João Sousa eliminado por Djokovic na segunda ronda do Masters 1.000 de Paris

O tenista português João Sousa foi hoje eliminado pelo sérvio Novak Djokovic na segunda ronda do Masters 1.000 de Paris, ao perder em dois ‘sets’ com o segundo cabeça de série do torneio francês em piso rápido.

João Sousa, 48.º classificado do ‘ranking’ mundial, ainda ofereceu resistência ao sérvio durante o primeiro parcial, que perdeu por 7-5, mas o segundo foi de sentido único a favor do número dois da hierarquia, vencedor por 6-1, após uma hora e 34 minutos de confronto.

O número um português continua sem conseguir vencer Djokovic, ou sequer conquistar um ‘set’ ao sérvio, que também se tinha imposto de forma clara a João Sousa nos cinco confrontos anteriores, no US Open (2013 e 2018), em Roland Garros (2014 e 2017) e no Masters 1.000 de Miami (2016).

Depois de concedido o 3-1 no seu jogo de serviço, o jogador luso teve uma excelente oportunidade de reentrar da discussão do ‘set’ inicial, ao beneficiar de três pontos para quebrar o serviço de ‘Djoko’, mas permitiu a recuperação do adversário, que aumentou para 4-1.

Quando parecia que o sérvio iria fechar rapidamente o parcial, João Sousa conseguiu responder à quebra de serviço (4-3) e chegou mesmo a dispor de um ponto de ‘break’ para concretizar o 6-5, mas o antigo número um mundial reagiu e acabou mesmo por fechar o ‘set’ no serviço do português.

O melhor tenista nacional, que nunca tinha conquistado cinco jogos em um único parcial frente a Djokovic, vencedor do torneio francês em 2009, 2013, 2014 e 2015, acusou a forma como falhou a conquista inédita de um ‘set’ e foi incapaz de contrariar o passeio do sérvio no segundo parcial.

Depois de ter ultrapassado a fase de qualificação, João Sousa afastou o italiano Marco Cecchinato na ronda inaugural, batendo o 20.º posicionado do ‘ranking’ mundial por 7-5 e 6-3, mas continua sem conseguir superar a segunda eliminatória.

Nas três anteriores presenças no torneio parisiense, João Sousa foi eliminado na primeira ronda em 2014, pelo francês Gael Monfils, e na segunda em 2016, pelo checo Tomas Berdych, e em 2017, pelo argentino Juan Martin del Potro.

Alfa/Lusa.

Vida selvagem sofreu declínio de 60% em pouco mais de 40 anos por culpa do homem

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O planeta perdeu em pouco mais de 40 anos 60% dos seus animais selvagens por culpa da ação humana, segundo um relatório do Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla inglesa), que revela um balanço alarmante.

O declínio da população de espécies de mamíferos, pássaros e peixes é, de ano para ano, cada vez mais alarmante, alerta a associação ambientalista WWF, que adiantou que entre 1970 e 2014 desapareceu 60% da vida selvagem do planeta.

“Preservar a natureza é muito mais do que simplesmente proteger tigres, pandas, baleias, que nós estimamos”, sublinhou o diretor da WWF, Marco Lambertini, acrescentando, citado pela agência France Presse, que a questão “é bem mais vasta”.

“Não é possível um futuro são e próspero para os homens num planeta com um clima instável, oceanos esgotados, solos degradados, florestas esvaziadas, um planeta despojado da sua biodiversidade”, disse.

O declínio da fauna abrange todo o globo, mas há regiões particularmente afetadas, como os trópicos, segundo os dados da 12.ª edição do relatório ‘Planeta Vivo’, publicado hoje em conjunto com a Sociedade Zoológica de Londres e baseado no acompanhamento de 16.700 populações de quatro mil espécies.

A 10.ª edição do relatório já dava conta de um declínio de 52% entre 1970 e 2010 entre as espécies selvagens, tendo esse declínio sofrido uma acentuação de oito pontos percentuais em apenas quatro anos, segundo a edição hoje divulgada, que aponta que nada parece ser capaz de travar a tendência.

A zona das Caraíbas/América do Sul revela um balanço assustador: menos 89% de espécimes em 44 anos.

A América do Norte/Gronelândia registou no mesmo período um declínio na fauna de 23% e a vasta área que abrange Europa/Norte de África/Médio Oriente registou uma quebra de 31%.

