10 Junho: Recenseamento automático vai acabar com « desigualdade incompreensível »

O secretário de Estado das Comunidades considerou hoje que o recenseamento automático, em discussão no parlamento, acabará com “uma desigualdade incompreensível” entre portugueses, pedindo aos emigrantes que votem “para mostrar que valeu a pena”.

 

“Aproxima-se a data da votação final, na Assembleia da República, do recenseamento automático dos portugueses no estrangeiro. O Governo fez o seu trabalho e provou que é possível concretizar esta importante medida política”, afirma José Luís Carneiro, na tradicional mensagem aos cidadãos portugueses por ocasião do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que se assinala no próximo domingo.

Caso esta medida venha a ser aprovada pelos deputados, refere, “os portugueses no estrangeiro vão receber uma carta a perguntar se querem ser inscritos nos cadernos de recenseamento eleitoral para poderem votar” e “deixam de ter que deslocar-se aos consulados, muitas vezes centenas de quilómetros, para se recensearem”.

“Iremos pôr um fim a uma desigualdade incompreensível entre os portugueses que vivem em Portugal e os portugueses que vivem no estrangeiro”, considera o governante, que sublinha a importância de os emigrantes “participarem nos futuros atos eleitorais, seja qual for o sentido de voto, para mostrarmos que valeu a pena promover esta importante mudança nas condições de participação cívica e política das comunidades portuguesas”.

Na mensagem, que é também publicada na página online do Portal das Comunidades, o secretário de Estado reitera “o empenho do Governo no reforço humano e material dos serviços consulares”.

“Após vários anos marcados por constrangimentos, é agora tempo de repor, gradualmente, a capacidade de resposta dos serviços consulares. Trata-se de uma questão de justiça para os trabalhadores consulares, que todos os dias dão o seu melhor, mas também para os portugueses que por esta via reforçam a sua vinculação a Portugal”, afirma.

Carneiro também aponta como exemplo da “ligação inabalável” dos emigrantes a Portugal o “esforço solidário no apoio aos territórios afetados pelos trágicos incêndios de 2017”.

Este ano, as cerimónias oficiais do 10 de Junho decorrem entre os Açores e os Estados Unidos da América, com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa; do primeiro-ministro, António Costa, e do presidente do governo açoriano, Vasco Cordeiro.

“Adicionalmente, o Dia de Portugal será assinalado um pouco por todo o mundo, nos diversos continentes, graças ao trabalho conjunto da nossa rede diplomática e consular, do movimento associativo português na diáspora e de muitos cidadãos portugueses e lusodescendentes que, a título individual, dão o seu contributo para que a história, a cultura e as tradições de Portugal sejam enaltecidas com particular entusiasmo e significado”, menciona o governante.

Algo que o Governo vê como “um sinal inequívoco de que, apesar de estarem fisicamente longe, os portugueses no mundo têm o seu coração em Portugal”.

Alfa/Lusa

Grevistas da CGD França receberam deputado do BE e vão a Belém

Os trabalhadores em greve da sucursal francesa da Caixa Geral de Depósitos vão ser recebidos em Belém, Lisboa, e contaram, hoje, em Paris, com o apoio do deputado bloquista Moisés Ferreira no quinto protesto « contra a alienação » da sucursal.

À oitava semana de greve, durante a manifestação junto ao Consulado-Geral de Portugal, Moisés Ferreira reafirmou a solidariedade do Bloco de Esquerda com os grevistas, cerca de um mês depois de a deputada Mariana Mortágua se ter disponibilizado, em Paris, para « dar voz e megafone » à sua luta.

« Seja megafone, altifalante ou outra coisa qualquer, aquilo que nós queremos é efetivamente dar visibilidade a esta luta e torná-la mais visível também em Portugal porque é preciso que em Portugal se saiba que aqui se está a defender o interesse público », afirmou à Lusa Moisés Ferreira.

O deputado acrescentou que vai « recolher o que está a acontecer aqui para levar ao parlamento, para levar ao Governo » e que o Bloco de Esquerda vai fazer novas perguntas ao executivo de António Costa sobre a situação da CGD em França, nomeadamente sobre ações judiciais movidas contra dirigentes sindicais e contra os membros da comissão de negociação dos trabalhadores em greve.

« Para nós é injustificável e inadmissível que qualquer administração atue desta forma, tentar intimidar e tentar fazer tábua rasa dos direitos do trabalho. Portanto, sendo inadmissível, nós vamos exigir junto do Governo e da Assembleia da República que seja tomada uma posição quanto a esta posição de força da administração da Caixa Geral de Depósitos », afirmou o deputado que foi membro das duas comissões parlamentares de inquérito à CGD.

