« 13 de Novembro: Terror em Paris ». Filme. A noite em que a escuridão tomou a cidade-luz

Gédeon e Jules Naudet, responsáveis pelo documentário “9/11” sobre o 11 de Setembro, centram agora as atenções nos atentados terroristas da capital francesa em 2015. A série documental “13 de Novembro: Terror em Paris” já está disponível em streaming no Netflix.

Alfa/Expresso – por João Miguel Salvador

Uma noite de terror, 130 mortos e 413 feridos. Praticamente dois anos de estado de emergência em França. E uma cidade que durante muito tempo não foi a mesma — mesmo que os parisienses tudo fizessem para voltar à normalidade o quanto antes. Como se enfrenta a vida depois de olhar a morte? Como se ultrapassa a morte e se continua a viver? É a isso que se propõem Gédeon e Jules Naudet, com um trabalho documental onde pretendem dar voz “às histórias humanas por detrás dos ataques que aconteceram em Paris a 13 de novembro de 2015”.

“13 de Novembro: Terror em Paris” não é nem uma investigação nem um relatório do que aconteceu, asseguram os realizadores, mas isso não lhe retira realidade. Apenas a apresenta de uma forma diferente, que foge ao sensacionalismo característico de vários trabalhos sobre tragédias. Para isso, decidiram usar o mínimo possível de imagens de arquivo. “Sentimos que é um grande privilégio poder partilhar estas histórias incríveis de sobrevivência e esperança”, expressaram os realizadores a propósito do documentário, que segue de forma cronológica os eventos da fatídica noite em Paris e que conta com um grande número de testemunhos.

Com o auxílio das associações de familiares das vítimas e de sobreviventes, Gédeon e Jules Naudet chegaram à fala com aqueles que viveram o ataque de perto, tendo também contactado com aqueles que os socorreram num primeiro momento no Bataclan e com os políticos responsáveis à época. O antigo Presidente François Hollande — que nesse dia havia assistido a um jogo de futebol no Stade de France, um dos alvos dos ataques — é uma das figuras que aceitou falar para as câmaras de Naudet, com a presidente da Câmara de Paris Anne Hidalgo a responder também ao apelo dos cineastas.

Sobre a sua proximidade ao projeto, os irmãos lembram a experiência pela qual passaram no início da década passada. Em setembro de 2001, estavam em Nova Iorque a filmar um novo documentário da sua autoria quando a realidade lhes trocou as voltas. O filme documental em que trabalhavam à época seria centrado nas várias corporações de bombeiros nova-iorquinas, mas os ataques terroristas do 11 de Setembro mudaram o foco da ação. Jules Naudet, o irmão mais novo, planeava passar o dia com um dos grupos de bombeiros, no entanto a agenda acabou por mudar. A corporação seria uma das primeiras a responder aos ataques e esse relato cru da dura realidade não podia ser ignorado.

Foi assim que nasceu “9/11” (também com o título “Onze de Setembro”), um dos primeiros documentários sobre a tragédia em solo americano e um dos mais prestigiados. Apresentado por Robert de Niro e estreado no canal norte-americano CBS em 2002, venceu dois Emmys (Melhor especial de não-ficção e Melhor mistura de som para um programa de não-ficção) e esteve nomeado para outros três (Melhor direção de fotografia, Melhor edição de imagem e Melhor edição de som). A estas distinções juntou também o reconhecimento dos prémios Peabody e DuPont.

Embora “9/11” seja o seu projeto mais celebrado, Gédeon e Jules Naudet assinaram outros trabalhos documentais de referência e que fazem deles dois dos nomes mais requisitados do género. “Em Nome de Deus: Um Olhar Íntimo Sobre as Vidas dos Maiores Líderes Religiosos do Mundo” (também para a norte-americana CBS), “Os Porteiros dos Presidentes” (Discovery Channel) — sobre a história presidencial americana ao longo de 50 anos, contada a partir dos relatos daqueles que os serviram — e “Os Chefes dos Espiões: a CIA na Mira” (Showtime/CBS) são alguns dos títulos a que vale a pena dedicar algumas horas, numa altura em que os irmãos Naudet regressam às luzes da ribalta com o seu novo projeto.

