Movimento contra o aumento do preço dos combustíveis. Volte a ouvir aqui a última crónica (de quarta-feira) de Luísa Semedo, presidente para a Europa do Conselho das Comunidades:
FC Porto com ‘vida’ mais difícil do que Benfica e Sporting na Taça de Portugal
O FC Porto é o ‘grande’ com a tarefa mais espinhosa na quarta eliminatória da Taça de Portugal de futebol, ao receber o Belenenses num confronto entre primodivisionários, enquanto Benfica e Sporting defrontam adversários de escalões inferiores.
O campeão nacional protagoniza um dos três embates entre equipas da I Liga, destino ao qual ‘escaparam’ o Benfica, que recebe o Arouca, da II Liga, e o Sporting, que vai defrontar em Viseu o Lusitano Vildemoinhos, do Campeonato de Portugal, na estreia do treinador holandês Marcel Keizer.
O FC Porto regressa à competição duas semanas após o triunfo por 1-0 sobre o Sporting de Braga, que lhe permitiu isolar-se no comando do campeonato, após a interrupção para os jogos de seleções.
Apesar de ter um saldo muito positivo no histórico global de confrontos com o Belenenses, o cenário inverte-se quando se aplica apenas à Taça de Portugal, com os ‘azuis’ a apresentarem um balanço de sete vitórias e cinco derrotas, tendo-se registado sete empates.
Já nesta época, a equipa portuense teve muita dificuldade para vencer o Belenenses no Estádio Nacional, na segunda jornada do campeonato, marcando o golo do triunfo por 3-2 aos 90+6 minutos, pelo defesa brasileiro Alex Telles, de grande penalidade.
No sábado, o palco será o Estádio do Dragão, onde o FC Porto deverá alinhar sem os lesionados Aboubakar e Brahimi, no único jogo da quarta ronda entre equipas que já ergueram o troféu, atualmente, na posse do Desportivo das Aves.
O Benfica, quarto classificado do escalão principal, recebe na quinta-feira o Arouca, 13.º colocado da II Liga, numa altura em que o treinador Rui Vitória está sob pressão devido a uma série negativa de três derrotas e um empate, quebrada pelo triunfo no último jogo, com o Tondela, por 3-1.
Apesar de não contar com o defesa Jardel, suspenso, e de o médio Fejsa e o avançado Salvio continuarem lesionados, o Benfica, recordista de títulos, com 26 troféus, é claro favorito frente a um adversário que venceu oito das 10 vezes que defrontou, no jogo de abertura da ronda, na quinta-feira.
No sábado, o Sporting, segundo classificado da I Liga e finalista vencido da Taça de Portugal na época passada, enfrenta pela primeira vez o Lusitano Vildemoinhos, quinto posicionado da Série B do Campeonato de Portugal, equivalente ao terceiro escalão.
O jogo marcará a estreia de Marcel Keizer como treinador da equipa de Alvalade, na sequência da rescisão com o treinador José Peseiro, que deixou o comando técnico do clube em 01 de novembro, após a derrota por 2-1 na receção ao Estoril Praia, do segundo escalão, em jogo da Taça da Liga.
Além do encontro entre o FC Porto e o Belenenses, os 16 avos de final da Taça de Portugal proporcionam mais dois embates entre primo divisionários, entre Marítimo (13.º classificado) e Feirense (15.º) e entre Santa Clara (nono) e Desportivo de Chaves (18.º e último).
O Desportivo das Aves, também da I Liga, continua a defesa do título conquistado de forma sensacional há seis meses, deslocando-se ao reduto do ‘secundário’ Cova da Piedade, enquanto o Sporting de Braga, terceiro posicionado da divisão principal, recebe o Praiense, do Campeonato de Portugal.
O Vale Formoso, que foi eliminado nas duas primeiras rondas, mas foi repescado em ambas – na segunda devido à utilização irregular de um jogador por parte da União de Leiria – e o Silves são os ‘sobreviventes’ dos distritais, que tentam prosseguir a ‘aventura’ frente ao Tondela e ao Rio Ave.
