Villarreal suspende contrato de trabalho e salário de Ruben Semedo

O Villarreal suspendeu o contrato e o salário do futebolista português Ruben Semedo, que está em prisão preventiva em Espanha desde quinta-feira, anunciou hoje o clube espanhol no seu sítio oficial na Internet.

 

“Sempre com o devido respeito pela presunção de inocência, o clube decidiu suspender o contrato e o salário do futebolista até que seja tomada uma decisão definitiva no âmbito do processo disciplinar em curso”, indica a nota do clube, sexto classificado da Liga espanhola.

O Villarreal, que anunciou na terça-feira a instauração de um processo disciplinar ao defesa português, de 23 anos, manifestou também “a sua consternação, na sequência dos graves crimes imputados a Ruben Semedo” pela justiça espanhola, entre os quais tentativa de homicídio.

Ruben Semedo, que estava detido desde terça-feira no comando da Guarda Civil, foi ouvido na quinta-feira por uma juíza que decretou a prisão preventiva com o fundamento de possibilidade de continuação de atividade criminosa.

O futebolista internacional sub-21 é suspeito de ter, juntamente com outras duas pessoas, sequestrado um homem, a quem, sob ameaça com uma pistola, retiraram as chaves do apartamento, de onde roubaram dinheiro e objetos.

Segundo o queixoso, um dos agressores disparou duas vezes com uma pistola para o intimidar, sem o atingir.

A defesa de Ruben Semedo, que está envolvido em outros incidentes que estão a ser investigados pela polícia espanhola, já manifestou a intenção de apresentar no prazo legal de cinco dias recurso da medida de coação que foi aplicada ao jogador. Alfa/Lusa.

Portugal está nos cinco países da Europa que pior trata os idosos

Um estudo da Organização Mundial de Saúde que envolveu 53 países coloca Portugal no grupo dos cinco piores no tratamento aos mais velhos, com 39% dos idosos vítimas de violência.

 

Os dados foram hoje citados, no Porto, numa conferência sobre “Reaprender a Idade: Contributos interdisciplinares”, pela médica e vice-presidente da Comissão de Proteção ao Idoso, Antonieta Dias, que afirmou que “Portugal é o país da Europa que menos investe nas pessoas da terceira idade”.

“Estamos no topo da Europa como o país que menos investimento tem para os idosos. É um estudo que está publicado e ao qual não podemos ficar alheios, para desempenharmos a nossa função de defesa de direitos humanos, de defesa dos direitos dos idosos e de defesa da cidadania”, disse Antonieta Dias.

A especialista frisou que “neste momento somos o país que tem piores condições para cuidar dos idosos, porque falta fazer o investimento credível e acompanhado do idoso”.

Para Antonieta Dias, este “investimento credível e acompanhado” consiste, nomeadamente, “em criar mais alojamentos, investir nos cuidadores, nas pessoas que acompanham os idosos e alargar o leque de investimento em relação ao apoio da terceira idade”.

A responsável apresentou “uma proposta desafiante, que é fazer com que as instituições que têm lucro invistam esses lucros na realização de outros lares, que permitam acolher as pessoas que têm condições económicas mínimas”.

“Grande parte dos idosos tem reformas de 400/500 euros e não pode pagar mil euros para estar institucionalizado durante um período temporário ou definitivo. O meu desafio é que todos comecemos a despertar para esta problemática e fazer com que os lucros das casas que institucionalizam os idosos sejam investidos em lares adaptáveis aos nossos rendimentos. Estamos na Europa, mas os nossos rendimentos estão a léguas de distâncias de todos os europeus”, frisou.

No seu Relatório de Prevenção contra os Maus Tratos a Idosos, a OMS analisa as agressões nos últimos cinco anos contra os mais velhos, num universo de 53 países europeus, e conclui que “Portugal tem um sério problema no que respeita aos maus tratos contra idosos.”

Da lista negra fazem parte apenas mais quatro países: Sérvia, Áustria, Israel e República da Macedónia.

O presidente da Comissão de Proteção ao Idoso, Carlos Branco, citou dados da Associação de Apoio à Vítima relativos a 2016.

“Em Portugal é já possível aferir um aumento do número das vítimas idosas, apresentando agora 1.009 pessoas idosas vítimas de crime (em média três por dia e 19 por semana). Das 1.009 vítimas registadas em 2016, contra 774 em 2013, 679 tinham idades entre os 65 e os 79 anos (67,4%) e 330 tinham entre 80 e mais de 90 anos (32,6%)”, disse.

Em declarações à Lusa, Carlos Branco considerou que face ao envelhecimento da população, “os apoios existentes não são suficientes” e que, por esse motivo, “a sociedade civil tem de organizar no sentido de tentar mitigar estas situações”.

O responsável disse que a Comissão de Proteção ao Idoso avançou há cerca de um ano com a criação da provedoria do idoso, porque “a nível local, não obstante o trabalho meritório das misericórdias, das próprias autarquias e associações que estão no terreno, não existe nenhuma instituição que se dedique e que se ocupe concretamente dos idosos”

Essa figura, de acordo com Carlos Branco, enquadra-se sempre no município, por serem “as entidades mais próximas das populações, conseguindo de forma hábil diagnosticar os problemas sociais locais”.

“Preconizamos que esse provedor seja indicado pela rede social, a câmara municipal valida em sede de executivo e assembleia municipal e, depois, terá de ser validado pela comissão de proteção ao idoso, com quem vai trabalhar”, explicou.

A experiência piloto foi iniciada em 2017, “em Guimarães e Amares, e, entretanto, já foi alargada à Póvoa de Lanhoso. Existem mais quatro municípios do distrito de Braga onde será implementar já no imediato e ainda na Trofa, distrito do Porto”.

“A ideia é criar mais cinco/seis na região do Porto. A metodologia será diferente dada a dimensão do território, o que está pensado, em termos estratégicos, é implementar esta figura no âmbito das uniões de freguesias”, esclareceu. Alfa/Lusa.

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