“13 de Novembro: Terror em Paris” tem a missão óbvia de apresentar os factos da noite dos atentados terroristas na capital francesa de forma realista, mas falar sobre algo tão presente na vida dos parisienses tem riscos acrescidos. Os trabalhos documentais sobre os ataques até agora apresentados receberam críticas negativas — os sobreviventes e os familiares das vítimas não se reviram no que foi apresentado no ecrã — e o canal estatal France 2 foi mesmo obrigado a adiar o seu projeto de um telefilme sobre o massacre no Bataclan. O drama romântico “Ce soir-la” contava a história de dois desconhecidos que se apaixonavam depois de resgatarem sobreviventes do ataque e a escolha do argumento não foi vista com bons olhos por aqueles que passaram por um trauma tão grande. Além disso, nenhuma das associações de vítimas foi consultada previamente, pelo que as vozes de protesto cresceram rapidamente e houve até uma petição na internet para que a produção fosse cancelada.

A série documental de Jules e Gédéon Naudet — que à realização somam a produção-executiva (através da Goldfish Pictures) e que trabalharam em conjunto com a Propagate e a No School Productions — é composta por três episódios e está disponível em streaming desde esta sexta-feira. Para os realizadores, que consideram ter encontrado na Netflix os “parceiros certos” para “dar vida” à sua ideia, um dos fatores importantes de ter um trabalho documental como este numa plataforma de televisão não linear é permitir que este possa ser visto ao ritmo que o telespetador entender. Segundo os responsáveis por “13 de Novembro: Terror em Paris”, o peso da narrativa pode levar algumas pessoas a necessitarem de fazer paragens enquanto veem o documentário ou a verem-no ao longo de vários dias.

CAMPEÃO. Miguel Oliveira supera vários duelos e conquista Grande Prémio de Itália de Moto2.

 O piloto português Miguel Oliveira (KTM) conquistou hoje a primeira vitória da temporada da categoria de Moto2, ao vencer um Grande Prémio de Itália em que teve de se impor em vários duelos.

O feito de Miguel Oliveira ganha ainda mais relevo se for tomado em conta que o corredor luso partiu apenas do 11.º lugar da grelha de partida, numa corrida em que a alternância no primeiro posto foi constante.

Oliveira, que já tinha sido o melhor dos pilotos KTM na qualificação – a Kalex ocupou os 10 primeiros lugares -, largou bastante bem e, no final da reta da meta, já estava no quinto posto, tendo finalizado a primeira volta no terceiro lugar.

A partir daqui, Miguel Oliveira, que à segunda volta já liderava, iniciou vários duelos pela vitória, primeiro com o italiano Mattia Pasini (Kalex), vencedor em 2015 e autor da ‘pole position’, que ao fim de algumas voltas parecia ter a corrida controlada, mas uma queda a oito voltas do fim voltou a abrir a luta pela vitória.

Miguel Oliveira herdou a liderança, mas rapidamente voltou a contar com oposição, desta feita do também italiano Lorenzo Baldarassari (Kalex), tendo ambos trocado de posição inúmeras vezes ao longo das últimas voltas.

Na fase final da corrida, Miguel Oliveira atacou forte à entrada para a última volta e ganhou um ligeiro avanço para Baldassari, que também terá acusado algum desgaste de pneus, o que foi suficiente para o corredor luso alcançar o primeiro triunfo do ano, numa pista na qual alcançou também a sua primeira vitória quando corria em Moto3.

« Vi que todos estavam com problemas na frente, pelo que decidi que tinha de tentar tudo para ganhar. O Lorenzo tinha, sem dúvida, um pouco mais de velocidade do que eu, por isso ele tentou atacar para assegurar a vitória, mas ela acabou por sorrir para mim no final », disse o piloto luso, de 23 anos, após a corrida.

