“Coletes amarelos”. Alta segurança em Paris. Franceses apoiam cerco à capital

Alta tensão este sábado em Paris. “Coletes amarelos” pretendem cercar e bloquear a capital, onde já se vêem desde a madrugada fortes barragens policiais em zonas estratégicas. Uma sondagem revela que quase oito em cada dez franceses apoiam este movimento inédito que nasceu nas redes sociais contra o aumento dos preços dos combustíveis.

 

Alfa/Expresso. Por Daniel Ribeiro (adaptação)

 

Paris acordou hoje com muito pouca circulação de automóveis e mesmo de autocarros.

Algumas das principais zonas de cidade, como a gigantesca praça da Concórdia e outros quarteirões limítrofes, como os da parte baixa da Avenida dos Campos Elísios, do Palácio do Eliseu, da Assembleia Nacional ou da residência do Primeiro-ministro, estavam fechados e protegidos por carrinhas e barragens montadas durante a madrugada pelas forças policiais.

Às 9h locais, dezenas de “coletes amarelos” já se viam em Paris dispersos por pequenos grupos. As principais manifestações estão previstas para a partir do meio dia.

O movimento, inédito e espontâneo que dura desde há oito dias e regista dois mortos, mais de 600 feridos civis e mais de 100 polícias igualmente feridos, tem escapado a qualquer controlo político ou sindical.

Os “coletes” pretendem bloquear totalmente a capital este sábado e alguns dos ativistas indicam que vão tentar chegar às zonas proibidas que, para eles são os mais altos símbolos do poder.

As autoridades indicam que as manifestações apenas foram autorizadas em três locais da cidade, designadamente no imenso parque da Torre Eiffel, onde é mais fácil para a polícia controlar as coisas e evitar cenas de violência.

As eventuais concentrações “selvagens” noutras zonas serão reprimidas, avisaram as chefias das forças da ordem. Cerca de três mil polícias foram mobilizados para estas manifestações na capital.

Os “coletes amarelos” pretendem também bloquear, de surpresa e sem autorização, algumas entradas em Paris nalgumas portas da cidade e anunciam dezenas de outros bloqueios na província, um pouco por todo o país.

O movimento esteve ativo até ontem, esta sexta-feira, dia durante o qual se continuaram a verificar bloqueios em diversos pontos em alguns pontos do país.

Muito centralizado no ataque ao Presidente Emmanuel Macron, acusado de ser o “Presidente Júpiter dos ricos”, tem o apoio de uma larga maioria dos franceses.

Segundo uma sondagem de ontem, da Odoxa para o jornal Le Figaro e a rádio France Info, 77 por cento dos franceses apoiam o apelo a novas grandes manifestações este sábado, 24, designadamente o objetivo de cercar a capital.

O Governo e o Presidente franceses encaram com apreensão o movimento, mas até agora não encontraram saída para esta crise, que dura há já mais de uma semana.

No entanto, começam a dar alguns sinais de recuo. Emmanuel Macron disse que “percebeu” os protestos e anunciou para terça-feira iniciativas para tentar desbloquear o diálogo entre as partes.

O movimento tem recebido nos últimos dias o apoio tímido de alguns sindicatos e é apoiado por forças políticas contraditórias que vão da extrema-direita à extrema-esquerda, excluindo os ecologistas e os apoiantes de Emmanuel Macron.

Uma das palavras de ordem mais ouvidas nas manifestações é “Macron Demissão”. O Presidente conta com a maioria absoluta na Assembleia Nacional.

Lua de mel luso-angolana

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Presidente angolano João Lourenço recebido com tapetes vermelhos em Portugal. Ouça aqui a CRÓNICA desta sexta-feira, por Daniel Ribeiro:

Regresso a Portugal. 350 mil emigrantes recentes regressaram ao país

Maioria dos portugueses que emigraram entre 2010 e 2015 regressou a Portugal. 350 mil terão regressado a Portugal e outros querem regressar.

Maioria dos portugueses que emigraram entre 2010 e 2015 regressou a Portugal

Alfa/Lusa … Foto: ANTÓNIO SILVA

Dos 500 mil portugueses que emigraram durante a crise, entre 2010 e 2015, 350 mil terão regressado a Portugal e outros querem regressar, estimou na quinta-feira, na Lourinhã, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.