A destruição dos habitats naturais e a agricultura intensiva, assim como a extração mineira e a urbanização do território, que forçam a desflorestação e o esgotamento dos solos, são apontados como as principais causas para o problema.

No Brasil, por exemplo, onde acaba de ser eleito um presidente que não manifestou no seu programa eleitoral qualquer preocupação com a desflorestação nem com o aquecimento global, a floresta amazónica vai perdendo a guerra contra os lucros da exploração de soja e da criação de bovinos, refere a AFP.

Apenas 25% dos solos em todo o mundo estão livres da ação humana, um cenário que os cientistas estimam que se agrave, prevendo que em 2050 a percentagem seja apenas de 10%.

A isto junta-se a pesca e caça intensivas, poluição, espécies invasivas, doenças ou alterações climáticas, alerta a WWF.

“O desaparecimento dos recursos naturais é um problema ético, com consequências no nosso desenvolvimento, nos empregos e no comércio”, sublinhou o diretor geral da WWF France Pascal Canfin.

“Pescamos menos que há 20 anos, porque o ‘stock’ disponível diminuiu. O rendimento de algumas culturas começa a baixar. Em França o trigo estagnou desde os anos 2000”, disse.

Os “serviços prestados pela natureza” (água, polinização, estabilização dos solos, entre outros) foram estimados por economistas em 125 biliões de dólares anuais, metade do PIB mundial.

A cada ano, o dia em que o planeta esgota os recursos que consegue renovar anualmente acontece mais cedo. Em 2018 foi a 01 de agosto.

“Somos a primeira geração a ter uma visão clara do valor da natureza e do nosso impacto sobre ela. Podemos ser a última a poder inverter a tendência”, alerta a WWF, que apela à ação até 2020, “um momento decisivo na história”, uma “janela sem precedentes que se pode fechar rapidamente”.

Alfa/Lusa.

Morada do Cartão do Cidadão pode travar acesso ao Programa Regressar

Programa exige que não se tenha sido residente fiscal no pais nos três anos anteriores ao regresso. AT assume como morada fiscal a que está no CC.

Inês Quina mudou-se para o Canadá em 2014 mas apenas no ano passado associou ao Cartão do Cidadão a morada que tem desde que passou a viver do outro lado do Atlântico.

Resultado: em termos práticos e ao olhar imediato do fisco não cumpre os requisitos necessários para poder beneficiar do Programa Regressar, que dispensa do pagamento de IRS metade do rendimento obtido por quem tenha saído de Portugal durante a crise e queira agora regressar ao país.

A medida que o governo incluiu no Orçamento do Estado acena com um generoso benefício fiscal, mas para que este se torne efetivo é necessário que a pessoa tenha sido residente fiscal em Portugal até 31 de dezembro de 2015 e que não tenha tido este estatuto de residente fiscal em Portugal nos três anos anteriores em relação ao ano de regresso (que pode ser 2019 ou 2020).

A medida que o governo incluiu no Orçamento do Estado acena com um generoso benefício fiscal, mas para que este se torne efetivo é necessário que a pessoa tenha sido residente fiscal em Portugal até 31 de dezembro de 2015 e que não tenha tido este estatuto de residente fiscal em Portugal nos três anos anteriores em relação ao ano de regresso (que pode ser 2019 ou 2020).

É nesta contagem dos anos como residente e não residente fiscal que o cartão do cidadão ganha peso porque a morada que dele consta é automaticamente assumida como a fiscal. Só que, tal como Inês, são muitas as pessoas que quando mudam para outro país nem se lembram de fazer aquela alteração.

“Nunca achei que fosse importante ou necessário. Não é uma coisa em que uma pessoa pense, no meio de todas as coisas que tem para tratar”, refere Inês. Ana Ponte, que há quatro anos vive em Inglaterra, também nunca imaginou que alterar o Cartão do Cidadão fosse relevante. E apenas o fez há uns meses por causa de uma viagem a um país estrangeiro. Inês e Ana estão longe de ser casos únicos, mas esta ‘omissão’ irá causar-lhes dificuldades caso voltem para Portugal e queiram beneficiar do programa Regressar.

Este tipo de dificuldades já tem sido, de resto, vivido pelos portugueses que regressam e pretendem aderir ao regime do Residente Não Habitual (RNH). Luís Leon, da Deloitte, conhece de perto casos em que a AT recusou atribuir o estatuto de RNH a pessoas com o argumento de que não cumprem os requisitos porque a morada que consta do seu Cartão do Cidadão é portuguesa – o que leva a administração fiscal a concluir que nos cinco anos anteriores ao pedido foram residentes fiscais em Portugal.

