FC Porto estreia-se a vencer, Sporting surpreendido em casa

O Sporting, detentor do troféu, foi hoje derrotado em casa pelo Estoril Praia, da II Liga, na segunda jornada da Taça da Liga de futebol, num dia em que o FC Porto somou o primeiro triunfo.

Depois de ter vencido o Marítimo na primeira jornada, o Sporting tentava o segundo triunfo e até se colocou em vantagem aos nove minutos, pelo brasileiro Wendel, que se estreou a marcar.

Contudo, o conjunto do segundo escalão acabou por dar a volta ao marcador, com um primeiro golo de Sandro Lima, aos 71 minutos, e um autogolo de André Pinto, aos 82.

Este resultado deixa isolado no comando do Grupo D, o Feirense, que mais cedo tinha vencido em casa o Marítimo, por 3-2, afastando os insulares da luta pelo apuramento para as meias-finais.

Os ‘leões’, que não perdiam um encontro em casa em competições nacionais desde a 32.ª jornada da I Liga 2016/17, vão ter de discutir o apuramento em casa do Feirense, que soma seis pontos, mais três do que Sporting e Estoril Praia, que reentrou na luta.

No Grupo C, depois de ter empatado em casa com o Desportivo de Chaves na primeira jornada, o FC Porto somou o primeiro triunfo e isolou-se no comando da ‘poule’, mas sentiu grandes dificuldades perante o secundário Varzim.

Foi mesmo a equipa visitante a inaugurar o marcador, aos 30 minutos, através do hondurenho Jonathan Toro, mas o FC Porto restabeleceu o empate ainda antes do intervalo, aos 42, com um golo do holandês Bazoer, consumando a reviravolta aos 73, por intermédio do brasileiro Soares.

Sem desistir, o Varzim igualou dois minutos mais tarde, aos 75, pelo camaronês Jacques Haman, a aproveitar um mau atraso de Sérgio Oliveira.

Contudo, os ‘dragões’ acabaram por confirmar o triunfo graças a um autogolo do norte-americano Stephen Payne, aos 81, e um golo de André Pereira, aos 86.

O FC Porto isolou-se no comando do Grupo C, com quatro pontos, mais um do que o Varzim, enquanto o Chaves tem um ponto e o Belenenses ainda está em ‘branco’, embora as duas últimas classificadas tenham um jogo em atraso.

Alfa/Lusa.

Sporting confirma transferência de Rui Patrício para o Wolverhampton por 18 ME

O Sporting confirmou hoje o acordo com o Wolverhampton relativo à transferência do guarda-redes internacional português de futebol Rui Patrício, no valor de 18 milhões de euros, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A SAD do clube lisboeta informou a CMVM que, “por via do acordo celebrado, o jogador e a sociedade renunciaram a quaisquer direitos de que pudessem ser titulares em virtude do contrato de trabalho desportivo e da resolução unilateral promovida pelo jogador”.

Rui Patrício foi um dos nove futebolistas que rescindiram unilateralmente com o Sporting, alegando justa causa, em consequência do ataque à academia de Alcochete por parte de perto de 40 alegados adeptos encapuzados, em 15 de maio, do qual resultou agressões em jogadores e elementos da equipa técnica.

O guarda-redes, de 30 anos, assinou em 18 de junho um contrato válido por quatro épocas com o Wolverhampton, atual 10.º classificado do campeonato inglês, treinado pelo português Nuno Espírito Santo e no qual alinham os compatriotas Rúben Vinagre, Rúben Neves, João Moutinho, Ivan Cavaleiro, Hélder Costa e Diogo Jota.

Alfa/Lusa.

França. O enigma dos nascimentos de bebés sem braços

França. Novos casos suspeitos de nascimentos de bebés sem braços. Autoridades francesas revelaram nesta terça-feira à noite a existência de mais onze casos suspeitos de crianças nascidas sem braços, mãos ou dedos só numa pequena zona do departamento de L’Ain, no leste do país. A informação pôs em alerta o país porque, a confirmar-se a notícia, significaria que os serviços de saúde apenas tinham registado sete casos de nascimentos desse tipo na região entre 2000 e 2014, falha que provoca polémica.