“Olhando para os números das saídas e dos regressos de 2016 e 2017, dos cerca de 500 mil portugueses que saíram entre 2010 e 2015, poderíamos apontar para um regresso ao país de 350 mil”, afirmou à agência Lusa José Luís Carneiro.

Acrescentou que 60% dos portugueses que saíram do país “voltaram em períodos inferiores a um ano”, adiantou, defendendo que “são cada vez mais os portugueses que querem regressar à sua terra de origem”.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas falava à margem da cerimónia de assinatura de um acordo para a criação de um Gabinete de Apoio ao Emigrante, entre a Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas e o Município da Lourinhã, no distrito de Lisboa.

Por comparação aos 80 mil que saíam todos os anos em média, o governante estimou uma quebra nas saídas de 20 mil portugueses, de acordo com estatísticas divulgadas este ano, e de 10 mil em 2017, por comparação a 2016.

Tendo em conta o regresso regular dos emigrantes aos países de origem, o Governo tem vindo a adotar medidas nesse sentido, como a criação dos Gabinetes de Apoio ao Emigrante, o ensino do português à distância, o registo do viajante para dar proteção consular aos cidadãos que estão em mobilidade e a modernização dos serviços consulares preparando-os para sociedade da digitalização.

No orçamento de Estado para 2019, o Governo tem previsto medidas fiscais e está a preparar um “plano mais vasto” para apoiar os emigrantes portugueses que queiram regressar”.

Coletes Amarelos. Franceses apoiam cerco a Paris

O movimento dos Coletes Amarelos continuava ativo na manhã desta sexta-feira  em alguns pontos do país e tem o apoio de uma larga maioria dos franceses.

Segundo uma sondagem Odoxa para o jornal Le Figaro e a rádio France Info, 77 por cento dos franceses apoiam o apelo a novas grandes manifestações este sábado, 24, designadamente o objetivio de cercar a capital.

Com efeito, quase oito em cada dez franceses acham legítimo o apelo a novas manifestações para este fim de semana, nomeadamente o anunciado bloqueio à capital, que pode reunir milhares de pessoas.

O Governo e o Presidente franceses encaram com apreensão o movimento, mas até agora não encontraram saída para esta crise, que dura há já uma semana.

 

Benfica afasta Arouca da Taça de Portugal, com golo de Rafa nos descontos

Um golo do suplente Rafa nos descontos, aos 90+3 minutos, permitiu hoje ao Benfica vencer em casa o Arouca, da II Liga, por 2-1, no encontro inaugural da quarta eliminatória da Taça de Portugal em futebol.

A formação do distrito de Aveiro esteve a vencer na Luz, graças a um golo de Bukia, aos 19 minutos, mas os ‘encarnados’ chegaram à igualdade antes do intervalo, graças a um golo de Jonas, que marcou pelo quarto jogo consecutivo, aos 42.

O encontro, que acabou com o conjunto secundário reduzido a 10 unidades, por expulsão de Soares, já aos 90+5 minutos, ficou também marcado pelo regresso, no Benfica, do médio croata Krovinovic, 10 meses e dois dias depois.

Resultados dos encontros da quarta eliminatória da Taça de Portugal de futebol:

– Quinta-feira, 22 nov:

(+) Benfica (L) – Arouca (II), 2-1

– Sábado, 24 nov:

Lusitano Vildemoinhos (CP) – Sporting (L), 16:00

Cova da Piedade (II) – Desportivo das Aves (L), 16:30

FC Porto (L) – Belenenses (L), 21:45

– Domingo, 25 nov:

Montalegre (CP) – Águeda (CP), 15:30

Sporting da Covilhã (II) – Moreirense (L), 15:30

Rio Ave (L) – Silves (D), 16:00

Leixões (II) – Anadia (CP), 16:00

Paços de Ferreira (II) – Casa Pia (CP), 16:00

Penafiel (II) – Vitória de Setúbal (L), 16:00

Sporting de Espinho (CP) – Boavista (L), 16:00

União da Madeira (CP) – Vitória de Guimarães (L), 16:00

Tondela (L) – Vale Formoso (D), 16:00

Marítimo (L) – Feirense (L), 17:00

Santa Clara (L) – Desportivo de Chaves (L), 18:00

Sporting de Braga (L) – Praiense (CP), 20:30

(+) – Apurado os oitavos de final.

Alfa/Lusa.