As situações para que a mudança de morada fique esquecida são das mais variadas. Há quem desconheça as implicações futuras de não o fazer e quem não o faça porque nem sempre quem sai do país já tem uma casa para morar. E também há quem apenas se lembre de mudar a morada quando o Cartão do Cidadão caduca e é necessário renova-lo.

E isso pode ‘cortar-lhe’ logo à partida vários dos anos em que esteve fora. Contornar a resposta negativa da AT e provar que no período em causa se esteve efetivamente fora do país não é uma tarefa impossível, mas dá trabalho e demora.

E nem sempre as pessoas dispõem do aconselhamento necessário para saber contornar a resposta do fisco. Esta situação ajudará também a explicar que dos quase 28 mil RNH apenas 1500 sejam portugueses.

Alfa/dinheirovivo.pt

 

Portugal é o país da Europa Ocidental onde mais pessoas têm a certeza de que Deus existe

Portugal é o país da Europa Ocidental onde mais pessoas têm a certeza de que Deus existe

O país aparece ainda entre os 10 países (em 34 analisados) onde as pessoas mais diz

em que a religião « é uma componente importante da sua identidade nacional”.

Um estudo mostra que 83% dos portugueses inquiridos acreditam em Deus. Destes, mais de metade (44%) não tem dúvidas de que Deus existe (38% não assumem a mesma certeza “absoluta”).

(…) Portugal aparece ainda entre os dez países onde as pessoas mais dizem que a religião “é uma componente importante da sua identidade nacional”. Afirmam-no 62% das pessoas inquiridas, o que coloca os portugueses à frente de países católicos como a Itália (14.ª), Irlanda (16.ª posição) ou Espanha (21.ª posição) relativamente a esta questão.

(…) Quando a pergunta é justamente a de entender a religião como elemento importante, ou não, para definir a identidade nacional, Portugal está mais próximo da Moldávia (onde 63% das pessoas inquiridas consideram a religião importante), Polónia (64%), Bulgária (66%) ou Roménia (74%) do que de países da Europa Ocidental, como a França, a Holanda ou a Bélgica, onde a religião é “importante” ou “muito importante” para apenas 32%, 22% ou 19%, respectivamente.

Alfa – Artigo reduzido. Por Ana Dias Cordeiro, leia mais em publico.pt

Real Madrid rescinde contrato com o treinador Julen Lopetegui

O Real Madrid rescindiu contrato com o treinador espanhol Julen Lopetegui, anunciou hoje o clube tricampeão europeu de futebol em comunicado, um dia após a goleada por 5-1 sofrida no estádio do rival FC Barcelona.

Lopetegui, que orientou o FC Porto entre 2014 e 2016, será substituído interinamente pelo argentino Santiago Solari, treinador da equipa B, no comando técnico do Real Madrid, que deixa com um saldo de seis vitórias, dois empates e seis derrotas, em todas as competições, no nono lugar do campeonato, a sete pontos do Barcelona.

O técnico, de 52 anos, abandonou a liderança da seleção espanhola a dois dias da estreia no Mundial2018, frente a Portugal (3-3), para assumir o cargo de treinador do Real Madrid, que tinha acabado de perder o seu jogador mais influente, o avançado português Cristiano Ronaldo, transferido para a Juventus.

Alfa/Lusa.

Morreu o fotógrafo que imortalizou a emigração portuguesa em França (om fotos)

Gérald Bloncourt, o fotógrafo que imortalizou a emigração portuguesa em França nos anos 1960 e 1970, nomeadamente nos bairros de lata, morreu hoje, aos 92 anos, disse à Lusa fonte da família.

O fotojornalista retratou os « bidonville » portugueses, mas também fez imagens da viagem clandestina – « a salto » – para França, assim como imagens de Portugal sob a ditadura e no período que se seguiu ao 25 de Abril de 1974.

Gérald Bloncourt foi condecorado com a ordem de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que decorreram entre 10 e 12 de junho de 2016.

As suas fotografias integraram várias exposições em Portugal e França, nomeadamente no Museu Berardo, em Lisboa, em 2008, na mostra intitulada « Por uma vida melhor » e fazem parte dos arquivos da Cité nationale de l’histoire de l’immigration, em Paris, e do Museu das Migrações e das Comunidades de Fafe.