 

Alfa/Expresso. Por Daniel Ribeiro

Não há ainda explicações para o fenómeno nesta região de L’Ain, onde a taxa de nascimentos de bebés sem braços é muito superior à do resto da França. As investigações feitas até agora sobre os sete casos oficialmente recenseados não apuraram as causas das malformações dos bebés, que se concentram numa zona de 17 km à volta da aldeia de Druillat.

Emmanuelle Amar, diretora do registo de malformações em toda a região do Rhone-Alpes (Remera), confirmou a existência de mais dez casos suspeitos depois de, durante o dia de terça-feira, ter sido revelada por uma família, a existência de um novo caso de um bebé, hoje com seis anos de idade, que nasceu sem a mão direita. Neste momento, estão a ser estudadas as causas de oito nascimentos sem braços, mãos ou dedos nesta região, mas o número total poderá ser agora de 18.

Emmanuelle Amar avança com explicações “ambientais” para o mistério destes nascimentos em série com malformações numa muito pequena zona do leste da França. “As investigações continuam”, declarou a diretora do Remera que chegou a ser ameaçada de despedimento por, segundo um comentador, « dar más notícias ».

Os novos casos suspeitos, revelados nas últimas horas, foram detetados depois dos organismos oficiais de saúde terem lançado “análises complementares a partir dos registos dos hospitais”.

Casos idênticos de nascimentos de bebés sem braços, mas em muito menor número, foram igualmente registados em mais duas regiões do oeste francês – em duas zonas da Bretanha e da Loire-Atlantique. Contudo, nestas duas regiões, a taxa deste tipo de bebés não é muito superior à do resto da França, onde a média nacional é de 1,7 casos para 10 mil nascimentos. Já na zona de Druillat, os números são inquietantes: segundo dados revelados pela imprensa a taxa será perto de 58 vezes superior à normal.

Sem explicações científicas para os casos detetados, continua por esclarecer igualmente porque não há registo de novos casos de nascimentos de bebés sem braços a partir de 2014. As autoridades são suspeitas de terem desleixado as investigações por esse motivo, o que foi denunciado por Emmanuelle Amar.

Sob pressão da imprensa, os ministérios da Saúde e da Ecologia, anunciaram na terça-feira o lançamento de novas investigações e confirmaram que o Remera continuará em funcionamento sob a autoridade da atual diretora, que é especialista em epidemiologia.

“Os estudos sobre as causas devem ser aprofundados e os pais precisam de ser informados sobre o que aconteceu aos seus filhos”, disse a diretora do Remera. A especialista indica que medicamentos dados às grávidas não deverão ser a causa, privilegia questões ambientais e refere que os medicamentos considerados perigosos foram afastados há muitos anos do mercado francês.

Em França não existem registos nacionais sobre casos deste género e oficialmente apenas se diz que nascerão em França 150 bebés sem braços por ano.

Pinto da Costa diz não ter sido o único « a acreditar em Lopetegui”

O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, abordou hoje a passagem do treinador Julen Lopetegui, pelo clube, lembrando, em tom irónico, que não foi o único « a acreditar » no técnico espanhol, que foi recentemente despedido do Real Madrid.

Na apresentação do livro « Até ao Mar Azul – As Páginas do Presidente », que compila as crónicas mensais de sua autoria na revista Dragões, nos últimos cinco anos, o dirigente portista arrancou algumas gargalhadas entre os presentes, ao lembrar a passagem do treinador basco pelo FC Porto, entre 2014 e 2015, e os textos que escreveu a elogiá-lo.

« Tinha a esperança que íamos realmente virar a página, e esteve quase, porque, se não formos incoerentes, o que se passava também dificultou a isso. Mas não fui só eu a acreditar [em Lopetegui], até a seleção de Espanha e o Real de Madrid acreditaram, e são mais espertos que eu… Pelo menos fui o pioneiro, não me sinto isolado [risos] », recordou, bem disposto, Pinto da Costa.

