ajuda que nos deu. A equipa também trabalhou para ele. Isso é que mais importante, Portugal segue com esta união para os próximos jogos”, concluiu.
O descontentamento de Fernando Santos com alguns aspetos no empate da seleção portuguesa de futebol com a Espanha (3-3), no Mundial2018, ficou a dever-se à exigência do selecionador, segundo disse Adrien.
“É a imagem do ‘mister’. Sempre muito exigente connosco. Para que possamos sempre evoluir. Desde que chegou, fez com que equipa tivesse estes resultados. Faz com que equipa nunca esteja satisfeita com o que tem. Faz-nos evoluir cada vez mais”.
Após a igualdade frente à seleção espanhola, em Sochi, com um ‘hat-trick’ de Cristiano Ronaldo, o selecionador “deu” nota seis à exibição lusa, numa escala de um a dez, entendendo que, entre outros aspetos, faltou mais pressão sobre a Espanha, que teve uma posse de bola superior à que esperava e desejava.
“Os erros são cometidos também pela qualidade dos adversários e não podemos esquecer que jogámos contra um grande favorito para a competição. Mas isso é natural. Também criámos grandes dificuldades ao nosso adversário. No fim, quem cometer menos erros conseguirá ultrapassar sempre o adversário. Nada de muito relevante”, desvalorizou Adrien.
Acima de tudo, o futebolista do Leicester destacou o facto de este ter sido um “resultado positivo”, embora a seleção lusa ambicione constantemente os três pontos.
“Foi um resultado positivo. Não o queríamos. Isso foi demonstrado desde início do jogo que não estávamos ali só para tentar não perder. A equipa respondeu bem a todos os momentos do jogo, mesmo depois de a Espanha ter dado a volta ao resultado. Isso mostra o caráter”, frisou, reiterando ter sido um empate frente a “um grande favorito”.
Adrien assegurou ainda que já deixou de ser tema de conversa a situação dos ex-jogadores do Sporting, que rescindiram contrato unilateralmente, casos de Rui Patrício, William, Bruno Fernandes e Gelson.
“Eles mostraram que estavam perfeitamente em condições para jogar. Isso Viu-se isso no jogo, naqueles que jogaram. Neste momento nem sequer é motivo de conversa. Eles estão perfeitamente bem e vão fazer um grande torneio, tenho a certeza”, concluiu.
Alfa/Lusa.