AL-HILAL CONFIRMA JORGE JESUS

O Al-Hilal confirmou a contratação de Jorge Jesus na conta oficial do Twitter.

Num vídeo divulgado no Twitter oficial do clube saudita, Jorge Jesus aparece a assinar o contrato em conjunto com Turki Al-Ashikh e Sami Al-Jaber, diretor desportivo do clube.

O contrato é válido por duas épocas, sendo que Jesus vai auferir um salário avaliado em sete milhões de euros anuais.

Jorge Jesus esteve três temporadas aos serviço do Sporting, tendo conquistado uma Supertaça e uma Taça da Liga.

Alfa/Lusa.

UEFA aumenta significaticamente verbas a distribuir na Liga dos Campeões

A UEFA anunciou hoje um acréscimo significativo na verba a distribuir pelos clubes participantes na Liga dos Campeões de futebol, que chegará aos 1,9 mil milhões de euros na época de 2018/19.

O crescimento é de perto de um terço, já que na época que acabou o valor foi de 1,4 mil milhões de euros.

Segundo as novas regras, o apuramento para a fase de grupos passa a valer 15,25 milhões, a vitória 2,7 milhões e o empate 900 mil euros, por cada clube. O triunfo no torneio valerá 19 milhões.

É igualmente introduzido um ‘ranking’ que tem por base o desempenho ao longo de um período de 10 anos, para distribuir um montante total de 585,05 milhões de euros, divido em « parcelas de coeficiente ».

Cada parcela tem um valor de 1,108 milhões de euros. O clube pior posicionado entre os participantes receberá uma parcela (1,108 milhões de euros), depois, uma parcela será adicionada por cada lugar acima no ‘ranking’, com o clube mais bem posicionado a receber 32 parcelas (35,46 milhões de euros).

Ou seja, o Real Madrid – clube que liderará o ‘ranking’ – recebe à cabeça mais de 50 milhões de euros, entre a verba do seu coeficiente e a fase de grupos.

Na Liga Europa, o prémio global é de 560 milhões de euros, com cada um dos 48 clubes da fase de grupos a receber 2,92 milhões de euros.

Para 2018/2019, haverá 30 milhões de euros para os clubes envolvidos no ‘play-off’ da ‘Champions’. Os que forem eliminados receberão um pagamento fixo de cinco milhões de euros e os que vencerem não receberão qualquer pagamento específico, mas sim a verba destinada à fase de grupos.

Na próxima época, o FC Porto tem entrada direta na fase de grupos da ‘Champions’, depois de ter conquistado o título nacional em 2017/18, enquanto o ‘vice’ Benfica vai entrar na terceira pre-eliminatória.

No que respeita à Liga Europa, e face à eliminação ‘administrativa’ do Desportivo das Aves, vencedor da Taça de Portugal, o Sporting entre direto na fase de grupos, o Sporting de Braga na terceira pré-eliminatória e o Rio Ave na segunda.

Distribuição das verbas na Liga dos Campeões a partir da fase de grupos (total de 1,95 mil milhões de euros):

– 25 por cento destinados às quantias base de participação (488 milhões de euros).

Cada um dos 32 clubes qualificados para a fase de grupos receberá um prémio de participação de 15,25 milhões de euros.

– 30 por cento destinados aos montantes fixos de desempenho (585 milhões de euros).

Serão pagos bónus de desempenho por cada jogo na fase de grupos: 2,7 milhões de euros por vitória, 900 mil euros por empate. Os montantes não distribuídos (900 mil euros por empate) serão somados e redistribuídos depois proporcionalmente pelos clubes participantes na fase de grupos em função do número de vitórias somadas.

– 30 por cento distribuídos com base nos rankings de coeficiente de desempenho dos últimos dez anos (585 milhões de euros).

– 15 por cento canalizados para os montantes variáveis (quota de mercado) (292 milhões de euros).