Programa da quarta eliminatória da Taça de Portugal (Horas de Paris):
– Quinta-feira, 22 nov:
Benfica (L) – Arouca (II), 21:45
– Sábado, 24 nov:
Cova da Piedade (II) – Desportivo das Aves (L), 16:30
Lusitano Vildemoinhos (CP) – Sporting (L), 16:00
FC Porto (L) – Belenenses (L), 21:45
– Domingo, 25 nov:
Montalegre (CP) – Águeda (CP), 15:30
Sporting da Covilhã (II) – Moreirense (L), 15:30
Rio Ave (L) – Silves (D), 16:00
Leixões (II) – Anadia (CP), 16:00
Paços de Ferreira (II) – Casa Pia (CP), 16:00
Penafiel (II) – Vitória de Setúbal (L), 16:00
Sporting de Espinho (CP) – Boavista (L), 16:00
União da Madeira (CP) – Vitória de Guimarães (L), 16:00
Tondela (L) – Vale Formoso (D), 16:00
Marítimo (L) – Feirense (L), 17:00
Santa Clara (L) – Desportivo de Chaves (L), 18:00
Sporting de Braga (L) – Praiense (CP), 20:30
Alfa/Lusa.
A vida e as letras todas de Chico Buarque pela primeira vez reunidas num só livro
A vida do músico Chico Buarque e todas as letras que escreveu estão pela primeira vez reunidas num único livro, intitulado “Tantas Palavras”, que a Companhia das Letras publicou este mês em Portugal.

Esta “arca do tesouro literária”, como a editora lhe chama, reúne todas as letras escritas por Chico Buarque – mais de 300 -, desde “Tem mais samba” (1964), que o músico considera o marco zero da sua carreira, até “Tua cantiga” (2017).
A única letra que não consta desta compilação é a da música “Sonho impossível”, uma versão que Chico Buarque e Ruy Guerra fizeram, em 1972, a partir da canção norte-americana « The impossible dream », de Joe Darion e Mitch Leigh.
A música foi gravada e lançada em 1975, no disco « Chico Buarque e Maria Bethânia Ao Vivo », na voz de Maria Bethânia, que consagrou esta versão brasileira.
No entanto, “os detentores dos direitos autorais da canção original não permitiram a reprodução da versão de Chico Buarque e Ruy Guerra”, lê-se no livro.
“Tantas palavras” traça também o percurso de vida do compositor, cantor e ficcionista brasileiro, através de uma extensa reportagem biográfica escrita pelo jornalista Humberto Werneck a partir de pesquisas e de entrevistas feitas com o próprio Chico Buarque e com personalidades da cultura e música brasileiras, como Tom Jobim, Edu Lobo, Caetano Veloso e Gilberto Gil.
A reportagem começa com o episódio que deu origem à primeira letra que Chico Buarque escreveu: Luiz Vergueiro, publicitário e produtor, encomendou ao “seu amigo Chico” uma música para o musical que estava a preparar.
Dois dias antes do espetáculo, à noite, o compositor apareceu com uma música que “até não era ruim”, mas não servia, porque não passava a mensagem pretendida.
“Chico saiu furioso. No dia seguinte, às dez da manhã, o produtor o vê chegar outra vez, ‘os olhos vermelhos pela noite em claro e um tremendo bafo de cana’, e com uma canção ainda quentinha no violão. Era ‘Tem mais samba’”.
A partir daí a história recua no tempo, até ao nascimento de Chico Buarque, para depois discorrer sobre a evolução do seu crescimento como pessoa e músico, a que não faltam episódios da vida familiar, da vida no estrangeiro, de “colisões de adolescente com a Lei”, da efervescência política até à ditadura no país, que o leva a aproximar-se do partido comunista brasileiro e de outras correntes de esquerda, e do exílio no estrangeiro.
“Num texto a que não faltam humor e emoção, revelando saborosas histórias, o leitor acompanha Chico Buarque na sua fascinante trajetória de homem e de artista, para com ele desembocar na serena maturidade de um músico que se afirmou também como grande romancista”, segundo a sinopse do livro.