Moisés Ferreira disse, também, que, depois das reuniões, em Paris, de Mariana Mortágua com os trabalhadores grevistas, a 09 de maio, o BE questionou o executivo, através de uma pergunta escrita, sobre a alienação da sucursal francesa da CGD e sobre o movimento de greve, mas « o Governo ainda não deu resposta ».

Cristina Semblano, porta-voz da intersindical FO-CFTC, adiantou à Lusa que « uma pequena delegação » de trabalhadores em greve vai ser recebida em Belém, a 21 de junho, pelos assessores para os assuntos do trabalho e para a economia, em resposta ao « pedido de audiência urgente ao Presidente da República », enviado em 29 de maio.

A responsável, que é também membro da comissão de negociação dos trabalhadores em greve, afirmou que o objetivo da audiência é mostrar as razões que justificaram o movimento de greve que « está a ser gerido de forma muito pouco célere » pela direção, o que « tem impacto ao nível comercial, financeiro e ao nível de reputação e imagem » do banco público.

« A França é um país que tem uma imigração portuguesa muito importante, de mais de um milhão de pessoas. Por conseguinte, nós estimamos que a sucursal de França deve ser mantida no perímetro das instituições da Caixa Geral de Depósitos. É um ativo que não deve ser alienado. Dirigimo-nos ao Presidente da República porque temos sentido sempre, desde a sua eleição, que a emigração é algo que o preocupa », afirmou.

De acordo com Cristina Semblano, a notificação que a intersindical FO-CFTC e os membros da comissão de negociação dos trabalhadores em greve receberam para comparecerem a uma audiência por « delito do abuso do direito de greve », a 12 de junho, no Tribunal de Grande Instância de Paris, « só vai revoltar ainda mais os trabalhadores » e adiantou que « as pessoas continuam determinadas ».

Cristina Semblano precisou que nesse dia a Justiça francesa se deve também pronunciar sobre « o delito de entrave por não entrega do plano de reestruturação da CGD », que já tinha dado entrada junto no Tribunal de Grande Instância e que foi apresentado pela comissão de trabalhadores.

O protesto de hoje foi o segundo desta semana e o quinto desde o início do movimento, estando marcada nova manifestação, para esta sexta-feira, junto à Embaixada de Portugal em França, no dia em que há uma receção de comemoração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

A porta-voz da intersindical FO-CFTC avançou, também, que « para a semana vão haver novas manifestações », incluindo uma junto à sede da Autoridade de Controlo e de Resolução, o organismo francês de supervisão dos bancos.

A greve na sucursal em França da Caixa Geral de Depósitos, que tem 48 agências e mais de 500 trabalhadores, começou a 17 de abril e foi apoiada pela intersindical francesa FO-CFTC, mas não foi seguida pelos sindicatos CGT e CFDT.

Na terça-feira, à margem de uma conferência organizada pela Caixa Geral de Depósitos, em Setúbal, o presidente da Comissão Executiva da CGD, Paulo Macedo, escusou-se a comentar o conflito com os trabalhadores da sucursal em França e as notícias divulgadas nos últimos dias sobre a alegada intenção do banco de encerrar 75 balcões até final deste mês.

A redução da operação da Caixa Geral de Depósitos fora de Portugal (nomeadamente Espanha, França, África do Sul e Brasil) foi acordada em 2017 com a Comissão Europeia como contrapartida da recapitalização do banco público.

Em 24 de maio, o Governo aprovou os cadernos de encargos com as condições para a venda dos bancos da Caixa Geral de Depósitos na África do Sul e em Espanha, segundo comunicado de Conselho de Ministros.

Em 10 de maio, Paulo Macedo afirmou querer manter a operação da CGD em França e adiantou que está a negociar isso com as autoridades, apesar de ter sido também acordada a sua venda, mas acrescentou que isso só acontecerá se a « operação for sustentável, rentável e solidária » com os esforços feitos pelo banco.

Alfa/Lusa

Portugal mantém quarto lugar no último ‘ranking’ da FIFA antes do Mundial2018

A seleção portuguesa de futebol manteve-se hoje no quarto lugar do ‘ranking’ da FIFA, na última atualização antes do início do Mundial2018, que se disputa na Rússia, de 14 de junho a 15 e julho.

A ‘equipa das quinas’ mantém-se atrás da Alemanha, que mantém a liderança, do Brasil e da Bélgica, com quem empatou a zero num encontro particular no sábado.