Os clubes que se apurem para a fase a eliminar podem contar receber as seguintes quantias:

Qualificação para os oitavos-de-final: 9,5 milhões de euros por clube.

Qualificação para os quartos-de-final: 10,5 milhões de euros por clube.

Qualificação para as meias-finais: 12 milhões de euros por clube.

Qualificação para a final: 15 milhões de euros por clube.

O vencedor receberá uma quantia adicional de 4 milhões de euros.

Alfa/Lusa.

Ronaldo cai para terceiro na lista dos mais bem pagos

O pugilista norte-americano Floyd Mayweather foi o desportista com mais rendimentos em 2017, tendo destronado o português Cristiano Ronaldo, que liderou nos dois anos anteriores a lista divulgada pela revista Forbes.

Segundo o estudo anual da revista norte-americana, Floyd Mayweather que em agosto protagonizou com o lutador Conor McGregor um combate milionário, encaixou em 2017 um total de 244 milhões de euros.

Na segunda posição surge o futebolista argentino Lionel Messi, que renegociou o contrato com o FC Barcelona e subiu um lugar em relação ao ano passado, com ganhos totais de 95, 2 milhões de euros, dos quais 72 em salários.

Cristiano Ronaldo, que liderou a lista de ganhos em 2015 e 2016, ocupa a terceira posição, com ganhos globais de 92,8 milhões de euros, dos quais 52,3 milhões em salários e 40,3 em contratos publicitários.

No ‘top 10’ surge ainda mais um futebolista, o brasileiro Neymar, que protagonizou a mais cara transferência do futebol mundial ao trocar o FC Barcelona pelo Paris Saint-Germain.

Neymar, que registou ganhos de 77,1 milhões, ocupa a quinta posição, atrás de Conor McGregor, e imediatamente à frente do basquetebolista LeBron James, que arrecadou um total de 73,3 milhões.

O tenista suíço Roger Federer, sétimo da lista, foi o desportista que mais lucrou em contratos publicitários, 55,7 milhões, aos quais se juntam 10,4 milhões em salários.

Completam a lista dos 10 mais bem pagos, o basquetebolista Stephen Curry, e os jogadores de futebol americano Matt Este ano a lista dos 100 com mais ganhos não inclui qualquer mulher, depois de no ano passado Serena Williams, ter ocupado o 51.º lugar, com ‘receitas’ de 24 milhões de euros.

Top-10 dos atletas mais bem pagos

1.º Floyd Mayweather (244 milhões)
2.º Messi (95.2 milhões)

3.º Cristiano Ronaldo (92.8 milhões)

4.º Connor McGregor (84.8 milhões)

5.º Neymar (77.1 milhões)

6.º Lebron James (73.3 milhões)

7.º Roger Federer (66.1 milhões)

8.º Stephen Curry (65.8 milhões)

9.º Matt Ryan (57.6 milhões)

10.º Matthew Stafford (50.9 milhões).

Alfa/Lusa.

António Costa encara Mundial2018 com todo o otimismo

O primeiro-ministro português, António Costa, disse hoje que Portugal tem razões para ter todo o otimismo na participação da seleção no Mundial2018 de futebol e que o título de campeão europeu não deve pesar na Rússia.

“Desejei obviamente o que todos os portugueses desejam à seleção, o melhor. Independentemente do resultado final, que todos desejamos que seja o melhor, é fundamental que todos eles se realizem enquanto excelentes profissionais que são, que seguramente representarão Portugal com toda a dignidade e todo o profissionalismo como têm feito”, disse António Costa.

O governante, que falava após visitar a seleção portuguesa, na Cidade do Futebol, em Oeiras, disse que o facto de Portugal ser campeão europeu “é uma responsabilidade, mas não pode criar um peso”.

“Temos de entrar em campo com a alegria, o saber jogar e a qualidade que estes profissionais sempre demonstraram, quer ao serviço da seleção nacional, quer ao serviço dos seus clubes. Temos todos os motivos para encarar este Mundial com todo o otimismo, toda a confiança, com uma enorme honra que é estarmos novamente no Mundial”, referiu.