Sporting SAD encaixa 26 ME com empréstimo obrigacionista

A oferta pública de subscrição ‘Sporting SAD 2018-2021’, cujo período de subscrição terminou hoje, permitiu à SAD ‘verde e branca’ encaixar 26,2 milhões de euros, revelou a entidade liderada por Frederico Varandas.

« Foram recolhidas intenções de subscrição consubstanciadas em 4.112 ordens, que correspondem a um montante total de 26.162.035 euros », lê-se no comunicado enviado pelo Sporting à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Os resultados finais desta operação serão apurados e divulgados na sexta-feira, em sessão especial da Euronext Lisboa, a gestora da bolsa portuguesa.

De acordo com os números oficiais já conhecidos, só durante o dia de hoje (o período de subscrição do empréstimo obrigacionista terminou às 15:00), foram subscritos 7,2 milhões de euros em títulos da SAD ‘leonina’.

Na quarta-feira tinham sido subscritos 4,4 milhões de euros e na terça-feira 3,1 milhões de euros, ou seja, os últimos três dias da operação foram fundamentais para o seu sucesso, ao serem responsáveis por mais de metade do valor total angariado (a oferta arrancou a 12 de novembro).

Para que a operação fosse viável, a Sporting SAD tinha de garantir um montante mínimo de 15 milhões de euros, com o teto máximo da oferta fixado nos 30 milhões de euros.

Alfa/Lusa.

O movimento Coletes Amarelos e o Governo francês

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O Governo francês tem responsabilidades neste movimento. « Faz o que digo, não o que faço », Volte a ouvir aqui a crónica de quinta-feira de Carlos Pereira, jornalista e diretor do Lusojornal:

Vídeo polémico… “rouba” Bola de Ouro a Cristiano Ronaldo?

Um vídeo promocional lançado pelo jornal L’ Équipe, parceiro da France Football, revelado na última segunda-feira, parece dar uma pista muito concreta sobre quem serão os três finalistas à vitória na Bola de Ouro e, surpresa geral, Cristiano Ronaldo não figura na lista.

As imagens difundidas começam com um grande plano do português, aparecendo de seguida planos de Mbappé e Varane, logo seguidos de Modric.

O jornal espanhol AS especula, que os finalistas devem ser esses três atletas, até porque, por exemplo, Antoine Griezmann, que também foi vencedor do Mundial, raramente figura no vídeo promocional.

 

Portugal e Espanha chegaram em Valladolid (Espanha) a acordo para dar o seu apoio “político” à organização em conjunto com Marrocos de uma candidatura dos três países à organização do Mundial de futebol de 2030.

“Num momento em que é fundamental desenvolver as relações entre a Europa e África é, obviamente, uma boa ideia podermos ter um evento com a carga simbólica como é o mundial”, organizada nos dois continentes, disse o primeiro-ministro português, António Costa, na conferência de imprensa final da Cimeira bilateral entre os dois países ibéricos.

Tendo ao lado o chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, o primeiro-ministro sublinhou a necessidade de ser feito “um longo trabalho de casa” por parte das federações de futebol dos três países para verificar a oportunidade da organização do Mundial.

“É uma ideia […] que as nossas federações irão trabalhar e avaliar se têm ou não condições para avançar com uma ideia boa que merece ser conduzida com sucesso”, acrescentou António Costa.

Pedro Sánchez já tinha avançado com a proposta desta candidatura conjunta na semana passada aquando de uma visita que fez a Marrocos.

“Parece-me que é uma mensagem que damos ao mundo, que damos a África e que damos à Europa de fraternidade, de amizade, de cooperação com uma envergadura e com um impacto tremendo…”, disse hoje o chefe do Governo espanhol.

A última grande competição internacional de futebol organizada pela Espanha foi o Mundial de 1982, enquanto Portugal teve a seu cargo o Europeu de 2004.

Marrocos candidatou-se ao Mundial de 2026, cuja organização foi atribuída a Canadá, Estados Unidos e México, e na sua proposta destacava o facto de o país estar no cruzamento do oriente com o ocidente e onde a Europa se encontra com África.

Uma eventual candidatura dos países ibéricos com Marrocos iria juntar-se à proposta conjunta apresentada por Argentina, Paraguai e Uruguai em julho de 2017.

A Coreia do Sul deu eco da vontade se aliar a Coreia do Norte, Japão e China, enquanto o Reino Unido e a Irlanda também já manifestaram vontade de avançar, apadrinhados pelo presidente da UEFA, Alexander Ceferin. Marrocos também já tinha colocado a hipótese de se juntar a Argélia e Tunísia.