A Espanha, primeira adversária de Portugal no Grupo B do Mundial2018, caiu do oitavo lugar para o 10.º, por troca com a Polónia, na única alteração no ‘top-10’ da hierarquia mundial.

Em relação aos outros adversários de Portugal, o Irão, de Carlos Queiroz, caiu para a 37.ª posição e foi ultrapassado pela Austrália (36.ª) como melhor equipa da Confederação Asiática, enquanto Marrocos subiu um posto para o 41.º lugar.

Além do Brasil, o país de língua oficial portuguesa mais bem colocado continua a ser Cabo Verde, apesar de ter caído para 65.º.

Em relação às 32 equipas que vão estar presentes no Mundial2018, a anfitriã Rússia é a pior posicionada, depois de ter descido para o 70.º posto.

– ‘Ranking’ da FIFA em 07 de junho:

1. (1) Alemanha, 1.558 pontos.

2. (2) Brasil, 1.431.

3. (3) Bélgica, 1.298.

4. (4) Portugal, 1.274.

5. (5) Argentina, 1.241.

6. (6) Suíça, 1.199.

7. (7) França, 1.198.

8. (10) Polónia, 1.183.

9. (9) Chile, 1.135.

10. (8) Espanha, 1.126.

(…)

37. (36) Irão, 708.

52. (54) Burkina Faso, 604.

65. (58) Cabo Verde, 478.

114. (106) Moçambique, 282.

121. (104) Guiné-Bissau, 255.

137. (138) Angola, 209.

185. (186) Macau, 60.

186. (187) São Tomé e Príncipe, 51.

190. (190) Timor-Leste, 45.

Alfa/Lusa.

“Se as pessoas soubessem como são feitas as salsichas”. Conversa de Macron com Trump correu mal

Macron sobre uma conversa mal sucedida com Trump: “Se as pessoas soubessem como são feitas as salsichas…”

Alfa/Expresso

O tema da conversa eram as tarifas protecionistas agora impostas pelos EUA aos seus aliados mais próximos. O presidente norte-americano não terá gostado de ser criticado

(foto arquivo)

Há dias que havia informações de que uma recente conversa telefónica entre os presidentes de França e dos Estados Unidos tinha corrido mal. Emmanuel Macron esperava fazer valer a sua boa relação com Donald Trump para o convencer de que não havia nada a ganhar com uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a Europa – designadamente, com taxas alfandegárias impostas unilateralmente pelos EUA ao arrepio de acordos comerciais há muito em vigor.

Trump, que reage mal às críticas, não terá apreciado a lição. As polémicas taxas entraram mesmo em vigor, e a União Europeia já anunciou retaliações. Agora Macron parece ter confirmado publicamente, embora de forma algo indireta, que a conversa de facto não correu bem.

Durante uma conferência de imprensa com o primeiro-ministro israelita, que está de visita a Paris, perguntaram ao presidente francês se era verdade, como afirmou a CNN na segunda-feira, que a conversa com Trump tinha sido terrível. Macron, que é conhecido por não fazer o tipo de confidências aos jornalistas que outros presidentes fazem e fizeram, respondeu invocando a figura de um famoso chanceler alemão do século XIX.

« Como Bismarck costumava dizer, se explicássemos às pessoas como são feitas as salsichas, é pouco provável que elas continuassem a comê-las. Portanto, eu gosto quando as pessoas veem a refeição pronta, mas não creio que os comentários de cozinha ajudem a criar a refeição ou a comê-la ».

Tradução: as relações internacionais tratam-se com a porta fechada. Ao público cabe apreciar, ou não, o resultado final. Para garantir que a mensagem era bem entendida, Macron acrescentou: « Aqui em Paris não fazemos comentários sobre como correu, ou quão quentes, frias, calorosas ou terríveis as coisas foram. Simplesmente vamos e fazemos as coisas ».

UE quer sistema de alerta de catástrofes em todos os Estados-membros

A União Europeia (UE) quer criar em todos os Estados-membros um sistema de alerta via telemóvel às populações para situações de emergência como incêndios ou atentados terroristas, e melhorar os serviços de localização de chamadas.

 

Esta decisão, tornada pública esta quarta-feira, está incluída no pacote legislativo sobre regras para telecomunicações e que foi acordado pelo Conselho da UE e o Parlamento Europeu.