António Costa elogiou ainda o trabalho da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e da seleção, que considerou um “excelente exemplo do que deve ser o futebol e o desporto, que deve ser profissionalismo, dedicação, esforço, mas um grande ‘fair play’, que estes profissionais sempre têm demonstrado e vão demonstrar na Rússia”.

“Eu acho que a forma como a FPF tem demonstrado e sabido gerir o futebol português, aquilo que é o desempenho extraordinário dos nossos atletas, sejam os que jogam em Portugal, sejam os que em grandes clubes do mundo, devia servir de referência para aquilo que queremos que seja o futebol. O futebol tem de ser isso. Não é por acaso que é o desporto que mais pessoas apaixona no mundo inteiro e é preciso que assim continue a ser. É um jogo extraordinário quando é jogado dentro das quatro linhas”, assumiu.

Questionado sobre as polémicas atuais do futebol português, Costa considerou que “há um problema geral” e disse esperar que o defeso “sirva para haver uma reflexão” para que todos possam “começar a próxima época devidamente concentrados no que se importa que é o que se passa dentro das quatro linhas”.

O primeiro-ministro disse que vai assistir ao terceiro encontro de Portugal na Rússia, frente ao Irão, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, estar na partida de estreia, com a Espanha, numa altura em que António Costa vai estar nos Estados Unidos.

“Eu irei aos oitavos de final, o presidente da AR irá aos quartos de final, o Presidente da República às meias-finais e depois iremos todos à final com certeza”, disse, entre risos, Costa.

Portugal está integrado no Grupo B do Mundial2018, juntamente com Espanha, com quem se estreia em 15 de junho, quatro dias antes de jogar com Marrocos, fechando a presença na fase de grupos, frente ao Irão, em 25 do mesmo mês.

Alfa/Lusa.

Camionista português morre na estrada em Espanha

Um cidadão português morreu, esta terça-feira, na sequência de uma colisão frontal entre dois veículos pesados, na estrada nacional N-II, no município espanhol de Pina de Ebro, Saragoça, Espanha.

 

O acidente aconteceu cerca da meia-noite e meia (hora local), quando dois pesados de mercadorias colidiram, informou o governo de Aragão, citado pela agência Europa Press.

A vítima mortal, que conduzia um dos veículos e morreu no local, tem nacionalidade portuguesa, confirmou o JN junto de fonte do Gabinete do Secretário de Estado, que acrescentou que « os serviços consulares já estão em contacto com um familiar, tendo sido disponibilizado apoio consular ».

O condutor do outro pesado, que tombou na estrada, ficou gravemente ferido.

Ambas as vítimas foram desencarceradas pelos bombeiros de Saragoça, que acorreram ao local juntamente com a Guardia Civil.

 

Alfa/JN

Portugueses saem tarde de casa dos pais, mas a culpa não é da falta de vontade

Estudo diagnosticou o que leva os jovens portugueses a serem dos europeus que mais tarde saem do ‘ninho’.

 

Os jovens portugueses saem, de facto, mais tarde da casa dos pais, mas a culpa não é da falta de vontade, existindo uma forte correlação com o nível de rendimento, nomeadamente com os salários dos mais novos.

A conclusão é de um estudo sobre « Igualdade de género ao longo da vida: Portugal no contexto europeu », feito por investigadores do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) e publicado há dias pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.

O documento de mais de 300 páginas tem uma parte específica onde se analisa a saída da casa dos pais, área onde se sabe há anos que os portugueses são dos que saem mais tarde.

O trabalho conclui, em primeiro lugar, que elas saem em geral de casa da família mais cedo que eles. É assim em todos os países europeus e também em Portugal onde a idade média de saída de casa dos pais chega aos 29,7 anos neles e aos 28,2 anos nelas, ou seja, ano e meio mais cedo nas mulheres.