O piloto italiano acabou por reconhecer a falha na parte final: « Foi um erro meu. Tinha um pequeno avanço e assumi um risco. »

Miguel cumpriu as 21 voltas do Grande Prémio de Itália, sexta prova do campeonato do mundo de motociclismo de velocidade, em 39.42,018 minutos, superando Baldassari por 184 milésimos de segundo.

No campeonato, Oliveira manteve o segundo posto com 98 pontos, mas reduziu para apenas 13 pontos a sua desvantagem para o comandante, o italiano Francesco Bagnaia (Kalex), hoje apenas quarto, logo atrás do espanhol Joan Mir (Kalex).

A prova prova do Mundial, o Grande Prémio da Catalunha, está agendo para 17 de junho.

Alfa/Lusa.

« Dizias que querias ser agricultora ou futebolista como Cristiano Ronaldo » (irmã de Maëlys no funeral).

Várias centenas de pessoas participaram neste sábado em La Tour-du-Pin, na região da Isère, nas cerimónias fúnebres de Maëlys de Araujo, nove meses depois do desaparecimento e homicídio da menina lusodescendente, cujo corpo foi encontrado em fevereiro passado.

Foi uma cerimónia digna e muito emotiva, segundo relata a imprensa francesa. Maëlys desapareceu a 27 de agosto do ano passado em Pont-de-Beauvoisin, a cerca de 20 quilómetros de La Tour-du-Pin, durante a festa de um casamento.

« As nossas vidas ficaram despedaçadas há nove meses (…) eu partilhei nove anos de felicidade contigo », afirmou a mãe de Maëlys, Jennifer Cleyet-Marrel, no início da celebração na igreja de La Tour-du-Pin, marcada por um clima de comoção e em que predominavam flores brancas.

« Ao longo destes nove meses «correram muitas lágrimas nas nossas caras », acrescentou a avó da lusodescendente.

« Gostavas de brincar, cheia de vida », disse  o pai, Joachim de Araújo, filho de emigrantes portugueses. « Ficam as lembranças, o teu lugar na mesa da família está lá », acrescentou.

Igualmente muito digna, Coline, irmã de Maëlys, disse-lhe: « adeus, amo-te, melhor irmã do mundo ». « Contigo sentia-me bem…. Dizias que querias ser agricultora ou futebolista como Cristiano Ronaldo, tive muita sorte em teres estado na minha vida », acrescentou a irmã.

(na foto, a mãe, a irmã e o pai de Maëlys de Araújo)

No centro da localidade francesa, os comerciantes colocaram balões brancos à entrada dos respetivos estabelecimentos, como um símbolo de « inocência », segundo descreveu a agência noticiosa francesa France Presse (AFP).

O misterioso desaparecimento da menina de 9 anos, no verão do ano passado, comoveu a sociedade francesa e a numerosa comunidade portuguesa de França

Os restos mortais de Maëlys de Araújo seriam só encontrados em fevereiro passado.

Na mesma altura, Nordahl Lelandais, um antigo militar de 35 anos que tinha sido detido logo após o desaparecimento, confessou que tinha matado « involuntariamente » a criança, com um violento golpe na cara.

Apesar de quase todos os restos mortais da criança terem sido encontrados em fevereiro, as causas exatas da morte ainda estão por determinar.

A cerimónia na igreja de La Tour-du-Pin, com um limite de 400 lugares reservados para a família e para os amigos mais próximos, foi transmitida num ecrã gigante colocado num pátio exterior nas imediações do edifício, onde cerca de 200 pessoas, incluindo jornalistas, permaneceram durante as exéquias.

Os pais do cabo Arthur Noyer, um jovem militar que Nordahl Lelandais também confessou ter matado, também estiveram presentes na cerimónia.

Após a cerimónia na igreja, o funeral foi apenas reservado à família.