Antes, e na alusão às crónicas que agora estão compiladas num livro, que tem prefácio de Matos Fernandes, presidente da Assembleia Geral do FC Porto, o líder dos ‘dragões’, garantiu que os textos são, apenas, as suas « opiniões sobre os acontecimentos da altura ».

« Sempre que escrevo uma crónica, é aquilo que sinto e penso, não é para agradar a ninguém. Se alguém sentiu melindrado ou ofendido por qualquer coisa que eu tenha escrito, podem querer que não foi essa a intenção », esclareceu o dirigente.

Nesses textos sobre os acontecimentos dos últimos cinco anos no emblema ‘azul e branco’, Pinto da Costa deu especial atenção àquele em que relatou a conquista do campeonato nacional de futebol, na última temporada.

« Foram cinco anos em que só ganhamos um campeonato nacional de futebol, mas que valeu por cinco… Não é preciso dizer mais nada » disse, novamente, a sorrir Pinto da Costa.

O dirigente lembrou o « mar azul que inundou a cidade » nesse dia da conquista do título de 2017/18, vincando que « houve muita crença e vontade de lutar para interverter a situação », focando essa conquista, em especial, no técnico Sérgio Conceição, que também esteve presente na apresentação do livro.

« Escrevi [sobre a contratação do Sérgio Conceição] com uma convicção que não me arrependo. E hoje, todos, sem exceção, dão essa decisão como uma das melhores em prol do FC Porto », analisou Pinto da Costa.

O presidente do FC Porto desvendou, ainda, alguns pormenores sobre a contratação do atual técnico da equipa, no arranque da época passada.

« Foi num dia especial porque fazia 30 anos que tínhamos ganhado o primeiro título europeu, em Viena. Depois de almoçar com Luciano D’Onofrio, um amigo em comum, falei com o Sérgio Conceição à tarde e fiquei com a certeza que ia ultrapassar as dificuldades, com o Nantes, para vir para o FC Porto. Já não fui a Madrid falar com outro treinador », relembrou Pinto da Costa.

Apesar do maior mediatismo estar centrado nas histórias do futebol, Pinto da Costa lembrou que, no seu livro estão vertidas « muitas vitorias fantásticas do clube, com títulos no bilhar, andebol, basquetebol, hóquei patins, e do desporto adaptado », sublinhando, também, a « inauguração do museu como um dos momentos de maior felicidade ».

O presidente do FC Porto também se emocionou a recordar algumas crónicas que disse ter escrito « com o coração a sangrar », devido à morte dos protagonistas.

« As páginas mais difíceis foi as que tive de evocar a carta que o D. António [bispo do Porto] me escreveu, e uma outra do dr. Almeida Santos, que também foi muito importante », recordou com a voz embargada.

Pinto da Costa finalizou dizendo que o livro é feito de « páginas despretensiosas », e mostrando vontade de « escrever mais um ano de crónicas, festejando coisas bonitas ».

Alfa/Lusa.

Vieira demite-se caso sejam provados « atos menos lícitos » no Benfica

O presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira, assegurou hoje que se demite caso sejam apurados pela Justiça « atos menos lícitos » praticados pelo clube da Luz, numa altura em que decorrem vários processos em tribunal.

« [Os casos na Justiça] Afetam-nos mais a nós do que ao Benfica. Sofremos bastante », afirmou Vieira depois de ter sido questionado numa entrevista concedida à TVI sobre os vários processos judiciais que envolvem o clube.

Sobre as acusações que recaem sobre Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico dos encarnados, Luís Filipe Vieira diz que é necessário esperar pelo veredito final dos processos.

« Neste momento, [Paulo Gonçalves] não foi condenado. Há a presunção de inocência. O Benfica perdeu um grande profissional », atirou, realçando: « Não misture o Paulo Gonçalves com o Benfica ».