Gérald Bloncourt nasceu em 1926, no Haiti, de onde foi expulso no final da década de 1940 por razões políticas e passou a residir em Paris, onde iniciou uma carreira de fotojornalista que o levou ao encontro dos portugueses nos anos 60 nos bairros de lata dos subúrbios da capital francesa.

« Era uma forma de escravatura moderna. Havia lama no inverno, era frio. Eram barracas feitas com tábuas, bocados de chapa. Era uma vida difícil, muito rude. Os homens iam trabalhar para as obras, as mulheres ficavam com as crianças », recordou, o fotógrafo à Lusa, em abril de 2015.

O primeiro « bidonville » que o repórter fotografou foi o de Champigny-sur-Marne, nos arredores de Paris, mas a abordagem não foi fácil: « Quatro portugueses viram-me e apanharam-me. Pensavam que eu era um polícia. Prenderam-me e meteram-me lá num edifício feito de tábuas. Havia lama por fora, mas lá dentro era asseado e tínhamos de tirar os sapatos. »

Enquanto o fotógrafo aguardava, descalço, os portugueses « foram buscar o chefe »: « Quando o chefe chegou, disse-me « Que estás aqui a fazer? » Eu conhecia-o. Era um militante sindicalista da Renault que era o chefe do bairro de lata. Abraçámo-nos, bebemos uma garrafa de Porto e depois pude voltar », lembrava.

Os relatos que ouvia nos bairros de lata levaram-no a querer descobrir Portugal e a fotografar as rotas clandestinas dos que tentavam fugir à ditadura, num percurso que ficou conhecido como « O Salto ».

« Conheci resistentes contra Salazar e – como eu próprio fui resistente contra a ditadura do meu país – quis lá ir. Fui a Portugal na época de Salazar, fiz toda a rota da emigração, de Lisboa passando pelo Porto, Chaves e aquela região. Fui mesmo detido pela PIDE uma vez. Eu tinha metido rolos para eles na mala e eles encontraram-nos. Mas eu tinha colado nas costas um par de meias com os rolos de fotografias importantes que consegui salvar e que estão hoje publicadas e expostas », contou.

Anos depois, o fotógrafo regressou a Portugal, onde aterrou nas vésperas do 1.º de Maio de 1974, para « tentar fazer algumas fotos » perante « mais de um milhão de pessoas com cravos e um povo em júbilo ».

« Como estava em contacto com eles [os emigrantes portugueses], avisaram-me da Revolução dos Cravos. Fui logo a Portugal de avião, encontrei um lugar e estava no mesmo avião que Cunhal. Os camaradas dele cantavam e batiam com os pés e a hospedeira foi-lhes pedir para parar. Vivi a revolução dos cravos. Foi uma coisa incrível », descreveu.

Com um arquivo de mais de 200 mil imagens, Bloncourt foi contactado apenas por um punhado de pessoas que se reconheceram nas fotografias, como Maria da Conceição Tina Melhorado, que foi ter com ele 47 anos depois de ter sido fotografada com uma boneca no « bidonville » (bairro de lata) de Saint-Denis, uma imagem que foi o rosto da exposição « Por uma vida melhor », no Museu Berardo.

« Quando ela chegou, tive diante de mim meio século de memórias. Vi a minha pequena Maria que estava ali. Fiquei muito maravilhado porque ela não tinha mudado. O seu olhar era o mesmo que na fotografia de criança e o seu sorriso também. Abraçámo-nos, chorámos, foi muito emocionante », lembrava o fotógrafo.

A generosidade e o humanismo era uma das suas características e chegou a oferecer um espólio de cerca de 100 imagens ao Museu da Emigração de Fafe.

Gérald Bloncourt era também pintor e poeta, tendo participado na criação do Centro de Arte Haitiana (1944) e publicado vários livros.

O funeral está previsto para 05 de novembro, a partir das 14:30 locais, no cemitério Père Lachaise, em Paris.

Alfa/Lusa.

Ténis/Masters1000 de Paris: João Sousa prossegue em Prova

O português João Sousa derrotou, esta segunda-feira, o italiano Mario Cecchinato, em jogo da primeira ronda do Masters 1000 de Paris.

João Sousa venceu o adversário em dois «sets», com os parciais de 7/5 e 6/3, após 1.17 horas de jogo.

Na próxima ronda irá defrontar Novak Djokovic.