Ao início da manhã, vários habitantes de La Tour-du-Pin, sozinhos ou em família, colocaram coroas com flores brancas nos degraus da igreja e assinaram o livro de condolências colocado no exterior do edifício.

Rádio Alfa – com imprensa francesa e agências

 

Portugal empata na Bélgica no segundo encontro de preparação.

A seleção portuguesa empatou hoje a zero em casa da Bélgica, em encontro de preparação entre duas equipas que vão estar no Mundial2018 de futebol, que se disputou em Bruxelas.

Depois do empate a dois em casa com a Tunísia, Portugal voltou a somar uma igualdade na preparação para o Mundial2018, que fecha na quinta-feira, frente à Argélia, no Estádio da Luz.

Na Rússia, a seleção portuguesa, campeã da Europa, estreia-se no Grupo B do torneio da Rússia frente à Espanha (15 junho), defrontando depois Marrocos (20) e o Irão (25).

A Bélgica está integrada no Grupo G, juntamente com Inglaterra, Panamá e Tunísia.

Alfa/Lusa.

MORREU JAIME RIBEIRO, FIGURA HISTÓRICA DA COMUNIDADE PORTUGUESA EM FRANÇA

 

Patrício e Podence rescindem com Sporting. Provável vaga de saídas. Clube ameaçado de insolvência

Rui Patrício rescindiu com o Sporting e pode ter dado início a uma importante vaga de saídas dos nomes mais conhecidos do clube de Alvalade.

Jovem Daniel Podence seguiu o exemplo do « capitão » e também enviou uma carta com rescisão, justificando-a igualmente com justa causa.

Presidente Bruno de Carvalho resiste enquanto o clube está ameaçado de colapso, designadamente financeiro.

A crise aprofunda-se no Sporting Clube de Portugal, onde ninguém se entende e nem se sabe sequer que equipa técnica vai orientar o futebol profissional.

 Na realidade, o clube e a SAD estão ameaçados de insolvência.

Rui Patrício, capitão do Sporting , sportinguista e figura emblemática do clube apresentou um documento de 34 páginas ao Conselho de Administração em que avançou com os seus argumentos para justificar a justa causa e terminar com o contrato que o ligava ao clube.

A rescisão de Rui Patrício começou a desenhar-se na semana do ataque em Alcochete, antes da final da Taça. Segundo diversas fontes, muitos jogadores e também o treinador e equipas de apoio médico e técnico terão decidido não ficar em Alvalade com Bruno de Carvalho.

Funeral de Maëlys é neste sábado

Funeral de Maëlys de Araújo é neste sábado, 02 de junho.

A cerimónia « será aberta ao público », até ao limite de 400 pessoas, mas « os familiares não querem que a imprensa esteja presente ».

Restos mortais serão enterrados em Tour-du-Pin, na região da Isère.

Maëlys de Araújo, filha de pai de origem portuguesa e mãe francesa,  tinha nove anos e desapareceu no fim de Agosto do ano passado durante a noite de uma festa de um casamento, numa aldeia da região da Isère, perto de Grenoble e Lyon.

Maëlys desapareceu em Agosto

O corpo de Maëlys foi encontrado numa ravina pelos investigadores no passado dia 14 de fevereiro, depois de terem recebido as indicações exatas do local pelo autor da morte da menina, Nordahl Lelandais, que só nessa altura confessou o crime que chocou a França e a Comunidade portuguesa deste país.

Os últimos exames periciais aos restos mortais de Maëlys, não revelaram indícios de que tenha sido violada. A conclusão coincide com a versão do francês de 35 anos formalmente acusado do homicídio.  « Não há qualquer elemento que permita afirmar que ele tenha violado a criança », disse fonte citada pela imprensa francesa.

Os exames revelaram uma fratura na mandíbula da menina antes da morte, causada por um ou mais agressões violentas, acrescentou a mesma fonte. Estas agressões causaram a morte de Maëlys. « Não há outra lesão, nenhuma outra fratura ou fissura, apesar do exame muito detalhado feito aos seus ossos e crânio », sublinha a mesma fonte.