Segundo o líder das ‘águias’, « tudo o que o Benfica ganhou foi dentro do campo », pelo que se houver atos de corrupção comprovados, vai pedir a demissão do cargo que exerce há 15 anos.

Vieira mostrou-se convencido que « no final a Justiça vai funcionar ».

Em relação ao treinador, Vieira elogiou o trabalho que Rui Vitória vem fazendo no clube e quer que o seu contrato, válido até 2020, seja cumprido até ao fim.

« Por minha vontade, garanto que [Rui Vitória] é o treinador até ao final do contrato », num momento em que o técnico tem sido contestado depois de o Benfica ter sofrido duas derrotas consecutivas, primeiro, na Liga dos Campeões frente ao Ajax (1-0), e no último sábado contra o Belenenses (2-0), na I Liga.

Segundo o líder das ‘águias’, o treinador « tem feito um trabalho fantástico », especialmente, no lançamento de jovens jogadores da formação do Benfica.

« Lançou dez jogadores em três anos. É o homem certo para o projeto que o Benfica quer », reforçou Vieira, considerando que « há hoje uma grande injustiça para com Rui Vitória ».

O presidente do Benfica apontou para a conquista de dois campeonatos nacionais de futebol nos dois primeiros anos de contrato de Rui Vitória, bem como para a obtenção do recorde de 88 pontos na época 2015/16, recordando ainda os quartos de final da Liga dos Campeões atingidas nessa mesma época e desvalorizando a falta de títulos na época transata.

« O Rui Vitória não merece as críticas que lhe têm feito. Neste momento, o Rui é o treinador mais qualificado e vai lançar mais três ou quatro jogadores formados no Caixa Futebol Campus na próxima época », frisou.

E acrescentou: « Todo o nosso projeto assenta no Seixal. O Benfica não deverá fazer o que fez no passado. O Benfica não pode depender de um resultado menos positivo. O Benfica está a preparar-se para dominar o futebol português na próxima década ».

De acordo com Vieira, « a estratégia do Benfica é ganhar com os talentos formados em casa », realçando os nomes de Rúben Dias, Gedson Fernandes e João Félix como exemplo de jogadores jovens que já têm sucesso na primeira equipa.

« Recebemos ofertas de 20 e 25 milhões de euros por um jovem de 19 anos. E também propostas de 40 milhões de euros e de 35 milhões de euros por outros dois jovens e não saíram », sublinhou, destacando que Rúben Dias e Gedson já renovaram os seus contratos e estão « blindados com cláusulas muito elevadas » e que João Félix « vai renovar já amanhã [quarta-feira] com cláusula de rescisão bastante alta ».

Para Vieira, a retenção do talento formado no Seixal é « a única possibilidade de o Benfica triunfar na Europa ».

« Recusámos 75 milhões de euros por dois jogadores no último verão. O Gedson não está feliz? O Rúben Dias não está feliz? », salientou.

O presidente do clube da Luz também comentou as notícias de hoje que dão conta de uma proposta do Everton no final do ano passado para contratar Rui Vitória.

« Não era eu que lhe ia cortar as pernas », vincou Vieira, revelando que, caso o negócio avançasse, Rui Vitória iria ganhar oito vezes mais no emblema inglês.

Alfa/Lusa.

SC Braga aplica ‘chapa’ cinco ao Nacional

O SC Braga acabou por garantir a segunda vitória na Taça da Liga por números bastante expressivos, com a goleada por 5-0 aplicada ao Nacional, esta terça-feira.

Dyego Sousa (5’ e 41’) e Paulinho (44’ e 46’) fizeram o bis e deram contornos avultados ao resultado. Sequeira, com um grande pontapé à passagem do minuto 21’, também fez gosto ao pé..

Com este resultado, os bracarenses são primeiros do grupo com duas vitórias, já o Nacional soma apenas um ponto, fruto do empate na primeira jornada diante do V. Setúbal.