No entanto, o estudo também destaca que os portugueses, homens e mulheres, vão viver sozinhos bem mais tarde que a média europeia e muito mais tarde do que acontece nos países do Norte da Europa. Por exemplo, na Suécia essa autonomização acontece quase uma década antes.

Os investigadores salientam, citando vários outros estudos feitos sobre o assunto, que o fenómeno português é semelhante a outros países da Europa do Sul, como Portugal, e não é alheio à precariedade que os jovens dessas regiões enfrentam nos mercados de trabalho nacionais, com baixos salários, ao contrário do que acontece no Norte da Europa, em percursos pessoais classificados como « ziguezagueantes » com grande instabilidade laboral e risco acrescido de desemprego, num « impasse vivido por muitos jovens em relação ao futuro ».

O estudo destaca que os dados mostram que « muitas das mulheres e homens jovens que estão na casa dos pais podem já não ser dependentes economicamente destes, e estarem a trabalhar, sem terem ganhos suficientes para adquirirem autonomia residencial ».

Sem segurança no emprego ou salários razoáveis, mantém-se uma « relativa dependência financeira » da família, adiando um marco na « transição para a idade adulta » a que se segue, por norma, a vida em comum com um parceiro ou a decisão de ter filhos (que se sabe que em Portugal também é cada vez mais tardia).

O estudo destaca que a saída precoce da casa da família nos países nórdicos deve-se, pelo menos em parte, ao Estado social mais forte e com políticas que promovem a articulação entre escola e autonomização do jovem desde cedo, como bolsas e empréstimos a longo prazo (caso da Noruega).

O mercado de trabalho na Europa do Norte também é menos « hostil » e menos precário que em Portugal onde ficar na casa dos pais é uma « importante fonte de apoio » financeiro pois os apoios sociais em Portugal são bem mais fracos.

« De facto », sublinha o estudo, « quanto mais baixo for o rendimento do trabalho (os salários) dos jovens [e quanto menor for o desemprego], mais tarde saem da casa dos pais », algo visível pelos investigadores quando cruzam os números dos vários países europeus, num « fosso » que separa a Europa do Norte (mais cedo) da Europa Central e do Sul (mais tarde).

Alfa/TSF

Por nova ligação à fronteira em Bragança. Portugueses e espanhóis lançam petição. Pedem nova estrada.

Os autarcas das localidades raianas de Rio de Onor, em Portugal, e Puebla Sanábria, em Espanha, lançaram uma petição para que seja construída uma estrada, reclamada há 20 anos, que permita a ligação rodoviária entre si.

 

As duas localidades raianas são pontos de atração turística que não conseguem fazer circular entre si um autocarro, por falta de uma estrada reclamada há 20 anos.

Os autarcas dos dois lados da fronteira decidiram avançar para mais uma forma de luta com uma petição dirigida aos governos dos dois países, para que seja construída a estrada entre Bragança e Puebla de Sanábria e, concretamente, que Portugal inclua a rodovia com menos de 40 quilómetros no Programa Nacional da Política do Ordenamento do Território em discussão pública até ao final de junho.

Dentro de um ano deverá chegar a Puebla de Sanábria o AVE, o comboio de alta velocidade espanhol, enquanto um autocarro com turistas não consegue fazer a ligação entre a localidade espanhola e a vizinha portuguesa de Rio de Onor, devido ao traçado da estrada que liga a fronteira a norte de Bragança.

Há 20 anos que esta ligação é reivindicada e chegou a ser incluída no Plano Nacional Rodoviário português, mas o projeto foi abandonado pelo Governo central, com a justificação dos entraves ambientais devido ao facto de atravessar o Parque Natural de Montesinho.

Portugueses e espanhóis constituíram a associação « Autovía Léon Bragança », com o principal objetivo de reivindicar a construção de “um acesso digno”, que daria continuidade até Léon, do lado espanhol.