A espantosa morte e ressurreição de um jornalista russo. Agora esperamos dar a notícia da ressurreição da democracia na Rússia. CRÓNICA

Volte a ouvir aqui a última crónica de Ricardo Figeira

 

A espantosa morte e ressurreição de um jornalista russo. Agora esperamos dar a notícia da ressurreição da democracia na Rússia. Pelo jornalista da Euronews Ricardo Figueira.

Final do Euro2016 « joga-se » em espetáculo luso-francês durante o Mundial 2018.

O espetáculo ’Kif-Kif’, inspirado na final do Euro 2016 entre Portugal e França, vai estar na cidade francesa de Saran, no final de junho, e no Cacém e em Castelo Branco, no início de julho, informaram os promotores.

A peça é coproduzida pelas companhias portuguesas teatromosca e Terceira Pessoa e pela francesa Théâtre de la Tête Noire, com texto original do português Jorge Palinhos e da francesa Leïla Anis e encenação de Pedro Alves e Patrice Douchet.

« O nosso ponto de partida foi a final de futebol do Euro 2016 perdida pela França contra Portugal, mas o espetáculo não fala apenas de futebol. Fala sobretudo da juventude de hoje, do que os jovens dos dois países contam uns aos outros, das histórias de amizade, de amor, de diferenças, de identidade », disse à Lusa o encenador francês.

Patrice Douchet explicou que o título ‘Kif-Kif’ é uma expressão comum em França, derivada do árabe « kif », que significa « igual, um resultado 50/50, sem vencedores nem vencidos », porque o projeto foi feito « a meias » entre as equipas francesas e portuguesas.

As companhias convidaram dois autores dos dois países para criar, cada um, peças de 45 minutos, cujos textos se vão cruzar no espetáculo de 90 minutos, falado nas duas línguas, legendado, e que junta jovens dos dois países em cima do mesmo palco.

Os autores deveriam inspirar-se no vídeo que, em julho de 2016 se tornou viral nas redes sociais, de um menino português a consolar um adepto francês na sequência da derrota francesa face a Portugal.

A peça, orientada para um público juvenil, reúne, assim, uma equipa portuguesa composta por um « treinador-encenador » e « 11 jogadores-atores » – nove jovens não-profissionais e dois atores profissionais -, uma equipa francesa com a mesma composição, e dois « árbitros-dramaturgos ».

« O futebol acaba por ser o pretexto. O espetáculo não é um jogo, é um encontro. Não estamos à espera de um resultado em que uns perdem e outros ganham. São só duas equipas que passam um momento juntas a entregar-se a uma paixão comum », continuou o encenador, precisando que os jovens não-atores são oriundos do Cacém e de Saran.

O objetivo é mostrar que o teatro e o futebol não são assim tão diferentes, porque « há regras comuns » no palco e dentro das quatro linhas: « há exigência, rigor, há uma união. Mas há coisas no teatro que talvez não se encontrem no futebol, como a humildade e a tolerância. Queremos mostrar o desporto como uma festa »,

‘Kif-Kif’ é « uma final jogada em duas mãos, em Portugal e em França »: a 29 e 30 de junho, às 20:30 (hora local), é apresentada no Théâtre de la Tête Noire, na cidade francesa de Saran, a 04 de julho, às 21:00, vai estar no AMAS – Auditório Municipal António Silva, no Cacém, e a 06 de julho, às 21:30, no Cine-Teatro Avenida, em Castelo Branco.

« Não é impossível que França e Portugal se voltem a defrontar quando o espetáculo estiver em palco, já que vamos estar em pleno mundial », concluiu, com um sorriso, o encenador francês.

O espetáculo ‘Kif-Kif’ foi produzido no âmbito do projeto de cooperação internacional Ferry-Book, que une a companhia teatromosca (Sintra) à companhia francesa Théâtre de la Tête Noire (Saran), ao qual se juntou a companhia teatral Terceira Pessoa (Castelo Branco).