Chico Buarque escreveu “Estorvo” (1991), pelo qual recebeu o Prémio Jabuti para melhor romance do ano, “Benjamim” (1995), “Budapeste” (2003) e “Leite derramado” (2009), ambos distinguidos com o Prémio Jabuti para Livro do Ano, e ainda “O irmão alemão”.
A relação destes livros, com as datas de lançamento, os países onde foi publicado, e as adaptações cinematográficas de que foram alvo, está descrita no final do volume, num capítulo dedicado à “obra” do autor.
Nesse capítulo encontra-se também uma lista de todos os discos que editou, e respetivas datas, bem como as peças de teatro que escreveu: “Roda-Viva” (1967), “Calabar” (1973), “Gota d’Água” (1975) e “Ópera do Malandro” (1978).
A compor toda a parte escrita, esta obra de 495 páginas contempla ainda um conjunto de fotografias e imagens da vida de Chico Buarque, sozinho, com a família, com colegas estudantis, ou com outros músicos, que ajudam a ilustrar o percurso pessoal e profissional do músico.
Hoje com 74 anos, e já sete netos, Chico Buarque continua a escrever e a compor, e imagina-se a chegar aos “noventa e tantos anos”, com saúde, imaginação, vontade de criar e “virando a noite por causa de uma música, de um livro…”.
Alfa/Lusa.
Macron admite aplicar “severidade” contra violência nos protestos dos “coletes amarelos”
O Presidente francês, Emmanuel Macron, admitiu hoje “medidas severas” contra “comportamentos inaceitáveis” nas manifestações dos “coletes amarelos”, indicou o porta-voz do Governo Benjamin Griveaux após um conselho de ministros.
“Existem sofrimentos legítimos que é preciso entender, mas também comportamentos inaceitáveis. Devemos ser intransigentes com a ordem pública. Não podemos aceitar as duas pessoas que morreram, os feridos entre os manifestantes e as forças da ordem, nem os propósitos racistas, antissemitas e homofóbicos”, acrescentou, em declarações aos media.
“A resposta do Estado foi firme e a severidade será aplicada como tem sido aplicada desde o primeiro dia”, sublinhou.
O porta-voz sublinhou que o Governo se prepara para promover “soluções visíveis nas próximas semanas” e que “vão incluir as forças de transformação do país: eleitos locais, coletividades locais, responsáveis sindicais e patronais”.
O movimento dos “coletes amarelos” parecia estar hoje a abrandar ao quinto dia de mobilização, antes de uma concentração marcada para sábado em Paris.
Segundo Benjamin Griveaux, o movimento “inclui uma parte de verdade com o sentimento de desqualificação real para as pessoas que desde há muitos anos veem o seu horizonte em recuo”.
“Devemos explicar melhor e ter em consideração a diferença evidente entre as medidas aplicadas nos textos votados e o que altera o quotidiano dos nossos cidadãos”, acrescentou.
O porta-voz do Governo também recordou as medidas de apoio anunciadas na semana passada, incluindo um cheque energia alargado e um ‘super prime’ para a conversão de veículos, e que poderá alcançar 4.000 euros para as famílias mais pobres.
Os « coletes amarelos » são um movimento cívico à margem de partidos e sindicatos criado espontaneamente nas redes sociais e alimentado pelo descontentamento da classe média-baixa.
O movimento, que começou contra o aumento do imposto sobre o combustível e alargou os protestos contra a carga fiscal em geral, é um novo obstáculo para o executivo de Emmanuel Macron, que decidiu aumentar os impostos dos combustíveis para promover a transição energética no país.
Desde o início desta mobilização popular contra o aumento dos preços dos combustíveis, no passado sábado, contam-se já dois mortos e cerca de 530 feridos.
Os “coletes amarelos” convocaram novos bloqueios para o próximo sábado, com o objetivo de obrigar Paris a parar.
Alfa/Lusa.
Coletes amarelos. A inquietante rutura entre povo e representantes. Opinião. Por Francisco Sena Santos
Gilets Jaunes: A inquietante rutura entre povo e representantes
Mbappé desloca o ombro na vitória de França sobre o Uruguai
A seleção francesa venceu em casa a congénere do Uruguai por 1-0, em jogo particular realizado no Stade de France, em Paris.