Grupo B

– 2ª Jornada:

30 out Sporting de Braga (I) – Nacional (I), 5-0

18 nov Vitória de Setúbal (I) – Tondela (I), 11:45

Classificação. Jogos – Pontos

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1. Sp. Braga 2 – 6

2. V. Setúbal 1 – 1

3. Nacional 2 –   1

4. Tondela 1 – 0

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Por disputar:

– 3ª Jornada:

28 dez Vitória de Setúbal (I) – Sporting de Braga (I)

28 dez Tondela (I) – Nacional (I)

João Sousa eliminado por Djokovic na segunda ronda do Masters 1.000 de Paris

O tenista português João Sousa foi hoje eliminado pelo sérvio Novak Djokovic na segunda ronda do Masters 1.000 de Paris, ao perder em dois ‘sets’ com o segundo cabeça de série do torneio francês em piso rápido.

João Sousa, 48.º classificado do ‘ranking’ mundial, ainda ofereceu resistência ao sérvio durante o primeiro parcial, que perdeu por 7-5, mas o segundo foi de sentido único a favor do número dois da hierarquia, vencedor por 6-1, após uma hora e 34 minutos de confronto.

O número um português continua sem conseguir vencer Djokovic, ou sequer conquistar um ‘set’ ao sérvio, que também se tinha imposto de forma clara a João Sousa nos cinco confrontos anteriores, no US Open (2013 e 2018), em Roland Garros (2014 e 2017) e no Masters 1.000 de Miami (2016).

Depois de concedido o 3-1 no seu jogo de serviço, o jogador luso teve uma excelente oportunidade de reentrar da discussão do ‘set’ inicial, ao beneficiar de três pontos para quebrar o serviço de ‘Djoko’, mas permitiu a recuperação do adversário, que aumentou para 4-1.

Quando parecia que o sérvio iria fechar rapidamente o parcial, João Sousa conseguiu responder à quebra de serviço (4-3) e chegou mesmo a dispor de um ponto de ‘break’ para concretizar o 6-5, mas o antigo número um mundial reagiu e acabou mesmo por fechar o ‘set’ no serviço do português.

O melhor tenista nacional, que nunca tinha conquistado cinco jogos em um único parcial frente a Djokovic, vencedor do torneio francês em 2009, 2013, 2014 e 2015, acusou a forma como falhou a conquista inédita de um ‘set’ e foi incapaz de contrariar o passeio do sérvio no segundo parcial.

Depois de ter ultrapassado a fase de qualificação, João Sousa afastou o italiano Marco Cecchinato na ronda inaugural, batendo o 20.º posicionado do ‘ranking’ mundial por 7-5 e 6-3, mas continua sem conseguir superar a segunda eliminatória.

Nas três anteriores presenças no torneio parisiense, João Sousa foi eliminado na primeira ronda em 2014, pelo francês Gael Monfils, e na segunda em 2016, pelo checo Tomas Berdych, e em 2017, pelo argentino Juan Martin del Potro.

Alfa/Lusa.

Vida selvagem sofreu declínio de 60% em pouco mais de 40 anos por culpa do homem

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O planeta perdeu em pouco mais de 40 anos 60% dos seus animais selvagens por culpa da ação humana, segundo um relatório do Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla inglesa), que revela um balanço alarmante.

O declínio da população de espécies de mamíferos, pássaros e peixes é, de ano para ano, cada vez mais alarmante, alerta a associação ambientalista WWF, que adiantou que entre 1970 e 2014 desapareceu 60% da vida selvagem do planeta.

“Preservar a natureza é muito mais do que simplesmente proteger tigres, pandas, baleias, que nós estimamos”, sublinhou o diretor da WWF, Marco Lambertini, acrescentando, citado pela agência France Presse, que a questão “é bem mais vasta”.

“Não é possível um futuro são e próspero para os homens num planeta com um clima instável, oceanos esgotados, solos degradados, florestas esvaziadas, um planeta despojado da sua biodiversidade”, disse.