O teatromosca apresentou em Saran, em 2015, o espetáculo “Fahrenheit 451”, a companhia Théâtre de la Tête Noire apresentou em várias cidades portuguesas, em 2016, “Variations sur Hiroshima Mon Amour”, ano em que o coletivo Terceira Pessoa também apresentou em Sintra “The Old Image of Being Loved”.

Alfa/Lusa.

Quadro de Maria Helena Vieira da Silva em leilão em Paris na próxima semana

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O quadro « Red Houses », da pintora portuguesa Maria Helena Veira da Silva, vai a leilão na próxima quarta-feira, em Paris, com um valor estimado entre os 100 mil e os 150 mil euros, anunciou hoje a casa Sotheby’s.

 

Com data de 1963, « Red Houses » é o 14.º lote do leilão de arte contemporânea do próximo dia 06, da Sotheby’s Paris, e surge a par de obras de artistas como Jean Dubuffet, Gerhard Richter, Antoni Tàpies e Serge Poliakoff.

« Red Houses » é uma das têmperas sobre tela apresentadas pela pintora portuguesa, em 1963, nas galerias Jeanne-Bucher, em Paris, Knoedler, em Nova Iorque, e na Phillips Collection, em Washington.

Com 37 centímetros de largura por 54 centímetros de comprimento, este quadro foi originalmente vendido pela galeria nova-iorquina, e seguiu para a Galeria Albert Loeb, também representada na capital francesa, onde um colecionador de Milão o adquiriu, de acordo com a genealogia agora apresentada pela leiloeira, que não indica alguma exposição pública da obra nem a passagem por Portugal.

O atual proprietário, um colecionador privado suíço, segundo os mesmos dados, comprou o quadro em 1999, através da galeria Applicat-Prazan, na capital francesa.

Entre os 43 lotes do leilão de arte contemporânea da Sotheby’s Paris, do próximo dia 06, encontram-se igualmente obras de Damien Hirst, Keith Haring, Roberto Matta, Tom Wesselmann, Manolo Valdés, com estimativas de venda que vão dos 150 mil aos 700 mil euros.

Um óleo sobre tela do pintor chinês Zao Wou-Ki, entre os 2,2 milhões e os 3,2 milhões de euros, outro do pintor japonês Kazuo Shiraga, dos 1,8 milhões aos 2,5 milhões de euros, e « Portrait d’homme moustachu façon carton pâte », quadro de Jean Dubuffet, com uma expectativa de venda entre 1,25 milhões e 1,80 milhões de euros, são os que apresentam as estimativas mais altas, para este leilão.

Na obra de Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992), « Red Houses » é contemporâneo de « Estela » (1964), outra têmpera, adquirida pelo Centro Georges Pompidou, em Paris, e óleos como « La Mer » (1961), « Au fur et à mesure » (1965) e « L’Esplanade » (1967), de maiores dimensões, que estão entre as seis telas adquiridas pelo Estado português, no ano passado, por 5,6 milhões de euros, e que fazem agora parte da coleção patente no Museu Arpad Szénes-Vieira da Silva.

No leilão de arte contemporânea de 06 de dezembro de 2017, a Sotheby’s Paris vendeu outro quadro da pintora, « Rue de la Glacière », um óleo sobre tela de 1955, por 309 mil euros.

No passado mês de março, o óleo de Vieira da Silva « L’Incendie » atingiu o valor de 2,29 milhões de euros, num leilão da Christie’s, em Londres. Trata-se de um dos quadros emblemáticos da artista, feito em 1944, durante o exílio no Brasil, e que fez parte da coleção Jorge de Brito.

Na passada segunda-feira, a Direção-Geral do Património Cultural publicou em Diário da República um anúncio relativo à proposta de classificação de interesse público da pintura « Les bicycletes ou Les Cycles », de Vieira da Silva, datada de 1951, na posse de um colecionador privado.

Alfa/Lusa

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