Olivier Giroud anotou o único golo do jogo na conversão de uma grande penalidade aos 52 minutos.
O jogo ficou marcado pela lesão de Kylian Mbappé. O jovem avançado do PSG deslocou o ombro direito ainda na primeira parte e a real extensão do problema físico será revelada na quarta-feira.
Portugal empata com Polónia no fecho da fase de grupos da Liga das Nações
A seleção portuguesa de futebol, que já tinha assegurado um lugar na ‘final four’, empatou hoje 1-1 com a Polónia, em Guimarães, no último encontro do Grupo 3 da Liga A da Liga das Nações.
André Silva deu vantagem ao conjunto das ‘quinas’, aos 34 minutos, apontando o seu 15.º golo em 31 internacionalizações ‘AA’, mas, aos 66, Arkadiusz Milik empatou de penálti, cometido, aos 63, por Danilo, que viu o vermelho direto.
Portugal, que vai organizar a ‘final four’, de 05 a 09 de junho de 2019, defrontando Holanda, Suíça e Inglaterra, terminou o agrupamento com oito pontos, contra cinco da Itália e dois da Polónia, relegada à Liga B.
Com duas vitórias e dois empates, a formação lusa foi a única das 12 da Liga A que não perdeu qualquer jogo.
Confira todas as contas:
Liga A: Portugal foi a primeira seleção a garantir o apuramento, no sábado, sucedendo-se a Suíça e a Inglaterra no domingo. Já esta segunda-feira, a Holanda garantiu o primeiro lugar no grupo D e marcará presença em solo português para disputar o título.
Alemanha, Islândia, Polónia e Croácia descem à Liga B.
Liga B: Ucrânia (Grupo 1), Suécia (Grupo 2), Bósnia (Grupo 3) e Dinamarca (Grupo 4) já garantiram presença na Liga A da próxima edição.
No sentido inverso, Eslováquia (Grupo 1)Turquia (Grupo 2), Irlanda do Norte (Grupo 3) e República da Irlanda (Grupo 4) confirmaram a descida de divisão.
Liga C: Escócia (Grupo 1) e Sérvia (Grupo 4) foram as últimas seleções a carimbar a subida de divisão, acompanhando assim a Finlândia e Noruega.
Estónia, Eslovénia e Lituânia já tinham confirmada a descida à última divisão. Com a derrota frente à Noruega (0-2), o Chipre confirmou o estatuto de pior terceiro classificado e também vai disputar a Liga D.
Liga D: Geórgia e Bielorrússia já tinham confirmado a subida, a quem se juntou, segunda-feira, a Macedónia. O Kosovo tornou-se na última equipa a carimbar a subida de divisão, com uma vitória convincente frente ao Azerbaijão (4-0).
Alfa/Lusa.
Portugal falha Europeu de sub-21 e Jogos Olímpicos, ao perder com Polónia
A seleção portuguesa de futebol de sub-21 falhou hoje o apuramento para a fase final do Europeu de 2019 da categoria, ao perder por 3-1 com a Polónia, em Chaves, na segunda mão do ‘play-off’.
Depois do triunfo em Zabrze, por 1-0, a formação comandada por Rui Jorge deitou tudo a perder nos primeiros 24 minutos, com os polacos a marcarem três golos, por Krystian Bielik (cinco), Dawid Kownacki (oito) e Sebastian Szymanski (24).
Na segunda parte, Diogo Jota ainda reduziu, aos 52 minutos, mas o seu golo foi insuficiente e Portugal não repetirá as presenças de 1994, 2002, 2004, 2006, 2007, 2015 e 2017, e está também fora do torneio de futebol dos Jogos Olímpicos de 2020.
Por seu lado, a Polónia junta-se na fase final a Itália (coanfitriã), Croácia, Espanha, Dinamarca, Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Sérvia, Roménia, França e ao vencedor do ‘play-off’ entre Grécia e Áustria.
O sorteio da fase final, que se realiza em Itália e São Marino, de 16 a 30 de maio de 2019, está marcado para sexta-feira, em Bolonha.
Alfa/Lusa.