A mesma associação decidiu agora avançar com mais uma ação de luta em forma de petição a reivindicar a inclusão da estrada nos investimentos públicos, concretamente como estava inicialmente prevista, dando continuidade ao IP2, que liga todo o interior de Portugal, até à fronteira no extremo norte do país.

“É inadmissível que em Rio de Onor um autocarro não consiga passar de Portugal para Espanha. Ainda na semana passado um autocarro de turistas espanhóis teve de voltar para trás e fazer mais quilómetros para chegar ao lado português”, segundo o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias.

O autarca português apontou que “o Governo central tem permanentemente vindo a Bragança dizer que está num mercado de 60 milhões de habitantes (Península Ibérica), mas depois nada acontece”

Hernâni Dias está convencido de que esta “ligação representa uma economia relativamente a outras ligações já existentes”, nomeadamente, mais a sul, na fronteira de Quintanilha.

“Não fosse uma decisão política de nível central, se fosse de nível local, teríamos hipotecado todos os nossos meios para fazer esta intervenção, mas não temos essa autonomia”, vincou.

O autarca espanhol de Puebla de Sanábria, José Fernandez, lembrou que a Puebla está a chegar o AVE, o comboio de alta velocidade espanhol, o que esperam venha a acontecer já em 2019, e “para que não digam que não há passageiros”, o outro lado da raia deixa claro que também precisa desta estrada para que a estação exista.

Além do mais, Rio de Onor é uma das sete maravilhas de Portugal e a Puebla um dos povos de Espanha com procura permanente por parte dos turistas.

“Muito mudou, menos a estrada. Continuamos a ter uma ligação na fronteira para contrabando”, enfatizou.

Puebla de Sanábria promete fazer pressão também junto de Castela e Leão e os responsáveis locais perguntam como combater o despovoamento se para fazer 40 quilómetros se demora uma hora.

Alfa/Lusa

Cruz Vermelha lança número de apoio às populações em caso de catástrofe

A Cruz Vermelha disponibiliza, a partir desta segunda-feira, uma linha telefónica de alerta para ajudar a proteger as populações perante catástrofes, que vai funcionar 24 horas por dia, durante todo o ano.

 

número 1415 pretende « complementar as operações que visam assegurar a proteção das populações perante a iminência de catástrofes, nomeadamente incêndios florestais », mas não substituindo o 112, pretendendo antes ser um contacto complementar e de proximidade, segundo a Cruz Vermelha Portuguesa.

O presidente da instituição, Francisco George, disse à agência Lusa que o objetivo é acelerar respostas e estar mais próximo das pessoas, tendo sido criada uma linha telefónica com quatro dígitos para fácil memorização.

Segundo a Cruz Vermelha, qualquer cidadão pode ligar para a linha ao identificar um eventual processo de ignição de um incêndio, uma emergência ou uma situação de risco social.

As chamadas são atendias 24 horas por dia e 365 dias por ano, na sala de operações nacional da Cruz Vermelha, em Coimbra.

A informação recebida na linha será transmitida aos serviços competentes de Proteção Civil, forças de segurança, emergência médica e emergência social, para, em articulação com a Cruz Vermelha, ser possível intervir atempadamente e maximizar as capacidades de resposta.

Alfa/JN

Milhares de fiéis sobem monte de Santa Luzia para cumprir promessa centenária

Milhares de fiéis são esperados, no domingo, na peregrinação ao Sagrado Coração de Jesus, promessa com 100 anos, que liga a cidade de Viana do Castelo ao santuário de Santa Luzia, disse hoje fonte da organização.

 

O percurso, com cerca de cinco quilómetros, começa no jardim Dom Fernando, no centro da cidade até ao templo situado no cimo do monte de Santa Luzia.

« É sempre uma peregrinação muito participada. Além das mais de 40 paróquias do arciprestado de Viana do Castelo, participam outras paróquias da diocese e muitos outros fiéis que fazem questão de marcar presença nesta importante manifestação de fé », afirmou hoje à agência Lusa o vigário paroquial de Santa Maria Maior, Vítor Rocha.