O declínio da fauna abrange todo o globo, mas há regiões particularmente afetadas, como os trópicos, segundo os dados da 12.ª edição do relatório ‘Planeta Vivo’, publicado hoje em conjunto com a Sociedade Zoológica de Londres e baseado no acompanhamento de 16.700 populações de quatro mil espécies.

A 10.ª edição do relatório já dava conta de um declínio de 52% entre 1970 e 2010 entre as espécies selvagens, tendo esse declínio sofrido uma acentuação de oito pontos percentuais em apenas quatro anos, segundo a edição hoje divulgada, que aponta que nada parece ser capaz de travar a tendência.

A zona das Caraíbas/América do Sul revela um balanço assustador: menos 89% de espécimes em 44 anos.

A América do Norte/Gronelândia registou no mesmo período um declínio na fauna de 23% e a vasta área que abrange Europa/Norte de África/Médio Oriente registou uma quebra de 31%.

A destruição dos habitats naturais e a agricultura intensiva, assim como a extração mineira e a urbanização do território, que forçam a desflorestação e o esgotamento dos solos, são apontados como as principais causas para o problema.

No Brasil, por exemplo, onde acaba de ser eleito um presidente que não manifestou no seu programa eleitoral qualquer preocupação com a desflorestação nem com o aquecimento global, a floresta amazónica vai perdendo a guerra contra os lucros da exploração de soja e da criação de bovinos, refere a AFP.

Apenas 25% dos solos em todo o mundo estão livres da ação humana, um cenário que os cientistas estimam que se agrave, prevendo que em 2050 a percentagem seja apenas de 10%.

A isto junta-se a pesca e caça intensivas, poluição, espécies invasivas, doenças ou alterações climáticas, alerta a WWF.

“O desaparecimento dos recursos naturais é um problema ético, com consequências no nosso desenvolvimento, nos empregos e no comércio”, sublinhou o diretor geral da WWF France Pascal Canfin.

“Pescamos menos que há 20 anos, porque o ‘stock’ disponível diminuiu. O rendimento de algumas culturas começa a baixar. Em França o trigo estagnou desde os anos 2000”, disse.

Os “serviços prestados pela natureza” (água, polinização, estabilização dos solos, entre outros) foram estimados por economistas em 125 biliões de dólares anuais, metade do PIB mundial.

A cada ano, o dia em que o planeta esgota os recursos que consegue renovar anualmente acontece mais cedo. Em 2018 foi a 01 de agosto.

“Somos a primeira geração a ter uma visão clara do valor da natureza e do nosso impacto sobre ela. Podemos ser a última a poder inverter a tendência”, alerta a WWF, que apela à ação até 2020, “um momento decisivo na história”, uma “janela sem precedentes que se pode fechar rapidamente”.

Alfa/Lusa.

Morada do Cartão do Cidadão pode travar acesso ao Programa Regressar

Programa exige que não se tenha sido residente fiscal no pais nos três anos anteriores ao regresso. AT assume como morada fiscal a que está no CC.

Inês Quina mudou-se para o Canadá em 2014 mas apenas no ano passado associou ao Cartão do Cidadão a morada que tem desde que passou a viver do outro lado do Atlântico.

Resultado: em termos práticos e ao olhar imediato do fisco não cumpre os requisitos necessários para poder beneficiar do Programa Regressar, que dispensa do pagamento de IRS metade do rendimento obtido por quem tenha saído de Portugal durante a crise e queira agora regressar ao país.

A medida que o governo incluiu no Orçamento do Estado acena com um generoso benefício fiscal, mas para que este se torne efetivo é necessário que a pessoa tenha sido residente fiscal em Portugal até 31 de dezembro de 2015 e que não tenha tido este estatuto de residente fiscal em Portugal nos três anos anteriores em relação ao ano de regresso (que pode ser 2019 ou 2020).