O objetivo da medida é « aumentar a proteção dos cidadãos em situações de emergência », o que inclui, segundo um comunicado da Comissão Europeia, uma recolha mais precisa da localização de quem faz uma chamada de emergência, a inclusão de mensagens de texto e chamadas de vídeo nas comunicações de emergência e a criação de um sistema de transmissão pública de avisos para os telemóveis.

No que respeita à localização, o novo código para as comunicações eletrónicas prevê que a informação sobre a localização da chamada possa ser procurada através da rede usada e do próprio aparelho.

O código passa a incluir mensagens de texto ou de vídeo na categoria de chamadas de emergência.

O sistema público de alerta via telemóveis permitirá, por seu lado, que « cidadãos e viajantes estejam informados sobre ameaças iminentes ou em curso na área onde estão localizados ».

Após os atentados de março de 2016, a Bélgica criou um sistema de alerta rápido – BE-Alert – através do qual, por inscrição, os cidadãos sejam informados através de um SMS sobre situações de perigo.

 

Alfa/JN

Camisola da seleção por 140 euros ? Fãs estão indignados

Os utilizadores das redes sociais têm vindo a manifestar o seu desagrado em relação ao preço da camisola mais cara, que é a utilizada pelos jogadores.

 

A camisola oficial da Seleção Nacional está à venda na loja oficial da Nike e no site da Federação Portuguesa de Futebol por 140 euros, o que tem motivado duras críticas nas redes sociais.

« A camisola de futebol 2018 Portugal Vapor Match Home para homem é a mesma camisola usada pelos profissionais em campo. Conta com tecnologia Nike VaporKnit para oferecer respirabilidade excecional e mobilidade leve », pode ler-se no site da marca.

Entre as principais características, a marca destaca o « ajuste estreito », que permite que o corpo se mova livremente, e « as mangas raglã », que possibilitam uma amplitude de movimentos natural.

Há uma versão mais barata

Nas redes sociais, os utilizadores vão mostrando o seu desagrado. Mas a verdade é que a Nike tem também disponível um outro modelo, a versão Stadium, que está à venda por 85 euros. O preço elevado da versão Match explica-se pelo facto de ser igual à que os jogadores utilizam em campo, sendo mais cara devido aos materiais e à tecnologia.

Alfa/DN

 

Chamadas entre países da UE vão passar a custar 19 cêntimos

As instituições europeias alcançaram um pré-acordo para limitar o preço das chamadas de um país da União Europeia para outro, um pacote de medidas proposto pelos eurodeputados.

 

A partir de 15 de maio de 2019, o custo de uma chamada de um país da União Europeia (UE) para outro será limitada a 19 cêntimos por minuto e o de uma mensagem SMS não poderá ser superior a seis cêntimos, segundo um acordo alcançado esta a noite, depois de 12 horas de debate entre os negociadores do Parlamento Europeu e os dos 28 países da UE, em Bruxelas.

« Nós chegámos a acordo sobre o facto que os operadores não podem cobrar custos excessivos aos utilizadores quando estes telefonam ou enviam um SMS a partir do seu país de origem para um outro Estado membro da UE através de um telemóvel ou de um telefone fixo », declarou a espanhola Pilar del Castillo, uma das negociadoras do parlamento.

Este acordo político surge um ano depois da supressão do ‘roaming’.

Os operadores históricos europeus criticaram o pacote adotado esta noite, considerando que é uma « cortina de fumo » política, que esconde os fracassos da UE em se entender sobre medidas muito mais importantes que facilitariam os investimentos indispensáveis para inovações de alta tecnologia.

« O objetivo principal da proposta inicial da Comissão Europeia (CE) era melhorar significativamente o clima de investimento para a implantação de novas redes e capacitar os usuários de todos os serviços de comunicação », disse num comunicado a ETNO, federação europeia que inclui a Orange ou a Deutsche Telekom.

Esta « ocasião, única em dez anos, foi perdida », adianta a ETNO.

Este acordo preliminar ainda tem de ser aprovado definitivamente pelos 28 Estados membros e pelo PE.

Alfa/TSF/Lusa

CGD França: Oitava semana de greve e quarta manifestação dos trabalhadores

Cerca de 80 pessoas voltaram a manifestar-se hoje no centro de Paris, « contra a alienação » da sucursal francesa da Caixa Geral de Depósitos (CGD), naquela que é a oitava semana de greve no banco público em França.

 

Esta é a quarta manifestação em duas semanas e a primeira de três protestos agendados para esta semana, tendo-se realizado na rua La Fayette, em frente à sede da Federação Bancária Francesa, entre apitos, músicas tradicionais portuguesas, bandeiras de Portugal e cartazes com as frases « A Caixa unida jamais será vendida » e « En grève » [« Em greve »].