 

Cristiano Ronaldo assume que acusação de violação está afetar a sua vida

O futebolista português Cristiano Ronaldo saiu do Real Madrid por já não sentir que era um jogador “indispensável” do clube e assumiu que o caso da alegada violação nos Estados Unidos está a afetar a sua vida.

“Claro que essa história interfere na minha vida. Tenho uma namorada, quatro filhos, uma família que é muito próximo de mim. Sempre tive uma reputação de ser uma pessoa exemplar. Eu sei quem sou e o que fiz. A verdade será conhecida um dia”, disse Cristiano Ronaldo.

Esta declaração faz parte de uma entrevista que o capitão da seleção portuguesa concedeu à revista francesa France Football, que será publicada na integra na terça-feira.

Ronaldo abordou a sua saída do Real Madrid e aponta o ‘dedo’ ao presidente Florentino Pérez, pela forma como alterou o seu comportamento e deixou de considerar o avançado como a grande figura do clube.

“Senti que já não me tratavam, sobretudo o presidente, como no princípio. Nos primeiros quatro, cinco anos, senti que era o Cristiano Ronaldo. Depois disso, menos. Deixei de ser indispensável e sentia que se chegasse uma proposta, o presidente não me impediria de sair”, explicou o jogador de 33 anos.

Ronaldo acrescentou que rejeitou ofertas milionárias da China e que optou pela Juventus por ter sido o único clube que demonstrou que realmente o queria contratar.

“Se fosse uma questão de dinheiro, teria ido para a China, onde me ofereciam cinco vezes mais. Não vim para a Juventus por causa do dinheiro. Ganhava o mesmo no Real Madrid, até mais. A Juventus desejou-me de verdade. Disseram-me isso e demonstraram-me isso”, disse.

Alfa/Lusa.

Poluição do ar na Europa já causou mais de 400 mil mortes prematuras

O ar que se respira nas cidades europeias está poluído com substâncias perigosas que terão provocado centenas de milhares de mortes prematuras durante 2016, segundo um relatório da Agência Europeia do Ambiente divulgado segunda-feira em Copenhaga.

Foto: REUTERS/Gonzalo Fuentes

O organismo europeu assinala « lentas melhorias », mas destaca que « a poluição do ar continua a ultrapassar os limites e diretivas da União Europeia e da Organização Mundial de Saúde », baseando-se em dados recolhidos em 2500 postos de recolha de dados durante o ano de 2016.

Os transportes rodoviários são uma das principais causas da poluição, emitindo partículas nocivas e gases como dióxido de azoto e ozono que são « um perigo para a saúde humana e para o ambiente », sobretudo nas cidades.

O ozono que se acumula junto ao solo é o poluente a que uma maior percentagem da população urbana da União Europeia está exposta: se se medir pelos critérios mais restritos estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde, 98% da população esteve exposta a doses superiores ao limite recomendado durante 2016.

No entanto, se a bitola for o limite decidido pela União Europeia, só 12% recebeu doses superiores ao recomendado, um decréscimo em relação a 2015, (30% da população, nesse ano), mas ainda acima dos 7% registados em 2014.

A exposição ao ozono terá contribuído para a morte prematura de cerca de 17.700 pessoas em 41 países da Europa.

Mas são as micropartículas poluentes (considerando as que têm um diâmetro igual ou inferior a 2,5 milésimas de milímetro) as mais mortíferas, podendo atribuir-se-lhes cerca de 422 mil mortes antes do tempo em 2015, 391 mil delas no espaço da União Europeia.

O panorama é, mesmo assim, melhor do que o que se passava em 1990, quando se estima que mais de meio milhão de pessoas morria anualmente por exposição a partículas poluentes, o que se atribui no relatório à aplicação de medidas locais e nacionais para reduzir a poluição provocada pelos carros, pelas indústrias e pelas centrais elétricas.

De acordo com os limites decididos na União Europeia, 6% terão estado expostos a elas, mas, novamente, se se tiver em conta o estabelecido pela Organização Mundial de Saúde, cerca de 74% da população urbana na Europa respirou ar contaminado com partículas acima do recomendado.

Quanto ao dióxido de azoto, 7% da população vivia em 2016 em zonas com concentrações acima dos limites quer da União Europeia quer da OMS, menos do que os 9% registados em 2015 mas ainda o suficiente para causar cerca de 79 mil mortes prematuras.

A poluição do ar tem custos elevados, desde logo porque mata, mas também porque faz aumentar os gastos com cuidados médicos e prejudica a produtividade devido às doenças que provoca e os dias de baixa que implica.