O único Mundial de futebol organizado por mais de um país foi o de 2002, na Coreia do Sul e no Japão, e o segundo será o de 2026, mas em nenhum dos casos envolveu nações de duas confederações.

Alfa/Lusa.

França avalia restituição de coleções de arte africana aos países de origem

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O Governo francês está a considerar a possível restituição de coleções de arte africana presentes no seu território, no sentido de cumprir a promessa do Presidente Emmanuel Macron, de priorizar a devolução desse património.

O mandatário receberá na sexta-feira, à porta fechada, as conclusões do relatório a cargo da historiadora francesa Bénédicte Savoy, que faz parte do Collège de France, a instituição ancestral de investigação e ensino, e do economista senegalês Felwine Sarr, autor do influente livro “Afrotopia”.

As recomendações, contudo, já foram filtradas pelos media, e defendem a devolução generalizada tanto das obras roubadas como das resultantes de missões científicas ou de doações da administração colonial.

“Ninguém quer esvaziar os museus de uns para encher os de outros. O processo deve ser progressivo e negociado entre ambas as partes”, destaca o documento, difundido hoje pelo jornal diário francês Le Figaro.

O jornal calcula que, nos museus franceses, haja 98 mil objetos africanos, que provêm, na sua maioria, de Chade, Mali e Camarões. Cerca de 46 mil chegaram ao país entre 1885 e 1960, durante o período colonial.

O museu etnológico do Quai Branly, em Paris, possui 70 mil dessas obras, enquanto o resto se divide por outros museus, como o Museu do Exército, o Museu das Confluências, em Lyon, e outros centros mais pequenos em cidades como Bordéus ou Marselha.

Savoy e Sarr querem que se estabeleça um calendário preciso. A devolução, segundo acrescentam, constitui uma espécie de “reparação” da Europa face às suas antigas colónias, mas também abre uma nova “ética” nas relações entre os dois continentes.

O jornal Le Figaro recordou hoje que, desde 1960, numerosos países solicitaram a França, à Bélgica, ao Reino Unido e à Alemanha a devolução do seu património.

O ministério francês dos Negócios Estrangeiros rejeitou em concreto uma petição oficial do Benim, efetuada em 2016, considerando que as coleções francesas eram “inalienáveis”.

O relatório oficial, não vinculativo, propõe modificar o Código do Património, uma questão espinhosa, porque os museus gálicos contêm numeroso património asiático, grego e egípcio, e esses países poderiam juntar-se às reivindicações dos africanos subsarianos.

Em novembro de 2017, num discurso na Universidade de Uagadugu, Macron disse não poder aceitar “que uma grande parte do património cultural de vários países africanos esteja em França”, e sublinhou que este não podia continuar “prisioneiro dos museus europeus”.

“O património africano deve estar visível em Paris, mas também em Dakar, em Lagos e em Cotonou”, reiterou o chefe de Estado, que desejou que dentro de cinco anos se tenham alcançado as condições necessárias para o retorno temporário ou permanente do património a África.

Na quarta-feira, o especialista português em colonialismo Sousa Ribeiro, investigador do Centro de Estudos Sociais, docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, considerou « urgente » a realização de um inventário dos bens coloniais existentes nos museus portugueses e propôs uma restituição dos que foram « pilhados ».

Em entrevista à agência Lusa, o professor catedrático, que hoje participa na conferência, sobre o património e a memória colonial, « Responsabilidades Coloniais, Legados e Perspetivas », no Goethe Institut, em Lisboa, disse que « não há uma solução genérica para a restituição dos bens ». « Cada caso é um caso ».

Sousa Ribeiro recordou que a Bélgica vai abrir em dezembro, perto da capital, Bruxelas, um Museu Africano no qual muitas coleções coloniais « vão ser apresentadas num conceito diferente daquele em que são expostas nos museus etnográficos, ou seja, introduzindo precisamente a questão da origem das peças”.

A base para o processo de restituição, porém, é sempre o inventário, daí que este deve começar o quanto antes, diz.

Em Lisboa, o Padrão dos Descobrimentos inaugura no próximo dia 25 uma exposição coordenada por António Camões Gouveia, que tem como ponto de partida um “exercício científico-museológico” cujo o desafio é “contar África e não a visão que de África tiveram os portugueses”.

Alfa/Lusa.

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