« O slogan principal é ‘Não à alienação’. A alienação é o desaparecimento da Caixa em França. A Caixa é um banco de Estado, estamos a servir a comunidade portuguesa. Fora o medo pelo emprego, fora o afeto pelo nosso trabalho e pela nossa clientela, somos portugueses, e o que eles estão a fazer vai danifiar Portugal », afirmou à Lusa Manuela dos Santos, membro da comissão dos trabalhadores da sucursal francesa da CGD.

Manuela dos Santos explicou que o protesto em frente à Federação Bancária Francesa pretende « chamar a atenção das autoridades bancárias francesas », para uma « situação completamente anormal », e sublinhou que « a lei francesa prevê que as instituições representativas do pessoal têm de ser informadas sobre o projeto de reestruturação » e « essa lei não foi respeitada ».

Desde o início da greve, em 17 de abril, a intersindical FO-CFTC, que apoia a paralisação, e a comissão de negociação dos trabalhadores em greve, têm apontado como uma das principais reivindicações o acesso ao plano de reestruturação do banco público, visto que, em 2017, foi acordada com a Comissão Europeia a redução da operação do banco fora de Portugal (nomeadamente Espanha, França, África do Sul e Brasil) como contrapartida da recapitalização da CGD.

Entretanto, os membros da comissão de negociação dos trabalhadores em greve e os sindicatos que apoiam o movimento foram notificados para comparecer a uma audiência no Tribunal de Grande Instância de Paris, a 12 de junho, por alegado « delito do abuso do direito de greve », algo que para Manuela dos Santos é « um ataque à Constituição francesa e ao direito de greve ».

Em 12 de junho, a Justiça francesa também se deve pronunciar sobre « o pedido para que o plano de reestruturação seja entregue às instituições representativas do pessoal », uma ação que já tinha dado entrada junto no Tribunal de Grande Instância de Paris e que foi apresentada pela comissão de trabalhadores.

A continuação da greve, iniciada em 17 de abril, é votada quase diariamente na sede da CGD em Paris, onde o banco continua aberto, apesar de estar a funcionar com « serviços menos que mínimos », de acordo com Manuela dos Santos.

Há novas manifestações esta quinta-feira, no Consulado-Geral de Portugal, com a presença do deputado de Bloco de Esquerda Moisés Ferreira, membro das duas comissões parlamentares de inquérito à CGD, e esta sexta-feira junto à Embaixada de Portugal, no dia em que há uma receção de comemoração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Na segunda-feira, a intersindical FO-CFTC enviou à Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa um « pedido de uma audiência urgente para apresentar a situação da Caixa Geral de Depósitos em França e as soluções que urge adotar ».

A greve na sucursal em França da Caixa Geral de Depósitos, que tem 48 agências e mais de 500 trabalhadores, foi apoiada pela intersindical francesa FO-CFTC, mas não foi seguida pelos sindicatos CGT e CFDT.

Em 10 de maio, o presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, afirmou querer manter a operação da CGD em França e adiantou que está a negociar isso com as autoridades, apesar de ter sido também acordada a sua venda, mas acrescentou que isso só acontecerá se a « operação for sustentável, rentável e solidária » com os esforços feitos pelo banco. Na terça-feira, o gestor recusou comentar a continuação dos

Em 24 de maio, o Governo aprovou os cadernos de encargos com as condições para a venda dos bancos da CGD na África do Sul e em Espanha, segundo comunicado de Conselho de Ministros.

Alfa/Lusa

Nuno Gomes Garcia editado em francês. «O Soldado Sabino» é o primeiro romance do colaborador da Alfa publicado em França.

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A tradução para francês é do professor Dominique Stoenesco e « O Soldado Sabino » foi o primeiro livro escrito por Nuno Gomes Garcia editado em Portugal.  Lançou, depois, « O Dia em que o Sol se Apagou » e « O Homem Domesticado ».

Em França, a obra chama-se « Sabino, ou les tribulations d’un soldat portugais dans la Grande Guerre » e foi publicado pelas Éditions Petra.

Nuno Gomes Garcia anima na Alfa o programa semanal « O livro da semana » (com difusão às quartas e aos domingos), no qual entrevista escritores portugueses e de todo o universo da lusofonia.

Por ocasião do lançamento da edição francesa de « O Soldado Sabino » o jovem escritor participará, com o tradutor Dominique Stoenesco, no domingo, 10 de junho, no programa « Passagem de nível »,  de Artur Silva.

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