Além dos seres humanos, os ecossistemas, solos, florestas, lagos, rios e campos agrícolas também são afetados.

« A poluição do ar é um assassino invisível e temos que aumentar os esforços para acabar com as suas causas. As emissões dos transportes rodoviários são mais nocivas que as das outras origens, uma vez que acontecem ao nível do solo e são piores nas cidades, onde estão as pessoas », afirmou o diretor da agência ambiental, Hans Bruynickx.

O impacto na saúde caracteriza-se por infeções pulmonares, ataques cardíacos, acidentes vasculares e cancro do pulmão.

 

Alfa/Lusa

 

Bolsonaro, Presidente: « É uma missão de Deus e vamos cumpri-la »

Bolsonaro anuncia que Deus enviou-o numa missão e proclama: « Sou um defensor da liberdade ». Discurso do vencedor das eleições brasileiras começou com uma oração de mãos dadas e depois houve missa.

Alfa – adaptação de um trabalho do Expresso (texto e gráfico com resultados eleitorais)

 

Ele agora é presidente e há que mostrar ao seu país e aos demais que género de líder é e quem o colocou no caminho dos governados: antes de Jair Bolsonaro proferir o primeiro discurso presidencial, ele e quem o rodeava juntaram as mãos e rezaram. Fizeram-no solene e orgulhosamente para agradecer ao Criador ter protegido o seu enviado de uma facada que o deixou no hospital. Porque Bolsonaro considera-se isso mesmo: um missionário.

« Queria agradecer a Deus. Que me deixou vivo. Com toda a certeza essa é uma missão de Deus e vamos cumpri-la »: palavra de Bolsonaro. « Ele está de pé »: exclamação dos crentes que oraram com ele.

O novo presidente do Brasil socorreu-se de um discurso impresso e insistiu continuamente naquela palavra sagrada que tanto se teme entre os seus críticos que ele não entenda na sua plenitude: liberdade. « Faço de vocês minhas testemunhas de que esse Governo será defensor da Constituição, da democracia e da liberdade. Isso é uma promessa. Não é palavra vã de um homem, mas um juramento perante Deus. » Porque este missionário vive o salmo de David, « o Senhor é meu Pastor, nada me faltará »: « Nunca estive sozinho. Sempre senti a presença de Deus e das orações de famílias inteiras perante a ameaça ».

Bolsonaro não falou de um púlpito mas presidia a uma missa: Deus salvou-o e agora oferece-o ao povo brasileiro com a missão de proteger a liberdade, as ruas e o governo. « Tudo faremos para resgatar o nosso Brasil »: palavra do Senhor. « A liberdade vai libertar-nos »: louvado seja o Senhor. « O que ocorreu hoje foi a celebração de uma país pela liberdade. O compromisso é fazer um governo decente, comprometido com o povo. O nosso governo terá o propósito de transformar o Brasil numa grande, livre e próspera nação »: amén.

Depois da bíblia, a filosofia: « A liberdade é um princípio fundamental: andar em segurança nas ruas de todos os lugares deste país, liberdade política e religiosa, de informar e ter opinião, de fazer escolhas e ser respeitada por todos ». E desenvolve: « Como defensor da liberdade, vou guiar o governo para que proteja os cidadãos. As leis são para todos, o nosso governo será constitucional e democrático ». O Senhor é nosso salvador.

O terço final do discurso focou a cartilha política e anunciou um rasgão no centralismo: « Queremos mais Brasil e menos Brasília », frase de memorização fácil e intuito teórico claro; « esse futuro de que falo passa por um governo que crie condições para que todos cresçam. Vamos reduzir a burocracia, reduzindo privilégios. O nosso governo vai quebrar paradigmas. Vamos desamarrar o Brasil », porque a corrupção deu nó de marinheiro no país e Bolsonaro, o missionário, sabe de cor o livro do Apocalipse – « nesse projeto cabem todos os que tenham o mesmo objetivo que o nosso ». Céu para os alinhados, inferno para os descrentes.

Está decidido: o Brasil escolheu o seu presidente e Bolsonaro é um homem novo – mas por obra de Deus e graça da ciência, não pela eleição. « Mesmo no momento mais difícil desta caminhada, [devido à facada], por obra de Deus e dos médicos ganhei uma nova certidão de nascimento. »

Pelo seu lado, no seu discurso depois da derrota, Fernando Haddad apelou à « coragem » dos brasileiros nos próximos quatro anos.

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