A medida que o governo incluiu no Orçamento do Estado acena com um generoso benefício fiscal, mas para que este se torne efetivo é necessário que a pessoa tenha sido residente fiscal em Portugal até 31 de dezembro de 2015 e que não tenha tido este estatuto de residente fiscal em Portugal nos três anos anteriores em relação ao ano de regresso (que pode ser 2019 ou 2020).

É nesta contagem dos anos como residente e não residente fiscal que o cartão do cidadão ganha peso porque a morada que dele consta é automaticamente assumida como a fiscal. Só que, tal como Inês, são muitas as pessoas que quando mudam para outro país nem se lembram de fazer aquela alteração.

“Nunca achei que fosse importante ou necessário. Não é uma coisa em que uma pessoa pense, no meio de todas as coisas que tem para tratar”, refere Inês. Ana Ponte, que há quatro anos vive em Inglaterra, também nunca imaginou que alterar o Cartão do Cidadão fosse relevante. E apenas o fez há uns meses por causa de uma viagem a um país estrangeiro. Inês e Ana estão longe de ser casos únicos, mas esta ‘omissão’ irá causar-lhes dificuldades caso voltem para Portugal e queiram beneficiar do programa Regressar.

Este tipo de dificuldades já tem sido, de resto, vivido pelos portugueses que regressam e pretendem aderir ao regime do Residente Não Habitual (RNH). Luís Leon, da Deloitte, conhece de perto casos em que a AT recusou atribuir o estatuto de RNH a pessoas com o argumento de que não cumprem os requisitos porque a morada que consta do seu Cartão do Cidadão é portuguesa – o que leva a administração fiscal a concluir que nos cinco anos anteriores ao pedido foram residentes fiscais em Portugal.

As situações para que a mudança de morada fique esquecida são das mais variadas. Há quem desconheça as implicações futuras de não o fazer e quem não o faça porque nem sempre quem sai do país já tem uma casa para morar. E também há quem apenas se lembre de mudar a morada quando o Cartão do Cidadão caduca e é necessário renova-lo.

E isso pode ‘cortar-lhe’ logo à partida vários dos anos em que esteve fora. Contornar a resposta negativa da AT e provar que no período em causa se esteve efetivamente fora do país não é uma tarefa impossível, mas dá trabalho e demora.

E nem sempre as pessoas dispõem do aconselhamento necessário para saber contornar a resposta do fisco. Esta situação ajudará também a explicar que dos quase 28 mil RNH apenas 1500 sejam portugueses.

Alfa/dinheirovivo.pt

 

Portugal é o país da Europa Ocidental onde mais pessoas têm a certeza de que Deus existe

Portugal é o país da Europa Ocidental onde mais pessoas têm a certeza de que Deus existe

O país aparece ainda entre os 10 países (em 34 analisados) onde as pessoas mais diz

em que a religião « é uma componente importante da sua identidade nacional”.

Um estudo mostra que 83% dos portugueses inquiridos acreditam em Deus. Destes, mais de metade (44%) não tem dúvidas de que Deus existe (38% não assumem a mesma certeza “absoluta”).

(…) Portugal aparece ainda entre os dez países onde as pessoas mais dizem que a religião “é uma componente importante da sua identidade nacional”. Afirmam-no 62% das pessoas inquiridas, o que coloca os portugueses à frente de países católicos como a Itália (14.ª), Irlanda (16.ª posição) ou Espanha (21.ª posição) relativamente a esta questão.

(…) Quando a pergunta é justamente a de entender a religião como elemento importante, ou não, para definir a identidade nacional, Portugal está mais próximo da Moldávia (onde 63% das pessoas inquiridas consideram a religião importante), Polónia (64%), Bulgária (66%) ou Roménia (74%) do que de países da Europa Ocidental, como a França, a Holanda ou a Bélgica, onde a religião é “importante” ou “muito importante” para apenas 32%, 22% ou 19%, respectivamente.

Alfa – Artigo reduzido. Por Ana Dias Cordeiro, leia mais em publico.pt

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