A tradição, organizada em conjunto pela Confraria de Santa Luzia e pela Diocese de Viana do Castelo, realiza-se desde 1918, antes do verão. Tem a sua origem num voto formulado pela população da cidade rogando proteção à epidemia pneumónica que na altura provocava muitos mortos na região.

« O ano de 2018 carrega consigo uma recordação histórica. Decorrem, no dia 10 de novembro os 100 anos do voto – prometido pelos vianenses – de consagrar a cidade e o seu povo ao Sagrado Coração Jesus, na imagem que já se encontrava em frente à capela de Santa Luzia », explicou o padre Vítor Rocha.

No entanto, acrescentou, « a primeira peregrinação ao Sagrado Coração de Jesus só se cumpriria três anos depois, em 1921, porque até então eram proibidas as manifestações religiosas e a subida ao monte de Santa Luzia ».

A fonte destacou ainda « o impacto desta promessa, e consequentes peregrinações, na edificação do santuário no alto do monte de Santa Luzia ».

« O retomar das obras de construção do templo, interrompidas desde a Implantação da República, em 1910, deveu-se à renovada afluência de fiéis (a partir de 1921). Mais uma vez, a devoção ao Sagrado Coração de Jesus impulsionou a construção do Santuário – com toda a sua envolvência espiritual », reforçou.

A peregrinação diocesana reúne crentes de todas as freguesias do concelho e de outros pontos do país.

O percurso parte às 09:00 de domingo da igreja de S. Domingos, no centro da cidade, e termina após a eucaristia que decorrerá no anfiteatro construído pela Confraria no jardim das Tílias, com capacidade para acolher cerca de 700 pessoas sentadas, presidida pelo bispo diocesano de Viana do Castelo, Anacleto de Oliveira.

A peregrinação até ao santuário de Santa Luzia faz-se por um percurso sinuoso de acentuado declive, que leva cerca de duas horas a percorrer a pé. Há quem decida cumprir a promessa subindo os 742 degraus do escadório que liga a cidade ao monte.

Outra alternativa ao dispor dos peregrinos é o elevador de Santa Luzia. O funicular tem um percurso de 650 metros que leva cerca de oito minutos a completar e é considerado o mais extenso do país.

Reza a tradição que, no final das cerimónias religiosas, os peregrinos almocem em família, distribuídos nos inúmeros espaços verdes espalhados pela envolvente ao santuário.

Este ano, os peregrinos já têm ao dispor um edifício polivalente de três andares, num investimento de cerca de 1,2 milhões de euros. O edifício das Tílias está dotado de albergue de peregrinos, arquivo e museu do santuário de Santa Luzia.

« Em breve será dotado de um espaço de restauração ao dispor de todos os turistas », explicou o padre Vítor Rocha que destacou ainda « as intervenções de restauro realizadas no interior do templo de Santa Luzia ».

O arranjo urbanístico e paisagístico daquela área foi iniciado, em 2014, pela confraria de Santa Luzia, que zela por aquele santuário desde 19 de março de 1884.

A empreitada incluiu a recuperação do interior e exterior do templo-monumento, o tratamento de todo o espólio, a instalação de sinalética e a criação de ferramentas para a sua divulgação, entre elas, uma aplicação para telemóveis e ‘tablets’, um novo sítio na internet, para a divulgação e promoção turística do santuário.

Do zimbório existente no topo do templo, o ponto mais alto de Viana do Castelo, os visitantes avistam uma paisagem de vários quilómetros.

De acordo com dados da confraria, entre 80 mil a 90 mil pessoas acedem (entrada paga) anualmente ao zimbório.

Projetado pelo arquiteto Ventura Terra, o templo de Santa Luzia, cuja construção decorreu entre 1904 e 1943, é hoje um ex-líbris de Viana do Castelo, sobranceiro à cidade na montanha com o mesmo nome.

Alfa/Lusa

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